Na delegacia...

Pov's Eren

Eu estava abraçado à Historia,em frente à janela que permitia ver a sala em que Zeke estava,sentado atrás da mesa,com as mãos algemadas.Um policial conversava com ele lá dentro.

Havíamos escondido uma câmera para gravar a tentativa do meu irmão de matar Historia.Foi essa prova que o colocou atrás das grades.

Ouvi passos se aproximando e eu virei com Historia,vendo que era Armin.

—Eu liguei para os seus pais-declarou-Contei tudo pra eles.

Suspirei.

—Não podíamos mais esconder-afirmei.

Ouvimos a porta da sala se abrir e viramos para encarar o policial,que dava um suspiro.

—Ele quer falar com os dois-indicou à mim e Historia.

Torci os lábios receoso e senti minha namorada segurar minha mão,o que me fez encará-la.

—Tudo bem-garantiu.

Meu coração se aqueceu com os olhos azuis de Historia.Ela tinha um poder enorme sobre mim.

Suspirei,desfiz o abraço e dei a mão pra ela.Assim,entramos juntos na sala.

Zeke sorriu ao nos ver e ouvimos a porta ser fechada.

—Vocês me enganaram direitinho,principalmente você irmãozinho-comentou-Estou impressionado.

—Falei com Mikasa,depois descobri sobre sua mãe...foi só ligar os pontos-expliquei.

Pov's Historia

Me sentei na frente de Zeke,que me encarou na hora.

—Zeke,se queria tanto a fortuna da família Reiss,era só vim falar comigo-relatei-Eu não tenho nenhum interesse no dinheiro.

Ele riu debochado.

—É aí que você se engana gatinha-alertou.

Franzi a testa confusa.

—Do que está falando?-questionei.

—Rod Reiss deixou bem claro em seu testamento que deixaria toda a fortuna da família para a querida filha,Historia Reiss-explicou num tom irônico.

—E porque ele faria isso?-indagou Eren confuso.

—Rod se arrependia por não ter assumido Historia como devia e sofria por ela estar longe dele.A culpa acabou o enlouquecendo-contou Zeke-Por isso ele deixou absolutamente tudo para a filhinha bastarda e colocou fogo na mansão,com ele e o resto da família dentro.Tem uma carta dele que a polícia achou em uma das propriedades dos Reiss,confessando tudo.

Arregalei os olhos em choque.

—Aquele maldito matou a minha mãe e ainda deixou tudo pra você!-rosnou irritado em minha direção-O único jeito de botar as mãos na fortuna era matando você,para que assim,eu fosse o único herdeiro legítimo da família Reiss!

—Chega!-Eren se irritou-Historia,vamos embora!

Me levantei e me afastei da mesa,vendo meu namorado abrir a porta.

—ISSO AINDA NÃO ACABOU,HISTORIA!-ouvi Zeke gritar quando saí da sala-EU VOU ATRÁS DE VOCÊ!

(...)

Os dias se passaram tão rápido que quando percebi,já havia se passado praticamente um mês.

Um dia depois da prisão de Zeke,o advogado veio falar comigo sobre a herança que meu pai deixou pra mim.Fiquei bastante receosa,mas decidi usar o dinheiro dos Reiss para algo bom.

Decidi comprar o hospital em que eu trabalhava e doei boa parte do dinheiro para os tratamentos do local - como por exemplo,câncer.

Também decidi iniciar outro curso superior e escolhi Administração,para que eu pudesse cuidar bem do meu hospital.

E é claro,havia Eren,que me apoiava em todas as minhas decisões.Acabei comprando uma casa dentro de um condomínio e o convidei para morar comigo.

E é claro,toda a família dele já sabia sobre o meu passado.Os pais dele foram extremamente compreensivos e quando Mikasa veio me pedir perdão,eu concedi.A vida era curta demais para guardar rancor e como ela era amiga de Eren,eu teria que aturá-la de qualquer forma.

Peguei a chave e destranquei a porta de casa,abrindo-a.Tinha acabado de chegar da faculdade.

Fechei a porta atrás de mim,vendo as luzes da sala apagadas.

Arregalei os olhos surpresa quando vi um caminho feito de velas acesas,desde da porta até ao início das escadas e cheio de pétalas vermelhas espalhadas pelo chão.

Percebi na hora que se tratava de uma obra do Eren.Nunca parava de me surpreender.

Sorri curiosa,começando a seguir o caminho de velas e subi às escadas,vendo que continuava pelo corredor,até o quarto.

Cheguei na frente do quarto e apenas empurrei a porta,avistando Eren perto de uma mesa com duas cadeiras.Havia um belíssimo jantar montado em cima.

—Oi-ele sorriu enquanto eu deixava minhas coisas em cima do armário-Preparei para nós dois.

—Está tudo lindo-afirmei me aproximando dele.

—Ainda bem-suspirou aliviado-Deu o maior trabalho pra fazer e...-ele parou de falar quando botei meu dedo indicador em cima dos seus lábios.

—Depois a gente come-alertei e passei as mãos pelo seu peitoral,aproximando meu rosto da sua orelha-Eu quero você...-sussurrei.

Ele deixou escapar um suspiro e fechei os olhos quando senti ele beijando meu ombro.

—Você me quer?-sussurrou de volta.

—Quero muito-garanti no mesmo tom.

Senti suas mãos em meu quadril e gargalhei quando ele me ergueu do chão,me carregando até à cama e me deitando.

—Eu te amo-afirmei sorrindo.

Ele sorriu,me dando um rápido beijo.

—Eu também te amo-retribuiu.