Love Potion - Drastória escrita por Anne Leger


Capítulo 4
Astória


Notas iniciais do capítulo

hey, último de hoje.



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Não era como se eu estivesse surtando, a maldita contra poção estava cozinhando há exatos dois dias e eu só queria morrer. Draco estava tentando fazer avanços amorosos e o pior de tudo, eu estava me iludindo. Não era como se meu amor por Blásio tivesse sumido, mas era apenas... Bem, quando alguém tenta mostrar que te ama e é atencioso em todo o momento, como é possível não se iludir. Sim, eu sou emocionada demais, totalmente ridícula para uma bruxa adulta.

“Amortentia é a poção de amor mais poderosa do mundo e é por isso que sua contra poção deve ser feita com cuidado.”

E aqui estava eu, fazendo a contra poção cuidadosamente, aplicando medidas paliativas para a dor de Draco e me perguntando o motivo de não ter comprado uma dessas poções de amor que vendem no beco diagonal.

O fato é que Draco era interessante, mesmo enquanto babava por mim, ainda levaria alguns dias para o efeito começar a desvanecer. E eu estava ficando ainda mais preocupada, quanto mais eu lia, mais me nasciam cabelos brancos.

Se eu, de fato, me afastasse dele, ele poderia até mesmo enlouquecer. Droga, Astória como você pôde se enfiar nisso, você sequer suporta esse homem e agora pode perder seu emprego em Hogwarts por causa disso. Seco as minhas mãos na calça jeans, uma das vantagens da Amortentia é que ele aceita qualquer coisa que eu diga como verdade universal.

— Eu gosto do seu cabelo assim. — A voz de um Draco, manco e sem camisa, chega até mim. Posso ver a adoração em seus olhos, ele está com dor também. — Fica bonito solto também, mas gosto de poder ver seu pescoço.

Tenho absurda certeza que meu rosto está ficando vermelho, eu engulo em seco porque afinal o homem é a perdição de qualquer mulher. Eu dormi com um ou dois homens, mas nenhum deles tinha o famigerado “V” que me guiava para a perdição  e ele tinha.

— Eu prefiro trabalhar de cabelo preso. Você precisa de alguma coisa? — Meus olhos baixam pelo corpo dele, parecia suado e meus olhos seguem uma gotinha de suor que escorre.

— Tive um sonho ruim. — Ele resmunga e capto o movimento que ele faz para esconder o braço, eu sabia o que ele estava tentando cobrir de mim, mas não era isso que eu estava olhando.

Subitamente sei do que ele está falando, Draco ainda tem os mesmos sonhos que todos nós.

— Eu entendo. Quer um pouco de chá? Eu estava indo fazer para mim.

Viro-me para o lado do fogão que está vazio. Escuto os passos pesados de quem manca e então, o calor do corpo dele está atrás de mim.

— Astória, eu estou tão atraído por você. — Ele sussurra e então continua. — Mas eu não a mereço.

E preciso respirar fundo, ah, Draco, se você soubesse da verdade... O hálito quente com cheiro das ervas que o fiz beber toca minha nuca e estou totalmente arrepiada. Seguro a chaleira com mais força quando ele segura meus quadris.

Merlin, Cassandra, Medusa, tenham piedade dessa pobre mulher, vulgo eu.

— Eu a quero e sei que me quer. Não há outra resposta para estar aqui, eu estou apaixonado Astória e não preciso que me ame, mas eu posso te fazer me amar.

E quando esse homem começa a beijar minha nuca, tenho certeza que ele poderia me fazer derreter. Preciso respirar e respirar, morder minha bochecha interna para conter um gemido. O quão errado isso poderia estar? Dafne me diria para ir na onda, no momento que ele beber a contra-poção tudo será esquecido. Tudo será um grande borrão, mas não é certo, com nenhum de nós.
— Draco, pare. — Eu dou uma cotovelada nele, não com força, eu estou usando toda ela para me manter de pé em minhas pernas, afinal, o desgraçado achou meu ponto fraco. — Você está delirando, é isso. Seus pesadelos acabaram com você, por favor, vá se sentar.

Me viro dentro de seu abraço, me deparando com olhos brilhantes e uma boca capaz de me fazer esquecer que não devo alimentar ilusões. Eu poderia beijar Draco por horas, é o que eu penso quando ele já está com a língua na minha boca. Ainda estou segurando a chaleira e meus olhos estão fechados, uma parte pequena de mim grita para que eu me lembre a quem pertenço, a quem amo... Mas é impossível pensar em alguma coisa quando está sendo tão bem beijada na cozinha de um dos pretendentes a sua irmã.

— Se isso é um delírio, espero que eu continue delirando. — E é a breguice dessa frase que faz perceber, não existe atração entre Draco e eu, é tudo uma mentira, mas algumas mentiras valem completamente a pena, meu subconsciente alerta quando estou beijando-o novamente. 


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