Love Potion - Drastória escrita por Anne Leger


Capítulo 6
Astória


Notas iniciais do capítulo

2/2



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Imaginei que acordaria com dor nas costas, mas obviamente Draco havia levitado meu corpo para a cama. Ele estava deitado ao meu lado, tão nu quanto eu. Me alonguei, tentando não acordar ele. Eu iria embora assim que ele bebesse a contra poção. O rosto dele estava contra o travesseiro e seu traseiro estava para cima, ele era tão branco que as minhas unhas estavam marcadas na curva de suas costas de quando eu o puxei para cima de mim. E meus beijos deixaram pequenas manchas de batom no seu ombro. 

Sorrindo comigo mesma saio da cama, fazia tempo que eu não me sentia tão bem. Atravesso a sala para entrar no banheiro, precisava de um banho antes de cumprir o meu destino e dar a Draco sua contra poção. Queria poder adiar, mas se eu convivesse com essa versão que a Amortentia tinha criado dele por mais tempo, estaria perdida. Eu já estava me divertindo além do que deveria, eu não podia e não queria ter sentimentos por Draco, ele casaria com a minha irmã assim que voltasse ao seu normal e mal se lembraria de seu comportamento. 

Ele me esqueceria, mas eu teria todas as lembranças e isso seria a ruína. Imagina que merda, amar secretamente o marido de sua irmã, isso seria mil vezes pior do que meu amor não correspondido por Blásio. 

Quando estou perdida nesses pensamentos os passos pesados de quem está mancando me puxam de volta, ele estava abrindo o box e abrindo aquele sorriso torto. 

— Veio cobrar minha promessa, Malfoy? 

— Vim economizar água, Greengrass. – Mas ele me abraçou pelas costas mesmo assim, mordendo meu pescoço, parecia que ele tinha apertado todos os botões certos para ativar seu tesão. — A próxima vez que eu a tiver, será numa cama. 

Eu ri, mas ele não se importou, estávamos nus debaixo de um chuveiro quente e ficamos abraçados por mais alguns minutos antes de efetivamente tomar um banho. 

***

O jantar estava servido, era engraçado ver como Draco não sabia o que fazer com a comida que eu conjurei de um lugar próximo, um restaurante oriental. 

— Isso parece cru demais, Astória. Mas, como você teve todo o trabalho de conjurar eu vou provar. – Isso foi o que ele tinha dito há cerca de vinte sushis atrás. 

Eu esperei ele terminar de comer e escovar os dentes, meus olhos se foram para o caldeirão. A poção tinha adquirido sua cor certa e eu deveria pedir que ele bebesse. Com um suspiro encho um copo com água e então coloco a poção, ela dissolve e se mistura. 

Seguro o copo contra a luz e então escuto ele saindo do banheiro. 

— O que está fazendo? – Ele me olhou como se eu fosse doida por encarar um copo de água. 

— Estou vendo se a poção ficou bem feita. – Me viro para ele e seu sorriso não cai por um segundo sequer, se Draco soubesse a confusão que está causando em mim ele não me olharia assim. — Você deveria tomar. 

— E perder a chance de ter você toda atenciosa? 

— Se não estivesse ferido, eu te acertaria com um crucio. Na verdade, eu farei isso assim que você beber a maldita poção e estiver andando corretamente. – Mas eu derrubo o líquido dentro da pia enquanto falo, eu ainda quero essa noite com ele, um último momento. 

— Devo beber então, para que eu possa ser torturado até tocar seu coração e você cuidar ainda mais de mim. — Ele estava apoiando do outro lado do balcão, me apoio nesse balcão também e o lhe roubo um selinho. 

— Não estou disponível para cuidar de bebês adultos mais do que uma vez por década. – Ele ri, Draco Malfoy ri e é bonito quando ele faz isso, sua voz é grave e a risada é um pouco rouca. Ele está mexendo com os meus nervos. 

— Pois venha aqui e me deixe cuidar de você, asteroide. – Ele se afasta da ilha e estende sua mão para mim. 

É a última vez, digo a mim mesma. Ele leva para o quarto, sei o que vai acontecer, não viemos aqui para que ele me coloque na cama e me diga que me ama. 

Ele não ama, ele está sob efeito da poção, mas isso não me impede de aproveitar. Eu retribuo cada beijo, sua língua acaricia minha boca e eu a sugo, puxando seu corpo mais perto. 

Gemendo para ele quando seus beijos estão novamente no meu pescoço, suas mãos estão na minha bunda, apertando. 

— Você quer isso? 

Ele parece em espera, mas não para de me beijar, é claro que quero isso, quero ser jogada nessa cama ou contra a parede, não me importa eu quero ele. 

— Sim. – Arfo na direção dele e sua boca está na minha de volta, eu sorrio, empurrando Draco para a cama. Ele entende quando eu começo a puxar minha blusa, que eu quero que ele sente e assista. 

Dá certo por alguns minutos, eu consigo tirar meus jeans de maneira razoável e também o sutiã, mas não consigo fazer um show por que ele me puxa para a cama. Me encaixa sobre sua ereção e suga os meus seios, minha cabeça tomba para trás e sei que não vou esquecer isso quando ele sussurra para mim que tenho um gosto perfeito, que meu gemido rouco é lindo. 

Suas palavras amaciam meu ego, mas sua língua no meu mamilo amacia outra parte de mim e eu me esfrego contra ele. Estou num ritmo alegre quando ele me derruba no colchão e morde minha barriga, me fazendo rir. 

— Gosto do seu sorriso. – Ele diz e então está puxando minha calcinha para fora e beijando meu tornozelo antes de se instalar entre minhas pernas. — Eu estava curioso sobre qual seria o gosto aqui durante todo o resto tarde e início desta noite. 

— O que está esperando para matar a vontade? – Ergo as sobrancelhas, totalmente sugestiva e ele mata sua curiosidade até que estou me contorcendo e gemendo. 

***

Acordo antes dele. Isso tudo é um grande e delicioso erro, escapo de seus braços e enfio tudo que é meu na minha bolsa. Encho um copo com a poção madrepérola, coloco ao lado da sua cabeceira e deixo um bilhete, dizendo que fui ao mercado. 

Não preciso assinar meu nome e me evergonhar, ele sequer saberá de tudo que fez sob efeito da Amortentia. Eu prefiro assim, posso encerrar as coisas antes que elas venham a ficar mais complicadas ainda. 

Beijo sua testa antes de aparatar para a minha casa. Esse era o ultimo dia da folga que pedi a Minerva e eu não poderia deixar minha turma na mãos de Sibila por muito mais tempo. Meus pobres alunos deveriam estar a beira da loucura. 

Me jogo no sofá, sabendo que dentro de alguns minutos ou horas Draco irá acordar. Beber sua poção e então ficará livre do que pensou sentir por mim e da memória vergonhosa dos nossos dias juntos. 

*** 

No final do dia ligo para Dafne, telefone foi a coisa mais perto de mágica que os trouxas já conseguiram realizar. Conto para ela como foram esses dias, digo que fui para a cama com ele, tento deixar claro que foi só mais uma das minhas aventuras. Como qualquer outra e que Draco já esqueceu isso a esta altura. 

E então, Dafne me surpreende com a sua perspicácia de sempre. 

— Bem, ele irá esquecer já que foi tudo efeito da poção, mas e você? Você irá esquecer, irmã? 

Não vou, sei que não vou, estou caída pelo sexo dele. Mas mentir é a saída rápida.

— É claro que vou, não significou nada. 


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