High School Blindspot escrita por blindrepata


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Estamos chegando à reta final dessa história! Muitas emoções à vista!



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Jane

Fazia uma semana desde que descobri que meu filho estava vivo. Não falei nada com Kurt. Nem sabia por onde começar, mas cedo ou tarde eu teria que falar, mas estava adiando ao máximo esse momento. Eu dormi com ele há uma semana e desde esse dia não conseguimos evitar e ficamos juntos mais algumas vezes, mas eu sabia que em algum momento a bomba iria estourar e tudo iria para o ralo.

Eu havia marcado um encontro com um homem chamado Rossi em um bar no subúrbio. Roman e eu o encontramos investigando as pistas do nascimento do meu filho. Fomos ao hospital e conseguimos o contato de uma enfermeira que trabalhava lá na época e ela falou sobre esse homem. Eu estava me esforçando para fingir que tudo estava bem quando eu estava com Ellen, pois sabia que se ela descobrisse daria um jeito de impedir esse encontro.

— Olá, Remi. – Ouvi uma voz masculina nas minhas costas.

— Oi Rossi. Obrigada por vir. – Agradeci ao homem que apresentava estatura mediana e calvície e parecia ter cerda de sessenta anos.

— Eu imaginei qual seria o assunto da conversa e trouxe isso pra você. – Ele falou me entregando um envelope. – Eu não posso demorar. Só vim te entregar isso. – Ele disse já saindo.

— Espere. – Eu pedi me levantando.

— Não posso. Só vim lhe entregar isso. – Ele disse desaparecendo pela porta do bar.

Eu abri o envelope e me deparei com a cópia de uma certidão de nascimento de exatamente quatro anos atrás. Avery. Uma menina. Não podia ser minha, pois pelo que Ellen disse eu tive um garoto. Mas a data, hora e local batiam e só podia ser ela. Minha filha. Mais uma vez Ellen havia me enganado. Eu deixei as lágrimas rolarem por meu rosto como há muito tempo não permitia.

— Roman. Preciso de você. – Deixei uma mensagem no celular dele e voltei pro FBI. Se não bastasse a investigação contra a Sandstorm agora tinha o sumiço da minha filha.

 

No final do dia estava com Kurt do lado de fora do prédio do FBI e disse a ele que estava cansada e também que precisava voltar pra casa da Ellen, pois já tinha dormido fora na noite anterior.

— Tudo bem. – Ele me puxou pra ele e me deu um beijo leve nos lábios. Apreciei o contato por alguns segundos e me deixei ser abraçada e beijada por ele. Oh Deus, como eu precisava dele ao meu lado nesse momento, mas não poderia contar tudo a ele sem magoá-lo. – Vou ficar com saudades.

— Amanhã. – Eu disse me soltando dos braços dele.

— Remi. Você acredita que é mesmo da sua filha? – Roman questionou quando contei tudo a ele.

— Ele não teria motivos para mentir. – Afirmei.

— Como faremos para encontra-la. – Ele perguntou.

— Ainda estou pensando. – Eu estava aflita. Queria saber logo onde ela estava, com quem estava, se era bem cuidada. Eu não suportava a ideia de saber que minha filha estava por aí em qualquer lugar.

— Você poderia pedir ajuda aos seus amigos do FBI. – Ele sugeriu.

— Não quero envolve-los nisso. – Falei desviando meu olhar.

— Não vai contar ao Kurt? – Ele me provocou.

— Eu ainda não sei como fazer isso. – Afirmei.

— Está com medo de perde-lo de novo.

— Roman, eu não sei o que ele vai fazer quando souber que tive uma filha e que ela foi tirada de mim e nunca contei a ele. – Falei aflita. – Ele nunca vai me perdoar.

— Você não sabe disso. Só saberá depois que contar a ele.

 

Edgar

— Meu amor. – Eu disse a puxando para perto de mim no sofá.

— Hum? – Ela resmungou perguntando.

— Você poderia se mudar pra cá. – Sugeri.

— O que? – Ela se assustou com minha sugestão.

Fazia alguns dias que eu queria ter essa conversa com ela, mas não havia tido coragem ainda. A verdade é que eu não consegui ficar longe dela. Parece que cada noite afastados eu tinha a sensação de que poderia perde-la novamente. Eu não suportaria esse golpe de novo.

— Estou falando sério, Natasha. – Acariciei o rosto dela com o polegar na tentativa de deixar essa conversa mais suave. – Nós passamos muito tempo juntos. A maioria das noites você está aqui comigo mesmo. E continua pagando aluguel sem necessidade.

— Edgar, eu não quero um homem para me sustentar. – Ela afirmou fingindo-se de ofendida.

— Eu não estou sugerindo isso. De maneira nenhuma. – Neguei. – Nós podemos dividir as contas da maneira que você quiser. Eu só queria que estivéssemos sempre juntos, é tão bom quando você está aqui.

— Eu também gosto de estar aqui com você, Ed, você sabe. Só não quero apressar nada. – Eu não sabia se ela estava confusa ou com medo, ou se não me amava a ponto de vir morar comigo.

— Tudo bem. – Afirmei triste. – No seu tempo. Eu espero.

— Ei! Não fica assim! – Ela falou tocando meu rosto.

— É que eu te amo tanto, Tasha. – Me declarei. – Tenho medo de te perder de novo. Eu não sei o que eu faria sem você por perto, eu...
— Eddie! – Ela me repreendeu. – Olha pra mim. Eu a olhei e o olhar dela era de doçura e compreensão. – Não é porque estou dizendo que não venho morar aqui que eu não te amo.

— Então? Você...? – Engasguei com minhas palavras.

— Claro que sim. – Ela confirmou com lágrimas nos olhos. – Eu te amo, Ed! Eu te amo muito mesmo. E eu amo estar aqui com você. É só que... – Ela parou por um instante. – Vamos esperar mais um pouco, tá bom?

— Tá bom. – Concordei.

— Vem aqui que vou te recompensar. – Natasha me puxou e me beijou.

Não foi calmo e nem doce, o beijo foi intenso e marcante, parecia que ela queria me provar alguma coisa. Natasha me puxou pra ela e me levou para o banheiro. Nossas roupas ficaram do lado de fora. O banheiro era pequeno, mas era o suficiente pra nós dois. Nos deliciamos um com o outro embaixo do chuveiro, nossas ações foram urgentes e nos amamos embaixo da água que caía sobre nós.

 

Jane

— Você aprontou, não é? Eu sabia que não deveria confiar em você voltando pra casa como quem não quer nada. – Ellen perguntou quando eu estava com Roman na mesa do café da manhã.

— Do que você está falando? – A questionei.

— Rossi. – Ela afirmou desafiadora. – Eu soube que você se encontrou com ele, Remi. Mas agora ele não poderá mais te ajudar.

— O que você fez? – Indaguei chateada.

— Só dei a ele o que merecia. – Ela disse com frieza.

— Você não presta, Ellen! – Gritei com raiva. – O que você fez com minha filha?

— Ah, então você soube? Era uma garotinha chorona. Mas agora deve estar sendo bem cuidada por alguma família rica. – O sarcasmo era evidente em suas palavras. – Você nunca poderia dar um bom futuro a ela.

— Você não pode dizer isso! Eu estava disposta a ir embora com ela para algum lugar seguro longe de você. – Explodi com raiva. – É minha filha! Eu quem deveria decidir o que fazer. – Eu chorava com ódio. – Eu vou encontra-la nem que isso custe a minha vida! – Falei saindo com raiva da casa dela.

 

Kurt

Estávamos todos reunidos pela manhã no SIOC onde discutíamos os próximos passos. Conseguimos algumas provas dos planos de Ellen graças a ajuda de Jane e seu irmão e também graças aos acessos concedidos por Nas para que Patterson fizesse algumas pesquisas confidenciais.

Jane ainda não havia chegado, já estava atrasada há mais de meia hora. Eu estava sempre preocupado com ela. Eu sabia que ela não era uma mulher indefesa, muito pelo contrário, ela fazia coisas que poucos homens conseguiriam, porém eu tinha uma certa noção do quanto sua mãe era perigosa e perversa e a cada dia que ela voltava pra eles eu sentia medo. Medo de que ela não voltasse.

Nós passamos muito tempo afastados, mas a sintonia ainda é a mesma, esses últimos dias que voltamos a nos encontrar estamos nos redescobrindo e está sendo maravilhoso. Ela é uma mulher incrível. Às vezes a sinto um pouco distante, mas sei que ela passou por muitos problemas e prefiro não ficar pressionando-a para me contar o que não quer. Quero deixar tudo acontecer naturalmente, sei que logo conseguiremos prender Ellen e desmanchar a célula terrorista que ela comanda e aí sim poderemos viver nossa felicidade novamente, sem impedimentos.

— Pessoal. – Jane entra esbaforida pela porta. – Preciso da ajuda de vocês.

— O que houve, Jane? – Patty corre até ela e pergunta preocupada.

— Precisamos encontrar minha filha.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por acompanharem! Até breve!



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