A Amorosa Bizarra Aventura de Bucciarati escrita por Mayara Silva


Capítulo 2
Invasora


Notas iniciais do capítulo

Uma coisa que eu esqueci de comentar no capítulo passado: escrevi essa fanfic quando tava assistindo Golden Wind ainda, ou seja, talvez os eventos dela fiquem meio confusos, mas não quis mudar pra deixar como minha mente imaginava as coisas antes de saber o final e tal, acho que deixa toda a escrita mais sincera para vocês.

Eu também inspirei muita coisa do anime, já que foi a minha base mais forte: por exemplo, a tatuagem do Bruno que no mangá não existe ou as cores do Fugo, mas em compensação eu preservei o nome dos stands.

Ah, e pra a fanfic funcionar bem, eu ignorei as fatalidades que ocorreram com alguns personagens uahsauhs

Enfim, espero que vocês gostem desse capítulo ♥ se eu me lembrar de mais algum avisinho, vou colocando durante os capítulos!



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Após a oficialização de Giovanna como chefe:

Nápoles – 22/07, 09:30hrs.

 

Havia um restaurante onde a equipe do Bucciarati adorava se reunir. Era lá onde os membros novatos iam quando precisavam se apresentar para o resto do grupo.

Naquela hora do dia, Narancia chegou para se encontrar com o pessoal. Na mesa já estavam Mista, Abbacchio e Fugo. Giorno vez ou outra aparecia. Agora, como líder da Passione, não tinha muito tempo na agenda para se encontrar com eles.

— Eles atrasaram de novo. Geralmente o Bruno paga a conta.

Comentou Mista. Abbacchio removeu um lado do headphone extravagante que usava em contraste com suas roupas góticas.

— Bucciarati. Não “Bruno”.

— Ah, tanto faz...

Narancia se acomodou e já foi pegando um pedaço do dolce que o grupinho pediu.

— A escola te deixou sair mais cedo?

Indagou Fugo. Narancia não parecia ter uma resposta rápida.

— Não, ué. Precisa?

Respondeu, pensar era muito desgastante.

— Hum... falando em atraso, outra pessoa tá atrasada também, não acham?

Mista comentou mais uma vez, e então pela porta da frente, feita inteiramente de vidro reforçado, puderam contemplar Bruno abrindo a porta de um de seus carros para Trish. Eles pareciam sorridentes e dialogavam sobre algo inaudível para aquela distância. Ele havia lhe dado uma carona.

Era perceptível que, para eles, algo estava errado. Os quatro ali presentes não conseguiam desviar os olhos do casal, que vinha em sua direção.

Bruno foi bem recebido pelo próprio dono do estabelecimento, sempre era bem recebido em qualquer lugar que estivesse. Trish foi tratada como uma princesa, mesmo que não fosse tão frágil quanto aparentava.

Assim que se aproximaram da mesa onde os garotos estavam, Bruno fez um movimento sutil para segurar a mão de Trish. Quando os seus dedos se entrelaçaram aos dela, todos ali entenderam do que se tratava.

— Rapazes... Trish e eu estamos juntos.

—------------------------- X --------------------------

20:05hrs – 20/07.

Trish:

 

Bom... eu não sei explicar quando exatamente começamos a nos dar bem. Quando o via, tinha a impressão óbvia de que ele me tratava como uma missão a ser cumprida. Acho que tudo mudou quando ele tomou a iniciativa de arriscar sua vida para preservar a minha.

Todos fizeram, mas Bruno... ele era quente e acolhedor, às vezes frio e objetivo. Um coração enigmático, que recentemente tive a oportunidade de acessar.

Tivemos a chance de conversar algumas vezes, e no decorrer dessas conversas, nossa intimidade foi aumentando. Bruno é um homem maturo, sofisticado... todas essas coisas. Mas o que mais admiro nele é o seu zelo intrigante pela minha pessoa. Vê-lo se importar comigo de uma forma que sequer meu pai fez... é uma sensação boa.

Eu tentei deixar claro o que queria com ele no dia da viagem à Roma, mas uma série de acontecimentos me impediram de prosseguir. Abbacchio é um deles.

Porém, percebi que o sentimento era recíproco quando ele mostrou interesse em me conhecer. Então saímos.

— B-Bruno...

Na manhã daquele dia, eu havia acabado de me mudar para uma casa perto das praias de Nápoles. Bruno era o dono dela, mas passou a propriedade pra mim. Eu fiquei em choque com a forma como ele me tratava. Não acho normal uma pessoa ceder uma de suas posses para uma completa desconhecida! Bruno tinha interesse em mim ou era coisa da minha cabeça?

Após a surpresa e o dia de comemoração com o grupo, Bruno me chamou em particular e me convidou para jantar. Ele sempre foi muito sofisticado e romântico, não esperava menos, embora eu não lembre de já ter passado por experiências assim. Não sabia se ia gostar desse romance todo, mas seria interessante provar.

Naquela noite, quando ouvi a buzina me chamar, saí do carro no meu melhor vestido. Giorno foi muito gentil quando me ajudou a escolher uma roupa, mesmo ocupado com tantas coisas relacionadas ao cargo de chefe. Mas ainda assim, parece que não ficou muito feliz quando soube que o vestido era para uma noite com Bruno.

Um dos carros do Bruno era luxo puro: uma Lamborghini prata. Eu fiquei sem palavras, não sabia como reagir àquilo. Precisava mesmo?

— Venha. Senão vamos nos atrasar!

Ele me disse, com entusiasmo na voz, parecia feliz. Sorri e acompanhei aquela alegria. Bruno abriu a porta pra mim, mesmo sabendo que eu podia fazer sozinha. Agradeci e entrei, tentei inspirar aquela alegria que ele emanava e entrar de cabeça naquele encontro.

Ficamos em silêncio durante quase a viagem toda. Eu não sabia nem o que começar a falar. Bruno começou a falar quando estávamos perto do restaurante.

— Eu adoro vir a este lugar. Espero que goste também.

Assenti. Eu adorava lugares luxuosos e pelo visto ele tinha bom gosto. Mas, desde toda minha aventura com esses meninos, também passei a aproveitar das coisas simples. Não me importaria se esse jantar fosse na casa de um de nós, à luz de velas.

— Trish...

Acordei do meu transe.

— O-o quê? Falou comigo?

— Está tão silenciosa. Algum problema? Está preocupada?

Neguei, não queria passar essa impressão.

— Na verdade, estou um pouco nervosa. O que vamos fazer depois do jantar?

Não sei por que motivo perguntei isso, mas saiu tão rápido quanto pensei. Ele sorriu assim que ouviu minha pergunta.

— Vamos jantar, conversar... Bom, nos conhecer... coisas de encontro. Depois de tudo, podemos ir improvisando. O que eu gosto em encontros é que o final é sempre uma surpresa.

As palavras de Bruno me fazem refletir. A princípio, sobre a “surpresa” que nos esperava naquela noite. Em segundo lugar, sobre a aparente experiência dele com encontros. Será que ele namorou muitas mulheres? Será que ele só namorou mulheres?

Terminamos aquele diálogo estranho quando chegamos no restaurante. Não era o mesmo que ele costumava levar os meninos.

Saí do carro assim que ele abriu a porta, e logo fomos ver a nossa mesa. Primeiro, foi nos servido vinho, e depois demos uma olhada no cardápio. Ele já parecia ter um prato em mente, já a mim, quis experimentar, então pedi a mesma coisa.

Conversamos bastante, aos poucos consegui me abrir como nunca fiz antes. Bruno não parecia me julgar, não parecia ser egocêntrico. Ele era elegante, tinha a voz acolhedora, o olhar gentil, pulso firme e, diferente do que vi na viagem à Roma, atitude.

Acho que vou gostar desse encontro, o que quer que aconteça nele.

—- x --

Eu o beijei.

Agarrei o colarinho de sua roupa e o beijei.

Estávamos na frente da minha nova casa, a Lamborghini prata estava estacionada bem na frente. A chuva quase nos pegava desprevenidos, mas eu o puxei pouco antes disso acontecer. Bruno parecia ter controle da situação, parecia já prever que isso aconteceria. O poder que esse homem tem para controlar o momento é tão excitante.

Entramos em casa. Bruno segurava uma belíssima garrafa de champanhe envolta de uma fita branca e dourada. Era um presente que ele havia guardado pra mim, e eu estava a fim de usá-lo agora.

Corri até a cozinha para pegar umas taças. Ele se aproximou por trás e trocamos mais uns beijos antes que ele pudesse abrir a garrafa. Eu estava começando a perder a timidez na sua frente.

— B-Bruno...

Eu sussurrei o seu nome. Minhas palavras foram suficientes para que ele me deixasse respirar um pouco de todos aqueles beijos carinhosos. Levei minhas mãos ao seu rosto, puxei carinhosamente o seu cabelo curto.

— Trish... é isso que eu quero.

Ele sussurrou, pura e sinceramente. Eu voltei a beijá-lo, dessa vez o carinho começou mais lento, mais relaxante, ele me permitia respirar. Tentei me desvencilhar mais uma vez apenas para abrirmos a garrafa e bebermos um pouco. Era uma bebida mais suave, então não tinha risco de embriagarmos tão rapidamente.

E eu nem queria... quero estar lúcida o suficiente para assistir o que irá acontecer agora.

Bruno levou os lábios aos meus ombros enquanto eu estava de costas para ele, me servindo de mais champanhe. Senti que suas mãos começaram a soltar o meu vestido.

E então... eu me vi quase nua à sua frente.

Corei. Senti os seus braços mais uma vez e tentei relaxar. Era isso que eu queria também.

Me virei para beijá-lo. Eu queria arrancar aquela roupa e prosseguir com tudo aquilo. Comecei a ficar nervosa, o que evidenciou quando tudo que eu tocava começou a amolecer como emborrachado. A bancada em que eu me apoiava começou a ruir, e eu ia caindo se Bruno não tivesse me segurado.

Q-que vergonha.

— Onw... está nervosa?

Ele logo percebeu. Era impressionante como Bruno percebia cada reação minha.

Grazie...

Após esse pequeno vexame, ele me levou até a sala de estar. Deitamos no sofá e bebemos mais um pouco, o suficiente de forma que continuamos lúcidos. Nos beijamos novamente, e a partir disso as coisas começaram a ficar mais quentes.

Quando me dei conta, Bruno já deitava o rosto em meus seios, que se arrepiavam com cada toque da sua língua. Eu deixava, deixava e deixava, eu queria sentir aquilo pela primeira vez, com aquele homem.

—------------------------- X --------------------------

Praça pública de Nápoles – 22/07, 14:25hrs.

 

— Bruno está o quê?

Indagou Giorno. Havia terminado suas obrigações mais cedo e tomou tempo para pegar um ar em uma das praças da cidade. Preferia ir a lugares pacatos, sem escolta, para chamar o mínimo de atenção possível. Fugo estava com ele.

— Namorando... noivo, sei lá. E com a Trish. Só eu acho que isso não vai dar em coisa boa?

Respondeu o ruivo. Giorno não parecia ter gostado da informação. De qualquer forma, não comentou mais nada. Fugo não insistiu.

— Ele é dono da própria vida pessoal. Se isso começar a afetar seu desempenho ou a equipe em si, eu terei que intervir.

Foi a única coisa que disse. Giorno tentou ficar o mais imparcial possível, mas era perceptível como estava chateado. Fugo percebeu logo, foi parecido com a forma como Abbacchio reagiu. Frio, cortando diálogos e preferindo manter o silêncio.

O vazio daquela conversa começou a afetá-los com um silêncio mortal. Giorno não queria se esforçar para falar e Fugo estava incomodado com aquele clima. Aquele momento foi quebrado com um sininho característico de um carro de sorvete que passava pelo local. Giorno estava pronto para se despedir de Fugo e voltar para seu trabalho, quando viu o ruivo sair de sua presença para comprar o doce gelado.

Retornou com duas casquinhas bem recheadas, sendo uma delas chocolate e menta, e a outra, morango com calda de frutas vermelhas.

— Qual você gosta?

Giorno o encarou, surpreso e confuso.

— Pra mim?

“Passou pela cabeça dele que está falando com o seu chefe? ” Foi isso que pensou Giorno. Fugo era meio bipolar, tinha momentos de extremo estresse e caridade suprema, com um toque de submissão total. Naquele momento, ele estava sendo o gentil e compreensível Fugo, que comprou um sorvete para o seu chefe se sentir melhor. Normal assim.

— Vai derreter. Qual você quer?

Giorno ainda custou a responder, mas observou os dois sorvetes e preferiu o mais doce, deixando o ruivo com o de chocolate e menta.

Não parecia ser do agrado de Fugo, mas ele não chiou e nem reclamou. Independente, Giorno percebeu.

— Não é o seu preferido, não é?

— N-não, senhor... não se preocupe com isso...

Tarde demais. Giorno tomou o sorvete de menta do ruivo, mas precisou de três segundos para pensar no que faria a seguir. Viu uma criança se aproximar e lhe cedeu o doce, como ele gostava de fazer aos mais indefesos. Agora, só havia um para dividir.

Giorno deslizou a língua no doce, na extremidade oposta à de Fugo, enquanto o subordinado, após engolir em seco, também fez o processo, permitindo que sua língua deslizasse na extremidade oposta ao chefe. O loiro levou uma mão ao seu ombro enquanto fazia o ato, e o ruivo, impressionado, mas não surpreso com tamanha atitude, levou os braços à sua cintura.

Não passou daquilo. Terminaram o sorvete e, disfarçando o tesão que sentiram no ato, se despediram.


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