Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 16
Ciúmes




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P.O.V. Sebastian.

Eu gosto de Elizabeth. Ela é bonita, é inteligente e creio que teria sido muito feliz com ela, se não fosse pela senhorita Sophie Anne Argent.

Sophie Anne não é estudante na Salvatore. Ela não é uma bruxa ou uma vampira ou qualquer tipo de ser sobrenatural. Mas, ela me lembra uma pessoa.

Tirei o relógio de dentro do bolso e na parte interna havia um retrato dela.

Emanuelle Argent. Filha de Joseph Argent. E neta de Marie Jeanne Argent.

Elas eram tão parecidas que a primeira vez em que a vi... pensei que ela fosse minha Emanuelle.

Flashback On.

Estava andando pela cidade, para tentar entender como esse novo, novo mundo funciona. E então, ela passou por mim. Entrando no prédio da Escola.

—E eles usam uniformes! Nada mais de gente te olhando pra saber que roupa você tá usando. Porque todo mundo está vestido igual com roupas entediantes e só estão lá pra aprender.

Disse empolgada. Ela havia passado por mim sem nem me ver. E estava conversando com sua amiga.

Quando a amiga saiu um de seus livros caiu no chão. E ela estava catando as coisas quando...

—Deus! Você parece a Ruth Gordon só parado ai como um fantasma, faça um barulho.

—O bebê de Rosemary.

—É.

Disse se levantando.

—É um ótimo filme. Fui apresentado á ele á alguns dias. Você sempre teve bom gosto.

Ela olhou pra mim confusa.

—Te conheço?

—Oh, por favor, Emanuelle...

—Oh, não. É um mau entendido, deve ter me confundido com alguém.

Ouvi os batimentos cardíacos e ela não era uma vampira.

—Sinto muito, senhorita.

—Tudo bem.

—Está se mudando?

—Ahm, não. Só os meus livros.

Ela era tímida, recatada. Não olhava diretamente nos olhos. Não por muito tempo pelo menos.

—Acabo de mudar pra cá. De Chicago.

Disse a primeira cidade que me veio na cabeça.

—Chicago? Vento. Oprah.

—É. Esse é o lugar.

Sobre o vento eu sabia, mas o que era Oprah?

—Sou Sebastian.

—Oi.

Olhei para ela esperando uma resposta. E ela pareceu perceber.

—Oh, certo.  Sophie. Sou eu.

—Sophie. Eu gosto disso.

—Sophie Anne, tecnicamente. Minha mãe também chama Sophie, é o seu nome do meio e a minha vó paterna chamava Anne. Eu fui nomeada de Sophie por causa da minha mãe. Ela tava no hospital pensando em como os homens davam nomes aos filhos em homenagem a eles mesmos ai, pensou que se os homens podiam, ela também. Ela diz que decidiu ser feminista, mas eu pessoalmente acho que ela tava com muita morfina nas veias para pensar com clareza. Eu nunca falo tanto assim.

—Bem, é melhor eu ir.

—Claro.

—Tenho que procurar um emprego.

—Claro.

Eu estava saindo quando ela diz:

—Deveria falar com a Senhorita Forbes. Ela é diretora da Escola Salvatore.

—Eu não quero me matricular.

—Mas, ela também sabe tudo de todo mundo desta cidade. Então, se alguém está oferecendo emprego, ela vai saber.

—Então, ela é futriqueira.

—Informada.

—Informada.

—Todos tem um talento, o dela é saber tudo da vida de todo mundo e... planejar coisas.

—Planejar coisas. Eu sei qual é o seu talento.

—E qual é?

—Eu estive te observado.

Ela me olhou feio.

—Não duma forma assustadora, só observando. Todo o dia você vai até a praça, senta embaixo daquela árvore bem ali e lê. Semana passada era Madame Bovary, agora é Moby Dick. É bastante difícil não te notar.

—Sério? Eu pessoalmente acho que sou invisível.

—Invisível como um farol.

Ela sorriu.

—Lembro-me dum dia em que houve uma briga. Você tem um foco incrível. Foi uma bela duma briga. 

—Briga? Que briga?

—É disso que estou falando. Dois garotos brigando, tapas, socos, chutes, eles rolaram no chão, a namorada de um deles teve um ataque de nervos e chamou a ambulância que veio apitando e  piscando. Mas, você... você só ficou sentada lá, lendo completamente absorta de todo aquele caos.

—Devo ter desligado meu aparelho auditivo.

—Aparelho auditivo?

Ela colocou o cabelo atrás da orelha e eu vi algo dentro do ouvido dela.

—É um retro auricular. Eu tive meningite quando era criança e o remédio teve um efeito colateral que me deixou surda. Mas, quando eu uso o aparelho e ele está ligado, posso ouvir.

—Então, pode me ouvir agora?

—Posso. Você tem sotaque britânico.

Flashback Off.

Eu gosto de estar com ela. Ela é alguém muito fácil de se conversar. Em meio á todo o caos desta nova era é bom ter algo familiar, mesmo que seja apenas um rosto.

P.O.V. Lizzie.

Eu odeio ela! A senhorita surda.

—Posso ajudar?

—Pode. Você pode ficar longe do Sebastian, porque ele é meu!

—Sinto muito. Eu não quis causar problema. Ele é só meu amigo. Nada aconteceu. Eu sei que ele tem namorada, nunca daria encima de um cara comprometido. Fique despreocupada.

—Conheço o seu tipo. A típica santinha boazinha. Parece uma florzinha inofensiva, mas é uma serpente por dentro.

—Você não me conhece. E se você não tem confiança o suficiente para ter um namorado e saber que ele não vai te trocar por outra garota, então é você que precisa de ajuda.

—Como é?!

—Sinto muito, eu não quero ser rude com você. Mas, ninguém vai me dizer de quem eu posso ser amigo ou não. Sebastian é meu amigo e ponto. Só isso. Amigos. Se não acredita em mim, então é sua escolha. 

Eu não sou insegura. Eu sou linda. Eu sou a Lizzie Saltzman. Tenho confiança suficiente para ter um namorado e saber que ele nunca me trocaria por outra. O Sebastian nunca me trocaria por outra. Trocaria?

—Não. A resposta é não.

P.O.V. Sophie.

A única pessoa que nunca me julgou por eu ter ficado surda foi meu pai. Ele começou a me treinar á quase um ano. Desde que descobrimos sobre a Ali. Tem sido uma estrada árdua, mas vale á pena.

E desde que a Ali descobriu que é uma vampira ela tá se afastando. Achei que estávamos construindo uma relação legal, eu sempre quis ter uma irmã, mas ela está mais interessada em ser prima da Hope.

—Ei, você não quer vir sentar com a gente?

—Porque? Vou ficar sobrando lá da mesma forma que estou sobrando aqui.

P.O.V. Hope.

Eu convidei a irmã da Allison para sentar com a gente. Mas, a resposta dela me pegou de surpresa.

—Porque? Vou ficar sobrando lá da mesma forma que estou sobrando aqui.

—Não, não vai.

—Vou sim. Eu estava sentada lá até agora, me levantei e a minha irmã nem deu a minha falta. Ninguém deu a minha falta. Quer dizer, porque a Ali iria querer ser minha irmã se ela pode ser sua prima? A Grande Tribrida Hope Mikaelson. Você vive reclamando, oh, sou uma Tribrida e ninguém me entende. Mas, você tem algo que te torna única e especial. Os caras querem te namorar, até algumas garotas querem te namorar. Os monstros querem te matar e as pessoas vem te pedir conselhos! 

—Isso não é verdade, a Allison te ama.

—Mas, ela te ama mais. Você é mais interessante. Você é uma bruxa e uma vampira e se transforma em lobisomem. Eu sou só surda. 

—Você é surda?

—Sou. Bem, agora eu não sou. Estou usando aparelho auditivo.

Ela estava desenhando num caderno.

—Você é talentosa. Eu também gosto de desenhar.

—Ótimo. Mais uma coisa na qual você é melhor do que eu. Mais uma coisa pra você roubar de mim. 

Ela olhou bem na minha cara, os olhos faiscando de ódio, de fúria. E disse:

—Morra Hope Mikaelson, Morra. 

E ela apontou a caneta pra mim quando disse. Ai ela saiu.

—O que foi que aconteceu?

—Sua irmã ficou com ciúmes.

—De que?

—De mim. Ela quer que eu morra.

—Ela só deve estar com raiva. Vou falar com ela.

 


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