High School Blindspot escrita por blindrepata


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Bora pra mais um capítulo!



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Jane

Todos escutaram em silêncio enquanto eu dava todas as explicações sobre minha filha. Também expliquei que eu só soube agora que ela estava viva. Eu trouxe comigo a cópia do registro de nascimento que Rossi me deu e passei para eles. Patterson rastrearia e todos juntos tentaríamos descobrir o que pode ter acontecido após ela ter sido levada do hospital. Eu estava aflita e nervosa e com muito medo de acontecer algo com ela se não descobríssemos seu paradeiro. Pois pela maneira como deixei Ellen furiosa quando fui embora se ela encontrasse Avery antes de mim ela poderia sumir novamente com a menina.

Após trabalharmos o dia todo nisso Nas sugeriu que fizéssemos um intervalo, pois a carga estava muito pesada para todos. Eu fui até o vestiário lavar meu rosto e quando levantei o rosto do lavatório e olhei através do espelho Kurt estava me observando com uma expressão não muito amigável. Eu fiquei calada esperando ele falar.

— Eu acho que precisamos conversar. – Ele falou ríspido.

— Olha Kurt...

— Não tem nada de ‘olha Kurt’. – Ele me interrompeu com raiva. – Eu fiz uns cálculos rápidos enquanto você falava e a não ser que você estivesse... Eu sou o pai dela, Remi? – No meio da raiva ele me chamou pelo nome que eu já havia pedido para não chamar.

— Eu quis te contar. – Falei com lágrimas nos olhos. – Eu juro que eu tentei...

— Eu não me lembro de receber nenhuma ligação sua, nem carta, ou recado. Eu não me lembro de nada disso. – Ele falou frustrado. – Muito pelo contrário. Você foi embora porque quis. Me deixou porque não teve coragem de assumir nosso relacionamento, não quis enfrentar sua família. – Agora ele também chorava. – Poxa, você estava esperando uma filha minha. Eu tinha direito de saber.

— Eu sei. Me perdoa. Eu não sabia o que fazer. – Eu chorava em desespero. – Uma noite eu te liguei e... Allie atendeu e me disse que vocês estavam juntos e que era pra eu te deixar em paz.

— Allie... – Ele pensou por um minuto. – Ela nunca me falou sobre essa ligação.

— Claro que não, Kurt! Ela não me queria entre vocês dois e ela estava certa. – Falei com tristeza. – Eu não tinha nada de bom para lhe oferecer. Só problemas e resolvi te deixar em paz.

— A filha também era minha. Você podia não me querer ao seu lado, mas o direito de saber que você estava grávida eu tinha, mas você me negou isso.

— Me desculpa...

— Olha, eu estou com muita raiva por você ter feito isso, mas eu quero muito te ajudar a encontrá-la. – Ele falou pensativo. – Eu sou o pai dela! Ninguém vai me tirar isso.

— Jane, Kurt. – Patterson entrou no vestiário e nos olhou preocupada com o que via. – Encontramos alguma coisa.

Nós voltamos para o laboratório. Todos devem ter percebido o tom da conversa que acabamos de ter, pois nossas expressões mostravam que não estávamos bem. Patterson conseguiu algumas pistas e continuaríamos rastreando no dia seguinte.

— Você vem comigo? – Kurt me perguntou quando me viu pegando minhas coisas para ir embora.

— Não. – Respondi secamente. – Vou com a Patterson.

— Olha, eu sei que essa situação está um pouco delicada, mas minha casa está aberta pra você.

— Kurt, nós já tivemos muita carga emocional para um dia e eu prefiro ficar com ela até encontrarmos a Avery.

 

Natasha

Edgar estava me esperando do lado de fora do prédio do FBI. Como sempre ele me esperava com um sorriso e me deu um beijo doce quando me aproximei.

— Você pode ir. Eu preciso fazer uma coisa antes e tenho que passar em casa. – Falei preocupada.

— Eu te levo. – Ele ofereceu.

— Não, Ed. – Neguei. – Eu quero ir sozinha.

— O que está acontecendo, Natasha? – Ele perguntou desconfiado. – Você estava aérea o dia todo!

— Não é nada. Só deixa eu fazer isso sozinha. Por favor! – Implorei.

— Tudo bem. – Ele concordou. – Vem aqui. – Ele me puxou e me abraçou. – Tasha. Você sabe que pode falar qualquer coisa comigo. Qualquer coisa mesmo. Eu estarei aqui sempre. – Ele falou acariciando meu rosto. – Vai lá e faz o que você precisa fazer e me liga quando chegar em casa, tá bem?

— Tá bem. Eu te amo, Ed. – O beijei e saí.

O que eu precisava fazer não era nada demais, quero dizer, era sim, mas eu não queria preocupa-lo caso fosse apenas uma paranoia da minha cabeça. Eu passei onde precisava e fui para casa. Com sorte as meninas haviam saído e eu poderia ficar sozinha por algum tempo. Tomei um banho demorado na tentativa de adiar o inadiável, pois eu precisava fazer isso hoje, precisava ter certeza.

Após o banho fiz o que precisava e me vesti. Voltei para conferir, pois já estava aflita. Minhas suspeitas foram confirmadas. Eu me assentei no chão do banheiro mesmo e me derramei em lágrimas, chorei de desespero por quase meia hora. Desde que perdi minha vó nunca a quis tanto ao meu lado como nesse momento. Depois de um tempo me levantei, peguei minha bolsa e saí para a noite escura.

 

Kurt

Eu ainda não conseguia acreditar que tinha uma filha. E acreditava menos ainda que Jane me escondeu isso. Tá que eu posso não ter facilitado muito, mas eu tinha o direito de saber. Agora saber que eu tenho uma filha e que ninguém sabe onde está. Eu imagino como Jane está se sentindo, pois ela viveu a perda de perto e agora saber que a garota está viva. Eu queria fazer de tudo para encontrá-la.

Já estava tarde e eu estava bebendo uma cerveja perdido nesses pensamentos quando o telefone tocou.

— Kurt. – Ouvi a voz aflita de Jane do outro lado. – Patterson encontrou algo... Você precisa vir.

 

Edgar

Eu estava um pouco preocupado com Natasha. Eu senti que ela não estava bem o dia todo, mas não quis me falar o que a estava preocupando. Confesso que ainda me sinto um pouco inseguro em relação a nós. Mas deve ser apenas paranoia minha por tudo o que já aconteceu no passado.

Depois que cheguei em casa quis ligar para saber se ela estava bem, mas resolvi esperar um pouco para dar espaço a ela. Quando decidi ligar já passava das oito horas e seu telefone estava desligado. Deixei recado no caixa de mensagem “Meu amor, estou preocupado. Me liga”. Agora sim, estava mais preocupado ainda. Já estava quase ligando para umas das garotas que dividia o apartamento com ela quando ouço uma batida na porta.

— Tasha? – Falo ao abrir a porta e dar de cara com o motivo das minhas preocupações.

Ela tinha os olhos vermelhos e o cabelo um pouco bagunçado. Mas a beleza estava presente mesmo com a aflição que havia por trás dela. Ela se jogou em meus braços e eu a tomei num abraço apertado que só nós sabíamos o quanto precisávamos nesse momento. Eu fechei meus olhos e mergulhei no perfume de seus cabelos. Estar assim com ela fazia com que todas minhas preocupações se fossem e só existisse nós dois no mundo.

— O que houve? – Perguntei ainda abraçado a ela. – Eu estava muito preocupado com você.

— Reade... eu. – Ela me encarou e dessa vez as lágrimas rolavam em sua face e eu quis enxugar e retirar toda a tristeza que a afligia. Ela era minha garota e eu a amava tanto a ponto de querer que a dor dela fosse minha. Ela soltou um longo suspiro antes de falar. – Eu tô grávida.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima!!!



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