Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 9
Margareth


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão?

Desculpa qualquer erro, meu celular está morrendo e o touch está um caos, mas consegui escrever (não sei como kkkkkkk).

Boa leitura!



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— Polyusica, você tem certeza que não tem nada que possa ser feito? — perguntou o Makarov, aflito.

O Mestre não sabia exatamente o que fazer com Natsu. Seu comportamento estranho era, simplesmente, estranho... Não havia outra palavra para definir a situação.

Depois que Lucy e Happy saíram da guilda, Natsu apareceu para reportar sobre a missão e logo saiu, ignorando qualquer chamado dos amigos para participar de uma briga no salão da briga. Após presenciar o ocorrido, Makarov ligou para Polyusica e a chamou.

— No caso desse garoto? Bem difícil... Ele está saudável, não tem nada de estranho com ele.

— Mas ele está estranho.

— Deve ter algo por trás das ações dele, aquele pirralho não agiria assim se nada estivesse acontecendo, você sabe disso.

— Quais as alternativas?

— Conheço um chá capaz de revelar os pensamentos dos humanos, só tem um problema...

— Qual?

— O cogumelo só pode ser encontrado em Alvarez. Terei que ir buscá-lo, apenas mantenha esse moleque sob controle.

— Já que é o único jeito, não vejo porquê não tentarmos... De quanto tempo precisa?

— Duas semanas. Assim dará tempo para que eu possa ir e voltar já com o chá em mãos.

— Certo, vou chamar o Natsu aqui. Irei inventar uma missão para ele, nessas duas semanas, ou algo do tipo.

— Ótimo.

— Com licença, Mestre — Lucy bateu na porta, entrando devagar, com Happy nos braços. — Desculpa, atrapalho?

— Lucy? Claro que não. Como voltou tão rápido?

— Mestre... O senhor não adivinha o que aconteceu... — respondeu cabisbaixa.

A cada detalhe contado, mais arregalado ficava os olhos do velhinho. Havia pensado em milhões de situações para a visita dos dois á Rua Pedra, mas nada comparado ao que ouviu.

— Vocês estão bem? Algum machucado?

— Nada, nós acordamos no meu apartamento sem nenhum arranhão...

— Lucy, cadê nossos colares? — perguntou Happy, estranhando a falta da corrente em seu pescoço.

— Os colares! Droga...

— Colares? — perguntou Polyusica que, até então, escutava tudo calada.

— Loki me deu dois colares, ele disse que o Rei dos Espíritos os enviou para nos proteger quando estivéssemos na Rua Pedra...

— Isso explica como voltaram intacto. O colar deve ter se quebrado quando protegeu vocês da magia que aquela senhora jogou — explicou.

— O Rei estava certo, afinal...

— O que fez com o endereço, minha filha?

— Nada ainda, eu pretendia queimar.

— Não queime! Pode ter alguma magia nesse papel que pode prejudicar vocês dois no processo! Deixe que eu guardo, tenho um baú com alguns selos, devem ser o suficiente.

— Certo — entregou o papel. — Voltamos à estaca zero...

— Por enquanto. Essa história está muito mal contada, irei agora mesmo atrás do cogumelo — Polyusica apressou-se, saindo da sala. — Segurem aquele moleque, senão... — ameaçou, antes de fechar a porta.

— Cogumelo? — perguntou Happy curioso.

— Polyusica conhece um chá capaz de revelar os pensamentos de uma pessoa, pretendemos dar para Natsu.

— Seria ótimo. Não sei mais o que fazer, Mestre — disse Lucy, olhando para baixo.

— Onde está Natsu?

— Não sei, provavelmente, na casa dele. Não o vimos desde o episódio no trem...

— Happy!

— Aye!

— Vá até Natsu e chame-o aqui, diga que é urgentemente.

— Aye, sir! — voou rapidamente, saindo pela janela.

— O que pretende fazer, Mestre?

— Você logo verá — sorriu sapeca.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Natsu Dragneel...

— Onde estou?

— Em mais um de seus sonhos, garoto — explicou uma senhora, a mesma que Lucy e Happy tinham visto antes.

— E a senhora é... ?

— Margareth, avó de Cassandra.

— E onde está Cassandra?

— Isso não importa. Seus amiguinhos estão tentando me atrapalhar, tire-os do meu caminho ou eles sofrerão as consequências.

— Amiguinhos?

— A loira e aquela bola de pelos azul.

— Lucy e Happy... O que fez com eles? — sobressaltou-se, percebendo que estava preso em uma cadeira. — Por que diabos estou preso?

— Você faz muitas perguntas, sabia? — revirou os olhos. — Apenas impeça-os de me atrapalhar.

— E por que eu faria isso?

— Ou você faz isso, ou aquele seu sonho se tornará realidade. Tenho certeza que você não gostaria de aquela garota virando... pó — sorriu macabra.

— Você não se atreveria!

— Duvide e verá. Agora, pare de tentar entender os sonhos. Eles apenas te aproximam cada vez mais do seu destino, e, duvido que você queira saber qual é tão cedo.

— Para que tanto mistério? Não seria mais fácil apenas me dizer o que quer?

— Assim não tem graça, criança. Escute, não diga nada a Cassandra sobre minha visita, ela não vai gostar de saber que mexi com seu protegido — fingiu tristeza.

— Estou ficando louco só pode ser isso...

— Talvez sim, talvez não... Quem sabe?

— Velha maluca — sussurrou.

— Eu escutei isso — virou-se para ele. — Se você não quiser virar isso, faça o que eu mando e fique caladinho — apontou para uma caveira, presa na parede de pedra.

— O que preciso fazer? — mudou rapidamente de atitude, temendo o que estava por vir.

— Eu explicarei tudo em uma carta, apenas fique atento e não deixe que ninguém encontre meu aviso novamente. Caso contrário, terei que tomar certas providências... E você não vai gostar muito, sabe...

— Ok! Agora deixe-me sair desse sonho.

— Você entrou, você sai, mas não direi como — afastou-se, saindo pela única porta do lugar.

— EI! ESPERA — gritou, mas foi inútil. — Droga...

Pensando no que fazer, Natsu analisou pela primeira vez a sala onde estava. Parecia um calabouço escuro, uma única tocha iluminando uma das paredes. Ao redor, viu ossos humanos, a maior parte espalhados pelo chão e alguns na parede, presos por algemas.

— Uma prisão, talvez?

A cadeira onde estava preso era de madeira, porém algo o impedia de queimá-la. Sua única saída era a porta de ferro, por onde Margareth saiu, o problema estava em como chegar até lá.

Fechou os olhos e tentou se concentrar. Maldita hora em que decidiu dormir para ver se acontecia algo diferente. Deveria ter escutado os avisos de Cassandra para parar de buscar respostas em sonhos.

Pensou, pensou e pensou. Nada fazia sentido, parecia que quanto mais tentava, mais embaralhada ficava a situação.

Quando se contentou que ficaria ali até alguém acordá-lo, Natsu ouviu um barulho no chão, como se um pássaro estivesse andando ali. Abrindo os olhos, o rosado uma pequena coruja, menor do que um hamster.

— Ei! O que faz aqui, amiguinha? — perguntou curioso.

A coruja o olhou fixamente, fazendo-o se arrepiar. Parecia que ela sabia tudo o que estava acontecendo, mas não pretendia ajudar. Afastou-se sem pensar duas vezes e voou, parando na maçaneta da porta

— Você não vai me deixar sozinho também, vai?

Como se entendesse, a pequena coruja olhou novamente para o mago, abriu as asas e voou em sua direção.

Natsu tentou desviar, mas foi inútil. A cadeira estava presa no chão, então ele apenas pôde esperar pelo impacto que logo veio. A pequena coruja acertou um “chute” em seu nariz e, incrivelmente, isso foi capaz de desgrudar a cadeira, fazendo-a se despedaçar.

— Humano tolo — resmungou a coruja, voltando para a maçaneta.

O rosado sentiu-se tonto pelo impacto, mas foi incapaz de reclamar. Sua cabeça girou, seus olhos fecharam. Finalmente, voltaria para a realidade.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Para alguém que tinha apanhado de uma corujinha em um sonho, a dor no nariz era bem real.

Natsu levantou-se com raiva. Estava farto de sonhos sem sentido, pessoas que sabem demais e não falam nada, além de ameaças aleatórias. E, como se tudo isso já não bastasse, agora tinha uma coruja que falava e chutava.

— Natsu? — chamou Happy, entrando pela janela.

— Ah! Happy. Aconteceu algo?

— O Mestre está te chamando na sala dele, ele disse que é urgente...

— Alguma missão?

— Não faço ideia do que seja — mentiu. — Ele apenas pediu que eu viesse chamá-lo.

— Então, parece que só vou saber o que é se eu for lá. Vamos, Happy! — chamou animado.

Aye!

Juntos, os dois saíram de casa e foram em direção da guilda, como se nada estivesse acontecendo. Mal sabiam eles que uma pequena coruja os observava de longe, atenta a qualquer movimento.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando?

Gosto desses sonhos que o Natsu tem, é uma forma de conversarem com ele sem aparecerem fisicamente, por enquanto. Espero que não esteja demais...

Até o próximo!



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