Miraculous: Secret Wars II escrita por ladyenoire


Capítulo 6
Our History


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Nathalie?

— Sim, senhor? – a mulher voltou sua atenção para Gabriel, que jantava novamente sozinho naquela noite. Não muito diferente das demais noites.

— Preciso que estenda a minha licença na empresa.

— Posso fazer isso, mas não acha que os acionistas podem ficar receosos com um período tão grande de afastamento?

— Tenho a maior parte das ações. A empresa ainda é minha, não é? – ela assentiu – Também vou precisar que contate algumas pessoas para mim. Mas é muito importante que o Adrien não saiba disso.

— É claro, mas com todo o respeito... O que o senhor está planejando? – Gabriel tomou um longo gole do seu vinho importado e esboçou um sorrisinho de canto.

— Em breve você saberá.

***

— Aqui por enquanto está tudo tranquilo, na medida do possível. Mas nada de fendas para a sua Terra.

— Bom, já não posso dizer o mesmo. – Lady Noire riu. A heroína portadora do Miraculous do gato na Terra-65, ligou por chamada de vídeo para a sua pulseira que tinha dado para Ladybug, querendo saber como estavam as coisas pela Terra-616. – Mas elas podem abrir mais de uma vez aí, por exemplo?

Sim, só que aqui é diferente. Na verdade, as fendas podem abrir mais de uma vez em qualquer Terra para a sua. Mas aqui nós temos a tecnologia de viagem entre o espaço-tempo.

— Quer dizer que já recebemos visitantes antes?

Provavelmente. Mas como vocês não tem a tecnologia, não conseguem detectar, e nós muito menos podemos interferir.— deu de ombros – As leis do universo que eu mencionei, isso criaria muito mais fendas.

— Entendi.

Fora que ninguém fica viajando o tempo todo para outra realidade.

— É, faz sentido. – suspirou – Só sei que tivemos uma longa noite depois que vocês foram embora. Vimos mais duas versões nossas e mais duas do A... – parou assim que notou que aquela Marinette não sabia a identidade do parceiro – Chat Noir, ou Mister Bug pra você. Duas não tão boas.

Interessante! Parece que temos muita relação com a história dos Miraculous, já que em várias Terras somos portadores.— assentiu. – Mesmo que não por bons motivos em algumas.

— E o que aconteceria se uma pessoa ficasse demais na realidade a qual ela não pertence? – questionou curiosa – Ela sumiria? – Lady Noire riu.

Não, isso é ficção. Ela tecnicamente pode viver em outra realidade, se for preparada mentalmente para isso.

— Como assim?

Ah, algumas pessoas piram!— disse simples – Sabe, quando você vai para um lugar onde a tecnologia é muito superior, ou muito inferior. Talvez você não consiga se adaptar a isso e acabe surtando, entende?— Ladybug concordou – Mas dificilmente acontece de alguém mudar de realidade e se isso acontece, normalmente a pessoa fica de boa por já estar preparada pra isso.

— Nossa! Isso tudo é muito louco! – riu e se atirou para trás na cadeira – Não que joias mágicas que concedem poderes, seja algo muito normal. – a garota do outro lado da tela riu também – Mas de qualquer maneira, muito obrigada por me ajudar a entender toda essa bagunça. Eu estaria perdida sem você.

Que isso!— balançou as mãos – Marinette ajuda Marinette.

— É, heroínas ajudam heroínas. – disse, lembrando que última versão sua que conheceu, não era bem alguém que ajudaria ou que gostasse de ajudar. – Preciso desligar agora. Obrigada novamente e boa noite.

De nada. Boa noite.— piscou e desligou a chamada.

— Terminou? – Adrien questionou. Estava deitado na cama de Marinette, mexendo no celular enquanto ela falava com Lady Noire. Não quis interferir e correr o risco da garota ver quem ele era e de alguma forma acabar descobrindo a identidade de Mister Bug de um jeito conturbado.

— Sim. E você falou com a equipe?

— Aham. Mas a Chloé tem um jantar importante hoje, a Alix precisa ajudar o pai no museu até tarde e o Luka não respondeu.

— Melhor a gente marcar a reunião para amanhã de tarde então. – sugeriu, pensativa. – Será que o Luka está bem?

— Acho que sim. Você sabe que as vezes ele fica tocando guitarra com os fones e esquece da vida. – eles riram. – Mas se quiser eu posso passar na casa dele antes de voltar pra minha e conferir.

— Ok, seria bom. Não quero correr riscos com essas várias versões nossas cruzando as fendas o tempo todo e circulando livremente por aí. – Adrien sorriu e foi até a namorada, depositando um beijo no topo da cabeça dela.

— Tem razão, Bugaboo. – sorriram – Ah, e o Nino deu notícias sobre a fenda que abriu na frente da casa dele. Ela fechou há poucos minutos e aparentemente ninguém entrou ou saiu dela.

— Menos mal. – suspirou de alívio. – Assim ao menos podemos respirar um pouco.

— Pois é.

— Você não acha curioso o fato de várias versões nossas terem algum envolvimento com os Miraculous, independente da Terra? – Adrien sentou no divã, ficando de frente pra ela.

— De fato é. Será que tem alguma razão, ou é só coincidência?

— Não sei. – ambos permaneceram pensativos – Acho que vou perguntar para o Mestre amanhã. Preciso falar com ele antes da reunião.

— É uma boa.

— Você quer ir também?

— Até queria. Mas preciso resolver umas coisas em casa. – suspirou pesadamente e passou a mão pelos cabelos. Marinette então levantou e foi até ele, sentando ao seu lado e escorando a cabeça no ombro do namorado, como se dissesse que estava ali para o que der e vier.

— Eu te amo, Adrien. – o loiro sorriu instantaneamente.

— Também te amo, Marinette.

***

— Pai? – Alix chamou atenção do pai, enquanto eles reorganizavam a exposição dedicada à Maria Antonieta, a rainha consorte da França em meados de 1780. Um dos grandes ícones da história e uma das primeiras figuras que vem na mente das pessoas quando se fala da Revolução Francesa. Novos itens foram integrados à sua coleção, então a garota se ofereceu para ajudar o pai após o fechamento do museu.

— Sim?

— Se você pudesse, de alguma forma, voltar no tempo e mudar a história, o que você mudaria? – o homem riu, sem desviar a atenção da arrumação.

Alix estava reflexiva desde que venceram Hawk Moth. Sabia que graças a sua interferência, impediram um destino pior, mas também essa interferência trouxe consequências. A garota não se culpava de fato, mas se perguntava se tinha valido mesmo a pena e se tinha feito o certo.

— Acho que nada.

— Nada? Nada mesmo? – indagou surpresa – Nem os momentos de pobreza extrema que o povo francês passou quando Luís XVI governava?

— Bom, se eles não tivessem passado por isso, não tinham deposto o rei tirano e possivelmente o povo não se uniria para uma Revolução. Que aliás, foi muito importante, não só para a França, mas também para o mundo. – ela assentiu, completamente atenta – Eu sei que parece uma maneira fria de se pensar, mas o que eu quero dizer, é que coisas ruins aconteceram no passado, estão acontecendo e vão acontecer. E a mobilização do povo é a chave para mudanças, e normalmente elas acontecem perante à injustiças.

— Entendi. Então no caso seria preciso acontecer algo ruim para as pessoas se mobilizarem?

— Não necessariamente. – Sr. Kubdel voltou sua atenção para a filha – Mas é impossível impedi-las. Se eu tivesse voltado no tempo e impedido a Primeira Guerra Mundial de alguma forma, as relações amistosas entre os países continuariam ali. Uma hora ou outra culminaria em guerra, e talvez tivesse sido muito pior.

— Bom, teve a Segunda Guerra Mundial.

— Exato, mas ela também trouxe muitas mudanças e novamente foi tirado um líder tirano do poder. – Alix assentiu, encarando um dos colares extravagantes de Maria Antonieta – A história é importante, querida. Precisamos conhecer o que o ser humano passou, pois assim, não repetimos o mesmo erro. E se ocorrer de repetir, já que errar é da natureza do ser humano, a partir da história podemos saber como corrigir.

— Nossa! Não tinha pensado nisso. – admitiu. – Isso foi... Bem esclarecedor. – desviou sua atenção para o pai e sorriu – Obrigada.

— Não há de que, minha filha.

***

Chat Noir saltava entre os prédios naquela noite fria, indo na direção da casa de Luka, quando de repente recebeu uma ligação da namorada. Não tardou em parar no topo de um prédio qualquer e atender.

— Faz apenas alguns minutos que eu saí daí e você já está com saudades? – questionou com um sorriso.

Engraçadinho!— ironizou – Estou ligando porque há algumas horas atrás abriu uma fenda há alguns metros do Rio Sena. Acabamos não vendo já que estávamos juntos. Antes de ir no Luka, passa ali rapidinho pra ver se está tudo bem. Te mando a localização exata.

— Ok. Já estou no caminho de qualquer forma.

Tá bem. Qualquer coisa me liga e obrigada.

— De nada, Bugaboo. Até amanhã.

Até.

Chat Noir por fim desligou e se deslocou até o local da fenda. Rapidamente avistou o feixe de luz, porém não havia movimento de pessoas no local. Obviamente não era o suficiente afirmar se alguém passou por ali ou não, embora achasse difícil que sim. Então logo mandou uma mensagem para Marinette, informando a situação e se deslocou para a casa de Luka.

Adrien chegou no local, se deparando com as luzes todas apagadas, com exceção das luzes da parte de fora do barco que ficavam acesas durante a noite. Com cuidado, foi até a janela da cabine de Luka – agora o garoto tinha a sua própria, já que antes dividia com a irmã – e bateu no vidro. Ouviu uma movimentação, porém não conseguia ver nada, pois o vidro estava coberto com a cortina.

— Luka? – sussurrou. – Está aí? – mais uma movimentação, até que a janela circular foi aberta, fazendo Chat Noir levar um susto e quase cair para trás.

— Oi. O que você tá fazendo aqui? – Luka parecia agitado e seus cabelos tingidos estavam levemente bagunçados. Estranhou, porém deu de ombros.

— Nada, eu só... Tentei falar com você pra marcar uma reunião, mas você não respondeu.

— Ah, eu saí pra caminhar mas não levei o celular.

— Entendi. Eu passei aqui porque a Marinette ficou preocupada, então... Está tudo bem?

— Aham, tudo ótimo. – sorriu – Então, pra quando ficou a reunião?

— Amanhã à tarde. Você pode? – assentiu – Era só isso, então. Boa noite.

— Boa noite, Chat Noir. – brincou – E eu agradeço a preocupação.

— Amigos são pra isso. – Adrien riu fazendo um cumprimento e por fim saiu, saltando entre os prédios até sumir de vista.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAA HUMMM!!!

Atenção pra mensagem importante, na parte da conversa da Alix com o pai, eu imagino que vocês devem ter entendido a mensagem. Não se calem perante à injustiças. Mas também procurem ler, estudar e conhecer a causa pela qual está lutando. Não estou dando meu posicionamento político aqui, nem nada. Só que o nosso país está enfrentando momentos ruins, e nós precisamos ter a conhecimento disso o quanto antes.

Então estudem, gafanhotos. E quando eu falo estudar, não é só matemática, geografia e etc, eu quero dizer assuntos atuais, o básico de economia e política. Não que vocês precisem virar especialistas ou saber tudo da noite pro dia, mas sim entender como as coisas funcionam gradativamente.

Vocês sabem por que o conhecimento é a arma mais valiosa? Porque depois que se adquire, ninguém pode tirar de você!

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! E espero que tenham gostado ♥ xoxo



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