Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 8
A casa número 15


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo (◍•ᴗ•◍)
Tudo certo agora (espero...)

Boa leitura!



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— Nós vamos hoje para a casa do endereço? — perguntou Happy, bebendo um pouco de suco em seguida.

— Sim. Você não quer ir?

— Não, mas estou curioso para saber o que tem lá — respondeu sincero, remexendo a panqueca em seu prato. — Eu vou com você! — disse determinado.

— Obrigada — sorriu agradecida.

— Até porque, você se assusta muita fácil. Não duvido que saia correndo só de ver a fachada da casa — zombou, colocando as patinhas na frente da boca.

— Parece que alguém está querendo ficar com fome hoje — olhou para o pequeno, começando a puxar o prato.

— Lucy, eu já disse o quanto você é linda e maravilhosa?

— Depois reclama quando chamo de trapaceiro... — riu.

Por um momento, ambos esqueceram do que acontecia ao redor, apenas aproveitando a companhia um do outro. Riram e brincaram como se nada mais importasse, pois sabiam que precisavam daquele tempo de descontração antes do que estava por vir.

Assim que terminaram o café da manhã, Lucy lavou toda a louça, enquanto Happy a ajudava a enxugar e guardar tudo. Estavam adiando o máximo que podiam a visita até a casa do endereço. Quando por fim terminaram, souberam que não podiam mais enrolar.

— Aqui, Happy. Use esse colar e não o tire por nada, sim?

— Aye!

— Pronto?

— Nem um pouco...

— Eu também não estou, mas não quero envolver mais ninguém nisso...

— Começa a andar, então. Não temos o dia todo — disse, pousando na cabeça da loira.

— Nada folgado, né?

— Só estou na melhor posição para te defender, caso necessário.

— Claro, proteger... — riu, descendo a escada.

O endereço da casa não era muito exato, pois a rua não tinha um nome específico. Makarov apenas tinha escrito no papel, “Praça das rosas, número 15”. Lucy já havia ouvido falar daquele lugar, mas só coisa ruim.

Idosos da região costumavam dizer que, aquela praça, foi construída onde antes tinha uma enorme pedra sagrada e, por essa razão, o lugar era amaldiçoado e só atraia a desgraça. A história espalhou-se como fogo, fazendo com que as pessoas começassem a evitar o lugar.

A dupla nunca tinha passado por aquela região, ela ficava ao leste do apartamento de Lucy, nos limites da cidade. Não demorava mais do que cinco minutos e, sabendo disso, menos vontade de estar ali eles tinham.

Conforme Lucy andava, parecia que o ar começava a “pesar” e o céu a escurecer mais rápido. Bastou colocar um pé na calçada da praça, para um arrepio subir por sua coluna, como um alerta de que os dois deveriam sair logo dali.

Ignorando a sensação, Lucy engoliu em seco, tirou Happy de sua cabeça e o abraçou, começando a analisar ao redor. As casas eram de madeira desgastada, a grande maioria quebrada. Poucas casas estavam totalmente inteiras, parecia até que tinha tido alguma luta destrutiva por ali.

A Praça em si parecia normal. Não era muito grande, mas o suficiente para abrigar dois bancos de madeira e uma árvore no centro, além de rosas de várias cores espalhadas pelo gramado. Uma visão realmente agradável.

A casa que procuravam, por incrível que pareça, era uma das poucas intactas, podendo ser confundida com uma casa normal, se não fossem as outras ao seu redor.

Paredes, janelas, escada e porta. Tudo era branco como neve. Aparentava tinha apenas um andar, além de não ser muito grande. Muito provavelmente, antes ali ficava algum tipo de comércio.

Reunindo toda sua coragem, Lucy subiu os três degraus da pequena escada e tocou a campainha, esperando paciente. A loira queria confirmar que não havia ninguém, antes de entrar.

Para sua felicidade, ninguém atendeu.

— Lucy, a porta está aberta — apontou Happy.

— Já que estamos aqui, acho que não tem problema entrarmos, certo? — disse, mais para si mesma.

Respirando fundo, a loira adentrou o local com passos curtos e leves, temendo fazer mais barulho do que o necessário.

Acendendo a luz, no interruptor logo ao lado da porta, os dois puderam visualizar melhor o interior do lugar. No lado direto, estava uma bancada usada em comércios, com vidro ao seu redor e alguns mostruários em cima. Tudo vazio.

No lado esquerdo, várias prateleiras iguais as de mercado, também vazias. Estranhamente, o local parecia bem limpo, indicando que não estava abandonado.

Curioso, Happy começou a voar ao redor, procurando por qualquer coisa interessante que chamasse sua atenção. Foi assim, com sua visão aérea, que o exceed conseguiu descobrir um alçapão no chão, escondido atrás do balcão.

— Olha, um alçapão — disse feliz, sorrindo com sua descoberta.

— Genial, Happy — a loira aplaudiu. — Vamos entrar e ver o que tem aqui.

Sem esperar por resposta, a loira puxou a maçaneta, abrindo caminho para que descessem sem problemas. Descer foi fácil, difícil era enxergar no breu. Não tinha um ponto de luz lá embaixo, por sorte, Lucy tinha uma pequena lanterna em seu bolso, a qual ela sempre levava por ser útil em várias situações.

O porão tinha um tamanho médio, menor do que a casa. Móveis eram inexistentes, a única coisa que havia ali estava na parede. Um painel de madeira com algumas fotos e fios ligando elas.

Aproximando-se com cuidado, Lucy e Happy arregalaram os olhos quando viram o que tinha ali: três fotos de Natsu e uma de sua casa. Duas das fotos mostravam o rosado usando sua magia, a terceira era dele distraído. Todas estavam rodeadas por um círculo preto.

A última foto, da casa, estava com um “X” vermelho.

— Ouviu isso? — perguntou Happy, escutando o barulho de passos.

— Temos que sair daqui! — Lucy começou a subir a escada para a “loja”. Em seguida, fechou o alçapão e rumou para fora da casa.

Assim que saíram, os dois respiraram fundo, sentindo-se a salvo. Quando Lucy voltou a andar, para se afastar da residência, Happy a cutucou.

— Lucy, o que é aquilo na janela? — perguntou assustado.

A loira virou para o lado e quase caiu para trás. Na janela à direita da porta, uma senhora os olhava atentamente. O rosto pálido dava a impressão de que ela não estava viva, aumentando o medo dos dois.

— É... Olá? — Lucy tentou sem simpática.

Em questão de segundos, a senhora socou a janela e uma fumaça verde começou a sair de dentro da casa. Como ela apareceu ali sem ser vista? Não fazia nem um minuto que os dois tinham passado por ali e não tinha ninguém.

— Deus, se esse for meu fim, leve-me para o céu dos peixes — Happy fechou os olhos e começou a rezar.

— Vocês não deveriam estar aqui, crianças — disse a senhora assustadora, olhando-os com raiva.

— Desculpe-nos, nós estamos perdidos — a loira mentiu.

— MENTIRA! — gritou. — Vocês seguiram as coordenadas, mas elas não foram direcionadas para vocês. O que querem? Não tentem me enganar!

— Quem é a senhora?

— Não te interessa. Desapareçam da minha frente — aproximou-se. — SUMAM! — gritou, abrindo a boca, revelando os dentes afiados.

Assustada, Lucy deu um passo para trás e tentou se afastar, mas acabou batendo em algo. Olhando para trás, a loira arregalou os olhos: era a mesma senhora, olhando-a com ódio.

Em poucos segundos, a mesma fumaça verde começou a sair da boca da mulher, deixando Lucy e Happy tontos.

— Nunca mais retornem a esse lugar. Dessa vez terei misericórdia, mas, na próxima, vocês não saíram daqui vivos.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

A cabeça da loira pesava, mal conseguia abrir os olhos para saber onde estava. Sentiu que estava deitada sobre algo macio, não parecia o mesmo lugar onde estava a poucos segundos.

Com muito esforço, conseguiu olhar ao redor. Respirou aliviada, quando reconheceu o seu quarto: estava de volta em casa, sã e salva.

— Happy? — chamou o exceed.

— Eu não vou abrir meus olhos — encolheu-se com medo, deitado sobre si.

— Está tudo bem, voltamos para casa — acariciou sua cabeça.

— Sério? — olhou ao redor, sorrindo feliz. — Luxyyyyyyyy, eu não quero voltar para aquela casa estranha...

— Não voltaremos. Vou queimar essas coordenadas, para impedir que mais alguém vá lá. Não conte nada para o Natsu, sim?

— Sim... O que faremos agora?

— Vamos voltar para a guilda, o Mestre precisa saber disso!

— Aye, sir!

Sem perder mais tempo, ambos rumaram de voltar para a guilda, novamente, na esperança de obterem respostas.

— Crianças teimosas — disse a senhora de antes, escondida em um beco. — Não fazem ideia no que estão se metendo...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo :3



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