Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 7
Coordenadas


Notas iniciais do capítulo

Olá :3

Não sei que erro deu, mas o capítulo que postei em outros sites 4 dias atrás, não carregou aqui e não foi postado...

Para a felicidade de quem está lendo, onde é dia de outro capítulo. Então, para vocês do Nyah, cá está um capítulo duplo o/

Boa leitura!



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Andar pelas ruas estava sendo uma tarefa complicada. Lucy e Happy ficavam cada vez mais abismados com as ações do rosado. Olhar para trás de minuto em minuto, parar em posição de ataque ao ouvir qualquer mínimo barulho tinha se tornado algo comum para o rosado nos últimos minutos.

Fazia uma dia que estavam na cidade e já estavam prontos para voltar para Magnólia, já que não havia mais nada para fazerem ali. Por isso, acordaram cedo e arrumaram suas coisas, logo seguindo para a estação.

— Natsu? — Lucy chamou-o, vendo como ele se virou assustado.

— Ah! É você, Luce. Aconteceu algo?

— Não acha melhor voltarmos andando? — propôs, querendo ver como ele reagiria a ideia.

— Acho que não, vai demorar demais. Podemos pegar o trem, ele vai bem rápido, certo?

— Sim — respondeu embasbacada, desacreditando do que tinha ouvido.

— Acho que sua sopa estava estragada, Luxy — Happy zombou.

— Isso quer dizer que você também vai ficar estranho, pois comeu ela com bastante vontade ontem.

— Credo, não quero ficar igual o Natsu... Luxy, você acha que ele vai voltar ao normal?

— Espero que sim, Happy...

O caminho até a estação foi marcado pelo silêncio. Lucy estava surpresa demais para puxar algum assunto com Natsu, nunca imaginou que receberia aquela resposta. Achava que, como em outras vezes, voltariam andando para Magnólia.

O mago não pareceu importar-se com isso e continuou andando, alheio a conversa dos amigos.

— Quer comer algo? A aquela lanchonete do outro lado não parece ser cara — sugeriu, apontando para uma construção um pouco mais à frente.

— Estou sem fome — disse, surpreendendo-a de novo.

— Ok...

— Natsu... — Happy choramingou.

— Eu estou bem, Happy. Só quero voltar logo para casa.

— Aye...

O clima estranho reinava entre os três. Toda a animação de quando começaram a missão, tinha sumido como em um passe de mágica. Andavam como robôs pela rua, fazendo tudo automaticamente.

Ao redor, ninguém pareceu notar isso.

Pouco antes de chegarem até onde queriam, o tempo fechou e a chuva começou a cair, deixando tudo mais melancólico. Chegaram na estação a tempo de evitar que se molhassem demais, compraram as passagens e entraram no trem, buscando uma cabine.

Apesar da expressão do rosado mostrar indiferença, o enjoo logo o “derrubou”, fazendo com quem deita-se no banco sem nem retrucar, entregando-se ao mundo dos sonhos.

Lucy ficou o olhando atenta, esperando alguma reação ao sonho, mas nada aconteceu. Talvez, dessa vez, o sonho não seja assustador.

Aproveitando desse momento, ela e Happy abriram a mochila do rosado, dando uma rápida vasculhada. Não sabia o que procurar, mas estava esperançosa. Olhou cada bolso, no meio das roubas, dentro das meias...

Quando estavam prestes a desistir, Happy viu um papel branco no “topo” de dentro da mochila. Lucy, então, puxou com cuidado, para não rasgar, e tirou a fita. Dentro, a única coisa escrita eram alguns números.

— O Natsu vai jogar na loteria? — perguntou Happy, não entendendo o que significava aquele papel

— Parecem coordenadas... Melhor mostrarmos isso para o Mestre. Não fale nada para o Natsu!

— Pode deixar comigo! — tampou a boca com as patas, em sinal de segredo.

Guardando o papel no bolso, Lucy arrumou a mochila de novo e desenvolveu para o lugar, assim, não levantaria suspeitas. Então, acomodou-se na poltrona, pegou Happy no colo e fechou os olhos, dormiria até chegar em Magnólia.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

O apito do trem fez com que Lucy desse um pulo no lugar. Levantou-se ainda meio sonolenta, com Happy ainda adormecido em seus braços, pegou sua mochila e virou-se para acordar Natsu, mas isso apenas serviu para que ela descobrisse que estava sozinha na cabine.

— Ele não fez isso — sussurrou indignada — Francamente!

Saindo do trem, a loira caminhou devagar até seu apartamento. Não sabia a hora, porém o céu já escurecia. Teria que correr se ainda quisesse encontrar o Mestre na guilda.

Chegando em casa, deixou a mochila no sofá e rumou para o quarto, deitando Happy em sua cama. Determinada em chegar até seu objetivo o mais rápido possível, pegou o primeiro papel que viu pela frente e escreveu um pequeno bilhete para o exceed. Então, saiu.

Estava ansiosa para contar o que descobriu.

Andou com pressa, sem se importar com os olhares direcionados em sua direção. Assim que viu os portões da guilda, desacelerou, passando a andar devagar. Aproximou-se com cuidado, apenas para ter certeza de que quase ninguém estaria ali, só então, entrou.

Os magos eram poucos, a grande maioria dormindo sobre cadeiras e mesas. Ninguém notou sua presença, por isso não hesitou em subir a escada e bater na porta do escritório do Mestre.

— Pode entrar — ouviu a voz abafada do mesmo.

— Boa noite, Mestre.

— Lucy? Você não estava em missão com o Natsu e Happy?

— Estava, mas terminamos ontem mesmo.

— E vocês não voltaram andando?

— Por incrível que pareça, não...

— Nesse caso, acho que sua visita tem algo a ver com o Natsu, certo?

— Sim... Mestre o Natsu está agindo muito estranho. Fica olhando desconfiado para os lados, anda desanimado... Ontem ele sumiu no começo da missão, só o achamos depois que terminamos.

— Isso não é normal dele...

— Quando eu o encontrei, ele estava diferente. Passou a agir de uma forma indiferente, como se nada que eu dissesse importasse. Reparei também que, quando passávamos por algum beco, ele hesitava, como se temesse que algo saísse de lá.

— Nada disso faz sentido... É difícil até de imaginar ele agindo assim... Encontrou alguma pista?

— Happy achou isso grudado na mochila dele — tirou o papel do bolso e entregou para o mais velho. — Acho que são coordenadas.

Sem dizer nada, Makarov levantou da cadeira e se aproximou de uma das estantes de livros, atrás de si. Pegou um livro azul, grosso como um dicionário, e voltou a se sentar, folheando as páginas rapidamente.

— Você está certa, são coordenadas de uma casa aqui mesmo, em Magnólia — explicou, anotando o endereço do papel e devolvendo para a loira.

— O senhor acha que seria seguro eu ir até lá?

— Sendo sincero, não. Porém, nunca saberemos quem mora lá se você não for.

— Amanhã eu vou lá, agora já é muito tarde.

— Mantenha-me informado. Amanhã, chamarei o Natsu aqui, para perguntar mais sobre a missão.

— Ok. Até amanhã! Mestre — despediu-se.

— Até amanhã! Minha filha.

Lucy saiu da sala do Mestre, com mais dúvidas do que quando entrou. As coordenadas indicavam uma casa na parte mais afastada de Magnólia, longe de qualquer comércio.

Quem teria enviado aquele papel?

No caminho de volta para casa, Lucy quase caiu no rio por estar presa em seus próprios pensamentos, quem a salvou foi Loki, forçando o portão e puxando a loira pelo braço.

— Muito obrigada! Loki — sorriu envergonhada.

— Disponha, minha bela dama.

— O que faz aqui?

— O Rei me mandou, ele disse que a casa que você pretende ir, é muito perigosa, mas não irá impedi-la de ir. Ele pediu para eu te entregar isso — tirou uma pequena caixinha branca do bolso e a entregou.

Curiosa, a loira abriu a caixinha. Surpreendeu-se quando viu que dentro, havia dois colares, com pingentes de estrela.

— Tenho a impressão de que esses colares servem para algo...

— Sim, você está certa. Esses colares vão proteger você e Happy de qualquer magia, quando forem investigar a casa estranha.

— Oh! Muito obrigada! Agradeça o Rei por mim, por favor — sorriu agradecida.

— Pode deixar — retribuiu o sorriso. — Agora tenho que ir, qualquer coisa, você sabe onde encontrar o amor da sua vida.

— Ele não muda nunca — riu, vendo-o desaparecer.


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Notas finais do capítulo

O próximo já tá logo ali (. ❛ ᴗ ❛.)



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