Cassis (Série Alestia I) escrita por Jane Viesseli


Capítulo 19
Sentimento Mútuo




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Os lábios de Sara dançavam com os de Cassis num toque suave e prolongado, fazendo sua pele se arrepiar e uma explosão de torpor se espalhar pelo seu corpo, bloqueando todos os seus sentidos. A princesa não sabia mais onde estava, se havia alguém por perto ou o que deveria fazer com as próprias mãos, pois tudo o que conseguia pensar era naquele momento, naquele beijo, no sabor doce e agradável da boca de Cassis e em como ele parecia querer aquilo tanto quanto ela.

Ele, por sua vez, podia ouvir as batidas fortes do coração da princesa como se ele estivesse ao lado de seu ouvido e, com aquele beijo, sentindo o sabor suave do vinho nos lábios macios de Sara, o vampiro se deu conta do quanto tudo àquilo era certo. O contato era certo, o momento era certo, as palavras que o antecederam eram certas, até mesmo àquela aliança maluca entre as espécies era certa, pois tudo o que envolvia Sara de Alestia parecia ser extremamente certo e os segundos com ela pareciam infinitos.

Cassis cessa o contato dos lábios lenta e sedutoramente, apoiando as mãos sobre a cadeira da princesa e observando seus olhos fechados e respiração descompassada. Ele sorri levemente, feliz, mas disfarçando suas emoções assim que ela abre os olhos e o encara, com um brilho diferente no olhar.

Sara enche os pulmões de ar, envolvida pela bolha romântica que havia se formado ao redor deles, achando aquele o momento perfeito para dizer como realmente se sentia. Entretanto, a atmosfera arrebatadora é instantaneamente estourada com a intromissão de dois soldados, que adentram o salão de banquetes para requisitar a presença do príncipe no campo de treinamento da fortaleza leste.

O vampiro a olha, incerto, dividido entre o compromisso de seu principado e sua vontade de permanecer ali com ela, para ouvir o que tinha a lhe dizer.

― Vá, deve ser importante – sussurra Sara decidindo por ele, ainda sentindo-se aérea com o que havia acabado de acontecer.

― Irei – cochicha de volta –, mas quando retornar tenho algo importante a lhe contar. Espere por mim!

― Esperarei – confirma, assistindo a saída do vampiro com expectativa e já ansiando por seu retorno.

O tempo, a partir daquele momento, pareceu passar devagar demais na opinião de Sara, que precisou tomar o comando do castelo e fazer diversas mudanças, para ocupar a mente inquieta. A ordem sobre a reposição de vitae foi reforçada, uma pintura de Cassis para a Sala das Lembranças encomendada, o jardim podado, o quarto de Richard limpo e levemente modificado, acordos de compra e venda de alimentos reajustados, a cozinha reorganizada e a belíssima harpa transportada do quarto do rei para a sala do trono, onde Sara esperava corresponder ao pedido do vampiro e tocar uma bela melodia.

Quando a noite cai, nos aposentos reais, Sara se aconchega na cama e instantaneamente sente falta de sua companhia noturna. Cassis não havia retornado da fortaleza, o que significava que os assuntos militares eram bem mais complexos do que o esperado, deixando sua mulher sozinha pela primeira vez em muitas noites. E, apesar de se esforçar para pegar no sono, a princesa não conseguia conter a ansiedade e as lembranças do beijo, que retornavam a sua mente a todo instante, fazendo-a tocar os lábios involuntariamente com a ponta dos dedos.

A porta do aposento se abre repentinamente, trazendo uma onda de euforia para o coração da realeza, que logo se senta.

― Perdoe-me por perturbá-la, vossa alteza – pede a criada, deixando Sara levemente desapontada por não ser quem ela esperava. – Sua presença é requisitada na sala de reuniões do rei, uma visita urgente à espera.

― Quem, em sã consciência, se atreve a nos fazer uma visita a essa hora?

― Sua alteza, príncipe Henrique de Aurora, senhora. Os soldados não ousaram barrá-lo – identifica a criada, correndo para apanhar o longo robe da princesa assim que ela saltou da cama, a fim de cobrir-lhe a roupa de dormir e torná-la mais apresentável.

― O que ele faz aqui numa hora dessa? Aconteceu algo grave?

― Não sei lhe dizer, alteza, ele apenas pediu uma conferência de emergência com a senhora, visto que ainda não teve a oportunidade de ser apresentado ao príncipe.

Sara conclui a amarração de seu robe, caminhando apressadamente à sala de audiência particular do rei, sendo escoltada pela criada que fora convocada às pressas para chamá-la, mas que também estava vestida para dormir.

― Você sabe que não é adequado para mim, me encontrar com um homem em particular a essa hora, não sabe? Ainda mais usando estes trajes?

― Sim, alteza, eu sei.

― Então tenho um pedido a lhe fazer: Henrique é meu amigo, mas, ainda assim, me pede um encontro inapropriado devido a uma emergência. Por isso deixarei a porta aberta e quero que você ouça a tudo do lado de fora, para me servir de testemunha de que nada aconteceu ali, entendido?

― Sim, senhora, farei tudo como ordenado e me certificarei de que nada aconteça a vossa alteza. Meu marido, soldado do rei, está de guarda no hall de entrada e correrei para chamá-lo caso seja necessário.

― Não seja tola – comenta com descrença, sorrindo levemente para não parecer grosseira –, ele é um antigo conhecido da família, jamais me faria mal.

Sara suspira profundamente ao chegar à sala de conferências, recuperando o fôlego antes de entrar cautelosamente onde Henrique já a aguardava. Ele tinha se tornado um belíssimo homem, de cabelos loiro-dourados e curtos, trajando roupas elegantes e a coroa fina do principado de Aurora. Seus olhos cor de mel pareciam calorosos ao vê-la e acompanhavam a todos os seus movimentos, enquanto a criada se acomodava secretamente do lado de fora da porta.

― Vossa alteza não abraça mais os velhos amigos? – começa ele, com uma voz mais grave do que a princesa se lembrava.

― Desculpe-me, Henrique, estou extremamente feliz em vê-lo, depois de tanto tempo, mas não acho que tal gesto seja apropriado agora que me casei e meu marido não está presente. Além disso…

― Então o monstro não está no castelo? – interrompe arrogante, espantando Sara com tamanha agressividade para com uma pessoa que sequer estava ali para se defender.

― Como disse?

― O monstro, realmente não está no castelo? – repete, caminhando discretamente pelo cômodo, com as mãos para trás, a fim de alcançar a porta sem que ela se desse conta de seu movimento.

― Não o chame assim – pede Sara, sentindo-se particularmente ofendida pelos insultos à Cassis e já desgostando de sua visita. – Você não o conhece, não tem o direito de dizer tais coisas sobre ele. Agora, pode me dizer o que está acontecendo? Fui alertada de que sua visita era urgente.

― Nunca o vi pessoalmente, mas conheço sua raça e sei o que são – comenta, ignorando a pergunta.

― Se nunca o viu pessoalmente, significa que não esteve presente em meu noivado ou em meu casamento, e, se me lembro bem, também não esteve presente nos funerais de meu irmão e meu pai, portanto, você não está num patamar tão adequado para criticar alguém.

― Bravo! – Ri. – Continua boa com as palavras.

― Pode, por favor, me dizer o que está acontecendo? – insisti, aflita.

― Fique calma, nada aconteceu.

― E a conferência de emergência?

― Era uma mentira! – confessa com ironia, exibindo sua fileira de dentes brancos como se tentasse lhe dizer alguma coisa, fazendo a boca de Sara abrir e fechar três vezes sem nada dizer. – Precisava de um pretexto para os soldados me deixarem entrar na Cidadela e no castelo, então eu menti.

― O que veio fazer aqui, então?

O príncipe se cala momentaneamente, aproveitando-se de sua proximidade para fechar e trancar a porta, fazendo um calafrio percorrer a coluna de Sara ao ficar a sós com ele. Do lado de fora, a serva aproxima seus ouvidos da madeira que os separava, aflita, na tentativa de escutar o que se passava do lado de dentro, pois começava a duvidar que as intenções de Henrique fossem realmente boas.

― Vim buscá-la para torná-la minha rainha!

― O quê? – questiona surpresa, arregalando os olhos.

― O período de luto terminou e em breve será sua coroação. Você será colocada numa posição elevada e sem retorno, e não posso permitir que fique vinculada a ele – continua Henrique, aproximando-se lentamente e pronunciado a última palavra com repulsa.

― Quem é o “ele”, exatamente? – pergunta seriamente.

― Não se faça de desentendida, Sara, é do vampiro que estou falando.

― Já estou vinculada a ele, caso não se lembre – debocha sem muito humor, apontando a joia em seu dedo anelar esquerdo.

― Não está não. Eu a conheço bem e sei que este casamento é uma fachada – diz com cumplicidade, imaginando que, se sua suposição fosse correta, isto deveria ser um grande segredo.

― Que besteira, Henrique. Nunca colocaria meu povo em risco fazendo um falso casamento – esbraveja a princesa, tentando camuflar o súbito medo que a tomara, afinal, como ele poderia saber de tal coisa? Aquela mentira deveria ser um segredo eterno entre ela e Cassis, sendo inaceitável que qualquer outro humano ou vampiro cogitasse a respeito.

― Está me dizendo que foi consumado? Teve coragem de se deitar com um morto? – indigna-se. – Estou enojado, Sara!

― Cale-se! – grita de repente, desejando que sua voz soasse alto o bastante para que a criada alertasse os soldados. – Cassis não é um morto, é um vampiro, e pare de perguntar sobre minha vida particular, pois isso não lhe diz respeito. A quem entrego minha honra de mulher é um problema unicamente meu. – Encerra dois tons acima do que tinha começado.

Houve um silêncio constrangedor, que foi interrompido pelas batidas bruscas dos soldados na porta, exigindo a abertura da trava imediatamente ou eles a arrombariam. Sara sentia seu rosto queimar de vergonha por tratar de um assunto tão íntimo aos berros, sabendo que todos os que permaneciam do lado de fora agora estavam cientes do teor de sua discussão.

Henrique havia sido um bom amigo na infância, quando Alestia e Aurora realizavam deliciosas visitas diplomáticas e cerimônias do chá, mas o rapaz se afastou consideravelmente devido aos aprendizados de seu principado. Sara, por sua vez, também tivera suas próprias aulas e exercícios, e agora que ele estava ali, dizendo coisas estranhas e insinuando maldades com relação à Cassis, ela sentia que não o conhecia mais, que o garoto educado e simpático de sua infância havia desaparecido.

― Venha comigo, Sara – pede devagar, tentando manter a linha de raciocínio em meio às gritarias e batidas na porta –, eu resguardarei seu reino junto ao meu, não precisa ficar casada com um vampiro se sua intenção é apenas a proteção de Alestia – insisti.

― Não irei a lugar algum! Meu reino está seguro e eu estou feliz aqui. Agora, abra a porta, Henrique – enfatiza.

― Não está não. – Irrita-se.

― Abra a porta!

― Não abrirei nada e você vai me escutar – grita. – Você acha que está feliz, mas, e quando se der conta de que nunca poderá ter um herdeiro? Irá se deitar com ele, noite após noite, como uma prostituta em busca de uma recompensa? Aquela coisa sequer pode lhe dar um filho, ele está morto!

Silêncio!

Sara podia sentir a raiva e a ofensa se misturando e tomando forma dentro de seu corpo. O quesito “herdeiros” era apenas um detalhe diante da forma com que ele se referia a sua reputação naquele momento. Desde pequena ela havia sido educada para a realeza, aprendendo como se comportar e agir diante da alta sociedade, estudando, sobretudo, sobre a importância da fama de uma mulher.

Numa sociedade onde os homens ainda davam a última palavra, a reputação de uma mulher era fundamental para que suas suposições e desejos pudessem ser levados em consideração, sua própria mãe havia lhe ensinado essa lição. Agora Henrique estava ali, insinuando que toda a sua boa conduta seria jogada fora se continuasse com Cassis, que ficaria desonrada caso resolvesse se entregar a ele, mesmo que fosse seu marido.

Do outro lado da porta não se ouvia mais ruídos, como se o comentário do príncipe de Aurora tivesse chocado a todos, trazendo o silêncio geral.

― Era para você ser minha desde o início, estávamos prometidos um ao outro, até esse vampiro imundo aparecer – recomeça Henrique, rompendo o silêncio.

― Não o insulte mais! – ordena, tentando manter o tom de voz controlado. – Você está se dirigindo à princesa herdeira de Alestia, está pisando nas minhas terras e não permitirei que afronte meu marido e futuro rei, diante de minha presença! – repreende, com o máximo de autoridade que conseguira reunir naquele encontro tão caótico. – Se algum dia vier a ter minha honra manchada, será unicamente pela falta de herdeiros e não por me entregar ao homem que reina ao meu lado.

― Ele não é um homem! – grita ele.

― É sim! Pode não ser um humano, mas é um homem honrado, filho de um lorde por criação e escolhido criteriosamente pelo conselho vampiro para se casar comigo – rebate, elevando ainda mais o tom de voz. – Cassis é confiável, seguro de suas ações, rápido, forte, excelente com a espada e tem se mostrado um governante habilidoso até mesmo com os assuntos mais difíceis.

― Quero-a de volta.

― Não me trate como um objeto, Henrique, eu escolhi estar aqui e não irei a lugar algum. Quero ficar em meu reino, com o meu povo e com o meu marido.

― Por que insiste nessa idiotice?

― Porque eu o amo! – responde num rompante, sentindo a garganta doer pelo excesso de gritos.

Sara havia sido bastante enfática em sua declaração, não deixando qualquer sombra de dúvida ou hesitação em suas palavras. Cassis era de fato um grande homem, repleto de todas as qualidades mencionadas e de muitas outras que ela sabia não ter reparado ainda, e, diante da revelação de seus próprios sentimentos, a princesa se convence de que não havia nada de desonroso em se apaixonar por ele ou se entregar intimamente ao homem que amava.

Já Henrique, estava chocado com a confissão, que o repelia e o açoitava ao mesmo tempo, já que tudo o que tinha feito e estudado até então fora feito unicamente para reinar ao lado dela. Eles haviam sido prometidos um ao outro, e o príncipe esperava ansioso pelo dia em que ela lhe pertenceria, não prevendo que as circunstâncias pudessem mudar nos reinos do sul, obrigando Arthur a romper com o trato matrimonial para assumir compromisso com os vampiros. No entanto, explicação nenhuma parecia ser suficiente para o reino vizinho, que foi tomado de um imenso ressentimento e teve seu príncipe pessoalmente desafiado, pois ninguém podia tomar o que era seu.

― Solte-me! – ordena a princesa, um segundo depois de senti-lo apertar a mão ao redor de seu braço direito e arrastá-la em direção à porta. Não havia sons do lado de fora e a princesa temia que não houvesse mais ninguém ali para detê-lo.

― Eu a levarei comigo e em breve verá o bem que estou lhe fazendo – explica, esperando que quando chegasse a Aurora ela pudesse cair em si e se libertar de toda aquela ilusão.

― Largue-me agora mesmo, eu quero ficar! – ordena, tentando se libertar enquanto a mão livre de Henrique destravava o ferrolho.

O príncipe para com um movimento brusco, irritado com a resistência de Sara, puxando-a para si e forçando seus lábios nos dela, enquanto suas mãos a prendiam naquele beijo rude e desagradável, como se pudesse fazê-la mudar de ideia. A princesa se debate sob seus braços, desesperando-se ao notar que seu robe estava ficando frouxo, deixando seus trajes de dormir expostos para um homem que não conhecia mais, e cujos braços, apesar de não serem tão musculosos, ainda eram mais fortes do que ela.

As mãos brutas se soltam de repente e o corpo de Henrique congela, dando à princesa a liberdade de que precisava para ajeitar suas roupas e deferir-lhe um tapa no rosto, antes de notar a lâmina afiada perigosamente posicionada sobre as costas do príncipe, pois atrás dele estava Cassis, empunhando sua espada de uma mão e meia, também conhecida como a espada bastarda.

Os caninos salientes e os olhos semicerrados denunciavam o tamanho de sua raiva, que tão estranhamente ele não fazia questão de esconder. O vampiro havia chegado subitamente, sendo logo chamado pelos soldados que pretendiam arrombar a porta da sala de conferências, para assim, libertar Sara. Entretanto, o não-vivo os impediu, pedindo-lhes silêncio, pois o próprio visitante lhes abriria a porta ao imaginar que não havia mais ninguém ali.

E lá estava ele, rodeado de soldados armados e furiosos, igualmente indignados por abrirem a porta e verem o príncipe de Aurora agarrado a Sara, assediando-a. Em seu desejo mais profundo, Cassis queria poder furá-lo com sua espada e fatiá-lo em mil pedaços, para colocar sua carne em uma sopa e servir o caldo aos Rebeldes num grande baile, pelo simples prazer de dizer que a sopa tinha “o gosto da realeza”. Contudo, ele sabia que Sara e as leis de Alestia não aprovariam seu humor sombrio.

― Ela disse que quer ficar – rosna entredentes, fazendo o corpo de Henrique estremecer com sua voz grave e agressiva.

― Está bem. Já que deseja colocar sua vida nas mãos de um bebedor de sangue, não venha procurar-me quando as coisas ficarem ruins.

― É este o interesse que sente por ela? Algo que de repente deseja o pior? – resmunga Cassis em protesto. – Sara merece coisa melhor do que você…

― Não me chame de “você”, não lhe dei essa intimidade – retruca Henrique, virando-se lentamente para o vampiro, que mudou a posição da espada, das costas para a garganta do príncipe humano.

― E você acha que eu ligo? Vindo a Alestia nesta hora tão inapropriada, solicitando uma audiência particular com minha mulher, ofendendo-a, desacatando-a e tentando tomá-la a força, acha mesmo que um garoto mimado como você merece tratamento especial?

― Está cometendo um grande erro, vampiro.

― Não estou não. Suas atitudes são completamente puníveis sob as leis de Alestia e farei constar nos registros do reino o ultraje que fez Sara de Alestia passar esta noite, com todos os soldados e uma criada por testemunhas. Portanto, qualquer quebra de aliança que suceder a isso será única e completamente culpa sua, e me agradeça por não julgá-lo segundo as leis de meu clã, que implicariam em mais dor do que seu corpo imundo conseguiria aguentar.

― Sara me pertence! – retruca Henrique.

― Sara pertence a quem quiser pertencer.

― Ela nunca será feliz aqui.

― Somente ela pode julgar isso e não você.

― Ela irá se frustrar com esse amor estúpido.

― Não irá, pois eu também a amo!


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Notas finais do capítulo

Wooooow!!!
Altas revelações durante uma discussão tão acalorada.
O sentimento enfim se tornou mútuo. Agora finalmente podemos dizer que Cassis e Sara de Alestia estão apaixonados.



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