Miraculous: Secret Wars II escrita por ladyenoire


Capítulo 7
Relationships Issues


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/781087/chapter/7

Como estão as coisas depois que você descobriu sobre o Adrien?

— Não sei, ele ainda não deu as caras. – Marinette deu de ombros – Não imaginei que ele pudesse ser o Chat Blanc. É esquisito. – fez uma careta engraçada, fazendo o garoto rir.

— Entendo. – Luka fechou a porta do quarto e entregou uma xícara de chá quente para ela. 

— Obrigada. – ela pegou e ele sorriu. Em seguida sentou ao lado dela na cama. – Em hipótese alguma ele pode saber que eu sou a Multimouse. Isso complicaria as coisas mais ainda.

— Imagino que sim. Afinal, você disse que ele meio que gosta de você. – Marinette tomou um gole do chá e assentiu.

— Não sei se é bem gostar. É mais um sentimento possessivo, sabe? Quando eu e o Luka... Bem, o Luka da minha Terra, começamos a namorar, Adrien ficou bem irritado. – o garoto riu – Mas agora que eu descobri o Chat Blanc não é ninguém menos do que o Adrien, as coisas começaram a se ligar.

— E isso fez você gostar um pouco dele? – questionou receoso.

— Não, claro que não. Apenas, entender ele. Embora ainda assim não concorde com tudo que ele faz.

— E como vocês não têm uma Ladybug, que conserta tudo, o que acontece com as coisas que o Chat Blanc destrói?

— Ficam destruídas. – deu de ombros – Ou a prefeitura tenta reparar, ou permanece assim.

— Nossa! – exclamou surpreso – É estranho imaginar, já que aqui a gente faz uma tremenda bagunça normalmente. E quando as coisas ficam complicadas, a Marinette surge com um plano e no final conserta tudo. – sorriu.

— Você gosta dela? – Luka piscou, sendo pego de surpresa pela pergunta.

— Gosto. Ela é uma das minhas melhores amigas.

— Mas se dependesse de você seria mais do que isso, estou certa? – ele suspirou, encarando um ponto distante.

— É complicado. – riu sem humor – Se dependesse de mim, sim. Ela é a garota mais incrível que eu já conheci, mas... Eu sei que ela ama o Adrien e ele a ama tanto quanto. Queria de verdade que a gente pudesse ficar junto, mas eu entendo e respeito que ela esteja feliz. – desviou o olhar para a garota ao seu lado – No final, é isso que importa. – Marinette sorriu e suspirou.

— É, parece que eu e você estamos sem sorte nesse quesito. – deu de ombros, desviando o olhar.

— Pois é. – a azulada terminou de tomar o chá e levantou.

— Bem, eu adoraria ficar, mas eu preciso mesmo ir antes que a fenda feche. – Luka levantou também, pegou a caneca das mãos dela e colocou na sua cômoda.

— Eu te levo até lá. – ela sorriu.

— Obrigada.

***

Marinette costurava uma das blusas de sua mãe, enquanto pensava sobre os acontecimentos da noite anterior.

Depois de conhecer Lady Paon, tinha sentido a mesma coisa que Adrien ao conhecer Chat Blanc. Será que ela poderia mesmo ser uma vilã? Tudo bem que ainda acreditava no que disse ao namorado, que todo mundo tinha maldade na alma e deixá-la dominar era uma escolha. Mas não podia deixar de refletir sobre.

Encarou Tikki, que estava concentrada comendo um biscoito e sorriu com a visão. Por mais que usasse outros Miraculous em outras Terras, não se imaginaria sendo outra heroína que não Ladybug nessa.

Os pensamentos de Marinette foram interrompidos pelo toque do celular. Imaginou que fosse uma mensagem de Adrien, mas na verdade era de Luka, informando a chegada de novos visitantes.

— Que ótimo! – ironizou, largando o que estava fazendo e chamando a atenção da kwami.

— O que houve, Marinette?

— Mais trabalho. Tikki, spots on!

Ladybug correu o mais rápido possível e no caminho enviou um alerta para a equipe – ou melhor, para Alya e Nino. Já que Chloé e Alix tinham compromisso e Adrien estava com a cabeça cheia. Não imaginou que precisasse chamar todos, porém se fosse algo mais sério, não hesitaria em alertá-los.

Chegando no local indicado pelo amigo, encontrou Viperion já transformado ao lado de Multimouse – no entanto, o traje dela estava um pouco diferente, não sabia ao certo se era apenas impressão pela baixa luminosidade – trocando golpes com um garoto loiro, que parecia também ter o Miraculous da cobra.

— Ei! – Ladybug chamou a atenção dele e se pendurou no ioiô, chegando até o garoto e acertando um chute antes que ele pudesse sequer pensar em desviar. – Quem é você?

— Não acho que seja da sua conta, joaninha.

— Que feio! Assim vai parecer que as pessoas da nossa Terra também não tem modos! – uma garota surgiu de dentro da fenda, segundos antes que ela fechasse e partiu para cima do loiro. – Por que não se apresenta para as pessoas? – questionou, enquanto tentava acertá-lo.

— Não vejo necessidade.

— Sua existência também não é necessária e veja aonde estamos. – a garota que parecia ter o Miraculous da abelha, por fim conseguiu acertar o loiro e o derrubar. – Boa noite, eu sou a Bee Girl. Esse idiota aqui é o Aspik

— Adoro seu jeito carinhoso. – ironizou.

— Não sou carinhosa com traidores.

— Espera! – Ladybug levantou as mãos – O que está acontecendo aqui? – Viperion tomou a frente.

— Eu e a Multimouse, ou melhor, agora Multifox, estávamos voltando para a fenda quando o Aspik surgiu. – Ladybug agora tinha entendido a diferença nas cores do uniforme da garota, ela estava usando o Miraculous do rato e o da raposa ao mesmo tempo.

— Como assim voltando?

— A fenda abriu na minha Terra novamente e eu vim... Visitar ele. – se explicou.

— E ao que parece, abriu na... – Ladybug usou o scanner em Bee Girl – Terra-184. E vocês dois? Por que estão aqui?

— Bom, eu só vim atrás desse imbecil que costumava ser o meu parceiro.

— Sem ressentimentos, abelhinha. Mas ofertas melhores aparecem. – riu, ainda no chão, recebendo um olhar mortal da azulada em sua frente. Ladybug e Multifox se entreolharam, aquela garota era a versão delas da Terra-184. – E pra sua informação, eu não vim aqui causar. Vim atrás de um dos nossos.

— Quem?

Roi Singe. Ele passou pela fenda que abriu hoje pela manhã e ainda não voltou.

— Quem é esse? – Viperion questionou.

— Não é da sua conta. – o loiro respondeu, fazendo Bee Girl revirar os olhos.

— Um dos portadores do timezinho de vilões. – a garota respondeu – Ele tem o Miraculous do macaco e é tão idiota quanto o Aspik. Não me admiro que tenha se perdido.

— Ei! – Aspik protestou e Ladybug massageou as têmporas.

— Vocês ao menos sabem quem ele é por trás da máscara? – negaram – Certo, assim que acharmos ele, vocês vão embora na primeira fenda que abrir. Ok? – os dois assentiram. Aspik ficou de pé e parou na frente de Bee Girl com um sorrisinho, a garota então revirou os olhos e o empurrou.

— Chegamos! – Rena Rouge e Carapace aterrissaram ao lado de Ladybug, que rapidamente os atualizou sobre a situação.

— Fiquem de olho neles, preciso fazer uma ligação. – sussurrou para Alya e Nino, que assentiram e se afastou do grupo, ligando para Lady Noire pela pulseira – Oi, está ocupada? – dessa vez era apenas uma chamada de voz, então não podia ver de fato o que ela fazia.

Oi. Pra falar a verdade não, precisa de algo?

— É que recebemos mais visitantes hoje e eles estão procurando por alguém da Terra deles. Só que esse garoto pode ou não estar transformado e eles não sabem quem ele é por trás da máscara.

Então você quer saber se tem algum jeito de encontrá-lo?

— Isso. É possível?

Sabe o scanner que tem na pulseira?

— Aham.

Ele tem uma opção que você aciona e ele faz a varredura dos dados em quinhentos metros ao redor de si. Ele não dá o local específico, mas você vai saber se a pessoa estiver dentro daqueles quinhentos metros.

— Entendi. Obrigada novamente.

Não há de que, Ladybug. – por fim desligou e se voltou para os portadores, se deparando com a cena dos visitantes discutindo entre si, enquanto Bee Girl era segurada por Rena Rouge e Aspik, por Carapace.

— Pessoal! – Ladybug chamou a atenção deles – Vamos procurar o amigo de vocês agora, será que poderiam... É... Parar de brigar?

— Ok. – responderam ao mesmo tempo, com expressões irritadas. Ladybug então suspirou pesadamente. Tinha impressão que aquela também seria uma longa noite.

***

Adrien estava de braços cruzados, observando a vista da enorme janela do seu quarto e refletindo sua a notícia que Nathalie tinha dado para ele mais cedo.

Seu pai decidiu estender a licença que havia tirado da empresa. E pelo que conhecia de Gabriel, sempre que algo o abalava, o homem se afundava em uma pilha interminável de trabalho. Logo, estranhou esse afastamento dele.

Podia apenas estar caindo em um jogo mental do seu pai manipulador, ou poderia ser até uma maneira indireta de querer chamar atenção – mesmo que esse não fosse o perfil do estilista –, mas o garoto loiro sentia que precisava ficar de olho. Afinal de contas, tudo que pensou saber sobre o seu pai foi colocado à prova quando descobriu que ele era Hawk Moth. As peças sobre esse quebra-cabeça ainda não se encaixavam e Adrien sentia que precisava descobrir a verdade o quanto antes.

— No que você está pensando? – Plagg questionou curioso.

— Em muitas coisas. – respondeu sem desviar o olhar da paisagem – Essa história toda com o meu pai. Eu tenho vontade de sentar e conversar com ele sobre, mas sempre que nos cruzamos pela casa não trocamos uma palavra ou começamos uma discussão diferente. – suspirou, escorando o braço na janela e recostando a testa sobre ele – É tão difícil ter um diálogo normal!

— Bem, se quer saber a minha opinião, talvez você devesse tomar mais cuidado pra não cair nos jogos dele.

— Como assim?

— Ele te provoca e você cai, aí acabam iniciando uma discussão interminável. – o kwami disse despreocupado, enquanto mastigava um pedaço de queijo – Não digo que ele faça isso de propósito, mas é o que acontece.

— É, você tem razão.

— Eu sempre tenho. – o garoto riu.

Adrien não podia negar que tinha um pouco da personalidade do pai em si, então era inegável que em momentos de conflito, os dois acabassem mostrando essa parte que tinham em comum. Porém depois da conversa com Plagg, entendeu que precisava agir com mais calma. Afinal, era assim que Gabriel Agreste sempre conseguiu as coisas, agindo com cautela, sem que ninguém percebesse suas verdadeiras intenções. Usando um comportamento por vezes esnobe, para disfarçar que na verdade estava observando tudo e pensando em cada possibilidade do que poderia acontecer.

O garoto podia dizer que não concordava nenhum pouco com o que o seu pai tinha feito sendo Hawk Moth, mas não podia negar que Gabriel Agreste era muito mais calculista e perspicaz do que parecia. O que o levava a crer, que o homem ainda escondia algo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAA ATÉ O KIM VAI APARECER COM MIRACULOUS!

Pra quem não sabe, "Roi Singe" é o nome do Monkey King em francês. Eu ainda acho mais legal, embora seja bem provável que eu use o nome em inglês nas fanfics. Só que como esse era de outra Terra, usei em francês mesmo.

E aí, estão gostando dessas várias versões?

Ah, lembrando que eu falei (eu acho) sobre o especial, onde vocês vão conhecer um pouco mais sobre as Terras alternativas. Mas mais pra frente vai ser desenvolvido. Por enquanto estou focando nas fanfics que estão em andamento.

Muito obrigada por terem lido, nos vemos no próximo capítulo! Espero que tenham gostado ♥ xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miraculous: Secret Wars II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.