7 dias...

Foi o prazo dado por tia Alice para a chegada dos Volturis, a incerteza de como seria esse encontro havia feito com que eu perdesse algumas noites de sono, o que não era tão ruim já que na família apenas Lizzie e eu dormíamos.

Logo após sua visão tia Alice e Tio Jasper partiram para encontrar Nahuel, ela não havia o visto em sua visão, mas começou sua busca por Wengen afinal era lá que eu havia crescido, mas haviam feito exatos quatro dias que eles partiram e não deram notícias.

Lizzie havia crescido bastante nos últimos dias, aparentava ter um pouco mais de dois anos, era inteligente, falava corretamente para uma criança, mas não aparentava ter nenhuma habilidade especial como eu. Enquanto isso outro problema surgia, Charlie havia ameaçado ir à polícia por não ter notícias de minha mãe, mesmo ela ligando para ele não o havia convencido, portanto se ele cumprisse sua ameaça os Cullens teriam problemas.

Jacob ainda estava desaparecido, e por alguma razão sempre que eu perguntava por ele a Embry todos me olhavam desconfiados.

— Ele vai aparecer! Meu pai respondia tentando me consolar.

Carlisle resolveu pedir a ajuda de Billy Black para contar a verdade ou ao menos parte dela ao meu avô Charlie, seria mais fácil falar do “sobrenatural” dando como exemplo os lobos se o seu melhor amigo mostrasse um, como Embry não queria ficar de forma alguma longe de Lizzie ele decidiu ajudar, meus pais haviam cogitado a possibilidade de ir embora caso Charlie cumprisse a promessa.

Se minha mãe fosse humana eu diria que ela estava tensa, mesmo não demostrando eu sabia que ela não estava bem, era difícil para ela não saber qual seria a reação de seu pai, se ele iria aceita-la.

As horas pareciam não passar, Lizzie saiu dos braços de minha mãe caminhou de uma forma desengonçada e então segurou minhas pernas, me abaixei a sentando em meu colo.

— Onde está o Embry? Ela perguntou me olhando e minha mãe fechou a cara, ela não havia gostado do imprinting dele com Lizzie e havia lhe quebrado umas costelas a uns dias atrás, mas ele já estava melhor.

— Ele precisou sair com o papai e o vovô! Respondi sorrindo.

— Papai vai bater nele? Seus olhinhos lacrimejaram.

Mamãe a olhou e tenho certeza que ela se sentiu um pouco culpada, no dia que ela bateu em Embry Lizzie chorou por várias horas até ele mesmo todo arrebentado ter mostrado a ela que estava bem.

— Claro que não, papai sabe que Lizzie ama o Embry! Respondi a acalmando.

— Está bem, Mamãe, papai, Embry e você são as pessoas que mais amo no mundo! Ela falava de uma forma doce e inocente.

Dei um sorriso beijando sua bochecha e ela me abraçou forte, depois desceu de eu colo indo para os braços de Bella que a carregou.

—Eles chegaram! Alice falava nada animada e então meu pai entrava com meus avôs Charlie e Carlisle seguidos de Embry.

— Oi pai! Mamãe falava ainda distante dele.

— Oi filha! Ele respondia se aproximando e beijava sua testa, em seguida olhava para mim e Lizzie.

—Eu não quero que me expliquem, mas nada pois não quero enlouquecer mas disseram que foi preciso!

—É, foi, mas ainda sou a Bella! Ela respondia.

— Eu sei! Charlie respirava fundo e em seguida olhava para Lizzie – Então você é minha neta? Perguntou sorrindo.

Lizzie olhou desconfiada para mamãe que disse estar tudo bem em seguida olhou para Charlie dando um sorriso fofo.

— Sou Lizzie! Respondia docemente.

Sorri ao ver a cena e lentamente caminhei em direção as escadas, mas ao pisar no primeiro degrau Charlie me parava – E você Renesmee, não vai falar com seu avô?

Olhei para ele surpresa, achei que não tinham chegado na parte da viajante do tempo.

—Oi...vô! Sussurrei corando.

—Engraçado que gostei de você desde o primeiro instante em que a vi! Ele falou sorrindo.

— Eu também gostei do senhor! Respondi.

— É, em um mês ganhei duas netas, descobri algumas coisas que prefiro esquecer e pela primeira vez acho que preciso de férias! Ele falava sentando no sofá.

Lizzie sentou ao seu lado mostrando a ele o livro que havia ganho do papai, enquanto isso meus pais conversavam em um canto da sala, Esme fazia companhia ao meu avô junto com Embry.

— Ele até que está reagindo bem! Papai falava tranquilo abraçando minha mãe que parecia estar mais aliviada.

Sentei no primeiro degrau da escada olhando meu avô conversando com Lizzie, Embry se aproximou encostando-se a parede ao meu lado.

—Eu acho que precisamos conversar, aceita ir lá fora?

— Tudo bem! Concordei – Mas não deixa ela ver sabe que é meio possesiva quando se trata de você.

—Lizzie está bem ocupada agora! Ele falava sorrindo ao vê-la adorar a companhia de Charlie.

Saímos lentamente caminhado até a parte externa da mansão e paramos próximos ao jardim feito por minha avó. Esme.

— Nessie, ainda acho estranho te chamar assim!

— Eu entendo! Falei sorrindo.

— Eu sinto muito, eu não queria magoar você!

— Não me magoou, eu estou feliz por ela! Respondi.

— Leah me contou que conversaram!

— Sim, Leah é legal!

—Ela acha o mesmo de você! Ele riu – Olha, eu gosto de você, muito,eu quero que seja feliz, percebi que desde que você é você ou seja Nessie e não Sol seu olhar é triste, Lizzie não gosta de vê-la assim.

—Então me chamou aqui porque não quer vê-la triste por minha causa?

— Não, claro que não, eu me importo com você, muito, você é importante para mim, eu só não quero vê-la triste, nenhum de nós queremos.

— Eu já tomei uma decisão! Falei voltando a sorrir.

—Decisão? Ele me olhou confuso.

—Vai saber após nosso encontro com os Volturis!

Ele me olhou confuso e eu dei um soco em seu braço e começamos a brincar, um carro se aproximava e ao estacionar tia Alice e Jasper saiam de dentro, e por último Nahuel.

—Nahuel! Corri em sua direção dando um imenso sorriso e o abracei, mas ele não esboçou nenhuma reação.

— Desculpe, mas quem é você?

Ele perguntou destroçando o meu coração.