Love Potion - Drastória escrita por Anne Leger
Notas iniciais do capítulo
oi
Quando abri os olhos, a primeira coisa que eu senti foi dor de cabeça. Eu me lembrava vagamente de estar na casa de alguém, mas aquela era a minha cama. Não fazia ideia de como eu havia vindo parar aqui, com certeza não deve ter sido andando. Sentei-me e movi minhas pernas para fora da cama, ainda estava de calças e sapatos. O quarto estava escuro e eu procuro pela minha varinha, ela acende uma luz na ponta com um aceno mudo.
Tiro meus sapatos e olho para o relógio de madeira ébano. São 23hrs. Como eu cheguei em casa?
Fecho os olhos de novo, vagando para o início do dia, paro quando chego na festa, o momento em que a vi. Meu coração dispara, a professora de Hogwarts.
Os cabelos negros, os olhos verdes, o cheiro de biscoito de lavanda e canela. Sinto meu pulso acelerar, imediatamente acendendo meu desejo. Preciso vê-la outra vez. Minha cabeça pesa. Ela segurou minha mão essa tarde, me puxando por um caminho escuro.
Tento forçar a memória em busca de uma explicação para o que veio depois e tudo consigo são sussurros do meu subconsciente cantando “Astória, Astória, Astória.”
— Olá. — A voz me faz dar um pulo, eu a reconheço imediatamente, as luzes se acendem e ela está ali. Astória.
— Astória Greengrass. — Suspiro e quero me jogar aos seus pés, mas todo o meu corpo está pesado. Não sei o que aconteceu que faz os meus movimentos tão lentos.
— Você está melhor? — Ela me pergunta, ainda muito distante, eu queria tocar essa mulher, mas me refreio, se não tivesse anos de prática me refreando para não beijar o chão de Hermione Granger ou lamber a boca de Harry Potter, eu estaria me declarando para ela agora mesmo.
— Astória. — Digo bobamente e quase mordo a minha própria língua. Ela ri.
— Você já disse o meu nome, Malfoy.
— O que aconteceu? Como viemos parar na minha casa?
Ela olha para baixo, com um olhar culpado.
— Eu estuporei você por uma brincadeira, você está com um pé torcido.
— Uma dor de cabeça também, suponho que você está aqui por se sentir culpada.
Ela bufa, tirando o cabelo do rosto, tem olhos verdes poderosos. Uma parte de mim sabia que eu tinha sentimentos inadequados em relação a ela. Rica, elegante, mas definitivamente muito progressista. Mas até as calças horríveis eram atraente, isso é o que eles chamam cair de amor?
— Um pouco, Blásio me disse que você mora sozinho e eu pratiquei um feitiço de cura. — Ela está mexendo no cabelo de maneira nervosa. — Não deu muito certo.
Respiro fundo, eu queria beijar toda a extensão do seu pescoço branco.
Ela engole em seco e eu me pergunto se está com medo que eu revide. Eu não poderia, ela é uma mulher e eu tenho esses sentimentos inquietantes por ela. O ar cheirava a lavanda e canela, chocolate e um cheiro estranho.
— O que está fazendo na minha cozinha?
Ela ri nervosa.
— Uma poção, para a sua dor.
— Cheira bem.
— É nova. Durma agora, eu vou te acordar quando você precisar beber. — Ela continua mexendo em seu cabelo e eu quero mexer nele também. Quero afundar meu nariz e me inebriar com aquele cheiro.
Não posso dormir, ela me dará a poção e irá embora, eu quero aproveitar sua presença. Então, uso as palavras que eu nunca pensei usar.
— Pode me ajudar a chegar ao banheiro?
Ela se aproximou, como se fosse comum alguém pedir a ajuda dela. Ela tenta me apoiar enquanto andamos até o meu banheiro, seu corpo era quente e tinhamos alturas próximas. Seu cabelo tinha aquele cheiro de lavanda, que me lembravam os biscoitos da festa do chá.
— Foi um vexame muito grande? Eu aprontando na sua festa, quero dizer.
Ela me olhou como se não soubesse decidir o que dizer sobre mim ou responder essa pergunta. Astória deu de ombros e se afastou de mim quando me apoiei na pia.
— Não foi sua culpa, eles não gostariam da minha festa com ou sem você nela, aliás, eu odeio chá e festa do chá a partir de agora.
— Eu lamento. — Eu sabia que não deveria ter aceito o convite de Blásio, mas ainda assim, se Astória estava na minha casa, eu não tinha muito a contestar.
Astória caminhou até a porta do banheiro e fechou, com aquele olhar de quem não podia mais suportar que nós sonserinos fazíamos tão bem.
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