A Amorosa Bizarra Aventura de Bucciarati escrita por Mayara Silva


Capítulo 3
Segredos dentro de uma equipe




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Um ano depois:

Bridal Shop, Nápoles – 04/08, 13:02hrs.

 

— Isso, mantém o Bruno aí! Não quero que ele me siga...

Trish estava na loja para vestidos de casamento, uma das mais conceituadas de Nápoles. Bruno insistiu em levá-la para as lojas de Florença ou até mesmo as francesas, e Trish havia adorado a ideia, mas sequer os vestidos aristocráticos de Paris a agradaram. Ela achou a veste dos sonhos em uma filial francesa, adivinha onde? Em Nápoles!

Do outro lado da linha, Narancia soltou uma risada perversa e assentiu.

— Pode deixar!

E a ligação finalizou. Narancia estava com o grupo na belíssima casa de Bruno, onde eles estavam jogando conversa fora e comendo pizza. Nem Fugo, nem Giorno estavam.

— Onde está o Fugo, Narancia?

Indagou Bruno. Era comum Giorno não ter mais tempo para essas saidinhas com os meninos, mas o sumiço de Fugo era algo inovador. Ele, que costumava ser tão submisso ao capo.

— Sei lá. Ele me ensinou gramática mais cedo e depois saiu. Pelo menos sobra mais pizza.

Brincou o moreno, logo abocanhando outro pedaço da margherita.

— E o que Trish falou?

Indagou Mista, também mordendo outro pedaço. Bruno se inclinou para ouvir, também estava interessado.

— Ela não quer o Bucciarati por perto. Pelo visto o vestido vai ser surpresa.

— Mas que frescura...

Murmurou o moreno alto. Bruno deixou um sorriso besta escapar, estava imaginando sua Trish namorando aqueles vestidos de noiva. Queria estar com ela naquele momento, mas respeitava seu gosto pelas tradições. Estava ansioso para vê-la brilhar no casamento.

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Litoral de Nápoles – 13:44hrs.

 

Fugo havia atendido ao pedido de Giorno e ido ao litoral de Nápoles, lar de grandiosas praias, para vê-lo. O loiro havia escolhido aquele local justamente pela sua beleza e tranquilidade. Era uma praia particular, portanto, bastante silenciosa.

— Giorno! Me perdoe a demora!

O ruivo chegou aos afagos, estava bem alterado. Fugo às vezes desequilibrava de concentrado para nervoso constantemente. Giorno deixou aquele sorriso suave e angelical estampar o seu rosto e levantou as mãos para que se acalmasse.

— Cheguei a pouco tempo, não precisa se preocupar.

Depois daquela conversa, o loiro levou o ruivo até um quiosque local para que tomasse algo gelado. Após molhar a garganta com água fresca e tomar um ar, a temperatura de seu corpo começou a entrar em equilíbrio. Ele suspirou de alívio.

— Estava quase passando mal. Você quer me deixar nervoso?

Brincou Giorno, deixando o sorriso ainda mais evidente. O que ninguém havia percebido, no grupo, era que a presença de Fugo alterava alguma coisa no humor do chefe, de uma forma positiva. Talvez não reparassem porque o ruivo nunca foi de chamar muita atenção mesmo. E o loiro... bom... ele é o chefe. Ele não é mais aquele jovenzinho de 15 anos. O que ele fazia da própria vida já era algo que os demais respeitavam.

— M-me perd...

Fugo foi interrompido pelo dedo indicador de Giorno, que repousou em seus lábios. Após, enfim, seu corpo recuperar a cor, Fugo se levantou para cumprimentar melhor o seu chefe...

— Está se sentindo melhor agora?

— Hurum...

— Ótimo...

... e seu namorado.

Giorno levou uma mão ao seu rosto e o puxou para mais perto. Se beijaram.

Depois do incidente, os dois se afastaram do quiosque e foram admirar a praia. Nenhum deles estava com vestes apropriadas para o ambiente, por isso ficaram mais afastados, para que não pegassem um bronzeado com aquelas roupas. Fugo ficaria ridículo com bolinhas pelo corpo.

— E então? ...

Sussurrou Giorno, segurando a mão do ruivo. Estavam vendo a praia de longe, num lugar só deles. Fugo virou o rosto na direção do loiro, e então Giorno se aproximou para que pudesse inspirar o perfume do seu pescoço. Naquela relação, era ele quem tinha mais atitude.

— Quando vamos contar? ...

E aquela pergunta o gelou intensamente. Giorno percebeu que ele não falou nada, e então se afastou.

— Não quer contar?

— Cl-claro que eu quero! S-só... eu não sei... podemos dar mais um tempo a isso?

— Fugo, estamos juntos a oito meses. Eu já não uso mais camisinha pra transar com você. Por que não contamos? O que você acha que eles vão fazer? Eu sou o chefe.

Mais silêncio. Fugo balançou a cabeça em negação, não sabia o que falar exatamente. Aquela reação podia soar como um alarme, mas Giorno estava apaixonado, portanto, era paciente. Fugo foi o responsável por fazê-lo esquecer o que um dia sentiu por Bruno, e ele não queria relembrar aquele sentimento novamente.

— Vamos contar quando você estiver pronto, d'accordo?

Aquela resposta fez Fugo revelar um sorriso de alívio. Giorno era tão carinhoso, tão paciente, tão compreensível.

Ele era perfeito, e Fugo o amava.

—------------------------- X --------------------------

Aposentos da Trish – 21:20hrs.

 

Bruno estava deitado na cama de casal que havia no quarto de Trish. Eles ainda não moravam juntos, portanto revezavam quando iam se visitar. Hoje, era a vez dele se deslocar até a casa dela.

— E então, como foi na escolha do vestido?

Indagou o moreno, que com um braço mexia no IPod e o outro deixava descansar. Ele removeu os fones-de-ouvido convencionais para que pudesse ouvir sua amada falar. Trish parecia empolgada.

— Foi perfeito! Finalmente encontrei o que eu queria. Se quer um spoiler, é delicado e sexy ao mesmo tempo!

Bruno deixou um sorriso escapar. Naquele momento uma forte chuva assolava a cidade. As janelas estavam fechadas e o aquecedor estava ligado. Trish havia feito um cappuccino para os dois e Bruno espalhou mais edredons pela cama. Ele estava usando uma belíssima e delicada camisa de renda e calça social, como é de seu costume de moda. Tirou os sapatos para relaxar na cama de sua noiva, e Trish quis acompanhá-lo. Ela retirou a camisa de meia manga que usava e as calças cigarrete, preferindo algo mais confortável como um pijama que exibia o abdome e levantava os seios, e um short que podia ser usado como calcinha.

Bruno ficou a observando se vestir.

 — Vestir essas coisas é inútil, mocinha. Se subir nessa cama, eu vou tirar uma a uma.

Trish deixou uma risada doce escapar. Ela se virou para o moreno e começou a engatinhar em sua direção.

— Essa sua elegância é tão sensual que me deixa ouriçada...

Sussurrou. Bruno deixou o IPod de lado e se concentrou nos lábios e no corpo de sua amada, que chamavam pelo seu. Ele a beijou e imediatamente levou uma mão ao seu corpo, tateando como se estivesse no escuro. Seus dedos acariciavam a cintura e as ancas da garota, especificamente, até que Trish tomou a iniciativa e sentou-se de frente para o homem, em seu colo.

— Essa calça é nova... você quer mesmo que eu a suje? ...

Sussurrou o moreno, entre os beijos. O belíssimo batom coral que Trish usava já estava borrado de tanto que suas bocas roçavam, em movimentos bruscos e incessantes de amor puro. Ela puxava as pontas do seu Chanel, queria arrancar-lhe um gemido de dor, mesmo que pequeno. Trish adorava esses toques sadomasoquistas, mas nada além disso.

— Se eu já sujei a minha calcinha, por que você não pode sujar sua calça? ... Direitos iguais...

Sussurrou. Bruno sorriu em resposta, não adiantava querer reverter isso, ele teria que tirar essa roupa mais cedo ou mais tarde.


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