A canção de Sakura e Tomoyo: melhor chamar Sakura escrita por Braunjakga


Capítulo 12
A decisão de uma garota




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Capítulo 10

A decisão de uma garota

 

Osaka, Japão

11 de setembro de 2010

 

I

 

— Deve ser boa noite aí, né, Tomoyo?

— E aí já deve ser a manhã de 11 de setembro, não é? Amanhã é feriado aqui…

— Bom feriado, amiga, mas você sabe que eu não te liguei só pra isso… Me diz, o que você decidiu? 

— Bem, Sakura, pelo que a gente está se falando durante esses dias, pude perceber que coisa é séria agora e não podemos colocar o corpo para fora…

Sakura ficou muda por um tempo e depois tornou a responder: 

— Sabe o que é, Tomoyo, eu sou mãe agora, sou estudante, tenho filho pra criar! Me diz como eu, mulher casada que sou, vou me aventurar da mesma forma que quando a gente tinha dez, onze anos?

— Sakura, eu também estaria com as mesmas dúvidas que você no seu lugar, mas pensa! Você não vai estar sozinha, você vai ter toda uma equipe do seu lado…   

— Nossa, Tomoyo, você mudou de ideia rápido também, né? Antes, você achava que isso era problema da polícia, eles que se virassem, mas agora tá entrando de corpo e alma nisso, né?

— Sakura, eu me preocupo com a sua segurança… Pode parecer que não, mas eu ligo sim! 

Sakura ficou vermelha do outro lado da linha. Tomoyo continuou.

— Isso não só envolve a segurança da gente, mas da minha mãe, do Chi, de todo mundo, não vou ficar dando nomes que você sabe muito bem. 

— Tomoyo, o melhor jeito de eu proteger a segurança do meu filho e da minha família é ficando do lado dele… 

— E você esperaria, Sakura, que as cartas Clow viesse até você na sua casa? Você pensaria “É mais seguro pegar elas aqui no quintal da minha casa enquanto elas aparecem na escrivaninha da Naoko ou na mão da Rika…  

— Tomoyo, você tá sendo tão Kero-chan… Já escutei esse discurso dele mais cedo…  

— Sakura, são duas pessoas que estão te falando. Eu concordei sim em partir pra cima da Ordem do Dragão, mas eles não vão me deixar participar dos combates direto, mas vou poder acompanhar… 

— Que bom, menos mal!

— Mas isso não significa que eu não vou agir quando eu tiver que agir! Eu vou agir sim! Não vou deixar que me sequestrem de novo! Principalmente, quem está atrás das cartas. 

— Te entendo, Tomoyo. A Hikaru já está pra chegar e vou dar uma resposta pra ela. Amanhã te falo. Brigada, miga, pela conversa. Ou melhor, daqui a pouco de falo.

Tomoyo sorriu do outro lado da linha.

— Está bem, te esperarei. Minha mãe está te mandando um beijão do outro lado, está ouvindo?

— Tô ouvindo sim! Manda outro pra ela! Boa noite aí pra vocês, Tomoyo, Sonomi, adoro vocês!

 

II

 

Hikaru pegou uma xícara de chá verde gelado, com gelatina e um toque de mate que Kero havia preparado, de cima da mesinha da sala, reclinando-se confortável no sofá. 

— Tá muito bom mesmo, Kero-chan! — elogiou a agente.

— Agora só faltou uns biscoitinhos como a gente faz em Hong Kong, herança dos ingleses, sabe? — Sugeriu Meiling, cochichando para a mulher de cabelos rubros. 

— Tô ficando bom nisso! Quando o cara é dez, tudo o que ele faz fica bom… — respondeu o guardião;

— Só falta fazer uma mamadeira decente agora… — comentou Syaoran.

— O pirralho júnior gostou pelo menos, tá bom? — disse Kero, gritando da cozinha.

— Mas pra mim tava horrível… — concluiu Syaoran. 

Hikaru pousou a xícara de chá gelado na mesa e tornou a olhar para o trio.

— Sakura, Syaoran, só a Meiling não tava, mas eu explico agora… Faz cinco dias que fiz aquela proposta pra vocês dois… O Kero aceitou, mas você não quer que ele saia do seu lado, não é mesmo.

Sakura, Meiling e Syaoran se olharam. Foi o chinês quem quebrou o silêncio.

— Agente Hikaru, a gente se conhece a tanto tempo que não posso deixar de confiar na senhora… A minha espada está a sua disposição para o que você precisar. — O jogador sacou a esfera negra do bolso e ela se transformou na sua tradicional espada chinesa, a mesma dos tempos das Cartas Clow. — As cartas são um patrimônio nosso, um patrimônio da Sakura. Não posso deixar que o Zhang pegue elas. É meio óbvio isso, mas… Eu queria ver a cara dele mais uma vez…   

— Eu já estou a disposição faz tempo… — disse a chinesa.  

— Eu já sei disso, Meiling, só peço que se precisar usar sua arma, por favor, me avise primeiro antes de qualquer coisa. Armas de fogo são incomuns por aqui… — disse Hikaru. Depois, se voltou para a cardcaptor. — E então, Sakura, o que me diz?

Syaoran interrompeu: 

— Agente, vou deixar que a Sakura decida por si mesma, não vou pressionar ela a nada… A segurança do nosso filho é importante, o valor dela lutando contra a máfia do Zhang também… É uma pergunta difícil de responder… — disse Syaoran.

— Eu já tenho uma resposta, Shoran… — disse a estudante. Todo mundo ficou espantado. Até mesmo Kero saiu da cozinha pra prestar atenção no que ela diria. 

— Tava conversando com a Tomoyo agora pouco e ela me disse que isso é um problema de todo mundo, que ela não vai ficar parada com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, sabe? O sequestro dela, a tentativa de roubo… Tudo isso deve ter uma ligação…  

— E com certeza tem! Já entrei em contato com meus colegas na Espanha e a gente pode trocar muita informação interessante sobre a Ordem do Dragão — disse a agente. 

— Minha resposta é meio óbvia, mas eu vou participar disso também. Não vou ficar esperando que esses caras voltem aqui em casa de novo quando eu posso catar eles no buraco onde eles se enfiaram… — respondeu Sakura.  

— Só a Tomoyo pra colocar juízo na cabeça dessa menina! — comentou Kero.

— Não é bem isso, Kero-chan, é que… A Tomoyo falou que lá na Catalunha tão montando uma equipe legal pra catar a facção de lá e… é isso que me cativou. Quando eu tava tentando pegar as cartas, a gente era uma equipe, uma equipe pequena, mas a gente conseguiu fazer muita coisa juntos… 

— Isso é verdade! Quanto problemão juntos! — comentou Meiling. Sakura continuou:  

— Eu nunca ia conseguir pegar as cartas sozinha, mas com a ajuda de todo mundo que tá aqui, fora a Tomoyo que tá fora, eu consegui! — disse Sakura. Ela levantou a mão para Hikaru — Eu espero que não me decepcione agente.

— Ora, e quando foi a última vez que eu te decepcionei? — disse Hikaru, sorrindo. Ela trocou um forte aperto de mão com a cardcaptor, e Meiling aproveitou o gesto para sobrepor a sua mão com a delas. Syaoran e Kero fizeram a mesma coisa.

— Juntos até o fim? — perguntou Hikaru. 

— Até o fim! — respondeu todo mundo.

 

Continua… 


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