A canção de Sakura e Tomoyo: melhor chamar Sakura escrita por Braunjakga


Capítulo 7
O dia do Sequestro




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Capítulo 5

O dia do sequestro

 

I

 

Barcelona, Espanha

4 de setembro de 2010

 

Era tarde de sábado na cidade condal. Fazia um dia quente e abafado de verão e o céu estava limpo, sem nuvens. Era um dia perfeito, daqueles em que nada acontecia. Na praia de “la barceloneta”, Tomoyo andava com um telefone grudado na orelha. Estava com um chapéu de aba longa, óculos de sol e uma camisa regata esportiva da adidas. Por causa do sol intenso de uma hora da tarde, muita gente não passeava por lá e estava tudo bem calmo mesmo.   

— Não tem ninguém na rua aí, é? — perguntou Sakura, do outro lado da linha. 

— É hora do almoço, o pessoal não sai de casa uma hora dessas… — disse Tomoyo ao telefone, passando a mão na barriga como se estivesse sentindo cólicas.

Mesmo vestindo uma roupa leve e curtíssima, Tomoyo não se sentia bem. Sentou-se numa das mesas à beira mar, pediu uma água para o garçom e continuou o telefonema. Sentia que sua pressão aumentava e achava que aquilo era insolação. 

— Sakura, não consigo acreditar! Como é que tentaram te roubar? 

— Nem o Kero-chan sabe direito! Eles entraram dentro de casa do nada, sem a gente perceber! Quando o Kero sentiu, eles jogaram uma rede anti-magia nele…

— Já não basta eu ter que depor ontem na polícia por conta de um assassino, suicídio, sei lá, que eu nem vi direito, agora tem isso… — disse Tomoyo, com a fala cansada e arrastada.

— Tomoyo, você não tá bem, né? 

— Tô não, tá fazendo muito calor aqui… 

— Depois eu te ligo, a Hikaru tá pra chegar aqui em casa pra conversar com a gente… 

— Está bem, Sakura, então boa noite! 

— Boa tarde pra você! 

Tomoyo desligou o telefone e passou a mão na testa úmida de suor. 

“Não é insolação não, é preocupação mesmo… mais uma vez, tentam roubar as cartas. Não eram caras de armadura vermelha como sangue… Será que terceirizaram o serviço? A polícia mágica não serve para nada mesmo!”, pensou Tomoyo. Pensando em exemplos para a incapacidade das forças de segurança de se entenderem, ela levantou a cabeça e viu dois “Guardias Civiles” parados, do seu lado da calçada. Os homens de farda verde não patrulhavam, pois não tinham competências de polícia na Catalunya. Eles estavam encarando outras duas agentes dos “mossos de esquadra” que passavam do outro lado da rua, essas sim patrulhando. Os quatro agentes de segurança de sexos opostos não davam olhares amistosos ou de paquera para os outros colegas. Eles trocavam olhares sérios mesmos. 

— Esses dois devem se odiar mesmo! Além de ter que me preocupar com a Sakura, ainda tenho que olhar pra essa palhaçada! E o povo fica onde? Vou andando… — disse Tomoyo, criticando a crise política do país. Ela terminou sua água, deu uma gorjeta para o garçom e continuou a caminhar. Os dois “Guardias Civiles” e as duas agentes dos “mossos” pararam de se encarar e ficaram olhando discretamente Tomoyo passar pela calçada. Ela percebeu. 

“Tem alguma coisa de errado acontecendo…”, pensou. Afastou-se uns trinta metros deles e andou mais ainda. Atrás dela, uma moto veio com tudo e tentou arrancar a bolsa que levava. Tomoyo se esquivou à tentativa de roubo, mas não conseguiu se esquivar ao agarrão de um homem de cavanhaque atrás dela, naquela calçada. Ele tapou a boca dela, e Tomoyo tentou se livrar dele.

— Ora, ora, vamos! — disse o sequestrador.

Nesse exato momento, um carro parou ao lado deles. O sequestrador sacou uma algema, colocou nos pulsos dela e jogou-a no banco de trás.    

— Cuide deles! — O motorista do carro saiu e o sequestrador entrou para dirigir no lugar do colega meliante. Ele deu partida no carro e fugiu. Atrás deles, os dois “Guardias Civiles” e as duas agentes dos “mossos” perceberam o crime. Eles vinham juntos, com armas nas mãos, tentando disparar contra os pneus do carro. Aquela era uma ação incomum entre duas forças de segurança incomum, e o pessoal que passava na calçada percebeu, estáticos. O motorista sacou uma arma da jaqueta e atirou contra os agentes. Os estáticos que estavam por lá se assustaram e começaram a correr em vez de ficar prestando atenção na polícia. O motociclista que tentou roubar Tomoyo parou no meio da rua e o primeiro motorista do carro que levou a morena subiu na garupa. Quando os Guardias e as mossos chegavam perto deles, a moto deu partida e deixou todos eles para trás. 

— Orra, Natan! A gente perdeu eles! — disse um dos Guardias civis para o colega.

— Eles vão é levar ela pro mato! Escuta o que eu tô te dizendo! — disse Natan, o guarda civil.

— Vamos ligar pro Albert! Ele vai conseguir seguir eles! — disse uma das mossos.

 

Continua… 


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