Secrets: Year One escrita por Moony Dragon


Capítulo 16
Capítulo 15




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NICO

Ao atravessar o fogo, Nico vê o espelho de Ojesed e Quirell esperando por ele, com o sorriso desaparecendo do rosto quando o avista.

Mas é claro. Como não pensou nisso antes? Ele teve um mau pressentimento sobre ele o ano inteiro!

— Você não deveria estar aqui – Quirell chia, parecendo tão roxo quanto seu turbante.

— Você também não – afirma Nico, segurando sua espada contra sua garganta, empurrando-o contra uma das paredes.

— Você realmente pretende me matar com uma espada? Como um imundo trouxa – diz com desprezo.

Nico revira os olhos. – Eu juro, não sou um trouxa. Então, foi você esse tempo todo? A partida de Quadribol? O trasgo? Eu deveria saber.

O professor ri, sem parecer incomodado pela espada. – É uma história incrível eu juro, mas eu queria contar para outra pessoa.

— Você é escória da humanidade! – o menino silva. – Como faço para pegar a pedra?

— Nico? Quirrel? – uma voz pergunta da porta. Nico se vira para ver Harry apontando sua varinha para ele. Di immortales.

— Não é o que parece! – Nico diz a ele.

— P-por favor H-h-harry – o professor gemeu, retornando à sua farsa. – E-ele a-arrastou-m-m-me até a-aqui. E-ele está atrás da pedra!    

Nico quase ri. – Por que eu iria querer a pedra?

— Para você poder ficar imortal! – Harry grita, sua mão tremendo.

Hã?

— Sobre o que você está falando? –perguntou Nico, empurrando sua espada com mais força contra o pescoço de Quirrel.

— Eu sei que você nasceu na década de 1940! Você não pode dizer que é uma mera coincidência! – ele grita, fazendo Nico se sentir enjoado.

— C-como você… – ele gagueja, soando como o imbecil patético que estava prendendo contra a parede.

— Hermione, Ron, Will e eu encontramos uma foto de você e de sua família – ele explica em voz baixa, não abaixando sua varinha.

Nico sente seu coração quebrar. Will sabe?

— Eu prometo. Eu só quero destruir a pedra. O meu passado não tem nada a ver com a pedra, e eu quero viver somente o tempo que me resta e nada mais – Nico diz a ele.

Antes que Harry pudesse responder, uma risada fria os interrompe. – Se vocês velhas senhoras já terminaram de conversar, eu tenho uma pedra para roubar – Quirrel ri, antes de jogar Nico para longe.    

— Você! – Harry engasga.

Quirrell sorriu. – Eu –, ele diz calmamente. – eu me perguntei se iria encontrá-lo aqui, Potter.

— Mas eu pensei... Snape... Nico...

— Severus? – Quirrell ri. – Sim, Severus parece ser alguém que faria esse tipo de coisa, não é? Nico também. Devo dizer que não estava esperando o seu passado, mas com certeza foi útil, para não mencionar divertido. Tão útil ter esses dois se arrastando por aí que nem morcegos. Ao lado deles, quem suspeitaria do pobre p-professor Quirrell?

— Mas Snape tentou me matar! –exclama Harry.

Quão idiota ele é?, pensou Nico. Se ele começar a fazer perguntas toda vez que enfrentar um cara mau, ele morrerá no momento em que sair de Hogwarts.

— Não, não, não. Eu tentei matá-lo. Sua amiga Srta. Granger acidentalmente me derrubou quando ela correu para atear fogo no Snape naquela partida de Quadribol. Ela desviou meu contato visual de você. Mais alguns segundos e eu teria te tirado daquela vassoura. Eu teria conseguido antes, se Snape não estivesse murmurando uma contra-maldição, tentando salvá-lo.  

E Quirrel ainda os acusou de falar como velhas.

— Snape estava tentando me salvar?

— Claro – afirma Quirrell com frieza. – Por que você acha que ele queria arbitrar sua próxima partida? Ele estava tentando garantir que eu não fizesse nada novamente. Engraçado, realmente... Ele não precisava ter se incomodado. Eu não podia fazer nada com o Dumbledore assistindo. Todos os outros professores pensaram que Snape estava tentando impedir Grifinoria de ganhar, ele se tornou impopular... E que perda de tempo, depois de tudo isso, ainda vou matar você esta noite. Você também, Di Angelo. Eu não esperava você aqui, mas não sou nada se não adaptável.

Quirrell estalou os dedos. Cordas brotaram do ar e se envolveram em torno de Harry e Nico. – Vocês dois são irritantes demais para viver. Correndo pela escola no Dia das Bruxas assim, vocês poderiam ter me visto espionar o que estava guardando a Pedra.

— Você deixou o trasgo entrar?

— Certamente. Eu tenho um dom especial com trasgos... Você deve ter visto o que eu fiz com aquele na câmara lá atrás? Eu nem tive que lutar contra ele, ele me deixou passar. Infelizmente, enquanto todos os outros estavam correndo procurando pelo trasgo, Snape, que já suspeitava de mim, foi direto ao terceiro andar para me expulsar de lá- e meu trasgo, não só falhou em vencer vocês como morreu, e aquele cão de três cabeças nem conseguiu morder Snape propriamente. Agora, espere silenciosamente, Potter. Preciso examinar este interessante espelho.

Nico encara ele intensamente, tentando usar as sombras para se aproximar da espada.

— Só Dumbledore para esconder algo assim... Mas ele está em Londres... Já estarei longe quando ele voltar… – Quirrell murmura.

— Eu vi você e Snape na floresta – afirma Harry. Ele deve estar tentando distraí-lo.

— Sim – Quirrel diz vagamente, caminhando ao redor do espelho. – Ele estava comigo naquela época, tentando descobrir o quão longe eu tinha ido. Ele suspeitava de mim o tempo todo. Tentou me assustar... Como se pudesse, quando tenho Lorde Voldemort do meu lado... 

Quirrell voltou a olhar o espelho com avidez. – Eu vejo a Pedra... Eu estou apresentando-a ao meu mestre... Mas onde está?

Enquanto Harry tentava distraí-lo, a espada aproximou-se de Nico. O menino quase não prestou atenção à sua conversa, apenas algumas partes envolvendo Voldemort. Harry estava certo, Voldemort estava tentando usar a pedra para voltar à vida.

Quando estiver livre das cordas, o que iria fazer? Nico poderia fazer as sombras prenderem Quirrell, mas não podia revelar o que era. Apenas lutar com a espada provavelmente não iria funcionar.

Como o espelho pode ajudá-lo a encontrar a pedra? O espelho revela a coisa que você mais quer no mundo... então, se alguém quisesse pegar a pedra antes do Quirrell, o espelho deveria mostrar como fazer isso…

Finalmente, a espada está ao seu alcance. Move-a em direção a Harry, desvinculando-o das cordas. Era a luta dele. Harry olha para Nico, confusão gravada em suas feições.

— Lorde Voldemort mostrou-me o quão errado eu estava. Não há bem e mal, só há poder, e aqueles fracos demais para possuí-lo... Desde então, eu o servi fielmente, embora eu o decepcionei muitas vezes. Ele teve que ser severo comigo – Quirrell estremeceu de repente. – Ele não perdoa erros facilmente. Quando eu não consegui roubar a pedra de Gringotes, ele ficou muito descontente. Ele me puniu... Decidiu que teria que me acompanhar mais atentamente…

O rosto de Harry se contorce em uma realização.

— Eu não entendo... A pedra está dentro do espelho? Devo quebrá-lo? – Quirrell murmura.

Nico nota que Harry de repente retira as cordas sobre si. Felizmente, Quirrell não está prestando atenção, mas sim vagueando para o outro lado da sala, ainda murmurando sobre o espelho. Nico move a espada em sua direção, desatando suas próprias cordas.

Harry corre em direção à Quirrell, olhando seu próprio reflexo por um minuto antes dele o notar. – O que você está fazendo?! – grita Quirrell, empurrando Harry contra a parede. – O QUE VOCÊ VIU?

— Eu me vejo apertando as mãos de Dumbledore. Eu ganhei a Taça das Casas em nome da Grifinória. – Ele está mentindo. Ele viu sua família no espelho exatamente como Nico. Ele deve saber onde está a pedra.

— Ele está mentindo…. Ele está mentindo… – uma voz silva.

— Diga-me a verdade! O que você acabou de ver? – Quirrel grita para Harry.

A voz fala novamente. – Deixe-me falar com ele... Cara a cara…

— Mestre, você não está forte o suficiente!

— Eu tenho força o suficiente... Para isso…

Nico observa  Quirrell se aproximar e começar a desenrolar seu turbante. Voldemort deve estar compartilhando o corpo com ele de alguma forma. O turbante caiu. A cabeça de Quirrell parece estranhamente pequena sem ela. Nico vê a cena se desenrolar em fascínio, abandonando suas cordas para se esconder nas sombras.

Onde deveria haver a parte detrás da cabeça de Quirrell, havia um rosto. Era branco como giz, com olhos vermelhos e fendas como narinas, igual a uma cobra.

— Harry Potter… – sussurrou. Harry tentou dar um passo para trás, mas suas pernas não se moveram. – Está vendo no que me tornei? – disse o rosto. – Apenas uma sombra vaporosa... Eu tenho forma somente quando posso compartir o corpo de alguém... Mas sempre houve aqueles que quiseram me deixar entrar em seus corações e mentes... O sangue do unicórnio me fortaleceu nas últimas semanas… Você viu o fiel Quirrell bebendo para mim na floresta... E quando eu tiver o Elixir da Vida, poderei criar um corpo só meu... Agora... Por que você não me dá essa pedra no seu bolso? – Então, o espelho de alguma forma deu a Harry a pedra?

Harry gagueja com medo.

— Não seja tolo – Voldemort silva. – Melhor salvar sua própria vida e se juntar a mim. Dê-nos a pedra e permita que Quirrell mate seu amigo – Voldemort diz a ele, antes de perceber que Nico desapareceu. – ONDE ELE ESTÁ? SEU IDIOTA! COMO VOCÊ-

Enquanto eles estavam distraídos, Nico apareceu em um ângulo que nenhum deles podia o ver e tentou atacar Quirrell na cabeça com sua espada, sabendo que isso sugaria a alma de Voldemort diretamente de seu corpo, mas eles arremessaram sua espada para longe.

— COMO VOCÊ OUSA ATACAR MEU MESTRE! – Quirrell grita, arremessando-o para uma parede. Harry tenta aproveitar a oportunidade para correr em direção ao fogo. Quirrell corre atrás dele, seguindo as ordens do mestre. Quando Quirrell tenta agarrá-lo, a pele dele começa a queimar.

— Mestre, não consigo segurá-lo- minhas mãos... Minhas mãos!

— Então mate-o, idiota!

Harry agarrou-se a Quirrell, fazendo-o gritar de dor. O professor junto a Voldemort começa a incinerar, de uma maneira que estranhamente lembra Nico da bruxa perversa do oeste. Logo nada resta deles, além de pó e um Harry desmaiado. Pouco tempo depois, Nico desmaia também de cansaço.


 


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