Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 13
Meu namorado é um espião


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/O7R_Jw5dYzs-Hope.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780698/chapter/13

P.O.V. Hope.

Angus e eu estamos juntos a dois meses. Ele não quis ser iniciado.

Minha mãe ainda está se recuperando do ataque do caçador, mas ela está bem melhor. Nos mudamos para Los Angeles e eu me transferi para a Universidade daqui.

O problema é que eu fui pega por um maluco.

—Quem diabos é você?

—Eu tenho muitos nomes, mas eu prefiro Murdock. 

O nome de batismo dele era Dennis. Eu já sabia o porque de eu estar aqui.

—E porque está fazendo isso comigo?

—Porque eu tenho um filho. E ele foi sequestrado. Preciso de ajuda e o seu namorado vai me ajudar.

—Então, é hora de você gritar.

Ele me ameaçou com uma arma e eu tinha que fingir que estava com medo.

—Socorro! Por favor! Me ajudem!

O idiota filmou tudo.

—Perfeito.

P.O.V. Matty.

O Murdock pegou a Hope. A namorada do Mac. Forçando-o a ajudá-lo a encontrar o filho.

—Temos que ir salvá-la.

P.O.V. MacGyver.

Quando eu vi o vídeo da Hope amarrada na cadeira, berrando de medo. Tive que me segurar para não rir. E infelizmente fracassei.

—Oh, essa é uma reação nova. Parece que a sua garota não é tão importante assim.

—Oh, Murdock. Você foi enganado. Você só a pegou porque ela deixou. Pensou que tava usando ela, mas era ela que estava te usando. Aposto todas as minhas fichas que ela nem está mais onde você a deixou. Mas, vou te ajudar porque como disse Cassian é uma criança inocente e sei que a Hope iria querer que eu salvasse o menino.

Eu estava analisando o prédio do consulado russo onde o menino estava sendo mantido. Mas, ele havia sido levado pela esposa do Murdock que por acaso era a mãe do garoto!

—Eu pensei que a mãe do menino tava morta.

—Que surpresa, eu menti.

—A surpresa é saber que alguém casou com você.

—Minha querida esposa Amber e eu fazíamos o mesmo tipo de trabalho, tínhamos a mesma paixão por homicídios.

—Tem certeza de que a Amber não vai te ligar, dizer que está tudo bem, que o Cassian está seguro com ela ou onde ele está?

—Tentamos dividir a guarda. Não funcionou.

Conseguimos localizar o garoto usando as câmeras de segurança de um banco, bem eu consegui. Depois que o guarda acionou o alarme silencioso nós roubamos uma viatura e me passei por um policial no rádio atrás da Crystal Denvers.

—Pseudônimo interessante.

—É um dos favoritos dela. A minha melhor metade.

—Quero perguntar uma coisa.

—Conversinha. Fala.

—Porque matou a Jill? E não eu?

—Você realmente vai perguntar á um sociopata porque ele matou alguém? Isso é muito... é tão fofo. Próxima pergunta.

—Ela era uma boa pessoa. Só estava fazendo o trabalho dela.

—E eu o meu.

—E este é o meu também. Foi só por causa disso que eu aceitei voltar para a Fênix. Para a ativa.

—É bom saber que sou sua inspiração, quero ser sua Mona Lisa.

A pessoa do outro lado do rádio falou:

—Viatura 37? Já tenho a informação que solicitou.

—Pode falar.

—Um cartão de crédito foi usado hoje em um hotel.

—Poderia me enviar o endereço?

Ela enviou.

—A Amber e o Cassian estão num hotel.

Estávamos em Bogotá, na Colômbia.

P.O.V. Hope.

Depois de dar ao Murdock o que ele queria e dele ter partido, eu facilmente arrebentei as cordas e me levantei da cadeira.

—Mané.

Eu não sai do esconderijo, eu fiquei. Porque eu quero respostas. Nunca em nenhum momento do nosso relacionamento eu menti para Angus. Sobre nada. Ele sabe que sou a Tribrida, sabe que não sou humana, que sou uma predadora, que me alimento de sangue humano, que tenho que matar gente para tirar a minha magia negra de mim ou eu morro.

Angus conhece todos os meus poderes. Minha telepatia, minha força sobrenatural, minha névoa paralisante, meu escudo mental, minha magia, meus feitiços, até minhas fraquezas! E ele esteve mentindo pra mim todo este tempo!

P.O.V. Jack.

Uma informação útil. Murdock planejava sequestrar a Hope já a algum tempo e seu nome falso da vez era Brian Paiement e ele tinha uma propriedade á leste de Los Angeles.

P.O.V. MacGyver.

Eu tive que lidar com um casal de maníacos, roubar um carro forte e agora o Murdock tá querendo reatar com a esposa.

—Você tem a sensação de que tudo acontece por um motivo? Tipo, um motivo cósmico?

—Eu honestamente não sei. Minha mãe acreditava nisso. E não to afim de discutir filosofia com o cara que tá usando a vida da minha namorada para me chantagear, então vamos acabar logo com isso.

—Eu acho que talvez toda essa confusão possa ser uma nova chance pra mim e para Amber. Quer saber como nos conhecemos?

—Não.

—Foi uma noite fria em Moscou. O pôr do sol brilhava pelas espirais da Catedral de São Basílio. Enquanto eu olhava pela mira do meu fuzil M quarenta, eu vi um brilho de metal e lá estava ela. Uma visão com armadura tática mirando no meu alvo, ela tava tentando roubar o meu trabalho. Nós dois atiramos ao mesmo tempo, as balas atingiram o alvo simultaneamente, depois disso não conseguimos definir quem tinha matado e decidimos dividir a recompensa e uma garrafa de vodka.

—Seu primeiro encontro começou com um homicídio?

—Talvez a prisão tenha realmente mudado ela. Ela parece... diferente. Quando pegarmos o Cassian talvez haja um futuro para nós três. Em fuga, é claro.

—É.

Eu não quero nem ver como a Hope vai estar quando eu a encontrar. Ela vai estar fula da vida.

P.O.V. Hope.

Eu ouvi tiros e mais tiros e então o ar começou a ser sugado. Eu que não sou burra nem nada dei uns murros no concreto e pronto eu tava fora.

—Bozer. Jack.

—Como fez aquilo?

—Não importa. Só me tirem daqui. Estou irritada, estou com fome e é como se a minha pele estivesse pegando fogo!

Depois de sairmos daquele maldito lugar, eu voltei para o bar. Sabia que o Murdock viria pra cá.

P.O.V. Murdock.

O MacGyver me concedeu uma última bebida.

—Então...

—Isso não é bom.

—O que?

—Tá ouvindo isso? Estão tocando Jazz.

—Não gosta de Jazz?

—Não é com isso que eu to preocupado.

Quando chegamos ao bar haviam cadáveres drenados, com as gargantas estraçalhadas espalhados pelo bar inteiro. E então, a cabeça do músico caiu e ele parou de tocar.

—Que coisa... linda. Eu até fiquei excitado agora.

—Você disse que queria ser minha Mona Lisa? Porque eu me inspiraria em você... se posso me inspirar... nela.

Aquilo era... incrível. Os olhos de lobo, as veias saindo das escleras, o sangue escorrendo da boca.

—Uau! Quem é você?

—Meu nome é Hope. E é melhor você se entregar para a tal Matilda Webber, a menos que queira ser a sobremesa.

—Poderia ter saído quando quisesse, porque não saiu?

—Porque seu filho Cassian é uma criança inocente. E ele é a única coisa que te liga á sua humanidade. Á propósito...

Ela se moveu numa velocidade inumana e agarrou meu pescoço.

—Sei que só estava me usando para salvar o seu filho, mas tente de novo... e eu virei atrás de você... Dennis e vou te estraçalhar.

Ela me largou e saiu do bar.

Deixei o MacGyver me algemar e estava novamente na sede da Fênix.

—A viagem foi tensa. A sua garota tá pistola com você. Ela é uma máquina de matar perfeita. Cuidado, MacGyver.

—Tem razão. Ela é a arma suprema, uma máquina de matar perfeita, mas ela tem mais humanidade que você. Deixou você sequestrá-la, amarra-la e apontar uma arma para a cara dela, só para que eu salvasse o seu filho. E não se engane, a ameaça dela não foi vã.

Matilda me disse que o Cassian estava num lar seguro e isso me fez ganhar o dia.

P.O.V. Hope.

Ele mentiu pra mim e isso partiu meu coração. 

P.O.V. MacGyver.

Quando eu cheguei minha casa tava destruída. E ela estava sentada no sofá olhando o nada.

—Oi Angus.

—Oi, amor. Olha, sei que está irritada. Eu sou...

—Um idiota! Você é um idiota total! Aquele troglodita assassino me atacou com uma frigideira! E me apontou uma arma! Aquele idiota que por acaso se chama Dennis! E eu sou Hope Cullen Volturi, já nasci com um alvo nas minhas costas! E nunca menti pra você. Você sabe tudo, tudo sobre mim! 

—Hope...

—Enquanto eu tava vindo pra cá, eu fiz que a minha terapeuta mandou, fiz o trabalho, analisei tudo e percebi que isso... é sua culpa!

—Como isso é minha culpa?

—Se tivesse me contado, se tivesse me dito que era um maldito espião, nada disso teria acontecido. Tudo seria diferente. Sempre fui honesta com você e você sabe segredos sobre mim que ninguém mais sabe! Você me prometeu que seria honesto. E está mentindo pra mim. Eu mantive minha palavra. Fui honesta com você fiquei longe da sua mente, mas agora? Ah, mas você vai ver só!

Ela entrou no quarto de hóspedes e bateu a porta.

Jack, Matty, Bozer e Riley chegaram e...

—Mano, passou um furacão aqui dentro? Ou foi uma das suas paradinhas que deu errado?

—Hope e eu tivemos uma discussão meio acalorada.

—Mac, você partindo pra violência?

—Não tente entender o que acontece, porque você não vai conseguir.

Ela tinha se transformado e quebrado a casa toda. Soube já que ela estava usando uma das minhas camisas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Deep End" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.