happily ever after. escrita por unalternagi


Capítulo 14
Meu raio de sol


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!

Hoje o capítulo mostra mais um pouco dessa metade da gravidez da Rose e a relação dela com o Emm que é tão simples e complexa ao mesmo tempo.

Espero que gostem!



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Capítulo 14 – Meu raio de sol

|EMMETT|

Abdiquei por duas semanas de folgas para que eu conseguisse trocar com um colega de trabalho meu, mas consegui pegar a sexta-feira e sábado do dia dezessete de maio para ficar em casa com Rosalie.

Já tinha dois dias que ela não vomitava e a barriga de quase seis meses dela estava bem mais visível. A impressão que eu tinha era que tinha crescido da noite para o dia e, agora, ela começava a reclamar que as roupas dela já não serviam.

Normalmente, as minhas manhãs e começo de tardes eram divididos entre a academia e meu tempo na biblioteca perto da Columbia onde eu lia livros introdutórios a gravidez e a negócios, porque meu início na faculdade também se aproximava, mas aqueles dois dias seriam inteiros para Rose, então, na sexta-feira, eu a deixei na faculdade e fui para o shopping, para uma loja de grávidas e comprei três vestidos e duas calças jeans para ela, a vendedora garantiu que as calças eram ajustáveis, então deixei uma quantia boa do meu salário ali, mas não liguei de nada, ela embrulhou tudo para presente, então segui para uma loja de bebê.

Eu nunca que conseguiria ganhar da surpresa que Rose tinha me feito em meu aniversário, mas agora que estávamos montando o quarto do neném, achei que seria legal se começássemos logo o enxoval.

Todas as minhas economias iam para aquilo, mas eu estava disposto e meu pai ainda tinha depositado uma ajuda para começarmos e, com aquele dinheiro, escolhi uma mala para levarmos para a maternidade e, comprei tudo o que precisaríamos levar – segundo os inúmeros sites e livros que eu tinha lido sobre o assunto, e a ajuda da atendente simpática da loja. 

Comprei tudo, menos a roupa com que o bebê sairia da maternidade porque isso, com certeza, Rose ia querer escolher.

Rosalie demoraria um pouco mais para sair hoje da faculdade, ia almoçar com Victoria – como eu tinha pedido para a ruiva -, então fui para casa e coloquei a mala no quarto do bebê junto com umas sacolas de roupas que Bella, Alice, Edward e eu comprávamos às vezes. Até mesmo Jasper mandou um conjunto camuflado com o símbolo das forças armadas pouco depois do meu aniversário.

Reparei que tinha uns rabiscos na parede que não estavam lá antes, mas resolvi esquecer por agora, depois perguntaria a Rose o que era aquilo.

Deixei as coisas no quarto e fui fazer o bolo de aniversário, o favorito da aniversariante, que era o red velvet, fiz o recheio de leite ninho e decidi não fazer cobertura, ele seria naked mesmo porque não era o meu ponto forte decorar bolos.

Enquanto assava, fiquei lendo o livro de nomes que eu tinha comprado, vendo os significados e nomes que eu achava bonitos. Circulei alguns. Quando o bolo ficou pronto eu recheei e fui guardar em casa, depois segui para o campus da Columbia, ainda distraído com o livro em mãos.

Cheguei lá já eram duas da tarde, sentei nos bancos que tinham em frente à sala de Rosalie com o livro em mãos, as pernas balançando, distraído.

Reparei uma boa movimentação ao meu redor e fiquei esperando, Rose saiu empilhando livros e eu revirei os olhos correndo.

—Oi, teimosia – falei e ela riu.

—Sabia que você ia estar aqui – ela disse simplesmente e eu gostei de saber que ela tinha consciência daquilo.

—Como foi o seu dia? – perguntei curioso. 

Fomos para o banco em que eu estava e ela foi me contando o geral, comentou sobre o almoço com Victoria e como a amiga parecia mais contentada com o bebê, ainda mais agora que a barriga estava tão grandinha e já se mostrava.

—E você, bonito? O que fez hoje? Se mexeu muito para a mamãe nas aulas? – brinquei perto da barriga dela e Rose riu.

Com vinte e três semanas de gestação os ossos dos ouvidos do bebê estavam enrijecidos e, mais que nunca, os médicos tinham certeza que ele poderia nos ouvir, então Rosalie e eu intensificamos as conversas, leituras e cantorias para o bebê.

—Dançarino o seu filho, Swan – ela comentou e eu ri.

—O papai tem gingado e a mamãe também né, tem que ser mesmo.

—Srta. Hale – escutei atrás de mim e virei dando de cara com uma senhora. 

Rosalie ficou séria na mesma hora, mas a mulher parecia bondosa.

Fiquei sentado enquanto Rosalie conversava com a tal mulher. Separei umas coisinhas para ela comer antes de nós andarmos de volta para casa e, finalmente, ela voltou quando eu já estava começando a ficar entediado.

—É a reitora da faculdade – ela contou e eu sorri amplamente.

—E ai? – perguntei.

—Conversei com ela sobre a gravidez e tudo, ela tem minhas notas, disse que sou uma aluna acima da média e que os professores só tiveram elogios para mim – ela dizia animada – Quando apliquei para o financiamento, eu sugeri que eu pudesse fazer no semestre que vem todas as aulas à distância que tenho todo o ano no curso e ela aceitou agora, disse que os professores concordaram em me dar essa ajuda e eu consegui, Emm, entrar no financiamento – ela disse super animada.

Sorri mais do que apenas orgulhoso dela. Comecei a pular e a tomei em meus braços a girando. A barriga dela estava grudada na minha própria barriga e ali, no lado direito do meu abdômen, foi quando eu senti a primeira movimentação do meu filho contra mim. 

Meus olhos embaçaram simultaneamente e parei, colocando Rosalie no chão.

—Qual é o problema? – ela perguntou e eu comecei a chorar.

Ajoelhei a sua frente e coloquei minhas mãos na barriga tímida que tinha ali.

—Ele chutou, não? – perguntei querendo saber se não tinha sido impressão.

Ela tampou a boca e sorriu, igualmente emocionada, assentindo.

—Oi, berinjela – brinquei fazendo alusão ao atual tamanho do bebê – Oi, filho. É o papai, você reconheceu? – perguntei emocionado – Por isso que chutou? Queria que eu soubesse que você também está orgulhoso dessa sua mamãe tão esperta e esforçada? Foi isso, não foi meu raio de sol? – falei o mais brandamente que pude.

Fiquei frustrado pela falta de movimento.

—Não acredito que você o sentiu – Rose chorou, feliz.

—Eu senti, Rose, ele está aqui – falei e senti uma nova movimentação e o sorriso que abrilhantou a mãe do meu filho me fez ter certeza que era ele novamente.

—Acho que alguém reconhece a voz do papai – ela disse docemente e eu chorei ainda mais beijando a barriga dela, ainda rindo e completamente confuso em todas as emoções que me encheram o peito.

—Reconhece, não é, meu amor? E sabe que estou muito ansioso por você e o amo com todo o meu coração, minha coisinha perfeita. Eu te amo, eu amo você – falei bobamente e Rose acariciou meu cabelo, tornando o momento ainda mais único – meu Deus, como eu posso amar tanto alguém que ainda não conheço?

Lembrei que estava na Columbia quando abracei a barriga de Rose e vi aquele prédio antigo. Não me importei. Fiquei ajoelhado, abraçado a barriga dela por um tempo e ela acariciando minha cabeça com carinho e sem parecer com vergonha.

Soltei-a quando lembrei que ela precisava comer, então entreguei a ela o pote com coisas nutritivas, elas começou a mastigar e sorriu para mim.

Depois que ela terminou, nós fomos para casa juntos. 

Chegando lá, contei para Marcus sobre a novidade e ele riu, animado por nós e nos parabenizou de novo. Subimos para o apartamento de Rose e eu digitei um trabalho para ela enquanto ela ditava e ficamos o resto da tarde juntos. 

—Vou ligar para o meu pai – avisei quando reparei que ele deveria estar no almoço e ela sorriu, concordando.

Disquei o número do celular dele e tocou três vezes antes dele atender.

Que coincidência, estávamos falando de você agora...

—SARGENTO, SEU NETO EXISTE MESMO – falei eufórico – Eu o senti, pai, senti meu filho se mexer dentro da barriga de Rosalie – voltei a chorar e Rose riu, me abraçando.

É verdade, filho? — ele perguntou e eu gargalhei.

Fiquei conversando bobamente com ele e então ele quis conversar com Rose. Quando desligamos, enviamos um e-mail contando a novidade para Jasper e então esperamos o resto chegar, eu queria sair contando para todos os seres vivos do mundo a novidade.

Fiquei impaciente quando deu seis da tarde e ninguém chegou, então tentei ligar via chamada de vídeo para meus primos. Benjamin foi o primeiro a não recusar.

—BENJI – gritei.

Nossa, acho que ninguém nunca ficou tão animado assim por me ver — ele zoou e eu ri, reparei minha avó ali.

—ESTÁ NA VOVÓ?

Se continuar a falar assim, eu irei desligar o áudio, se torna desnecessário já que do jeito que está gritando eu consigo te ouvir sem precisar do auxílio — ele falou e vovó entrou ali.

Finalmente me ligou né, Emmett Swan, só escuto notícias suas pelos seus primos e por Isabella que é uma boa neta e me liga. Sabe, eu ainda não tive nem a oportunidade de o parabenizar pelo meninão, meu primeiro bisneto, estamos tão felizes, Emmett, seu avô também. Ele está dormindo agora porque nunca vi ligar tão tarde assim para a sua avó que vive em um fuso-horário diferente — ela tagarelava e reparei que lá já deveria ser meia noite , mas não liguei.

—Vó, quer me parabenizar, parabenize-me porque hoje foi a primeira vez que senti o meu filho mexer – contei, deitando ao lado da barriga de Rose que estava se mantendo concentrada no livro de nomes que eu mesmo lia mais cedo.

Benjamin e vovó começaram a me parabenizar e, olhei para a mulher ao meu lado, eu a amava tanto, queria tanto que ela estivesse inserida naquela conversa com a minha família, que quisesse aquilo.

Ajeitei-me na cama ao lado dela que me olhou, curiosa.

—Agora, parem de falar que quem ligou fui eu. Acho que vocês ainda não tiveram a oportunidade de conhecer minha... Rosalie – falei sorrindo – Mãe do meu bebê, minha parceira e, aniversariante do dia de amanhã – contei e eles ficaram animados.

Conheciam-na da vida, mas nunca mais a tinham visto, ainda mais depois que ela foi revelada com a mãe do mais novo herdeiro da família. Minha avó foi super querida, perguntou sobre milhões de coisas e Benjamin ficou segurando o celular para ela, enquanto acrescentava comentários bobos na conversa.

Nós quatro ficamos conversando um tempão. Eles a desejaram um feliz aniversário e muitas coisas adoráveis – porque para eles já era dia dezessete -, e ficamos naquela até vovó reclamar que estava tarde. 

Rosalie prometeu que mandaria fotos da barriga para meus primos compartilharem com ela, então desligamos. 

Bella, Edward e Alice chegaram juntos um pouco depois das sete da noite. 

—MEU BEBÊ ME CHUTOU – gritei assim que eles entraram no quarto e eles levaram um susto que me fez gargalhar.

No momento seguinte, os três pularam em Rose – e consequentemente em mim porque estávamos bem colados naquela cama gigante -, e a barriga dela foi soterrada por mãos.

—Não sinto nada – Alice reclamou e eu ri.

—Quer tentar conversar com ele, Emm? – Rose sugeriu e eu sorri, torcendo para dar certo.

—Oi, filho, a tia Lili, tia Bebella e tio Eddie estão aqui para sentir você, não quer se mostrar a eles, ein? Mostrar que o papai e a mamãe não estão doidos, você realmente existe e está chegando... – o rosto dos três se iluminaram e eu ri – Você mexeu, meu geniozinho? Está demonstrando que conhece o papai e já obedece, meu anjo?

—De novo – Rose contou e eu sorri, beijando o rosto dela.

—Gente – Bella começou a chorar e Alice foi logo depois, Ed estava emocionado e abraçou Rosalie, depois eu.

O resto da noite foram mimos para Rosalie e a barriga. 

Alice anunciou que uma amiga tinha emprestado a câmera profissional e, amanhã, o plano era almoçar em casa e depois passar a tarde no Central Park fazendo uma sessão de fotos com Rose.

—E faremos uma a cada mês, até ele chegar – Alice avisou e eu sorri, adorando a ideia.

A véspera do aniversário dos gêmeos veio com uma paz e calmaria que eu queria que perpetuassem pelos outros meses.


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Notas finais do capítulo

Ele mexeu...

Sei que pode parecer um pouco massante esses capítulos, mas estamos nos encaminhando cada vez mais para a parte que tudo começa a acontecer e sentimos falta da calmaria, prometo.

A história não depende apenas de comentários, mas gostaria que vocês deixassem para que eu soubesse o que estão achando.

No próximo capítulo teremos o aniversário do gêmeos e, bom... Nanda, se prepara hahahaha

Volto logo, um beijão!



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