My Dear Secret Admirer escrita por KAT


Capítulo 10
Só tenho uma garota favorita


Notas iniciais do capítulo

a música do capítulo hoje é Common do Zayn perfeito Malik, pode ir colocando no youtube aí que eu espero... Pronto??? OK
Boa leitura!



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Eram seis horas da tarde quando eu ajudava minha mãe com suas malas, ela estava determinada a viajar hoje mesmo para a Europa. 

— Vê se arruma um namorado por lá – aconselhei – dizem que os europeus são uma graça.  

— Não seria horrível finalmente me inspirar em uma história de amor verdadeira pra criar meus novos livros – soltou, fazendo-me sorrir – mas e você, quando vai arrumar alguém?

— Pra dizer a verdade... lembra do harry, mãe? – comecei a dizer, lembrando-me que ainda não havia lhe contado a novidade. 

— O mesmo que brigou com o noah? – balancei a cabeça em concordância – não tinha como escolher alguém que não entrasse em brigas por aí? – completou, fazendo-me revirar os olhos.

— Ele me pediu em namoro ontem. 

— Não sabia sequer que vocês tinham algo. Por que não me falou antes?

— Ah... estamos saindo apenas a uns três meses – dei de ombros. 

— Três meses eu já estava enjoada de ouvir sobre o noah – ela disse, sorri e olhei meu celular outra vez, torcendo para que noah tivesse respondido pelo menos uma mensagem. 

— Como está o pai dele? 

— Eu não sei, noah não retornou nenhuma das minhas ligações desde aquela briga, e sequer sei em que hospital o pai dele está – soltei, nervosa. 

— Ligue outra vez.

— Eu já liguei mais de cinquenta vezes, literalmente. 

— Ele não trabalha naquele bar todas as noites? você devia ir até lá. 

— Logo você sugerindo isso? – franzi o cenho, encarando-a. 

— Eu sei como ele é importante pra você – ela suspirou, dando de ombros.

— Você não quer que eu te acompanhe até o aeroporto? 

De jeito nenhum, vá atrás do seu garoto – soltou dramaticamente – olha só, sinto-me em um dos meus livros dizendo isso.

— Está quase me fazendo achar que você gosta do noah mamãe, cuidado – ela revirou os olhos, então depositei um beijo em seu rosto e fui atrás do meu garoto.

   (...)

— Qual o seu problema? – berrei, assim que entrei naquele bar praticamente vazio –  porque sumiu da face da terra?

— Meu celular descarregou – ele levantou as mãos, como se eu fosse uma policial ou sei lá oquê –  relaxe um pouco – completou, saindo de trás do balcão. 

— Como está o seu pai? – perguntei seca, na defensiva. 

— Ele saiu do hospital hoje, por isso não fui a escola – justificou-se.

— E como está você? – fitei seu rosto, não tinha marca alguma da briga da noite anterior. 

— Aposto que harry está pior – ironizou. 

— Ele está – assumi, cruzando os braços.

— Me desculpe por isso – disse, encarando-me. 

— Não aja como se estivesse arrependido.  retruquei, com desprezo. 

— Eu estou, não queria que você passasse por aquilo no seu aniversário – falou, parecia sincero. 

— Se fosse verdade, não teria dito aquilo.  desviei o olhar do maior, que aproximou-se. 

— Qual parte? – indagou. 

— Não teria dito que é apaixonado por mim – quase sussurrei, entredentes, sem conseguir o encarar.

— Malu...

— O quê? – interrompi – Assuma que foi uma mentira desnecessária. 

— Você está se ouvindo? foi ele que começou tudo defendeu-se. 

— Eu sei Noah, mas você não precisava ter colocado mais fogo. 

— É você quem está saindo com esse cara ridículo que sequer confia em você, então não aja como se o problema disso fosse eu.  – falou, parecia irritado. 

— Eu não vim aqui pra brigar, ok? – respirei fundo – Só queria saber como você estava já que sequer se incomodou de me avisar. 

— Pensei que estivesse ocupada demais! soltou, como se fosse uma criancinha com o orgulho ferido Você devia voltar pro seu Harry, Cooper – completou, fazendo-me arregalar os olhos, com raiva. 

— Então mentiu sobre o celular descarregado, não é? berrei, furiosa, ele por sua vez, apenas me olhou em silêncio Você me ignorou de propósito! É infantil demais até pra você, Noah – cuspi. 

E então fui embora daquele bar batendo a porta e tudo, bem teatral para firmar a ideia de estar brava, apesar de tecnicamente ser impossível ter raiva de Noah.

Eu realmente odeio brigar com ele, isso não acontece muito, mas quando acontece, fico sem chão. Entendo sua raiva de Harry, porém muitas de suas ficantes já tiveram ciúmes de mim, e nunca fiz uma cena dizendo que era apaixonada por ele. Como não lembrar de Casey, a garota que decidiu que namorava com Noah, apesar de ser claro pra toda escola que meu melhor amigo cafajeste, nunca namoraria ninguém.

Em uma manhã, há dois meses atrás, uma semana antes de receber a primeira carta, lembro-me de Casey vindo tirar satisfação comigo, no meio do corredor da escola.  

— Maria Luiza Cooper – ela sibilou meu nome, fechando a porta do meu armário agressivamente. 

— Malu – corrigi, encarando-a.

— Tanto faz – casey deu de ombros. 

— Qual o motivo da rainha abelha da escola ter parado de forma bem agressiva(diga-se de passagem), em frente ao meu armário? – ironizei. 

— Você sabe que eu e Noah estamos namorando, certo? – eu ri sarcasticamente, sabendo que esse namoro só existia na mente dela, mas me controlei ao ver seu olhar de ódio – eu não quero você perto dele. 

— Desculpe – sorri com deboche outra vez – você pode repetir? 

— Não aja como se fosse um absurdo — cruzou os braços me encarando de cima, fazendo com que eu me sentisse uma barata (e eu odeio baratas) Acha que não vejo como você olha pra ele? ou como ele fica perto de você? 

— Eu e Noah somos só amigos, Casey. Se tem dúvidas em seu relacionamento, devia conversar com ele – abri meu armário outra vez, afim de ignorá-la junto com sua presença marcante e assustadora. 

—  Minhas duas garotas preferidas juntas – era a voz de Noah – o que tá rolando? – completou, parando atrás de Casey. 

— Estou convencendo sua namoradinha que não sinto nada por você – sorri sem mostrar os dentes, da forma mais falsa que consegui. 

— Eu estou falando sério, já me cansei de vocês dois  ela gritou, chamando a atenção de alguns outros estudantes Se não parar de falar com ela, acabou entre nós – ela se dirigiu a Noah, porém fui eu quem revirei os olhos, o que tem de gostosa tem de chata essa filha da puta. 

— Sabe quando eu cheguei dizendo "minhas duas garotas preferidas"? era mentira. – Noah começou a dizer – Só tenho uma garota favorita, questão de honra, sabe? – sussurrou para Casey, como se fosse um segredo. 

— Deixa eu adivinhar, eu sou sua garota favorita, certo? – ela flertou, enrolando uma mecha do seu próprio cabelo. Ela devia mesmo se sentir a própria Regina George do ensino médio. 

— Errado. você é a maluca psicótica do lado da minha garota – a loira começou a surtar como previsto, entretanto não consegui ouvir uma palavra sequer que ela estava berrando, só conseguia repetir a frase de Noah repetidas vezes em minha cabeça. Casey era tão gata que até eu queria ficar com ela, e ele abriu mão disso por mim. 

— Você está me dando um fora por causa dessa sem sal? Você já foi melhor, Adams – então ela jogou os cabelos grandes e brilhantes de forma insolente para trás e saiu rebolando, se eu pudesse apostar algo apostaria que ela ia explodir de raiva daqui cinco segundos. 

— Você não precisava terminar com ela por isso, sabe não é? Podíamos ser amigos escondidos! – falei e ele gargalhou.

— Tá maluca? Eu já queria fazer isso há muito tempo, ela é pirada.

— Ela é mesmo. – concordei, colocando a cabeça na porta do armário.

Voltei a realidade quando um carro quase me atropelou, ficar lembrando do passado ia me ferrar uma hora dessas. Entretanto, não conseguia evitar sorrir.

Quando cheguei em casa minha mãe não estava mais lá, eu estava sozinha outra vez. Peguei uma caixa de chocolates e subi as escadas, queria ver seriado de pijama por todo resto desse dia merda, porém, quando abri a porta do meu quarto me deparei com Noah, que estava deitado em minha cama. Eu gritei tão alto que todos os vizinhos devem ter ouvido, e ele começou a gritar junto comigo feito um idiota.

— Seu grande imbecil – gritei, tirando meu tênis e jogando no mesmo, que (infelizmente) desviou – não pode invadir a casa dos outros, pensei que fosse um assassino – sentei-me na cama, sentindo meu coração bater em disparada, enquanto ele gargalhava descaradamente. 

— Você me deu a chave. Se responsabilize, garota – deu de ombros. 

— Como você chegou aqui tão rápido? Eu estava com você agora – No bar e nos meus pensamentos, diga-se de passagem – E você ainda chegou antes de mim, isso nem faz sentido. 

— Eu tenho moto e você não – explicou, balançando a chave do automóvel. Fazia sentido. 

— Espero que tenha vindo se desculpar – joguei-me em minha cama, ao seu lado. 

— Tecnicamente, sim, mas quando você pressupõe dessa forma arrogante me faz querer mudar de ideia – soltou e eu sorri. 

— Lembra da Casey?  comentei, deitando-me em seu ombro, sabendo que já estava tudo bem entre nós. 

— Aquela louca? obvio que sim. Ela criou um milhão de contas fake, dizendo que eu jamais acharia alguém como ela – disse, fazendo-me gargalhar alto.  

— Típico de Casey  – falei, sem parar de rir.

— Típico de Casey – repetiu, rindo também, enquanto me encarava. 

— Você terminou com ela por mim, e ela era tão gata – fiquei séria, encarando-o também. 

— Gata porém chata como uma mula afirmou e balancei a cabeça em concordância Eu sequer quis namorar, ela decidiu por nós dois. Ela ter achado que somos apaixonados, foi a melhor coisa que me aconteceu – gargalhei alto. 

— Diga o que quiser, vou continuar acreditando que foi por mim — dei de ombros, e ele sorriu.

— Malu, sobre aquele lance com o Harry, eu não devia ter insinuado que era apaixonado por você, aquilo só saiu.

—  Só saiu? –  repeti, encarando-o, enquanto me sentava na cama. 

—  Sabe como é, eu não soube o que dizer –  ele sentou-se também, ficando de frente para mim. 

—  Por que todo mundo que a gente se envolve, pensa que existe algo entre nós? –  indaguei, sem desviar o olhar. 

—  É por que todos eles sabem que formaríamos um casal maravilhoso – soltou baixinho, fazendo sorrir, então ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha – você não acha? – continuou, enquanto sorria pra mim como um bobo. 

Fui ficando séria aos poucos, sem deixar de encará-lo, passava um filme em minha mente de todas as vezes que sonhei que namorava com Noah, foram muitas. E de todos os momentos que eu apenas me permiti nos imaginar juntos. como um casal. Era fácil me imaginar com ele, sendo sua, não devia ser.

— Noah – soltei quase em um murmuro, depois de longos segundos o encarando. 

—  O que foi? – ele sussurrou, aproximando seu rosto do meu.

Estava próximo demais, senti sua respiração quente formigar em meus lábios. Só mais um milímetro, era tudo que precisava avançar para finalmente saber como seria ser dele, era tudo que precisava, mas eu sabia que não podia. 

—  O harry me pediu em namoro –  soltei rápido, de olhos fechados.

— O quê? – ele se afastou de mim.

— E eu aceitei – continuei, finalmente abrindo os olhos – ele é o meu admirador secreto – nesse instante, Noah franziu o cenho, como se aquilo fosse o maior absurdo que já proferi. 

— ELE É O QUÊ? 


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Notas finais do capítulo

pois é, fogo no parquinho a partir de agora. comentem, quero mto saber vossa opinião!



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