Apenas o tempo escrita por Peggie


Capítulo 8
Capítulo 7 - Quando a verdade é a melhor amiga.


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY EVERYBODY! Como vocês estão? Espero que bem, nesse período de quarentena pode estar sendo difícil para alguns, mas eu, verdadeiramente espero que estejam todos bem física e psicologicamente.
FINALMENTE! Finalmente esse capítulo saiu, queria pedir desculpas a vocês, pois havia dito que esse capítulo não demoraria e bom... Demorei.
Nesse capítulo vocês vão entender um pouco mais sobre a relação conturbada da família Fairchild e saber qual foi o incidente que fez a Clary "surtar" no último capítulo, que a propósito, é de onde pararmos anteriormente e de onde vamos começar hoje.
Antes de começarmos queria agradecer aos comentários passados da Leh e da Isabella Fray, e àqueles que favoritaram!

Espero que vocês gostem!
Deixem-me saber o que estão achando de "Apenas o Tempo" nos comentários.



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Capítulo 6 - Quando a verdade é a melhor amiga

Um zumbido ocupa meus ouvidos após sentir meu coração desacelerar.

A sensação era semelhante de anos atrás, desespero, o pressentimento que encontraria tudo na completa desordem mais uma vez.  A presença de Izzy talvez tenha me poupado de tamanho estresse, afinal Jocelyn não mostraria essa sua face a outras pessoas. 

Mesmo que existisse a possibilidade de barrar a entrada de Jocelyn, devido as fechaduras instaladas há alguns anos, não era uma opção, pois impediria o acesso de Izzy a parte do quarto que a pertencia temporariamente. 

A respiração ainda um tanto descompassada , fez com que eu deitasse e fechasse os olhos fortemente, enquanto pressionava minha mão em meu peito. 

“A casa nunca esteve tão silenciosa, cheirava à produto de limpeza e parecia ter sido arrumada afinco. Pela hora Jocelyn estaria no hospital. Tranco a porta e ponho as chaves no aparador, subindo em direção ao meu quarto logo em seguida.

Ao entrar posso perceber a completa bagunça no lugar. Minhas roupas jogadas pelo chão. Livros fora de ordem, tudo parecia ter sido tirado do lugar onde deveria estar. Portas abertas, gavetas igualmente, semelhante à uma cena de assalto, como se alguém procurasse por algo específico, algo valioso. 

Mas isso já havia acontecido há alguns meses. 

Tudo parecia revirado. Anotações espalhadas pelo quarto. Nem parecia ser o que era de costume. Alguns dos meus desenhos pelo chão. Fotografias que decoravam minhas paredes tomaram o mesmo destino. 

Meus olhos encheram d’água. Um soluço ficou preso na minha garganta. 

Jocelyn é louca

Mordo fortemente o lábio na esperança que as lágrimas sequem e desistam de cair, mas é em vão. Logo elas ocupam minhas bochechas, e descem pelo meu pescoço. Um cansaço inexplicável ocupa meu corpo. Meus passos são lentos enquanto eu começo a olhar mais de perto a desordem do meu quarto, pego algumas roupas do chão, e as coloco na cama. Tirando do bolso meu celular digito rapidamente para Izzy

Puts, amiga. Vou ter que desmarcar a nossa

saída de hoje. Foi mal, viu? Beijos

Clary? O que aconteceu?

Desanimei. É só isso. Dá um beijo nos

meninos por mim, tá?

Desanimou? Como assim? 

Você estava tão empolgada!

Suspirei profundamente, fechando os olhos com força. Mas ainda tem algo que eu preciso fazer. Não dá mais. Eu não quero mais. Não era pra ser tão difícil gostar de alguém. Eu tenho que sair fora dessa antes que eu me envolva demais, me apegue demais. Procuro minha conversa com Jordan e escrevo sem pensar duas vezes:

Não posso sair hoje

Foi mal :(

É o terceiro bolo que você me dá só nessa semana, Clarissa. 

Sem contar os que você me deu ao longo do mês.

Se você não quer mais sair comigo é só dizer.

Sem mentiras, não precisa

Só não dá Jordan. Desculpa

Eu sinto muito. 

Bloqueio o celular frustrada. Ponho minhas mãos trêmulas na cabeça. É, acho que acabou. Meu pseudo relacionamento acabou. Mesmo que eu queira chorar nesse instante, recomponho-me e começo a recolher tudo que está pelo chão. Ainda assim as lágrimas escorrem, o soluço saí e a dor não passa. 

Cada passo parece lento demais. Sinto-me exausta mesmo sem ter feito absolutamente nada. Decidida, procuro o dinheiro que havia guardado nos últimos meses e ligo imediatamente para o um chaveiro, avisando que precisaria de novas fechaduras e trancas.”

“Duas horas mais tarde eu tenho quase tudo o que preciso, uma nova fechadura, e duas trancas uma para a parte externa e outra para interna, algo teria que impedi-la de entrar. Nem me toquei o quão perigoso seria chamar alguém para instalar isso enquanto estava sozinha, mas eu não abri mão da minha nova aquisição, precisava disso desesperadamente. Agradeci francamente ao homem que aceitou meu pedido e compreendeu que eu estaria no andar de baixo enquanto ele trabalhava. Mesmo que tivesse trancado os quartos ainda não estava 100% segura de que nada aconteceria. 

Após sua saída ainda precisei de mais uma hora até que tudo estivesse em completa ordem. Talvez ninguém acreditasse que aquele era o mesmo lugar de três horas atrás, porém eu consegui “restaurá-lo” os danos não foram muitos ou extravagantes. 

Mas sentar em minha cama, e assumir que minha própria mãe teria feito aquilo fez que as lágrimas voltassem. Saber que abri mão de algo que eu queria conhecer em prol de algo que deveria comum entre nós, a paz. Será que ela não queria minha felicidade? O que passa pela cabeça dela? Não obtive respostas, nem após um longo banho. Muito menos enquanto me lamentava. Não resultaria em nada. 

Uma sexta feira que eu passaria em casa, ignorando as milhares mensagens de Isabelle. Digerindo o meu pseudo término em silêncio era só o que eu precisava uma boa noite de sono e fingir que nada tinha acontecido naquela tarde. 

Meu celular tocou pela sétima vez. Virei-me para não encarar o visor. Eu sabia que era Izzy, conforme o tempo passava ela ligava insistentemente, além de deixar inúmeras mensagens de voz e de texto em todas minhas redes sociais possíveis. Precisava respondê-la caso contrário ela não desistiria nunca. Nem ao menos li o que ela havia dito apenas respondi:

“Dormi durante esse tempo

Estava exausta. Ainda estou

Não vai rolar mesmo. Beijos

Amo você”

Um barulho ecoa, fazendo com que eu voltasse a realidade afastando meus pensamentos enevoados.. Levantei rapidamente, observando Iz que parece distraída. Fumaça sai do banheiro, devido ao vapor da água, meu rosto está vermelho, posso vê-lo através do meu reflexo, após a porta se abrir. Passo as mãos no rosto, e tento agir naturalmente. São segundos, talvez dez no máximo. Viro-me em direção a cama e organizo-a desnecessariamente, apenas passando as palmas pelos lençóis. 

— Clares? Tá tudo bem? — a voz de Isabelle soa atrás de mim, posso ouvi-la se aproximar. — Você parece nervosa...Distraída

— Tá tudo ótimo. — respondi, sem virar para olhá-la. — Eu só estava me lembrando de alguns trabalhos que eu não fiz… Fiquei meio aflita — decidi olhá-la. Ela parecia estar pronta para dormir com seu típico pijama e meias longas. Seus longos cabelos negros molhados chamaram minha atenção, afinal estava um pouco tarde demais para isso.

— Sei como é. A Michelle não me deixa dormir há semanas — sorri com seu comentário sobre a professora de física — Quer que eu faça um chá pra’ nós duas? 

— Não, tudo bem. — sentei-me

— Você pode me emprestar seu secador? — questionou, mudando de assunto, apenas murmurei a afirmação e permiti que fosse pegá-lo.

(>>>)

Quarto dia. 7 de fevereiro

Quinta - feira, manhã seguinte

A sensação de estranheza ocupa meu corpo desde a última noite. É como se alguma parte minha esperasse pelo pior, e colocasse minhas expectativas baixas para evitar a frustração. Meu corpo parece pesado e exausto, como se horas de sono não fossem o suficiente para descansar minha alma. Considerando o atual estado, nem mesmo um dia inteiro seria capaz de renovar minhas forças.

Izzy embora tentasse, não entendia meu humor. Enquanto eu, era incapaz de explicar. Compreender tamanha complexidade dos sentimentos humanos, não é uma tarefa fácil, até exaustivo, posso afirmar. Principalmente quando não há uma compreensão genuína do que se passa em seus próprios pensamentos, logo, a dificuldade de expressá-los aumenta drasticamente. 

O silêncio foi meu refúgio. Mas recorri a hábitos nervosos como roer as unhas, atitudes que me lembram exercícios tranquilizantes ensinados há alguns anos, feitos para evitá-los. Tal mudança de comportamento não passou despercebida por meus amigos. Inclusive por Jace Herondale. 

Sabia que me observava, a aula de inglês acontecia normalmente. Olhei para trás procurando por ele, que sorriu ao me ver, retribuí sem graça, virando-me mais uma vez. Talvez devesse respostas a ele. Por inúmeras razões.

“–  A ideia de saberem sobre nós te deixa tão brava? –  a palavra não parecia a certa. Seu olhar parecia decepcionado. Fiquei sem reação. Jace Herondale não era uma pessoa muito aberta para falar das emoções, nos conhecíamos desde pequenos, Izzy era sua prima, logo, eu reconhecia isso por inúmeros fatores, pela convivência e pelos “rumores”. Saber que fui a responsável por algo tão nítido me magoou profundamente. 

Mágoa não parece a palavra exata, mas a sensação é semelhante. 

—  Jace… –  disse mais uma vez. Sua postura mudou completamente, endireitou-se e continuou a me olhar, mas não retirou o braço próximo à minha cabeça.–  Você sabe que não é assim. –  tentei, mas ele desviou o olhar.”

A lembrança fez com que a urgência da verdade ardesse em meu peito. Mas como poderia dizer que Jocelyn não era uma pessoa fácil para assumir um relacionamento? Desejava sanar suas dúvidas e pôr um fim na ladainha que me perseguia. Contudo, não conseguia encontrar um jeito de explicar que minha mãe era uma questão séria dessa equação, sem que a fizesse passar como louca. 

Em muitos graus ela havia apresentado uma melhora significativa ao longo dos anos. Dorothea estava fazendo um bom e contínuo trabalho com minha mãe há algum tempo. Desde que Valentim morreu em um acidente de carro Jocelyn começou a tentar controlar o que podia. Como resultado obtivemos uma rotina extremamente meticulosa, obsessão por limpeza e a tentativa irracional de me moldar ao seu gosto. Mas não existia uma maneira saudável e racional de impedir um ser humano de agir por vontade própria e fazer o que deseja.

Por isso nossa relação tinha falhas.

E tem até hoje

Jocelyn e eu não éramos mais exemplo para ninguém no âmbito “relação maternal”, com certeza nossa convivência extrapolou as expectativas, negativamente falando. Mas ainda assim, de alguma forma, nos divertimos em datas festivas como o Natal passado e o Dia de ação de graças. Dorothea afirmava que era importante manter a alegria pela casa e firmar laços, e nós fazíamos, era bom dar um tempo no drama familiar exaustivo.

Era triste assumir, mas em algum momento nosso relacionamento entre mãe e filha se perdeu. Por anos ele se encaixou em minhas idealizações, talvez esse tenha sido o problema, não estar preparada para a queda que a realidade me causaria, fez com que eu me desacreditasse da pessoa que Jocelyn mostrou ser por anos, e me apegar a imagem monstruosa que construí a seu respeito.

A dor da mágoa invisibilizou, para mim, o que éramos antes do acidente. Enquanto para ela o medo de perder tudo a transformou em outra pessoa aos meus olhos. Quando mais nova, éramos próximas, talvez fosse o encanto da infância ou a presença de Valentim, porém de alguma forma funcionava. Lembro-me de ter meu lado criativo estimulado por todos, pincéis, telas, cursos online e aulas inúmeras, fizeram com que eu me apaixonasse ainda mais pela arte. 

Conforme o tempo passou, Jocelyn mostrou não apoiar completamente minha carreira artística, mas não me impediu de exercê-la, como médica e viúva de um engenheiro, suas expectativas talvez fossem “mais altas” a respeito da profissão dos meus sonhos. Mais um conflito em nossa relação “perfeita”, posso afirmar. 

Como impedir tudo de desmoronar?

Suspirei, tantos pensamentos faziam com que me sentisse sufocada momentaneamente. Saio da sala após ser autorizada para tal, ando o mais rápido que posso, desejando que tamanha confusão saia da minha cabeça  o mais rápido possível. e recebo uma mensagem quase de imediato. 

Tá’ tudo bem?

Sim, perfeitamente

Me encontra depois da aula?

Não vai dar…

Talvez seja o jeito mais fácil, afinal. 

(>>>)

12 de fevereiro.

Terça feira.

Instituto

Maryse tinha voltado e com isso Izzy retornou para sua casa há dois dias. Nossa antiga rotina voltou ao normal, não que drásticas mudanças tivessem ocorrido enquanto dividimos o quarto. Mas, agora, sem ela, minha cabeça encontrava-se vazia para que dúvidas a rodearem.

Talvez eu tenha feito merda, daquelas bem grandes que não há como reverter. Sempre procurei o diálogo em todas as alternativas, até mesmo quando parecia incoerente. O que aconteceu com essa parte minha nos últimos dias? 

Jonathan me mandava mensagens que eu respondia normalmente apenas desmarcando os encontros. Talvez em algum momento ele desistisse. Não tinha coragem para terminar algo que me fazia tão bem. Contudo, chegar em casa e encontrar Jocelyn no sofá ainda me dava arrepios ruins, então me lembrava que talvez fosse a opção mais saudável. 

Mesmo que uma parte minha ainda se questionasse, “saudável pra’ quem?”

O sentimento ainda está aqui, ao vê-lo passar não é como se fosse possível ignorar. As primeiras semanas serão insuportáveis, contudo, ficará mais fácil de lidar conforme o tempo passar. É o que eu espero ao menos. 

As horas passam vagamente até que eu possa recolher minhas coisas e caminhar em direção a saída. Porém, não é como nos últimos dias, pois alguém que não conheço me chama pelos corredores e me entrega um bilhete. 

“A gente precisa conversar. Você sabe disso.

Por favor, espera só um pouco e me encontra no quarto andar”

(>>>)

Não ficamos pelo Instituto, aquele havia sido apenas um ponto de encontro. O conflito iria me matar cedo ou tarde, por isso decidi ceder a tentação e esclarecer os pontos. Nenhum ser humano merecia o que eu estava fazendo, permitir que alguém passasse por isso era completamente desnecessário, era mais digno dizer a verdade e afirmar que aquilo era um término para nossa pseudo relação.

Jonathan nos levou ao drive-thru mais próximo, considerando os meses nevados ele era permitido à usar o carro e deixar sua moto de lado, mesmo que contrariado. Talvez comer não estivesse nos planos, contudo, não seria má ideia considerando que estávamos em silêncio há algum tempo e existia a possibilidade de a comida mudar a situação de desagradável para suportável. Observava-o de soslaio. Suas mãos no volante enquanto olhava de forma fixa para a frente. 

— Nós... Eu, nós... Podemos pedir? — comecei incomodada que o único som presente partia do aquecedor.

— Você está com fome? — seus olhos foram em minha direção pela primeira vez desde que entramos naquele carro. 

— Não, mas… É melhor fazer alguma coisa, não acha? — sugeri, mas me senti estúpida logo após pronunciar as palavras. — Olha, eu sei que você me trouxe para conversar, então vamos fazer isso, okay? 

Ao invés de começarmos a falar o silêncio retornou. Ajeitei minha postura e decidi deixar que Jonathan tomasse a próxima iniciativa. Não precisei esperar muito, pois sua voz logo ressoou pelo ambiente. 

— Se você não quiser mais sair comigo, tá tudo bem. Mas você pode pelo menos me dizer o que aconteceu?  — Jonathan Herondale poderia estar confuso, indignado, surpreso, apenas ele sabe o que sente nesse instante. Pois sua voz parecia inexpressiva e indecifrável para mim.

— Jace, eu… — deveria dizer a verdade? As palavras pareciam difíceis de serem pronunciadas não apenas por ser doloroso dar um fim àquilo, mas também por reconhecer que não seria algo que eu desejava plenamente. — Eu sinto muito… — toquei seu ombro — Por te deixar no escuro por alguns dias. Mas, eu pensei… — reformulei — Eu acho que é a melhor opção nós… Nos afastarmos, antes que as coisas fiquem sérias demais. — pensei rápido, concluindo que não pareço a mesma pessoa desesperada pela confirmação de que estávamos namorando, as palavras não condizem com minhas dúvidas anteriores.

— Foi pelo o quê eu disse? Esquece. A gente não precisa resolver isso agora. Tá bom? Só preciso saber se você gosta de mim, porque eu gosto de você e… — meu coração acelerou e quis sorrir com a afirmação. Mas não o fiz. Queria abraçá-lo e terminar com aquela confusão existente em sua mente, mas deveria? 

O que minhas atitudes poderiam causar a nós? Talvez eu estivesse sendo covarde, fugindo mais uma vez do que realmente quero, apenas por medo. Não deveria me poupar de algo que me traz tamanha felicidade e satisfação em prol de outra pessoa. Meus pensamentos eram inúmeros, contudo minhas palavras fugiram da minha boca.

— Claro que eu gosto! — minha  voz soou firme e imediata, até mesmo me surpreendi com a facilidade com que saíram — Sentimentos não somem assim do nada. — diminuí o tom ao começar.  — Só é confuso. — olhei para frente, desviando nossos olhares. 

— Você não tem certeza? Sobre seus sentimentos, é isso?

— Não! — essa possibilidade parecia inacreditável depois de minha confissão anterior.

— Então o que aconteceu? — insistiu — Nós podemos continuar assim, sem contar a ninguém, não tem problema. Mas você não fala comigo e… Some… Não sei o que fazer, Clarissa. — queria beijá-lo em partes porque sentia falta de seus lábios e outra pois desejava desesperadamente fugir do assunto.

Mesmo que tivesse entrado naquele carro pensando em uma forma de acabar com tudo o que tínhamos meus objetivos caíram por terra quando ele assumiu gostar de mim. Então eu contei tudo, nos mínimos detalhes desde a morte de Valentim até os dias atuais. Sobre Jocelyn, Simon e Jordan e os problemas que relacionamentos anteriores me causaram. Falei sobre o medo e a angústia, talvez tenha me colocado em uma posição muito vulnerável para aquele momento. Não estávamos juntos há muito tempo, mas desde que começamos esta já não era a primeira vez que eu decidi me afastar e a verdade parecia ser a melhor opção. 

O diálogo sempre foi minha ferramenta predileta, mas com Jace a usava raramente, fato extremamente contraditório considerando que éramos um “casal”. Logo, contar a verdade era o certo a se fazer. Jonathan escutou tudo atenciosamente e disse que sempre acreditou que o meu término com Jordan havia acontecido porque Kyle era um completo babaca e eu apenas tivesse descoberto tarde demais, mas cedo o suficiente para “me livrar”. Comentário este que me fez rir em meio à um clima desconfortável para mim. 

Esperava muitas reações ao terminar. Mas ao sentir seus lábios próximos aos meus soube que talvez minhas expectativas sobre ele fossem baixas. Sobre nós como um todo. Pois meus pensamentos eram completamente negativistas para aquele momento, sua atitude me surpreendeu e trouxe tranquilidade ao meu peito. Só pude pensar em quanto tempo me afastei voluntariamente ao invés de aproveitar com ele o que podíamos fazer juntos. 

Ninguém precisava saber, não agora.


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? Talvez eu não tenha sanado todas as dúvidas ou talvez não tenha sido o que vocês esperavam para o capítulo. Deixem-me saber, por favor.
A história não é movida a comentários, mas eles me fazem muito feliz e me dão acesso à um feedback único de vocês. Então me digam o que acharam :)



Beijos e abraços.
Pegs

Postado em: 06/06/2020



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