—- E ela voltou e condenou o reino a danação eterna é? – falei sarcasticamente e minha mãe me encarou.

—- Não, a perseguiram até o rio e a congelamos nele antes que fizesse isso – disse minha mãe friamente.

—- Congelaram uma mulher por estar apaixonada por um monstro? Ah faça – me o favor – respondi fria.

—- Era um demônio e ela não respeitava a magia e estudou as artes das trevas – disse minha mãe friamente.

—- Por mais que seja interessante esse romance proibido, acho que a minha quarentena acabou – respondi.

—- Stella, saiba que essa quarentena é para garantir que está tudo bem com você – murmurou minha mãe.

—- Você vai me manter aqui trancada pra depois me congelar porque acha que não estou normal, certo?

—- Quando conheci a Inácia, confiei nela, mas eu não sabia dessa história e pra sua segurança você precisa ficar aqui.

Revirei os olhos e voltei para a minha janela e ignorei quando minha mãe saiu e peguei a varinha e abri a porta e caminhei onde talvez teriam trancado Inácia e pelo andar da carruagem a congelariam de novo.

—- Não podem congelar uma mulher sem dar a ela o direito de se defender seja lá do que foi acusada.

—- Stella, a Inácia sabe o controle da mente e os poderes dela podem te fazer cometer atrocidades filha.

—- Nossa, não foi você mesma que pediu a ajuda dela lá no rio para destruir os monstros ferozes? – falei.

—- Sim, mas isso me condenou, pude sentir o sabor da escuridão e pude perceber o quão má ela é – disse.

—- Se ela á tão má como dizem a congelem de novo, mas ela merece o direito de defesa – respondi nervosa

—- Não posso discordar das suas palavras minha filha, todos temos direitos, iremos julga – lá – disse Valerie

Sorri largamente para minha mãe e encarei Inácia que sorriu de volta, e minha mãe pigarreou.

—- Vamos fazer o julgamento para que não reste nenhuma duvida sobre Inácia – disse mamãe e assenti.

—- Ainda bem que aqui estamos começando a ter o sistema de justiça e o direito de defesa – murmurei.

Assim que mamãe saiu da cela/ quarto onde Inácia era mantida encarei a mulher de cabelos esverdeados.

—- Defendi você, agora quero algumas respostas – murmurei deixando minha varinha de prontidão – Você mexeu mesmo com magia negra como está sendo acusada? – perguntei encarando – a seriamente fria.

—- Fiz o que tinha que fazer por mim, se a sua mãe e o reio não acreditam podem me chamar de vilã.

—- Você não está tentando jogar algum de seus feitiços para dominar a minha mente está? – perguntei.

—- Se estivesse você não iria perceber – murmurou ela e apontei a varinha para ela e a abaixei rapidamente.

—- Piada sem graça essa sua Inácia – resmunguei guardando a minha varinha e abrindo a porta para Alaric.

Inácia sorriu e se abaixou para pegar a chinchila branca que parecia vibrar feliz por rever a nova amiga.

—- Ele anda meio agitado ultimamente, será que poderia brincar um pouco com ele, ele gostou de você.

—- Essa torre afastada em seus temos de gloria era meu quarto – murmurou ela e suspirei pesadamente.

—- Apesar de estar meio bagunçado e sujo a vista é linda – respondi olhando para o jardim do castelo.

Sorri e voltei para o meu quarto extremamente longe do de Inácia e respirei fundo e liguei para Tiago.

—- Oi Tiago, o convite sobre sair como amigos está de pé? Estou precisando mesmo conversar com alguém, bom quando ouvir este recado, por favor, me retorne, tchau – disse e fechei a caixinha de musica e ao me virar em direção a minha cama alguém bateu na porta de meu quarto e quando abri dei de cara com Uni.

—- Uni? Nossa amiga que cara é essa parece que viu um monstro – falei enquanto ela entrava em meu quarto sem o restante do corpo de um cavalo, na verdade sim, mas estava mais compacto como um bode.

—- O Tiago parece que está se alistando para o exercito real e está indo pra fronteira para fazer a iniciação.

—- Precisamos ir até lá, até ele terminar o treinamento nós nunca mais o veremos – resmunguei saindo dali.

Chegamos até o final da fronteira de Story Mode e Uni foi para um lado e eu para o outro e o encontrei.

—- O que pensa que está fazendo se alistando para o exercito que mais mata pessoas em todo reino? – falei.

—- É a hora de eu aprender a controlar meus poderes e ser um príncipe melhor para o povo – disse ele.

—- Não sabemos o que pode acontecer nesse treinamento, nunca ninguém fala sobre ele, é obscuro demais.

—- Stella, eu moro dentro de um vulcão, meus poderes são fogo e eu consigo fazer magia, é moleza – disse.

—- Então, você vai se permitir ir para a guerra ou treinar algo do tipo com o pior esquadrão existente em Story Mode para simplesmente se sentir melhor seja lá com o que está lidando que não sabe controlar?

—- Já tomei a minha decisão, vou entrar pra esse exercito custe o que custar – resmungou Tiago e eu bufei.

—- Certo, eu não vou ficar aqui pra ver você se entregar para perder o seu tempo e a sua vida – respondi fria

Sai dali pisando duro e procurei por Uni e ela estava sentada fazendo desenhos com seus cascos na terra.