Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 6
Desconfianças


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! (◍•ᴗ•◍)



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— Lucy e Happy, certo? Vocês devem ser os magos que aceitaram minha missão. Venham, sentem-se, irei explicar mais sobre o que quero — a Prefeita da cidade os recepcionou.

A Prefeitura, ao contrário do que imaginavam, não era grande e extravagante. O lugar tinha a altura de uma casa comum e suas paredes amarelas fazia com que o local misturasse-se com o restante da cidade com facilidade.

Lola, a Prefeita, era uma mulher com mais de setenta anos. Seus cabelo branco e cacheado caia em seus ombros. Sua roupa era simples, um vestido azul com flores brancas.

A simpática mulher guiou a dupla até um sofá cor creme que havia depois da recepção, sentando-se em outro ao lado.

— Eu solicitei a missão, porque eu e meu marido amamos ensopado de Peixe da Neve, porém, não temos mais a mesma energia de quando éramos jovens como vocês. Se puderem pegar alguns, ficaremos agradecidos — sorriu docemente.

— Nós já trouxemos os peixes — Lucy apontou para uma sacola preta que estava em seu colo.

— Nossa, essa é a primeira vez que vejo alguém completar a missão antes de vir falar comigo — disse surpresa.

— A senhora não viu um homem de cabelo rosa vir aqui hoje? Ele é nosso amigo e disse que viria aqui avisar a senhora, enquanto começávamos a missão.

— Estou aqui o dia todo, vocês são os primeiros a entrar aqui.

— Que estranho...

— Lucy, será que o Natsu se perdeu? — perguntou Happy.

— Parece que sim...

— A cidade é grande, é normal que pessoas que nunca vieram aqui fiquem perdidas — Lola tentou acalmá-los. — Muito obrigada por me ajudarem, aqui está o valor prometido — sorriu, entregando uma bolsinha amarela com o quantia da missão dentro.

— Obrigada, ficamos felizes por poder ajudar. Bem, agora vamos procurar nosso amigo, antes que ele se perca mais ainda...

— Boa sorte na busca. Caso também se percam, olhem para cima e procurem por uma torre alta, essa a igreja de nossa cidade, ela fica exatamente no centro. Tenho certeza que conseguirão se guiar.

— Muito obrigada pela dica — Lucy sorriu. — Vamos, Happy?

— Aye!

— Voltem sempre, jovens.

— Até mais, senhora Lola — a loira acenou, começando a andar pela rua.

— Onde será que o Natsu foi parar?

— Não faço ideia, Happy... Eu só espero que ele não esteja arrumando confusão em algum lugar...

A dupla começou a andar aleatoriamente, não conheciam a cidade, então não sabiam nenhum lugar específico para procurar. Durante a caminhada, Lucy chegou a uma conclusão: Natsu escondia algo perigoso.

Conhecia muito bem o rosado e sabia que problemas simples não o abalariam dessa forma, apenas algo muito grave ou uma situação de risco para o deixar assim. O complicado era descobrir o quê.

A teimosia do rosado dificilmente deixaria algo escapar, ele esconderia, o que quer que seja, o máximo possível. Perguntar sobre seria inútil.

O plano da maga era simples: fingir que estava tudo bem e seguir cada passo dele, observando os lugares onde ele ia ou coisas que comprava. Qualquer mínimo detalhe podia ser crucial para desvendar o mistério.

Na cabeça da loira, alguém estava por trás de tudo, controlando o rosado. Ela só precisava saber quem.

Conforme o tempo foi passando, ela começou a se preocupar com o sumiço de Natsu. Happy, preocupado desde o início, olhou do alto cada rua que passavam, atento a qualquer movimentação estranha.

Durante o percurso, Lucy viu várias lojas vendendo itens e equipamentos mágicos. Automaticamente, lembrou-se de sua amiga ruiva. Erza, com toda certeza, amaria passear por ali.

O tempo foi passando e, infelizmente, apesar de tanto andar, eles não encontraram o Dragon Slayer.

Sentindo-se derrotados, os dois sentaram-se no banco de um parque. O vento forte fazia as folhas das árvores caírem nem cima deles, mas nem sequer se importaram com isso.

— Onde você se meteu, Natsu? — perguntou Lucy, mais para si mesma.

— Eu?

— NATSUUUUUU — Happy gritou, voando para abraçar o amigo, sendo retribuído no mesmo segundo.

— Natsu? — Lucy virou a cabeça para a direita, vendo o rosado sentado, encostado em uma árvore. — Meu Deus! Nós te procuramos por todos os lados!

— Desculpa, eu me perdi e desisti de procurar a Prefeitura — mentiu.

— Entendo, só não suma assim novamente. Ficamos preocupados — respirou aliviada.

— Agora passou, certo? — disse, sem expressão.

— Está tudo bem?

— Melhor impossível. Vocês alugaram algum quarto em alguma pousada? Estou morrendo de fome.

— Alugamos sim. Vamos, vou fazer algo com os peixes que pegamos — chamou-o, desconfiada.

— Depois do que a Prefeita disse, eu fiquei com vontade de comer ensopado daquele peixe — Happy sorriu, imaginando o prato já finalizado.

— Que tal fazermos nosso próprio ensopado? — Lucy sorriu.

— Vai ficar delicioso — Happy voou até a loira continuando a conversar sobre o jantar com ela

Diferente do normal, Natsu não sorriu ou fez brincadeiras. Apenas andou um atrás a frente da loira, sempre atento ao seu redor. O mais estranho era que ele parecia hesitar a cada beco que passava, como se temesse que algo fosse pular dali em cima dele.

Lucy percebeu, mas não disse nada. Na sua cabeça, não fazia sentido nenhum a forma como Natsu estava se comportado, isso era o oposto de como ele sempre agia.

A pousada escolhida por Happy e Lucy ficava um pouco afastada do centro da cidade, o bairro calmo fazia com que se sentissem seguros.

O lugar tinha apenas dois andares e uma portaria pequena, resumida em apenas um simples corredor que levava para uma escada. O trio subiu em silêncio até o primeiro andar.

O pequeno apartamento alugado tinha uma sala pequena, com um sofá de dois lugares e uma televisão. Ao lado da porta, ficava a cozinha, menor do que a sala, apenas com o necessário para fazerem suas refeições. Ao lado, tinha uma porta com um quarto com duas camas e um guarda-roupa de solteiro.

Lucy e Happy não perderam tempo, lavara suas mãos, e patas, e começaram o preparativo do ensopado. Os peixes tinha sido colocados na geladeira, junto com alguns legumes e temperos que Lucy tinha comprado, quando estavam procurando uma pousada.

Natsu apenas sentou-se no sofá, ainda pensativo. Sua cabeça estava uma bagunça e, quanto mais ele pensava, menos sentido suas teorias faziam.

De repente, enquanto estava distraído, um vento forte balançou seu cabelo e a cortina das duas janelas que haviam na sala. Estranhamente, ambas estavam fechadas, assim como as portas do quarto e de entrada, tornando impossível que algo assim acontecesse.

Curioso, Natsu olhou para seus amigos, vendo-os entretidos em cortar legumes, alheios ao acontecimento.

— O que raios foi isso? — perguntou para si mesmo, em um sussurro, olhando ao redor.

No chão, ao lado da janela da direta, uma pena marrom chamou sua atenção. Aquilo não estava ali antes. Novamente, um vento forte o atingiu, fazendo com que se arrepiasse.

Da mesma forma que começou, o vento parou de novo, mas, dessa vez uma sensação ruim instalou-se em seu peito, junto com a impressão de que alguém o observava. Automaticamente, Natsu olhou para a janela, vendo algo passando muito rápido.

Um arrepio o atingiu de novo, dessa vez, mais forte.

— Desse ser ele — murmurou, voltando a sentar-se no sofá.

Na cozinha, Happy observou as reações do rosado. Ele não tinha sentido vento nenhum, muito menos visto algo na janela que o rosado olhou.

— Luxy, o Natsu está me assustando. Parece que ele está ficando louco — resmungou.

— Eu sei, Happy — a loira sorriu, tentando confortá-lo. — Nós vamos ajudá-lo, né? Não importa o que aconteça!


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!



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