Luffy havia acordado naquela manhã com uma ressaca terrível, levantou do sofá em que estava, na sala da pequena cabana, onde ele e os rapazes passaram a noite, e se arrastou até o banheiro. Juntando as mãos em conchas lavou rosto, após fazer sua higiene matinal se encarou no espelho.

Ele precisava falar com seus tripulantes, sobre pra onde iriam agora, quais aventuras perseguiriam, afinal… o One Piece não estava tão longe, só precisavam achar o caminho.

Pôs um sorriso em seu rosto e partiu à busca de seus nakamas.

Os encontrou tomando café da manhã em volta de uma fogueira do lado de fora.

Sanji usava seu típico avental enquanto fumava e mexia com a comida.

Zoro bebia algo, que estranhamente não era saque, e sim, algo quente para aquecê-lo. Assoprava o conteúdo de sua caneca enquanto tremia.

Chopper e Carrot estavam tranquilos, o frio não os afetava tanto, o único problema são as pessoas que os agarravam para se esquentar.

O muguiwara não avistou Nami no local, ficou um pouco preocupado. Provavelmente estava tomando banho, era um costume da garota, se banhar logo cedo, não importava o clima, Luffy achava isso engraçado, não pelo facto de serem piratas e estarem em alto-mar, e sim porque a mesma não percebia ele a observando.

Pegou uma tigela com a sopa que sanji preparava e começou a comer.

—Sanji? - chamou o moreno.

—Sim?

—Nami ainda está no banho? - perguntou enquanto “discretamente” pensava em cenas obscenas da garota se lavando.

—Acho que não. A vi saindo logo cedo para conversar com Shanks – disse Robin ao ouvir a pergunta de Luffy.

O garoto ficou confuso. Apoiou o queixo nos joelhos enquanto imaginava o que poderia ser a conversa daqueles dois. Ele não se importava muito, Nami era sua nakama, confiava nela, havia apenas aquela pontada em seu peito dizendo que algo de ruim estava acontecendo.

Brook começou a cantar sua tradicional música com seu violino, fazia pequenas pausas para tomar leite, sempre dizia que fazia bem pros ossos. Mas então ele parou completamente, a maioria estranhou. Estava a olhar para a saída da caverna.

Shanks entrava de cabeça baixa, olhando para seus pés. Estava com os cabelos nos olhos e a mão no bolso do agasalho.

As flores da caverna começaram a se movimentar de uma forma sufocante, como se estivesse pedindo por ajuda. O clima na caverna ficou estranho, um silêncio completo, exceto por Zoro assoprando sua caneca e os paços de Shanks se aproximando da fogueira.