Time After Time escrita por Catelyn Hudson


Capítulo 1
Final Countdown


Notas iniciais do capítulo

'Final countdown' é uma canção de 1986 da banda Europe, caso queiram pesquisar.



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Nova York, 1996

─ Deveríamos jogar “Eu Nunca” ─ sugeriu Tony. ─ Eu sei que seus pais têm vodka aqui, Nat.

Natasha revira os olhos.

─ Aham, como se eles fossem ficar de boa com um monte de adolescentes desperdiçando a bebida deles. É vodka russa legítima, Tony. Só para ocasiões especiais.

─ Não sou adolescente, faço faculdade.

─ Ainda é menor de idade ─ Steve murmurou.

─ Se você queria jogar jogos com bebida ─ começou Clint, ignorando a resposta do Stark ─, deveria ter trazido a sua própria.

─ Vocês são muito sem graça ─ Tony bufou. ─ Por que ainda ando com vocês?

─ Porque somos os únicos que suportam jogar RPG com você ─ Bruce respondeu em voz baixa, mas todos o ouviram. Thor foi o primeiro a rir, seguido de Steve; logo todos riam, menos Tony.

─ Terminaram? ─ perguntou depois que as risadas diminuíram. ─ Vamos lá jogar, já que é pra isso que vocês servem, mesmo.

Ignorando sua tentativa falha em insultá-los, todos concordaram em iniciar a sessão da noite. Thor era o mestre dessa vez, pois não conseguiu criar um personagem bom, apesar de ter sido ele a criar o mundo.

─ Onde paramos na última vez, mesmo? ─ perguntou Clint. Thor assumiu um ar solene e respondeu:

─ Vocês estavam nas catacumbas de Paris. Os Chitarui estão à espreita. Uma decisão errada e eles atacam vocês.

─ Como fomos parar em Paris? ─ Clint murmurou. Natasha pôs a mão em seu ombro e lhe deu um pequeno sorriso, ao qual ele corresponde.

─ Tenho certeza que o Homem de Ferro tem um mapa das catacumbas e um detector de Chitauri ─ disse Tony.

─ O mapa, pode ser ─ replicou Steve. ─ Mas os Chiaturi são aliens. Como o seu uniforme pode detectá-los?

Tony pensou um pouco e deu de ombros.

─ Bom, podemos rolar o dado para checar. ─ E o fez. ─ Oh, merda. Estamos lascados, pessoal.

Eles jogaram por mais uma hora até que Bruce pediu uma pausa para comer.

─ Uma pizzaria ajudaria muito a derrotar os Chitauri.

─ Sim, sim ─ concordou Nat. ─ Vou fazer o pedido. ─ Dito isso, levantou-se e foi até o telefone. Enquanto disca o número do delivery e espera ser atendida, ela se entreteu em observar a casa em frente pela janela.

O casal Titan parecia estar brigando novamente; era a terceira briga que ela flagrava só naquele mês, e certamente havia várias outras que ela não via. Tenho pena da Georgina e da Nikki, pensou. Terem que aturar isso direto… Pelo pouco que ela falava do assunto com as gêmeas, o pai era o grande responsável pela maioria das brigas ─ e ele era violento. O “acidente” (ela duvidava que o tivesse sido) que deixou Nikki paraplégica adveio de uma das vezes em que ele chegou em casa alcoolizado.

De repente, o Sr. Titan agarrou um objeto grande. Ao levantá-lo, Natasha quase pulou ao perceber que era um facão. Do canto do olho, ela viu alguém se levantar na sua sala. E aí o Sr. Titan esfaqueia a esposa. Uma vez. Duas. Três… Quando finalmente o delivery a atendeu, cinco facadas haviam sido dadas.

─ Boa noite, delivery de pizza, qual o seu pedido?

A voz trouxe Natasha de volta à realidade, mas sua voz ainda era trêmula quando respondeu:

─ P-por favor, ligue para a polícia urgente. Acabei de ver um as-assassinato.

─ Um… assassinato?

─ Sim, na casa em frente à minha. Rua Shield, número 45. V-você pode ligar por mim?

─ Claro, senhorita. Agora mesmo. ─ E desligou. Apenas nesse momento, ela percebeu que o Sr. Titan a encarava, e que todos os seus amigos haviam se levantado para ver o que tinha ocorrido. Ela sussurrou: ─ Meninos, precisamos fugir. Agora.

—--x---

Eles foram encontrados no porão da casa dela 2 horas depois, graças ao aviso de Nikki. Aparentemente, o Sr. Titan não se tocou que eles haviam visto tudo até a polícia chegar, e ainda assim ele só fugir, deixando para trás Nikki, que rastejou até o corpo da mãe enquanto gritava pela irmã Georgina, mesmo sabendo que ela não estava em casa.

Natasha e seus pais passaram os dias que se seguiram abrigados na casa de Clint; Bruce, que morava na mesma rua, foi com os pais para a casa do Thor. Uma semana depois, a polícia os chamou.

─ Não o encontramos ─ disseram. ─ Não é seguro vocês permanecerem em Nova York, ou mesmo nos Estados Unidos. Teremos que inseri-los no programa de proteção a testemunhas.

Ninguém se opôs. Já tinha sido informados que aquele não teria sido a primeira vez que o Sr. Titan matava; pelo contrário.

─ Aparentemente o pai era conhecido como Thanos nos anos 70 ─ Georgina contara 2 dias antes. ─ Ele não tinha um alvo específico, mas sempre queimava suas vítimas e guardava as cinzas em urnas coloridas. ─ Ela baixou o olhar. ─ Sempre soube que o pai era violento e abusivo, mas achava que só era assim em casa, sabe? Meu Deus… morei no mesmo teto de um serial killer…

Foi a primeira vez que algum deles viu Georgina chorar.

─ E a minha irmã? ─ A voz de Nikki tira Nat de seus pensamentos. ─ Ela não está em perigo, também?

─ Ela não estava em casa quando o crime aconteceu, então não é testemunha ─ explicaram. ─ Não está 100% fora de perigo, mas temos razões para crer, por ora, que ele irá atrás apenas de quem o flagrou no ato. Ela será vigiada, claro, mas poderá ficar aqui.

Não há muito tempo para despedidas. Em pouco dias, todos estão espalhados pelo mundo, sozinhos e receosos do futuro


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Notas finais do capítulo

Esse cap e o próximo são só para estabelecer a premissa, então são curtinhos!



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