A canção de Sakura e Tomoyo: melhor chamar Sakura escrita por Braunjakga


Capítulo 22
Dever esquecido




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Capítulo 20

Dever esquecido

 

I

 

Osaka, Japão

14 de dezembro de 2010

 

Era noite. Um vento frio soprava desde o mar e batia nas paredes de aço daquelas grandes caixas de metal. De vez em quando, o pessoal tremia de frio, mas estavam bem agasalhados com sobretudos e cachecóis. Apenas o sussurro daquele vento era escutado, além de algumas máquinas e veículos ao longe.

Cercado de contêineres, Syaoran, Sakura e Hikaru caminham pelo porto de Osaka. Chegaram em um beco sem saída e sem funcionários.

— Será que ele vai demorar muito pra chegar, hein? — perguntou Sakura. Nuvens de vapor saíam da boca dela.

De repente, um homem de vestes chinesas de kung fu, vestindo uma camisa sem mangas, pulou em cima de um contêiner. 

— Zhang! — exclamou Syaoran.

— Quanto tempo, primo. — respondeu o careca

— Então é você mesmo quem está por trás dos ataques que a Sakura vem sofrendo! — gritou Hikaru. 

— Agente… Não me culpe. Culpe a incompetência do meu primo! Foi ele quem começou tudo isso! — disse Zhang. Todo mundo ficou surpreso com a resposta. Ele continuou. —  Se ele tivesse sido competente pra trazer as cartas pra China há mais de dez anos atrás, eu não precisaria contar com a ajuda da Ordem!  

Assim que acabou de falar, uma mulher mais velha de cabelos castanhos longos saltou do lado dele. Ela tinha um tridente nas mãos e vestia uma armadura completa, vermelha como sangue, com capa e tudo. Sakura tremeu de medo vendo aquela capa e pôs a mão na barriga. 

“Aquela outra mulher, a Miriam Budó, ela também tinha uma capa! Ela foi difícil! Será que essa é difícil também?”

— Olha lá! Os filhos da mãe que mataram a Miriam! Há quanto tempo um interventor não era morto na Ordem! — disse a mulher. Os três escutaram surpresos a notícia.

— Zhang! Você sabe muito bem que não dependia de mim trazer as cartas! Dependia do Yue! Mesmo se não dependesse dele, eu jamais roubaria as cartas da Sakura! — gritou Syaoran.

— Jamais roubaria? Não me venha com piadas! — Zhang gargalhou. — Você já tentou roubar elas uma vez, só não conseguiu fazer de novo porque é fraco! Você quis brincar de papai e mamãe aqui no Japão em vez de ser fiel à sua missão! 

 Syaoran esfregou girando a palma das mãos e sacou sua espada. Tentou partir para cima do primo, mas a agente Hikaru e Sakura impediram que ele avançasse. A mulher de armadura vermelha como sangue bateu a ponta do tridente no teto do contêiner e disse:

— Basta de conversa! Seja lá quem vacilou primeiro, esse é o fim da covardia do seu primo e a minha vingança contra a sujeitinha que matou a Miriam… 

— Vou deixar eles com você, então, Mercè… — disse Zhang, sacando uma esfera do bolso. Ele jogou o objeto no chão e desapareceu numa nuvem de fumaça. Sakura tocou a chave do lacre no pescoço e Hikaru sacou a sua espada da orbe rubi na luva branca em suas mãos. Mercè falou:

— Não pensem que eu, Mercè Más de Valência, sou movida a sentimentos como a Miriam, nem pensem que eu estou escutando ordens dele… 

— Como é que é? Não faz isso por ordens dele? — indagou Sakura.

— Faço isso pela Ordem, pra vingar a nossa humilhação de ter um interventor morto depois de 300 anos! E faço isso também pelo nossos direitos históricos sobre as cartas Clow! 

— Mas que raios é isso de direitos históricos? — perguntou Syaoran, com os dentes trincados de raiva.

— Esses aqui! Onda gigante! — disse Mercè. Do nada, a parte do porto onde estavam foi inundada por uma onda avassaladora. A onda inundou o beco e arrastou os três contra a parede de um contêiner próximo. A força da onda empurrou também um contêiner elevado. Ele acabou caindo na direção das cabeças de Sakura, Syaoran e Hikaru. A cardcaptor e os outros dois arregalaram os olhos vendo a queda daquele objeto de metal.   

 

Continua… 


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