No dia seguinte, Ren acordou exausto. A noite passada fora um agito. Logo depois das garotas irem, ficaram ele, Ryuuji, Yusuke e Ann. Jogaram jogos de tabuleiro, mas o clima ainda era pesado. Quando foram embora, Ren desmaiou na cama. Agora, cansado, ele levantou da cama e desceu as escadas para ir ao banheiro. Escovou seus dentes lentamente, fez xixi e saiu. Sojiro ainda não havia chegado. Ele foi até o balcão e preparou uma xícara de café, com pouco açúcar. Tomou um gole e a lembrança veio : Futaba. Suspirou, terminou seu café em alguns minutos e foi se arrumar para sair.

Saindo do café Le'blanc, ele desceu algumas ruas e parou em frente a casa de Sojiro, batendo palmas. Em alguns minutos, Sojiro, mal-humorado, foi atender.

— Caramba, pirralho. São 08:00 de um domingo! O que você quer?

— Quero que me deixe falar com Futaba.

Sojiro mudou a expressão, mas não falou nada. Abriu o portão para o garoto e lhe deu espaço para passar, e assim o fez.

Ren retirou os sapatos e nem esperou por Sojiro, foi logo entrando e subindo as escadas para o quarto de Futaba. Bateu na porta e entrou. 

Era um quarto totalmente otaku. Havia vários figures actions, mangás e seus computadores. A limpeza havia melhorado muito desde a primeira vez que ele esteve ali.

Futaba estava sentada em sua cama, acariciando Morgana. Quando ele entrou, ela se assustou mas não falou nada, apenas desviou o olhar.

— O que você quer? - Disse Futaba.

— Eu só vim ver como você estava... Me preocupei.

— Se preo...preocupou? E desde quando se preocupa com os sentimentos dos outros?

Ele sentiu quase que um tapa. Era verdade, já sabia que ela gostava dele, mas nunca tinha notado que era mútuo. Ele se aproximou e sentou na beira da cama dela, vendo-a se afastar um pouco.

— Futaba. Tem algo que quero te dizer.

Droga. Não conseguia dizer. Futaba ficou atenta, o rosto avermelhando. Ren abriu a boca, mas foi na hora que seu celular tocou. Era Ann. Futaba viu o nome na tela. Irritada, empurrou Morgana pro lado, que ficou bravo pelo movimento repentino e se jogou pra cima de Ren, segurando-o pela gola da blusa.

— POR QUÊ VOCÊ VEIO AQUI AFINAL?! VÁ LÁ COM SUA NAMORADINHA! ALIÁS, COM AS SUAS NAMORADAS! POIS VOCÊ NÃO SE DECIDE, JOKER! 

Ren desviou o olhar,  constrangido. Segurou nas mãos dela e as retirou de sua blusa, ainda sem a olhar diretamente.

— Eu só tenho uma namorada, e é a Ann.

Talvez fosse melhor assim. Futaba lhe deu um tapa na rosto e o arrastou pra fora do quarto, fechando a porta e trancando. Queria chorar. Queria gritar. Mas só podia quando tivesse certeza de que ele já havia ido embora. Mas Ren ficou mais um pouco. Pois, uma coisa estranha em seu celular havia voltado. O Meta-verse. O aplicativo para viajar nos palácios das pessoas. E o nome de Futaba deu Match. Seu palácio, que fora destruído, retornou.

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Uma música de ópera triste e ao mesmo tempo tão bonita estava tocando. Me apoiei no que pareceu uma cama, e me sentei nela. Observei ao meu redor e ali parecia ser uma prisão. Mas eu já estive nesse lugar antes. Pude ouvir passos se aproximando, vozes femininas conversando.

— Ei, por que a visita repentina, Prisioneiro?

Hm? Ei, eu me lembro de vocês.

Caroline, assombrada, se agarrou na cela fechada.

— F-Futaba?! O que faz aqui???