A canção de Sakura e Tomoyo: melhor chamar Sakura escrita por Braunjakga


Capítulo 6
O dia do Assalto




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Capítulo 4

O dia do assalto

 

Osaka, Japão

3 de setembro de 2010

 

I

 

Já era de noite em Osaka. Dez horas, exatamente falando.

Sakura saiu da estação do metrô perto do apartamento onde morava, retirou o celular do bolso da jaqueta e olhou a última mensagem de Tomoyo. Só de lembrar do conteúdo dela, seu humor azedou.

“Sakura, uma menina morreu aqui na faculdade! Ela caiu do prédio, sei lá! Só sei que estragou meu rolê com o Pedro. A Marcela está investigando com a polícia. Vou te mandar a foto dela. Sei que é um pouco anti ético isso, mas ela é a sua cara e você tá estudando pra ser médica! Dá uma olhada!”

Sakura não quis ver mais a foto. Sentia a mesma energia ruim que sentiu quando viu os quatro chineses no metrô.

— Só posso tá sensível, não é possível! Nem tá pra descer pra mim e já tô assim… A Tomoyo também tá esquisita, tá falando até gíria na mensagem! — disse a cardcaptor, enquanto abria a porta do prédio e andava pelo saguão de entrada. Apertou o botão do elevador e entrou nele. Não tinha mais ninguém. A imagem da menina na foto voltou com tudo. Ela era a sua cara mesmo, só que tinha a pele mais clara e tinha cabelos loiros. Podia até ser amiga dela algum dia, pensou, mas o traumatismo que sofreu na cabeça impediu que isso acontecesse.

— Puxa vida… Ela devia estar viva quando caiu… Mataram a menina com uma flecha… Quem que pode ter feito isso… 

Só de tentar pensar na “Ordem” já sentia seu estômago embrulhar. 

— Ai, ai, ai, ai! Para de pensar nisso, Sakura! Você vai chegar em casa, vai se encontrar com o Kero que, com certeza, fez a comida, vai tomar um banho e descansar do lado do seu marido e do seu filho! Isso é, se o Shoran já tiver chegado… O jogo só vai terminar 11 horas… 

O elevador parou e as portas de metal se abriram. Mais alguns passos por aquele corredor silencioso e estaria no duplex para descansar. Pegou a chave da mochila, abriu a porta e gritou a plenos pulmões:

— Tadaima! Estou em casa! 

Um silêncio geral. Nem mesmo Kero respondeu. Em instantes, o alívio que sentia por estar no seu ninho de amor se tornou em pavor. Kerberos, seu guardião, estava atado a uma rede atrás do sofá. Ele estava perto da janela, em sua forma de leão dourado. Por mais que se debatesse dentro da rede, não conseguia se livrar.

— Kero-chan!

— Sakura, atrás de você! 

Três homens pularam atrás dela e agarraram-na pelos braços. O terceiro homem colocou uma corda de metal no seu pescoço. Eram os mesmos homens de feições chinesas que olharam-na com olhar torto no metrô. Sakura estava sufocada, sentia que os braços não tinham mais forças para lutar contra todos eles. O quarto homem do metrô apareceu, segurando uma criança no colo, com o livro rosa das cartas Sakura na outra mão. A criança chorava como nunca.

— Então esse é o Chitatsu? Nunca pensei que seria tão fácil… 

Do nada, a falta de ar em Sakura parecia que havia passado. Se debateu como uma louca nas mãos dos meliantes. Eles tiveram dificuldades de mantê-la presa.

— Segura ela aí, cara! — disse o primeiro meliante. 

— Não dá não! — disse o segundo meliante. 

— Vocês não conseguem ver que ela já tá se soltando do cabo de aço! — disse o terceiro.

— É você que não sabe segurar direito! — disse o segundo meliante. 

— Vamos ver se ela não vai se segurar direito… — O quarto homem, que segurava Chitatsu, apontou uma pistola para o menino. Sakura parou na hora.

— Meu filho! — gritou ela.

— Você tá louco, cara! É pra levar o menino e as cartas! — disse o segundo meliante.

— Ela é mais valiosa! Quem fez um, faz outro… 

Ouvindo aquilo, Sakura se agitou mais ainda. Puxou o braço e conseguiu se livrar de um. 

— Cara, o poder dela tá aumentando! Olha a merda que você fez! — disse o terceiro meliante.

— Eu tô falando! Mais uma gracinha e eu atiro nele mesmo!

Os olhos da cardcaptor estavam vermelhos de raiva, como se um raio estivesse prestes a sair dele. Não precisou.

— Raitei Shourai! — A porta da sala foi arrombada por um estalo e o quarto meliante tomou um choque. Os outros três se assustaram. Sakura se livrou deles e pegou o filho nos braços do bandido. Syaoran apareceu, desceu a espada na cabeça dele e ele tombou no chão. Os outros três pegaram revólveres e apontaram para o jogador. Foi então que Kero voou no pescoço de um, Sakura bateu o báculo na cabeça do outro e o terceiro, se vendo sozinho, nem reparou quando Syaoran sentou a espada no pescoço dele. Todo mundo estava no chão. A luta acabou. 

Sakura e Syaoran se abraçaram chorando. 

— Foi horrível, Shoran! foi horrível! o dia todo sentindo essa sensação ruim!

— Calma, calma, já acabou… Já acabou… — disse o chinês, acariciando a cabeça dela.

— Filhos da mãe! Estragaram meu jantar! — disse Kero.

 

Continua…  


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