Rescuing The Past escrita por Any Sciuto
Os minutos se transformaram em horas dentro da sala de espera e um clima parecido com um velório estava no ar. Todo mundo ainda estava por lá, ocasionalmente usando o banheiro, ocasionalmente comprando café para todos.
Tony havia passado no quarto de Justin. O homem estava em mau estado, mas ainda vivo. Ao menos se ele pudesse desligar os aparelhos que mantinham o homem vivo apenas para o tempo de acabar com a vida daquele cara.
— Tony. – Pepper o chamou. – Derek está te procurando.
— Alguma notícia sobre Pen? – Ele se virou, retirando a ideia da cabeça. – Ou ele só queria me distrair?
— Esqueceu do que ele faz? – Pepper levou Tony para longe. – Olha, eu entendo que ele a machucou, mas matar ele não vai fazer ela melhor.
— Você é a minha voz de consciência. – Tony subiu e voltou a se sentar. – Alguma novidade?
— Um médico virá para falar conosco. – Derek respondeu, quase roboticamente. – Eu tenho que buscar minha mãe no aeroporto.
— Sente Derek. – Hotch pegou a mão de Emily e se levantou. – Eu vou buscar sua mãe e compro comida de verdade para nós.
Morgan nem objetou e voltou a se sentar. Ele não conseguia pensar em alguma coisa para fazer.
Nick Fury manteve um longo olhar em Tony Stark. Ele sabia que o homem de ferro, estava em uma batalha interna de sentimentos e no momento, se Penelope não passasse pela cirurgia, talvez nem mesmo ele poderia segurar os sentimentos dele.
— Eu preciso falar com você. – Nick foi direto para Tony. – E dessa vez eu quero toda a verdade.
Stark beijou Pepper e deixou a sala de emergências. O homem ao seu lado em busca de uma verdade que mesmo ele não queria admitir.
— Eu não perguntei a você a real motivação dessa proteção a Penelope. – Nick viu Tony suspirar. – Por que tanta proteção para uma menina sentada na frente de uma sala de aula? O que você não está contando?
— Penelope não conhece seu pai verdadeiro. – Stark se segurou no corrimão da escada de incêndio. – Porque ela é minha irmã de sangue.
Nick abriu a boca, mas a fechou logo em seguida. Ele nunca imaginara que ela e Tony seriam irmãos.
— Quando Pen tinha dois anos, a mãe dela e meu pai se separaram. – Stark começou a contar. – Barbara e meu pai tiveram um casamento curto no qual Penny nasceu. Eu nunca mais a vi desde o dia que ela cruzou a porta da frente, levando Penelope com ela. Quando a vi na frente da sala eu só sabia que era ela.
— E você nunca quis contar a ela isso? – Nick ainda queria entender. – Para que essa coisa de proteção silenciosa?
— Eu acho que pensei que nunca iria acreditar em mim. – Tony sentiu o vento frio soprar. – Acho que ela sempre foi forte o suficiente para ser a própria pessoa. Só não esperava ter que estar em um corredor de hospital.
— Ela vai ficar bem. – Nick tentou transmitir um pouco de ajuda. – E você vai contar a ela.
Voltando para a sala de espera, Tony viu que dois médicos finalmente estavam vindo na direção deles. Seus semblantes pareciam de derrota.
— Penelope Garcia? – Um dos médicos perguntou.
— Sim. – Derek se levantou, sem pensar duas vezes. – Como ela está?
— Bem, a senhorita Garcia vai ter uma boa briga pela frente. – Ele foleou as folhas. – Um dedo quebrado, quatro costelas quebradas, um pulso fraturado, tivemos que reposicionar dois discos da coluna.
— Mas ela vai sobreviver? – Emily perguntou nervosa. – Por favor diga que ela vai ficar bem.
— No momento, ela está em coma induzido. – O médico viu Hotch abraçar Emily. – Ela tinha um sedativo poderoso e estamos deixando ela desgastar isso. A cirurgia foi um sucesso apesar disso.
— Então, o que você está dizendo? – JJ repetiu a mesma frase de um mês atrás.
— Estou dizendo que a senhorita Garcia tem uma boa briga a partir de agora. – O médico olhou para as pessoas diferentes a sua frente. – Se ela passar pelas próximas 72 horas, então, poderemos fazer um plano mais abrangente.
Derek se sentou, quase com medo de uma pergunta.
— Ela vai voltar a andar? – Stark perguntou. – Ou há alguma chance de ela...
— Se há chance de ela não voltar a andar? – O médico viu um aceno positivo. – Sempre há. Mas como eu disse, retiramos a bala de suas costelas e reposicionamos os discos, esperamos que ela volte a andar com muita fisioterapia.
— Podemos ver ela? – Steve perguntou.
— Claro, mas dois por vez. – O médico olhou para Derek. – Normalmente não permitiríamos que você ficasse, mas o senhor Fury nos informou que Penelope é uma agente federal e pode ainda estar em perigo. Então colocamos uma boa poltrona no quarto.
Todos se olharam e foram em direção a UTI. Penelope estava ligada a fios, tubos e maquinas que controlavam desde a morfina até seus batimentos cardíacos.
Uma imagem dela, na cama, apenas um mês antes veio à mente da equipe e de Tony.
— Isso não deveria acontecer. – Reid falou. – Não para Pen.
— Eu vou matar Kevin Lynch da próxima vez que eu ver aquele projeto de homem. – Rossi jogou punhais com o olhar. – Nem podemos dizer que ela está viva. E isso me irrita.
— Eu sei que a minha Baby Girl vai sair dessa. – Derek se sentou ao lado de sua namorada. – Eu preciso acreditar nisso.
— Por que ela, Aaron? – Emily se virou nos braços de seu marido. – Ela não merece isso.
Às vezes, nem Hotch tinha as respostas.
Stark suspirou fundo e entrou no quarto. Ele sentiu sua raiva de Justin e do projeto de cumplice que ele conseguira para machucar sua meia irmã. Ele sentiu seu mundo girar e então, Tony desmaiou.
— Meu Deus. – Pepper correu para Tony. – Meu amor. Tony, acorda.
— Precisamos de ajuda! – Natasha verificou os sinais de Tony. – Ok, ele está respirando, mas acho que isso se tornou demais até para ele.
Dois enfermeiros colocaram Tony em uma maca e o levaram para um check up.
Olhando para a cena, a equipe BAU suspirou de nervosismo.
Hotch deu um beijo em Emily e seguiu com Rossi para o quarto onde Stark estava atualmente.
Os dois chefes de unidade quase adivinhando que havia algo mais na história que o homem lhes dizia.
Stark acordou em uma cama de hospital. Ele retirou a IV da mão e Pepper o impediu de sair.
— Onde você acha que vai? – A mulher o impediu de sair. – Você literalmente desmaiou no quarto de Penelope.
— Sinto muito por isso. – Stark suspirou. – Há quanto tempo estou aqui?
— Duas horas. – Pepper entregou uma gelatina. – Aqui, coma essa.
— Eu não sou muito de gelatina verde. – Tony comeu mesmo assim. – Me lembre de pedir a mudança dessa gelatina para vermelha.
Pepper sorriu e o ajudou a se levantar.
— Cadê minhas roupas? – Tony estava cansado de ficar na cama. – Eu preciso voltar para minha irmã.
Pepper se virou de repente. Ela nem sabia como processar a nova informação sobre Penelope.
— Sua irmã? – Pepper viu a mudança de Tony. – O que raios você está escondendo de nós?
Então, Tony sabia que tinha muitas explicações para dar.
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