happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 24
Apenas brincando que eu posso aguentar


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo recheado de notícias, cada uma vai ser um passo importante a mais na história.

Eu espero que gostem!



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Capítulo 24 – Apenas brincando que eu posso aguentar

|EMMETT|

O final do ano começou a se aproximar e, com aquilo, meu esperado recesso da faculdade. Por duas semanas eu estaria livre para estar com Henri e era meu único paraíso imaginado. Eu queria tanto aquilo.

Alice se empenhou ao máximo para fazer seu intercâmbio no começo do semestre que seguiria e, com ela, começamos a correr atrás de tudo o que precisava. Validamos o passaporte com todas as exigências para ela entrar na Itália sem problemas e, como bons agouros, meu pai contou que tinha conseguido um excelente preço pelos carros de Edward e Alice e para o de Rose e Jasper também. Edward, como o completo apaixonado por Alice que era, sugeriu que todo o dinheiro que receberam do Volvo fosse aplicado no intercâmbio dela e a baixinha chorou, abraçando o irmão.

Rosalie, é óbvio, achou a ideia perfeita e aceitou aplicar quase todo seu dinheiro da venda do carro no nosso novo meio de transporte.

Jasper era parte viva e presente de nossas vidas. Falávamos dele com menos frequência, mas todos os dias era uma nova esperança de receber a ligação que queríamos – a que contava sobre a vida dele. Ainda não tinha acontecido, mas não nos abalamos, todo dia era um novo dia.

Conhecemos o novo melhor amigo de Bella logo no começo do mês de novembro. Anthony era uma criança adorável, muito inteligente e perceptível, ele adorou conhecer Henri – tanto quanto nós mesmos adoramos conhecer Tony – e, numa tarde de visitas, deixamos o bebê, Bella e Alice com Julia, Jess e Tony, então junto com Edward, Nicky e Greg, Rosalie e eu fomos escolher o novo carro. Minha Rosalie amava carros e tinha pesquisado muito, foi certa do que queria e Edward e eu apoiamos a escolha do Volkswagen Golf branco.

Animadamente, voltamos para o hospital para buscar todos e, por fim, comemos na lanchonete com Anthony – que nos fazia rir de suas colocações – e seus familiares. Jess brincava quieta com Alice que parecia tão distraída com a criança, achei estranho pensar que ficaria um tempo sem ver a baixinha, mas sabia que era uma transição necessária para ela. Eu bem sabia como era importante ficarmos sozinhos num momento tão maluco como o que ela passava.

Como presente de Ação de Graças, Nicky tinha conseguido uma liberação para Tony ir para casa passar as festas de fim de anos e, assim, melhorando nossas perspectivas de passar a Ação de Graças sozinhos, nós fomos convidados a conhecer a bela casa em que a família deles morava e foi um feriado muito bem aproveitado. E, apesar de todos os infortúnios e contratempos que foram apresentados durante o ano, nós realmente tínhamos muito ao que ser gratos também.

—Emm, não vou atender – Bella disse jogando seu celular em mim.

Reparei a foto de nossos avós ali, eu bem sabia o que vovô tentava fazer com ela: chantagem psicológica, para que fôssemos passar as festas de fim de ano na Itália, como se apenas nossa vontade fosse ser contada.

—Eu que não quero lidar com isso também – ri jogando o aparelho de volta para ela que, claro, deixou cair no chão.

—Ah, garoto – ela brigou recuperando o celular vendo se tinha algum dano.

Claro que não tinha, Bella se conhecia e tinha uma capinha e películas tão boas que era mais fácil aquele aparelho danificar o chão do que o contrário.

—Okay, eu acho que vai estar comestível o bastante – Edward anunciou voltando da cozinha.

Ele tinha se predisposto a cozinhar a janta de hoje já que Rosalie estava em seu exílio, também conhecido como quarto, estudando seu cérebro para fora da cabeça para conseguir fazer a prova que abrangeria todas suas matérias online. Seria na semana que vem e a linda mãe do meu filho estava surtada, não julgava e tentava a ajudar o quanto podia.

Bella estava terminando de ler um livro, simplesmente não quis fazer o jantar e eu estava cuidando de Henri deitado na cesta estofada— que Rosalie chamava por outro nome que eu nunca lembrava – dormindo pacificamente depois de ganhar o prêmio de melhor arroto por mim e por Bella.

Edward se jogou no sofá com a gente.

—Cadê a Alice afinal? – Bella perguntou fechando o livro e o colocando ao lado da cesta de Henri.

Como a garota estranha que ela era, Alice entrou em casa dando piruetas e parou fazendo pose no meio da sala, claramente mais animada que tudo.

—E, mais uma vez, o dia foi salvo graças a Carlisle Cullen – ela brincou e nós rimos dela.

—Como? – perguntei curioso, colocando a televisão no mudo.

—Emmett, faz ele parar – Bella gemeu mostrando, de novo, o celular que tocava.

—Será que aconteceu alguma coisa? – perguntei preocupado.

—Ô, meu cu, eu estou falando – a baixinha se enfezou batendo o pé no chão e eu ri.

—Ei, um neném está aqui – falei bravo acariciando meu filho por cima de seus cobertores.

—Desculpa, amor da titia – Alice falou rapidamente sentando perto da cesta dele – Mas, sabe, você tem que aprender desde agora que seu pai e sua madrinha sabem ser dois inconvenientes quando querem – ela falava brandamente perto de Henri e nós rimos.

—Fala logo o que quer, garota – Edward pediu impaciente.

—Nossa, vocês são todos cavalos tão rudes quanto o poderiam ser – ela se enfezou novamente se levantando – Sabiam que vou embora? Será que podem me acariciar mais do que me baterem? – ela disse chateada.

Entreolhamo-nos e tivemos que controlar o volume da risada. A garota estava bem louca se achava que nós iríamos exaltar ela só porque ia embora, não era como as coisas funcionavam nesse grupo.

—Enfim, caçambas— ela voltou a falar e nós rimos mais – Eu comprei a minha passagem de ida.

O riso cessou e eu reparei quando Edward prendeu a respiração. Rose apareceu na sala no momento, parecia que tinha escutado o que Alice disse por que seu rosto estava tão surpreso quanto o que eu apostava que o meu estava.

—Para quando? – Rose perguntou se fazendo presente.

Henri ronronou e eu chequei se estava tudo certo.

—Dia onze de dezembro – ela disse mais séria.

—Mas já? – Bella disse o mesmo que eu pensei.

Já estávamos no dia seis. O que ela faria lá antes das festas de natal?

—Sim, eu achei melhor. Vai ser difícil o bastante ter que dizer adeus, não queria fazer isso depois das festas e, claro, ir para Forks para então ir para Milão seria idiotice – ela falou sorrindo de canto.

O bom humor que sentíamos parou de brilhar na sala. Estava ficando real de mais. Primeiro a falta de Jasper, agora de Alice.

—Isso é ótimo, Allie, tenho certeza que está muito feliz – Rosalie conseguiu dizer indo para o lado dela.

—Melhor que sim, estou, tia Renée já falou que a mãe dela me espera e eu vou passar o resto do mês de dezembro na casa da avó de vocês para então seguir para Milão – Alice contou.

Franzi o cenho e Bella me encarou com uma careta parecida.

—Acho que não era chantagem – falei sobre vovô, provavelmente ele queria contar sobre isso para nós.

—A lasanha – Edward falou, simplesmente, indo checar a janta que ele fez.

Não demorou muito para ele avisar que estava servido, então fomos para a cozinha comer. Realmente, Edward melhorava seus dotes a cada vez que cozinhava. Henri chorou assim que coloquei minha última garfada na boca e eu ri.

—Um verdadeiro afilhado de Isabella esse garoto – brinquei e eles riram fraco para minha piada.

Era melhor que nada.

Peguei Henri vendo o presente dentro da fralda dele e o fui trocar.

O telefone da casa das meninas começou a tocar e, não sei o porquê, mas minha espinha gelou. Na verdade, sim, eu sei. Ainda havia algum trauma daquele barulho depois de saber que foi ele que me trouxe meu pacotinho antes do esperado, foi por ele que eu quase perdi Rosalie e Henri e eu não suportava nem a lembrança dos momentos mais sombrios de minha vida.

Voltei para a sala com Henri em meu colo, já limpo, curioso para saber quem era.

—Certo – Rosalie disse com o rosto grave, mordia a bochecha, assentindo – Claro, pai, mas a Alice vai para a Itália e – ela foi cortada, escutou algo e se sentou – Entendi. Mas, como a encontraram? – escutou mais e então me percebeu parado perto do sofá – Eu sei que sim, pai, mas não acho que há o que possamos fazer contra isso. De qualquer jeito, eu estou contente que tenha me dado um aviso prévio... Não, eu com certeza preferi que tenha me ligado, já vou me preparando e ao pessoal também – ela falava.

Franzi o cenho e fui para a cozinha, vendo Bella no celular.

—Elas estão conversando? – perguntei apontando para Rosalie na sala e a cabeça para Bella.

Alice gargalhou, Edward também riu, mas mais contido.

—É a Julia – Alice explicou e eu assenti.

—Quem é na sala? – Edward perguntou.

—John, eu acho – falei e sentei na cadeira perto de Bella.

—Mas o Nicky vai poder participar? – Bella parecia confusa, então seu rosto suavizou e ela assentiu – Ah, entendi...

Suspirei e encarei os irmãos Cullen, resolvendo esperar para que Rosalie e Bella pudessem nos contar o que aprendiam em seus telefonemas.

—Foi meio que uma surpresa muito forte essa, baixinha – falei e ela sorriu de canto – Mas estou muito feliz por essa oportunidade que você está abraçando e tenho certeza que você vai ser muito feliz em seus meses italianos. Curei muitas feridas lá antes de conseguir voltar inteiro e espero que o processo seja o mesmo para você – falei sincero, ninando meu filho.

—Obrigada, Emm – ela sorriu emocionada – Sabe que isso significa muito para mim.

Sorri para ela e beijei-lhe a cabeça, Bella suspirou alto e foi quando eu reparei que ela tinha desligado o telefone.

—O que foi, vida? – Edward perguntou curioso.

—A cirurgia de Anthony foi marcada para o dia catorze de janeiro – ela contou com o lábio inferior preso em seus dentes e eu arregalei meus olhos, desconfortável com aquilo – Julia perguntou se já estaríamos aqui, o Nicky vai ficar com o Tony na sala de cirurgia...

—Mas ele não pode operá-lo, certo? – Alice perguntou e Bella assentiu.

—Seria antiético, ele vai só acompanhar. Julia vai deixar Jess e Greg aqui conosco – Bella contou e nós concordamos em uníssono.

Pensando sobre a barra que Julia e Nicky enfrentariam ao, novamente, deitar o filho deles em uma sala de cirurgia, abracei Henri da forma mais delicada que pude e beijei sua testinha. Queria que nenhuma criança do mundo tivesse que passar pelo o que Tony passaria, mas a confiança de que seria uma coisa desagradável porém necessária me fez não querer rodar muito naqueles pensamentos.

Fomos todos para a sala, Rose encarava o telefone em suas mãos, mas levantou sua cabeça quando percebeu a comoção.

Ela sorriu de canto e esticou os braços para Henri, entreguei-o a ela e reparei na covinha na bochecha do meu filho, Rose beijou a testa dele, como eu mesmo tinha feito um tempo depois. Sentei no braço do sofá próximo a eles enquanto os outros se acomodavam pela sala.

—Parece que a noite está recheada de novidades – Rose comentou quando o silêncio ficou demais.

—Escutou sobre Tony? – perguntei e ela franziu o cenho.

Claramente não.

Bella contou a Rosalie a mesma coisa que nos tinha contado e Rosalie parecia ter pensado o mesmo que eu porque repetiu o beijo em nosso filho, antes de soltar um ar que prendia. Percebi que ela mesma tinha algo desagradável a nos contar.

—O julgamento de Royce foi marcado – Rosalie disse de uma vez e eu senti meu sangue correr para o meu ombro direito.

—Finalmente – Alice falou – Já não era sem tempo, para quando? – perguntou curiosa.

—Dois de janeiro, meu pai quis ter certeza que conseguiríamos estar lá – ela falou ainda mordendo o lábio inferior.

A noite de ano novo do ano anterior começou a correr na minha mente. Nós bebendo, eu querendo a beijar, ela bêbada de mais para eu tentar algo, Bella doente, Edward brilhando, Alice animada, Jasper.

Eram coisas de mais. Alice iria embora e algum médico ia cortar a cabeça de Anthony, agora eu teria que, novamente, olhar para o psicopata que quase estuprou Rosalie que já estava grávida do meu filho.

—Você tem que ir? – perguntei a Rosalie que se surpreendeu.

—O que quer dizer com isso?

—Não quero que vá – falei direto e ela bufou.

—Que diferente, porque eu estou morrendo de vontade de olhar para aquele nojento de novo – ela ridicularizou – Ninguém quer ir, Emmett, mas fomos intimados e todos somos testemunhas no processo – falou séria – Alice foi tirada dos autos assim como Jasper, mas Bella, Edward, você e eu vamos depor – ela falou séria.

—E se ele for inocentado? – perguntei com medo.

Edward me olhou como se eu estivesse sendo absurdo, talvez eu estivesse mesmo, mas o pensamento dele não pagar pelo que fez, me assombrava. Meu pai havia dito que ele tinha muito dinheiro, muito mesmo. E eu tinha tanto medo de que ele pudesse fazer mal para Rosalie ou Henri.

—Não acontecerá isso – Rosalie voltou a falar – Meu pai disse que eles encontraram Vera.

Vera.

Com uma rapidez impressionante voltei para o estacionamento escuro, Royce com a arma apontada para mim falando aquele nome, o rosto sombrio, psicótico como ele era.

—A ex-esposa – falei entendendo.

—Eu sinto muito que não poderei estar aqui – Alice falou se sentando perto de Rosalie, a abraçando.

—Não seja boba – Rose sorriu beijando-lhe o rosto – Ainda bem que não estará, um tribunal não é lugar para a fadinha – ela brincou e Alice sorriu amplamente.

Eles começaram a conversar, Rosalie contava sobre tudo o que John falou ao telefone e como ele parecia estar cuidando de tudo.

—É só um pouco excitante, porque vai ser minha primeira vez no tribunal – Rosalie falou com um sorriso brincando nos lábios e eu revirei os olhos.

—Absurda – murmurei.

—E como eles têm certeza que Vera vai aparecer? – perguntou Edward, curioso.

—Meu pai conversou com ela, contou o que aconteceu e ela se solidarizou, vai aparecer porque ela foi colocada nos autos com todas as acusações que ela tinha retirado, meu pai cuidou de tudo, tomou o caso dela para ele – Rosalie contou animada – Assim ele entra na bancada de acusação, mas a verdade é que, bom, ele não é o nosso advogado, seria antiético – qual era a desse mundo de ética onde não deixavam os pais cuidar de seus filhos? — Então ele escolheu a melhor advogada do escritório dele de Seattle – ela bufou, todos nos entreolhamos.

—Isso não é meio que ótimo? – Bella perguntou confusa e Rosalie revirou os olhos.

—Claro que seria, se eu não tivesse escutado o sobrenome – ela murmurou.

—Qual é o problema? – perguntei atento.

—Denali – ela disse azeda.

—Kate? – perguntei surpreso.

—Seu sonho – ela reclamou – É Irina – contou ainda desgostosa.

Irina era a mais velha das Denali, depois Kate e então Tanya.

—Minha arqui-inimiga – Alice falou bicuda.

A atenção da sala correu para a baixinha.

—Por quê? – Edward perguntou e ela gargalhou.

—Não sei, Rose odeia a Kate e a Bella odeia a Tanya, eu acho que deve haver alguma equivalência no universo que me faça repudiar Irina. Três contra três – Alice deu de ombros e foi como o clima da sala amenizou.

Seria um fim e começo de ano bem cheios para nós, mas estaríamos juntos, mesmo separados. Deveria ser o bastante.


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Notas finais do capítulo

Muitas novidades... Vamos ver como tudo isso vai se desenrolar.

Bom, a capa da fanfic cantou essa falta de Alice e a de Jasper também, muitas coisas escondidas nas entrelinhas hahahaha

Espero que tenham gostado. Me deixem saber quais são suas apostas para o que vai acontecer agora.

Um beijo!



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