Deep End escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 12
Ciência com magia




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P.O.V. Angus.

Minha mãe era uma bruxa. Uma bruxa de verdade, que lançava feitiços e fazia poções.

—Se minha mãe é uma bruxa, isso me torna...

—Um bruxo? Sim.

—Mas, eu nunca fiz nenhuma magia.

—Você nunca teve treinamento ou acreditou. E você é só meio bruxo. Seu pai era humano.

—A criatura vai voltar?

—Não. Está morta.

Disse a Hope enquanto apagava as velas e arrumava as coisas.

—Aqui, só por precaução.

—O que é isso ai?

—É um amuleto. Imbui parte da minha magia nos colares. A sua é um olho do tigre, já que você é leonino. Angus. E a sua, Henry é citrino já que você é libriano.

—Hope. 

—O que?

—Eu acho que matei a minha mãe.

—Não exatamente. Você estava dormindo quando pegou a arma e puxou o gatilho. O demônio tinha controle do seu corpo. Você não matou a sua mãe, foi o demônio. Infelizmente você foi apenas um fantoche.

Meu Deus! O Henry sucumbiu num choro compulsivo. E Hope o abraçou.

—Está tudo bem Henry. Não foi sua culpa. Não sabia o que estava fazendo.

Alguém tinha que fazer alguma coisa. Impedir isso de acontecer de novo.

—E eu fiz. Apenas usem as pedras.

Então, tomei uma decisão.

—Me ensina.

—O que?

—Magia. Me ensina.

P.O.V. Hope.

Eu cocei a minha cabeça. Ter um Coven. Nunca fui muito de grupos. Mas, como posso negar isso a ele?

—Nunca quis ter um Coven, mas não posso te negar isso. É sua herança, mas saiba que toda magia vem com um preço e certas coisas não são permitidas.

—Tudo bem.

—Vou ver se a sua mãe tem o que é necessário para eu te iniciar.

E ela tinha.

—Uma faca?

—Um punhal cerimonial. Mas, saiba que uma vez que você for iniciado não tem mais volta.

Reacendi algumas das velas e peguei o punhal, apontei-o para o Angus.

—Ei, o que está fazendo?

—Relaxa. Fique parado. E vamos começar. 

Respirei fundo e disse:

—É melhor que você atravesse este punhal em seu peito do que entrar no círculo com medo no seu coração. Como você entra?

—Eu não sei.

É isso não tá dando certo.

—A resposta certa é com amor e confiança. Vamos ter que tentar de novo amanhã. Tente descansar e pense se isso é o que você realmente deseja. Você tem a magia em você, mas nunca ativou. Uma vez que você entrar, vai ativá-la não tem mais volta. Agora vão pra casa e descansem. Se ainda quiser seguir em frente com isso, Angus...

Anotei meu contato no celular dele.

—Me liga.

P.O.V. Renesmee.

Um caçador. Ele me amarrou a uma árvore com cordas besuntadas de uma erva chamada verbena. É tóxica para vampiros. Ele me amordaçou.

Mas, o Alec me achou. O Dimitre me achou.

—Amor. 

Ele conseguiu tirar a mordaça, mas quando tentou tirar as cordas fracassou. As cordas queimaram suas mãos.

Felizmente eles tinham uma bruxa com eles. A bruxa da cabana e ela conseguiu me desamarrar.

P.O.V. Alec.

Vê-la naquele estado, amarrada á aquela árvore como se amarra uma bruxa prestes a ser queimada na fogueira, seus pulsos esfolados duma forma terrível, sangrando. As lágrimas nos olhos dela.

—Está tudo bem. Vai ficar tudo bem.

Ela segurou em mim, enfiando os dedos nos meus cabelos, olhando bem no fundo dos meus olhos.

—Eu amei você. Eu ainda amo, sempre vou amar e é por isso que precisa partir. Sinto muito que a escondi de você, não deveria ter feito isso. Eu só estava tentando protegê-la. Por favor entenda.

—Eu entendo. Eu te amo.

—Oh, que doce.

—Alec, corra.

Era um homem de uns quarenta e tantos anos cabelos e barba grisalho e olhos azuis.

—Tape os ouvidos!

Ele tinha um equipamento que nossa!

—Você assassinou a minha esposa e minha filha. Abominação.

O homem pegou uma faca e a colocou no pescoço de Renesmee. A lâmina era capaz de penetrar sua carne. Senti o cheiro do sangue dela.

—Agora eu vou degolar a sua mulher e depois... vou atrás da sua cria.

—Não. Por favor. Me mate, me mate, mas não machuque a minha filha. Ela é tão inocente quanto a sua era.

—É mesmo? Sua filha inocente espalhou cadáveres daqui até a costa oeste em menos de um ano.

—Não é culpa dela. A natureza exige um equilíbrio. E as pessoas que ela matou... não eram pessoas. Eram vampiros. Vampiros que estavam tentando matá-la. Porque ela é especial.

—Deixa a minha parceira em paz.

—Aposto que nem se lembra delas. Minha filha tinha dezessete anos tinha uma vida toda pela frente. Ela queria ser médica. Minha esposa era dona de casa. E ela também era uma caçadora, mas Alisson não era. Eu não queria essa vida pra ela. Victória e Alisson Argent, minha esposa e filha. E você as matou. Tirou tudo de mim, agora vou tirar de você.

—Christopher. É seu nome não é?

—É.

—Eu sinto muito pela sua esposa e sua filha, mas matar a minha filha não vai trazer a sua de volta.

Ela estava falando com o caçador, olhando nos olhos dele.

—Vingança não vai te trazer paz. Sei que pensa que vai, mas não vai. Se é vingança que você deseja... tome-a. Vai. Me mate, me mate, mas não machuque a minha filha. Pense na sua menina. Pense na dor que está sentindo agora.

—Você não sabe nada da minha dor!

—Na verdade ela sabe. Ela é uma empata.

—Então, vá enfrente. Por favor, me mate. Mas, não a minha filha.

P.O.V. Christopher.

Eu esperava uma besta. E eu encontrei um cordeiro. Esperava uma fera e eu encontrei uma mãe.

—Eu sou ambos. Sou uma besta e um cordeiro, sou uma fera e sou uma mãe. Como uma imortal a ideia de morrer não é algo em que eu pense com frequência. Mas, morrer no lugar de alguém que eu amo, especialmente se este alguém é a minha filha... me parece uma boa maneira de partir.

Eu estava com a faca no pescoço dela e em vez de revidar, de usar magia ou qualquer uma de suas habilidades contra mim, ela simplesmente fechou os olhos.

—Prometa que não vai ferir a minha filha. E tem minha permissão para me matar.

Fraquejei. Recuei.

—Droga!

O vampiro veio pra cima de mim, mas aquela mulher ferida e moribunda, se colocou no meio.

—Não. Olhe em volta, foi aqui que o caminho do ódio, do medo e da vingança nos trouxe. Este homem perdeu a família, você perdeu a chance de criar a Hope. Está apontando uma para ele e três para nós. Seja superior, Alec.

A vampira desmaiou nos braços do seu... parceiro.

—Irmão.

Ele estava furioso. Me preparai para ser atacado.

—Ela é única razão de eu deixar você viver. Minha parceira e minha filha são as únicas razões de você ainda respirar. Faça algo mesmo que parecido com isso novamente e eu te matarei. Da forma mais lenta e dolorosa possível.

P.O.V. Alec.

Ela estava ferida, inconsciente e moribunda. Levei-a correndo até a única pessoa que poderia ajudá-la.

—Cullen! Doutor, socorro!

O vampiro de cabelos e olhos dourados começou a ministrar sangue, mas... a cura não estava muito bem.

—O que está havendo? Porque ela não cura?

—Tem muita verbena no sistema dela. Vou tentar lavar os ferimentos.

O médico correu e voltou com uma bacia e uma esponja macia. Ele lavou os ferimentos delicadamente, mais de uma vez. E na terceira ou quarta vez, ela começou a curar. Mas, ainda teve que ficar com um curativo no pulso e um no pescoço. Para impedir que ela sangrasse até a morte.

—Ela vai viver?

—Vai. Porém, vai precisar de tempo para se recuperar. A toxina já está sendo eliminada do seu organismo. Ela precisa tomar água e urinar. Quanto mais ela urinar mais depressa a erva vai sair. 


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