WSU's Padre escrita por Lex Luthor, WSU


Capítulo 4
III




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Todos sentados na sala olhavam apreensivos para a garota. A mãe, mais nervosa, não pôde esconder o pranto, sentada ao lado da filha.

— Eu estou bem melhor, mãe — tentou acalentar a genitora com um abraço. — Quer dizer, só estou sentido uma dor imensa no meu queixo.

Wellington pôs uma caixa de pizza sobre a mesa.

— Você tentou dar um mortal para trás e acabou batendo o queixo na cama — esclareceu o exorcista. — Não foi isso, padre?

Matias nada respondeu.

— Nossa, eu preciso de um pedaço dessa pizza — disse Joana, se levantando em direção à mesa.

— Não! — implorou a senhora Guariba.

Antes de chegar à caixa, a garota gritou ao ver seu reflexo no vidro da mesa.

— O meu rosto — lamentou, caindo em prantos nos braços da mãe.

Lineker olhou para a parede no corredor da sala e viu uma série de capas de revistas com o rosto de Joana, emoldurados como troféus.

Nossa! — murmurou o garoto, abismado.

Vendo a tristeza daquele lar, Matias tomou a frente.

— Felizmente, o pior já passou — falou com pesar na voz. — Nós da Igreja de São José, estamos de braços abertos para ajudar no que for preciso.

O pai, com dois envelopes de pagamento na mão, entregou um a cada padre.

— Senhores, obrigado pelo que fizeram hoje — agradeceu, com um suspiro —, mas eu espero que entendam que precisamos de um momento a sós com nossa filha.

Ambos entenderam a importância daquele momento e não se contrapuseram.

— Só vai levar um minuto para eu lhe deixar em sua casa, padre Matias — disse senhor Guariba.

— Vá cuidar da sua família, homem! — falou Wellington, puxando a responsabilidade. — Eu posso levar o meu amigo aqui para o esconderijo dele.

Matias olhou desconfiado para o clérigo mais velho. Era irônico dizer aquilo, já que quem se escondia era ele mesmo.

— Se não for incômodo, padre Wellington.

— Não, o tanque está cheio.

Quando o representante da igreja e os exorcistas saíram, a curiosidade do senhor Guariba o fez abrir a caixa de pizza.

— Que merda é essa? — indagou com repulsa.

A combinação de camarão e chocolate belga não era sua favorita. Talvez de ninguém.

Do lado de fora, no veículo, Lineker foi dormindo no banco de trás e seu pai dirigindo, ao lado do novo acompanhante. Wellington tentava ligar o carro, mas toda vez que girava a chave, o velho Chevette engasgava.

— Deve ter sido a temperatura baixa — analisou, tentando ligar o carro.

Mathias olhou para trás e, vendo a criança em seu repouso, decidiu de que aquela seria uma boa hora para esclarecer alguns pontos antes de escrever um relatório sobre o exorcista “brasileiro”.

— Você perdeu mesmo a fé, padre? — indagou.

Sem atinar para a pergunta, disparou:

— Fé em Deus que essa lata sai do canto hoje. — Percebendo que houve uma pergunta, buscou-a em seu subconsciente. — O quê? Hã? Claro que não!

O acompanhante apenas acenou com a cabeça.

— Sei o que está tentando, Mathias — disse Wellington. — Já fui um jovem padre como você, querendo colocar a igreja acima de tudo. Se soubesse metade da podridão que tem lá...

Antes de completar, foi interrompido.

— Pare, por favor — implorou, indignado. — Se não acredita, tente não matar a crença de outro. — Apontou para o banco de trás. — Especialmente de um inocente. É horrível e ganancioso o que está fazendo.

Escuta aqui, seu merdinha — sussurrou. — Não me diga como criar meu filho, ok?

Desviou o olhar para frente e suspirou, como se estivesse cansado.

— Já pensou que — continuou, como se desabafasse e por um curto instante sua voz estremeceu —; que acredita num Deus no qual você criou uma confiança de filho para pai e — seus olhos marejados, não esconderam a amargura de seu peito apertado —; e quando chega a hora mais escura ele não está lá?

Foi a vez de Mathias tirar seus olhos de seu companheiro.

— Eu creio — falou Wellington, limpando o nariz —, mas Ele não vai estar lá. Por isso, eu não acredito em Deus.

Depois de mais um engasgo, o motor ligou.

— Graças a mim! — agradeceu-se, arrancando um sorriso do outro padre. — Agora vou ter que abastecer, na reserva.

— Acabou de dizer que o tanque estava cheio na sala do Guariba — disse Mathias, apontando com o polegar para trás.

— Foda-se — rebateu, ao partir em velocidade.

 

 

 

Eskina 10

 

— Você precisa realmente de uma boa noite de sono — disse Tuller, ao me ver bebericar o copo de gin.

Olhei para ele, do outro lado do balcão, trajado em seu avental preto, com um numeral dez bordando uma estampa e o menosprezei com meus olhos apertados. Haviam algumas mesas vazias, era início de noite. Talvez o pouco movimento foi pela seresta de Zezo, que não suporto mais.

— Com aquele bizarro lá?

— É, oras! — irritou-se. — O apartamento é seu, você não tem nada a perder.

— Evitar um possível feminicídio é uma boa razão pra não voltar lá? — ironizei com meu sorriso. — Ele veio até aqui e se ele sabe de nós dois?

Meu amante, impressionado franziu a testa arregalando os olhos.

— Ontem o reflexo dele me sorriu no espelho.

Ingeri todo o líquido como se fosse água.

— Isso é bom! — disse ao sorrir, abastecendo meu copo. — Estamos fazendo um corno feliz.

— O problema é que ele nem estava por perto.

Nesse instante, Tuller parou de encher o copo na metade.

— Já chega por hoje, isso é tudo. — Sua gargalhada fez eu me sentir uma idiota. — Você está paranoica.

Nunca diga isso a uma mulher.

— Escuta aqui, idiota! — Puxei a gola de seu avental para junto de mim, encarando-o nos olhos. — Vem, me come de madruga e não sabe o que eu passo depois até ele sair e me deixar em paz.

Quando soltei seu uniforme de trabalho, ele massageou o seu pescoço.

— Tá legal, ok? — Me olhou enraivecido. — Não tinha necessidade de tudo isso.

— Eu preciso de ajuda — falei pausadamente.

Tuller tornou a encher o copo.

— Então acha que tem algo sobrenatural com ele? — desta vez, perguntou mais cavalheiro e sem deboches.

— É algo assustador. — As recentes memórias me vinham à cabeça. — Nos olhos, na voz, no jeito de andar e todo aquele desespero e... de repente a má intenção.

O meu barman apenas atentava calado.

— Não acho que ele seja mais humano — resumi em uma palavra. — É um demônio.

Sabia que aquele olhar dele queria acreditar nas palavras sem sentido que saiam da minha boca. Era isso que eu admirava nele, por mais absurdas que fossem minhas deias, ele não sabia dizer um não.

— Bem — disse, ao observar as horas no seu relógio de pulso prata —, se for mesmo, conheço um cara: Wellington, um padre metido a caubói.

Apontou com o indicador, para uma das mesas do canto.

— Senta ali toda noite com o filho — explicou-me, enxugando um copo com um lenço. — Isso quando não tá rodando com o moleque pelo Brasil inteiro, trocando porrada com possuídos.

 

 

 

Bairro da Renascença

 

O Chevette estacionou em frente à uma casa de esquina. Não uma comum, mas com uma curva circular. Era basicamente um arco entre duas ruas. A cerca baixa de um metro e as portas de vidro, eram praticamente um gesto de que o morador daquela residência confiava na população daquela cidade estranha.

— Já pode descer do carro — pediu Wellington, nada cortês.

Matias olhou para o banco de trás uma última vez, onde o garoto dormia.

— Eu só peço, que o que quer que tenho o feito perder sua fé — disse, ao virar para o pai —, não afete o garoto.

O motorista nada respondeu, apenas refletiu em seu silêncio, observando o carona deixar o veículo. Antes dele passar pelo portão baixo da cerca de sua residência, Wellington soltou uma última:

— Espero nunca mais ver sua cara de cu na minha vida Matias! — gritou, ao cantar os pneus do veículo e deixar o jovem clérigo observar a saída grosseira.

Todo o barulho fez o garoto acordar assustado.

— Pai?! — chamou, ao levantar-se.

— Esse é o meu nome — respondeu o padre. — Tá com fome, Link? — perguntou, tentando contornar.

O garoto olhou para a própria barriga.

— Exorcismo dá fome mesmo — concluiu. — Se não for uma pizza estranha...

— Bora pro “eskinão”.

Eskina 10

Não demorou muito para o padre caubói bigodudo e seu filho de black power, segurando um boneco do Temerário, chegarem e sentarem na mesa do fundo. Enquanto tocava É Tarde Demais, do Raça Negra, os observei decidirem as opções no cardápio.

Quando ele olhou para o balcão, desviei o olhar. Esperando que ele não tenha me notado, apenas me virei para o balcão. Tentativa fracassada, o padre parou no banco ao lado.

— Tuller! — chamou, assobiando.

— Diga lá, meu patrão! — chegou sorridente, enxugando copos de pinga.

— Um copo de leite e uma Pitú pra agora e... — Coçou o queixo, pensativo — e assa uma linguiça e um espetinho de carne pra viagem.

Ele se sentou ao meu lado e começou a assobiar a música que estava tocando agora. Talvez, ele tivesse percebido.

O tempo passou e eu sofri calado — cantarolou. — Não deu pra tirar ela do pensamento.

Nesse instante, fechei os olhos e fiquei calada. A última coisa que eu esperava era que um padre iria flertar comigo.

— Quem é que se casa contra a vontade nos dias de hoje? — perguntou, sorrindo e batucando o balcão timidamente.

Eu.

— A não ser que você perca uma corrida, aí vai ter que se casar comigo — disse sorrindo.  

Coloquei a mão esquerda na mesa e exibi a minha aliança. A única função dela era espantar os tarados de plantão. Isso fez com que eu ele soltasse uma risada alta.

— Me desculpe! — assumiu, tomando o fôlego de rir. De repente, o caubói ficou sério. — Então qual era o motivo dos olhados, Marilyn Monroe?

 Aquilo me espantou, realmente ele havia percebido.

— Problemas... no casamento — respondi, insegura.

— O dever de um padre, nesse caso, não é satisfazer os prazeres da carne — sorriu —, mas sim, aconselhar.

— Pode exorcizar o meu marido, padre? — perguntei sem arrodeios.

Ele parou, estranhando.

— Não posso fazer isso sem ter certeza de uma possessão e um laudo médico.

— Ele está morto, padre.

— Desculpe, filha, demônios não possuem falecidos.

Passei a mão na testa, impaciente.

— É figurativo, imbecil. — Tentei buscar palavras para descrever a minha estranha situação. — Ele não me toca mais, nem sequer conversa. Chega de madrugada e passa o dia fora e parece um estranho, um zumbi  em casa.

— Então sugiro que ligue para a Terapia de Casal, sua vagabunda. — Olhou para frente e viu que os pedidos estavam a chegar. — Me dê licença, que eu preciso dar de comer ao meu filho e tentar comprar uma casa, trabalhando pra gente séria.

Tuller voltou ao balcão, nos olhando.

— Tá aqui a dose — falou, colocando o copo na mesa — e o limão — também pôs a fruta —. O leite quente com chocolate e marshmallow.

Mashmallow? — indagou, o padre. — Lá na Vila Praia de Âncora bebíamos direto dos peitos das cabritinhas.

O meu garçom amante estendeu as mãos, como se perguntasse: “fazer o que?”.

— Os churrascos já saem.

Pegando os dois pires, o peculiar homem levantou-se.

— Foi um prazer, moça — cumprimentou, despedindo-se sem nenhuma cordialidade e olhando-me com desprezo.

Puxei o seu braço e o desequilíbrio fez a dose cair. Indignado ele me olhou, fulminando-se com os olhos.

— Espera! — pedi, em desespero. — Como conseguiu adotar uma criança sem uma casa?

— Com todo respeito que eu tenho a sua pessoa: vá se foder, senhorita — xingou-me, com o rosto corado.

Arrependida, segurei firme o braço do pároco.

— Tome meu cartão, por favor. — Entreguei-o minha identificação de assistente social. — Eu posso te ajudar com ele — falei, fitando o garoto.

Ele puxou o braço e não me deu mais atenção, mas foi andando com meu cartão. Aquilo havia me dado uma esperança.

— Olha o que você fez, Julia! — esbravejou, Tuller.

Pegou uma pá e uma vassoura e juntou os cacos. O padre continuou me encarando. Talvez eu o tenha intimidado, ou talvez eu tenha criado mais um perseguidor.

Beco do Eskina 10

 

Tuller era mais do que um garçom para o famoso bar: era um faz-tudo também. E como tal, tinha que contornar situações desconfortáveis como evitar possíveis confusões como a que quase foi gerada e jogar os cacos de vidro na lixeira do beco.

Ao fazê-lo, acendeu um cigarro de menta e olhou para a escuridão. Um raio clareou tudo e deixou visível a peculiar figura de terno e cabeça baixa no meio das sombras.

No palpitar acelerado de seu coração surpreso, abriu a boca num instante de pasmo e deixou o fumo cair. Estranhando e, ainda assim, reconhecendo, decidiu perguntar:

— Funes?

O homem continuou se aproximando ofegante, suado e assustado.

— Meu Deus! — admirou-se. — Que porra é essa?

Com um brado revoltado, ele avançou em direção ao garçom.

— Ah! — disse, ao sorrir irônico, pisando em seu cigarro caído. —  Eu vou te ensinar a ficar longe dela, seu corno do caralho.

Armou o punho e, na hora certa, desferiu o golpe certeiro no meio da cara. Isto fez o marido traído parar, de cabeça baixa.

— Gostou dessa, seu merda? — provocou o garçom.

— Sim — respondeu com a voz deformada, mostrando seus inúmeros dentes pontiagudos e olhos negros.

O rapaz arregalou os olhos, impressionado e afastando-se, ao andar para trás. Decidiu correr o mais rápido que pôde, na direção contrária e tentar uma fuga.

Ponte Ítalo Casper

 

A dupla de exorcistas andava em direção ao Chevette estacionado abaixo da estrutura do final da ponte que cortava o Rio Jaguaripe, ligando para a Ilha de Itaparica.

— Esse churrasco muito... — falou de boca cheia.

A atenção para a comida foi embora ao ver o cão magro urinar em seu pneu.

— Puta merda, de novo! — se desesperou. — Vaza, vaza! — gritou o padre.

O cachorro amarelo correu, mas não foi muito longe e logo começou a chacoalhar todo o corpo ao ver a guloseima que Lineker trazia.

— Aqui, Grigio! — Ele retirou a salsicha do palito e a atirou para o animal, que latiu como se agradecesse.

Wellington coçou a cabeça e encarou o garoto.

— Toda vez você faz isso, porra? — O garoto baixou a cabeça com a bronca. — Ele urina no pneu e você recompensa com uma salsicha!

— Mas pai — tentou se justificar —, é uma forma de deixar ele por perto!

— E por que raios eu ia querer esse vira-lata magro por perto?

A pergunta chamou a atenção do cachorro, que levantou as orelhas.

— Dom Bosco tinha um cão chamado Grigio — respondeu o garoto, sorrindo forçado —, era o anjo da guarda dele!

Wellington olhou de novo para o cão, que parecia sambar e sorrir, enquanto abanava o rabo.

— Se esse for o meu, eu estou fodido. — Arregalou os olhos, admirado. — Se bem que cada um tem de Deus o que merece.

O pai abriu a porta do veículo e olhou seriamente para seu filho.

— Eu não vou falar outra vez — avisou erguendo o dedo. — Já para o seu quarto. Mais conhecido como banco traseiro recostado na mala.

Lineker foi até o cachorro dançarino e afagou sua cabeça, desanimado.

— Tchau, Grigio — despediu-se e seguiu o rumo do carro numa malemolência, que parecia estar com o corpo derretendo.

Quando entrou, seu pai fez questão de bater a porta e o vira-latas ainda estava lá. Mais comportado, sentou-se e balançou a calda, quase sorrindo.

— Se mijar nesse pneu de novo...

Torceu o palito de seu churrasco, o quebrando ao meio. O gesto fez Grigio abaixar e emitir um som agudo. Só então, saiu com o rabo entre as pernas.

— Espero que tenha me entendido!

Logo o cão partiu e sumiu das vistas do padre, mas o cão começou a latir desenfreadamente.

— Que porra esse cachorro tem hoje? — indagou-se, ao ir em direção aos latidos.

Do outro lado da ponte, um pequeno e crescente grupo de pessoas se aglomerava. Todos olhavam para o alto e o clérigo tratou de fazer o mesmo. Pasmou-se ao ver um possível suicida na beira do precipício.

— Tuller! — espantou-se, ao reconhecer.

— É o garçom, pai? — indagou, o garoto afagando a cabeça do cão.

— O que você tu tá fazendo aqui, porra? — indagou, desesperando.

— Oi, Wellington — cumprimentou a voz familiar, do outro lado.

—  Mefisto? — indagou, surpreso. — O que você tu tá fazendo aqui, porra?

— Apenas assistindo sua alma ser minha, caso se omita a salvar garçom — respondeu, sorrindo. — Tá no contrato e nem adianta dizer que não pode tentar nada, você conhece o suicida. É seu amigo.

O garoto, segurando o seu boneco do herói caveira e o cachorro se entreolharam.

— Tá falando com quem, pai? — perguntou Link, tentando disfarçar o riso.

Virou-se novamente para o filho, em desespero.

— Volte para o carro! — ordenou, apontando o dedo. — Você não pode ver o que vai acontecer aqui!

Sabia que aquilo poderia ser traumatizante para o garoto e talvez, ver uma vida dada por Deus ser pedida daquela maneira fosse um golpe em sua fé.

— E você não vai com ele — reclamou, apontando o dedo para o vira-latas. — Dá o fora.

Tanto o animal, quanto a criança, não demonstraram interesse algo em obedecer. Wellington até daria mais uma bronca, se não fosse por um gritalhão.

— Espero que tenha tomado um Red Bull antes de pular, otário! — advertiu o barbudo de terno roxo e óculos espelhados azuis, em plena noite.

O incentivo da população louca da Cidade do Corsário seria mais um fator na luta por sua alma. Já não era mais Mefisto ao seu lado e sim a peculiar figura, que olhou para as mãos do garoto e sorriu.

— Belo boneco, filho! — elogiou.


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