Secrets: Year One escrita por Moony Dragon


Capítulo 14
Capítulo 13




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WILL

Naquela noite, todos foram até o hall de entrada para a detenção, esperando ver o trio de ouro, mas…

— Você! – Malfoy silva, encarando Kat.

— Você sentiu saudade de ter detenções comigo, Dracey? Ou Snape deixou de beijar sua bunda o suficiente para perceber o quão idiota você é? – ela responde.

Eles se entreolham por um minuto antes de perceber que Filch e Neville também estavam ali. – Que tortura cruel estaremos fazendo hoje? – Kat suspira.

Filch lançou-lhe um sorriso de escárnio, murmurando – Se ao menos pudéssemos torturá-los, pequenos monstros… Sigam-me – diz Filch, acendendo uma lâmpada e liderando-os para fora do castelo. – Eu aposto que vocês vão pensar duas vezes antes de quebrar uma regra da escola novamente depois disso, eh? – ele diz, com os olhos brilhando. – Ah, sim… trabalho duro e dor são os melhores professores se você me perguntar... É uma pena que eles proibiram os castigos antigos... Pendurar os monstrinhos pelos pulsos no teto por alguns dias, eu ainda tenho as correntes no meu escritório, sempre as mantenho bem lubrificadas, caso sejam necessárias... Certo, vamos, e não pensem em fugir, será pior para vocês, se fizerem isso. 

Atravessaram os terrenos mais escuros. Neville continuou fungando. Will se perguntou o que ele iria os obrigar a fazer... as punições que Kat descreve não parecem tão ruins, apenas limpar banheiros com escovas de dentes e ajudar os Elfos da Casa.

— É você, Filch? Apresse-se, eu quero começar logo – a voz familiar de Hagrid grita.

— Eu suponho que você acha divertido tudo isso, não é idiota? – Filch  diz, olhando para Harry. – Bem, pense novamente, garoto - é na floresta que você vai entrar e eu vou ficar muito satisfeito se vocês todos voltarem em pedaços.

A floresta? Eles não os obrigariam a fazer algo que possa os matar... certo?

Todos param na metade da trilha. – A floresta? – Malfoy repete, sem parecer tão confiante quanto o costume. – Nós não podemos entrar lá à noite, há todo tipo de coisas lá - lobisomens, eu ouvi falar.

— Aww, você está assustado Malfoy? – Kat brincou, parecendo um pouco assustada.

— Isso é problema seu, não é? – diz Filch, com a voz transbordando de alegria. – Deveria ter pensado nesses lobisomens antes de entrar em problemas, não deveria? 

Hagrid avança em sua direção saindo do escuro, Canino e Snuffles em seus calcanhares. Ele estava carregando uma grande besta, e a aljava cheia de flechas pendia sobre seu ombro. – Já era tempo – ele diz. – Eu estou esperando já faz uma meia hora. Tudo bem, crianças?

— Você não deveria ser tão amigável com eles, Hagrid – diz Filch com frieza. – Eles estão aqui para serem punidos, afinal.

— É por isso que você está atrasado, não é? – disse Hagrid, franzindo a testa para Filch. – Estava assustando eles, não é? Eu vou assumir a partir daqui.

— Eu voltarei ao amanhecer – Filch zombou. – Para o que resta deles – ele acrescentou maliciosamente e se virou e para voltar ao castelo.

Malfoy se vira para Hagrid. – Eu não vou entrar naquela floresta.

— Sim, irá, se quiser permanecer em Hogwarts – Hagrid diz com ferocidade. – Vocês fizeram coisas erradas e agora vão ter que pagar pelo que fizeram.

— Mas isso é coisa para servos fazerem, não para os alunos. Pensava que estaríamos copiando frases ou algo assim, se meu pai souber que eu estou fazendo isso, você seria demitido – Will resiste ao desejo de bufar. Que pirralho!

Hagrid rosnou. – "Copiar frases". O que você vai aprender com isso? Você vai fazer alguma coisa de útil ou vai ser expulso. Se você pensa que seu pai preferiria que você fosse expulso, então volte para o castelo e arrume as malas. Vá em frente. – Malfoy não se moveu, apenas encarou Hagrid.

— Okay então. Agora, escutem atentamente, porque é perigoso o que faremos hoje à noite, e eu não quero que ninguém se arrisque. Sigam-me – ele os conduziu até a extremidade da floresta. Segurando a lâmpada no alto, apontou para uma trilha de terra estreita e sinuosa que desapareceu nas espessas árvores negras. Uma leve brisa ergueu seus cabelos enquanto olhavam para a floresta.

— Olhe lá – diz Hagrid. – Estão vendo aquele líquido brilhando no chão? Líquido prateado? Isso é sangue de unicórnio. Há um unicórnio por aí machucado. Esta é a segunda vez nessa semana. Encontrei o último morto quarta-feira. Vamos tentar encontrar o outro coitadinho. Talvez tenhamos que o sacrificar de sua miséria.

O que mataria um unicórnio?

— E o que acontece se a coisa que machucou o unicórnio nos encontrar primeiro? – pergunta Malfoy, incapaz de manter o medo fora de sua voz.

— Não há nada que viva na floresta que vai machucar se você estiver comigo, Snuffles ou o Canino – Hagrid diz a ele. – Vamos, mantenha-se no caminho. Certo, agora, vamos nos dividir em duas equipes e seguiremos a trilha em diferentes direções.

Malfoy estuda os cães. – Eu quero o Canino – ele finalmente declara. Will quase sorri.

— Tudo bem, mas ele é um covarde – Hagrid avisa, entregando-lhe o colar do Canino. Malfoy abre a boca para se queixar, obviamente esperando que o cão infernal tivesse o nome Canino.

— Então eu, Harry, Nico, Hermione e Snuffles vamos seguir nessa direção e Draco, Neville, Kat, Will e Canino vão para a outra. Se algum de nós encontrar o unicórnio, sinalizaremos com faíscas verdes, certo? Peguem suas varinhas para praticar agora - isso - e se alguém estiver com problemas, sinalize com faíscas vermelhas, e todos iremos nos encontrar imediatamente, então, tenham cuidado. Vamos –diz Hagrid.

Oh não, ele colocou Kat com Malfoy. Iram todos morrer. Antes que qualquer um deles pudesse discutir sobre os grupos, Hagrid já estava seguindo a trilha.

— Não se matem – Will diz a eles.

— É o seu jeito de dizer que você não vai me ajudar a enterrar o corpo? – caçoa Kat. Will ri e começa a seguir a trilha.

Felizmente, a caminhada ficou silenciosa com exceção do som de Neville fungando.

Will escuta um fraco ruído a distância. – O que é que foi isso?

— É-É um lobisomem? – Neville gagueja. Antes que qualquer um deles pudesse piscar, Draco agarrou Neville por trás, fazendo Neville entrar em pânico e lançar uma luz vermelha de sua varinha.

— SEU IMBECIL! – Kat grita, empurrando Malfoy contra uma das árvores, golpeando-o bem no rosto.

Will suspira. – Você está bem, Neville? – ele assente, ainda tremendo. – Eu vou dizer a Hagrid que foi um alarme falso. Certifique-se de que esses idiotas não se movam – Will diz a ele antes de desaparecer pelo caminho.

No que estava pensando? Deveria ter ficado... já é tarde demais. Só precisava seguir a trilha… Will olha para baixo para ver que havia abandonado completamente a trilha. Era um idiota.

Will começa a correr, procurando a trilha, apenas para ficar ainda mais perdido. – AJUDA! – gritou. – ESTOU PERDIDO! – e Will acabou de anunciar sua presença a todos os monstros. Hoje não era seu dia.

— O que um jovem semideus como você está fazendo na floresta? – pergunta uma voz. Will se virou para ver um menino, apenas alguns anos mais velho do que ele, com cabelos loiros sujos e um cavanhaque desalinhado. 

Will olha para baixo e vê pernas de bode em vez de humanas. – SANTA MÃE DE…

O menino (?) apenas ri. – Eu deveria ter adivinhado que você era novo nisso. Seu cheiro é muito fraco. Ah, e um bruxo, isso é interessante.

— O que você quer dizer? E por que você me chamou de semideus? – Will perguntou, tentando não deixar seu nervosismo amostra. Ele é metade bode, isso é normal comparado a muitas das coisas que já viu.

Ele sorri. – Não costumo a fazer isso. Você já ouviu falar dos deuses gregos?

Will pensou novamente no filme de Hércules. – Acho que sim?

— Um de seus pais é um dos olimpiano. Um deus – ele explica.

— O q-quê? – Will gagueja. Isso tem que ser uma piada. Nunca conheceu seu pai. Tudo que sua mãe dizia era que ele foi só uma transa quando era adolescente e que Will parecia muito com ele.

— Pegue um livro de mitologia, garoto. A metade dos mitos diz respeito a deuses tendo casos com mortais. Eu sou um sátiro, a maior parte da minha espécie gasta suas vidas procurando por crianças como você e as levando a um acampamento projetado para sua espécie – o sátiro explica.

O cérebro de Will parecia estar em curto-circuito. Ele? Um semideus? Isso não podia ser verdade…

— O acampamento está em Nova Iorque. Se você quiser saber mais, encontre-me – o sátiro diz.

— WILL! – Nico grita correndo em sua direção. O sátiro sorri para o moreno, o que apenas faz Nico lançar um olhar mortal para ele. – Nós devemos ir. Estávamos procurando por você – ele diz, sem tirar os olhos do sátiro.

— Desculpe – Will diz, não conseguindo parar de pensar no seu pai. Dá um aceno de cortesia ao sátiro antes de seguir Nico em silêncio.

 

— Will – Hagrid cumprimenta, parecendo aliviado. – Agora, grupos… – começa Hagrid, mas Will não presta atenção.

Será que o Sátiro estava dizendo a verdade?

•••

Will não conseguia dormir.

— Você está bem? – Nico sussurra.

— Tudo bem – mente, virando-se. Queria contar tudo a Nico, mas nem sabia se era verdade e não tinha ideia de como ele reagiria. – Você teve outro pesadelo? – Will perguntou a ele.

Depois de um tempo Nico assente. Will sabe que não devia perguntar mais. Era algo que tinha aprendido sobre Nico. Ele tinha seus segredos e gostava de manter eles para si mesmo, e Will respeitava isso, mas às vezes não podia deixar de pensar sobre isso.

— Devemos tentar dormir – sugere Nico. Will assente, sabendo que não há chance de isso acontecer.


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