Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 48
Alianças e Rivalidades


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/HCcBvE_Y3ss-Hope toca piano.
https://youtu.be/wcKx6mAysk8-Hope dança.



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P.O.V. Millie.

Eu vou ter o Kelly de volta. Essa garota é só uma distração. O Kelly é meu, ele vai voltar pra mim. Já rompemos e voltamos mais de uma vez durante todos os anos em que ficamos juntos.

Decidi tentar me parecer mais com o que ele pensa que gosta para convencê-lo que está errado.

Soube que a senhorita perfeita vai tocar piano num barzinho. Um concerto.

E o lugar tava lotado.

P.O.V. Lizzie.

Viemos todos para ouvir a Hope tocar piano. Eu, Josie, Landon, Kaleb, M.G., Sebastian...

Enquanto ela estava tocando e cantando uma piriguete chegou no namorado dela.

P.O.V. Kelly.

Eu quase cai duro quando vi aquela figura. Mas, eu reconheceria a Millie em qualquer lugar. Ela estava usando calças jeans apertadas, botas de cano curto e salto quadrado, jaqueta de couro vermelha. O cabelo antes castanho e liso chapinado estava com as pontas cacheadas e tingidas de loiro.

—Oi Kelly.

—Oi. O que aconteceu com você?

—Eu decidi mudar um pouco. Gostou?

Então, quando o concerto acabou, eu aplaudi e a Hope veio perguntar se eu gostei, eu notei. A Millie estava vestida como a Hope. Mais ou menos.

—Você está bonita. O concerto estava ótimo, se eu tivesse metade do seu talento eu estaria feito.

—Você tem o seu talento.

—Que seria?

—Não sei. Mas, tenho certeza que você tem um.

—Quer me ajudar a descobrir?

—Claro.

Um dos amigos da Hope a convidou para dançar. E eles dançaram lindamente, ela dominou a pista. Ele era o apoio. Segurando-a quando ela saltava, ou girando-a na pista como Fred Astaire e Ginger Rogers. Ela não estava sapateando era Ballet clássico.

—Tenho que dizer estou impressionado.

—Obrigado. Foi só parte do Show.

Nos sentamos numa mesa, Hope e eu e começamos a conversar.

—Nunca me disse que era bailarina clássica.

—Você nunca perguntou.

—O que mais você faz que eu não sei?

 

—Toco violino, arpa francesa, violão, violão celo, danço sapateado, americano e irlandês, hip-hop, sou ginasta.

—Então é uma artista?

—Não sei. Eu danço e pinto e toco porque eu amo.

—Nunca te imaginaria de sapatilhas e tutu.

—Quando eu tinha cinco, eu tinha uma fantasia de bailarina fada Princesa que eu não tirava nunca. Minha mãe tinha que me obrigar para conseguir colocar pra lavar.

Eu ri com aquela imagem na cabeça. 

Mas, de repente o lugar começou a ficar lotado de pessoas que eram bonitas demais.

—O que vocês querem?

—Estamos aqui pela garota.

—A garota eu?

—Você é a filha do canalha Volturi?

—Sou. E não chame o meu pai de canalha. Dê meia volta e eu deixo você viver.

—Acha que eu temo você, menina?

Hope respirou fundo e falou com ironia e com aquele lindo jeitinho atrevido.

—Ok, quem eu tenho que matar?

—Não vai matar ninguém.

—Ok. Potencialmente todo mundo. Então, manda ver cretino!

Os caras partiram pra cima da Hope e ela revidou corpo a corpo, mas bateu numa barreira.

—Feitiço de barreira?

—Não.

—Um escudo físico? Impressionante.

Ela ligou os sprinklers e então..

—Glass su li da tour...

Quando Hope moveu o pulso eu vi o escudo se estilhaçar como vidro. E a mulher ficou chocada. Hope se aproveitou e começou a arrancar as cabeças dos adversários. Era ela contra um batalhão. Ela mordia eles e eles logo começavam a colapsar.

—Desista. Está em menor número.

—É? É o que você pensa? Porque não olha melhor?

Começou a sair gente de tudo o que era canto do bar. Estavam escondidos nas sombras.

—Eu sei que meu pai fez muitos inimigos durante sua longa existência, mas... eu tenho alguns truques especiais também. Vocês estão cercados. Meu escudo mental está protegendo eles. Então, aparentemente você perdeu a sua vantagem.

—Acha que não sei como lidar com vampiros? Eu matei muitos.

—Então, vá em frente.

O exército inimigo atacou e eles foram massacrados. Ver Hope inflingir dor naqueles vampiros, ver os... vampiros dela massacrarem os outros sem a menor misericórdia foi... chocante. Ela arrancou as cabeças, os corações deles, os despedaçou, eles quebravam que nem vidro. Fazia barulho de vidro estilhaçando. Não, pedra rachando.

Então, para fechar com chave de ouro...

—Empilha o que sobrou deles e me arrume um fósforo.

Ela jogou bebida álcoolica nos restos que eu juro por Deus estavam se mexendo, então riscou um fósforo.

—Eu sou uma Volturi, cretino.

E botou fogo no que sobrou. O cara olhou pra ela com fúria, mas ele tava impressionado.

Uma outra veio por trás, mas Hope revidou... mas algo aconteceu. A vampira paralisou na hora.

—Impossível.

—O que?

—Essa marca no seu ombro.

—É. Matilha Crescente. Família Di Luppo. Não como você que é uma medíocre, eu venho de famílias poderosas. Importantes. Realeza. Seu sangue é comum, meu sangue transforma lobisomens em híbridos de vampiro! Salva um vampiro que é mordido por um lobisomem! Eu sou uma Bruxa Levesque, sou uma lobisomem Crescente, uma Di Luppo e eu sou uma Volturi! Então, vamos lá... vem me pegar.

—Abominação!

—Talvez. Mas, eu existo. Contra as chances, todas as probabilidades eu fui feita, eu nasci e estou aqui! Quer você goste ou não.

Era a visão do Inferno. Os corpos queimando, do meu ponto de vista era como se ela estivesse saindo de dentro da fogueira.

Os vampiros debandaram. Saíram correndo.

—É. Foi o que eu pensei. Heróis, vilões, tanto faz.

Ver aquela criatura ensanguentada tentar se aproximar de mim...

—O que? Está com medo, está enojado. Nem consegue olhar pra mim. Mas, o que você vê é o que eu sou. Ou aceita ou se manda.

Ela saiu andando.

P.O.V. Hope.

Eu tava tomando banho de banheira. Para lavar o sangue. Quando o Kelly simplesmente aparece.

P.O.V. Kelly.

Cara, ela é doida, mas ela é a minha doida. Hope pode ser impulsiva, desbocada e até violenta, mas ela é viciosa quando se trata de proteger quem ela ama. Inclusive eu.

Eu a encontrei imersa na banheira, segui as pegadas de lobo marcadas com sangue que se transformaram em pegadas humanas e havia um rastro de cadáveres humanos.

—Veio checar se ainda estou viva?

—Você matou todos esses humanos?

—Eles não eram humanos. Descobri o que realmente aconteceu com a minha mãe. Uma facção de bruxas se aproveitou do momento, da batalha para matá-la. Eu fui dar uma volta na cidade e adivinha só? Eu trombei numas bruxas desta facção. Esses filhos da puta mataram a minha mãe, Kelly. Eles não são nada além de comida. Com licença.

Ela ficou pelada na minha frente sem se importar. Ela se secou e vestiu a lingerie.

—Ah, como os humanos são lentos. Até um que consegue se teletransportar.

Hope encostou na porta do armário, de um jeito sexo e provocante.

—Não estamos na lua cheia e estou alimentada, então porque você não tranca aquela porta bem ali e me ajuda a ficar pelada de novo?

Eu é que não vou desperdiçar essa oportunidade.

Tranquei a porta e ela colocou aquele negócio pra queimar.

—O que é aquilo?

—Sálvia. Se eu te machucar, deve me dizer imediatamente, entendeu?

—Entendi.

 


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