Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 3
A caixa trancada


Notas iniciais do capítulo

Olá, mais um capítulo fresquinho o/

Qualquer semelhança com a versão antiga da história não é coincidência, estou reescrevendo usando algumas partes (de quando a fic ainda fazia sentido (>‿<) ).

Apesar de tudo ainda é a mesma história, só que diferente... Acho que deu pra entender.



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O ar ficou até mais puro depois da limpeza, Natsu e Happy nunca tinham visto tanta coisa jogada no chão e nos móveis. Com toda a certeza, o esforço valeu a pena, pois conseguiam se movimentar livremente pela casa.

Largados no chão, os dois até se esqueceram o porquê da perseguição anterior, tudo o que importava era descansar. Happy, sempre atento, aproveitou esse tempo para observar seu amigo, ele sentia que algo estava errado com o rosado, mas não sabia o quê.

Natsu sempre foi uma pessoa muito alegre, ficar olhando para o nada com uma expressão séria não era algo muito comum, o exceed sabia muito bem disso, por isso desconfiava que ele escondia algo.

— Natsu?

— Hum?

— Está tudo bem?

— Claro, por quê?

— Você está pensativo demais.

— É apenas o cansaço. Eu acho...

— Credo, você está pegando a estranheza da Lucy — sorriu.

— O quê? E tem como pegar a estranheza de outra pessoa? — perguntou curioso.

— Parece que sim... Ei! Natsu, estou com fome — colocou a pata na barriga ao ouvir ela roncar.

— Então, vamos pescar! Eu estou animado! — levantou-se do chão e pegou as varas de pescar que estavam guardadas em um armário, perto da porta.

— Peixes, aí vou eu! — o gatinho abriu a porta e saiu voando.

— Apressado como sempre... — murmurou, balançando a cabeça.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Lucy tinha acabado de chegar em sua casa, quando viu uma caixa em cima de seu sofá. Não fazia nem cinco minutos que tinha saído para ir na padaria e, quando saiu, não havia nada ali.

Deixando a sacola com pães em cima da mesa, aproximou-se da tal caixa. Ela era simples, de papelão, e não tinha mais do que 10 cemitério de altura. Lucy revirou a caixa, procurando algum endereço ou nome, mas não encontrou nada.

— Estranho...

Apesar de estar com certo receio, a curiosidade falou mais alto e a loira abriu a tal caixa. Dentro havia outra caixa, mas dessa vez cinza e de metal, fechada por um cadeado. Parecia uma caixinha de joias, só que sem decorações.

— Ué? — resmungou, balançando a caixinha para ver se tinha algo dentro. — Está trancada e não veio a chave, só pode ser pegadinha...

Pensando em alternativas de descobrir o que tinha ali dentro, Lucy tacou a caixinha no chão e, na hora ela se abriu. Animada, a loira se aproximou, atenta a qualquer movimento e, antes de conseguir encostar no objeto, ele brilhou e sumiu diante dos seus olhos.

— Hã? Cadê? — virou, procurando ao redor, mas nem a caixa de papelão estava em seu sofá. Tudo tinha sumido. — Parabéns, Lucy, você está ficando doida — riu de sim mesma. — Melhor eu ir tomar banho, antes que apareça outra caixa misteriosa...

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Peixes, seres vivos tão magníficos, rápidos na fuga e escorregadios como sabonete molhado. Pescá-los requeria muita paciência, algo que o exceed parecia desconhecer naquele momento.

Happy estava “elétrico”, sua energia fazia inveja a qualquer tomada. O lugar escolhido para a pescaria foi um pequeno lago de água cristalina, possibilitando que quem olhasse, pudesse ver os diversos peixes que haviam ali. Por isso o azulado estava tão alegre.

Voar de um lado para o outro, olhar os peixes nadando ou pescar? Essa era a dúvida que martelava na cabeça do pequeno.

Ao contrário de seu amigo, o rosado ficou o tempo todo imerso em pensamentos e, mesmo assim, conseguiu pescar o necessário para alimentar ao dois.

— Natsu, vou pegar madeira para fazer uma fogueira.

— Ok — disse simplesmente.

— Estranho — sussurrou para si

A atitude do rosado estava assustando o exceed. Onde estava toda a animação do mago? Não era normal o mesmo ficar parado olhando para o nada por muito tempo.

— Será que ele comeu algo estragado? — perguntou-se, recolhendo alguns gravetos. — É, deve ter sido isso — orgulhou-se da sua possível descoberta e voou animado, terminando seu trabalho. — Natsu, eu trouxe gravetos!

— Oh! Você voltou rápido. Vou montar a fogueira.

A fogueira foi montada rapidamente já que fogo era sua especialidade. Happy não conseguiu pescar nada por ainda estar desconfiado, apesar de, na sua cabeça, a teoria da comida estragada ser perfeita.

— Está tudo bem, Happy? Você é quem está estranho agora.

— Sim, estou morrendo de fome.

— Então, come, amigão — entregou um peixe para ele. — Também estou com fome.

— Você quase sempre está com fome — retrucou com uma gota.

— É verdade — riu animado. — Agora vamos comer logo antes que a comida fuja.

— Aye!

Não passou três minutos e tudo já tinha sido devorado, fazendo com que se arrependessem por terem comido tão rápido. A noite já dava seus primeiros indícios, portanto decidiram ir para casa descansar.

Nenhum dos dois falou algo durante o caminho e Happy acabou cochilando na cabeça do amigo que decidiu não incomodá-lo. Chegando na casa ele apenas entrou, fechou a porta e seguiu até o quarto sem sequer acender as luzes, colocando Happy na cama e deitando ao seu lado.

O rosado estava sem sono, sua mente “fervia”. Estava com medo de dormir e ter outro sonho estranhos, mas, ao mesmo tempo, queria novas respostas e estava disposto a tentar novamente.

Deitou-se ao lado do exceed e fechou os olhos, esperando o sono vir. Demorou um pouco para começar a bocejar, indicando o que estava por vir.

— Vamos ver o que vai acontecer dessa vez — sussurrou, entregando-se ao sono.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Natsu levantou-se curioso, estava em seu quarto.

A casa estava extremamente bagunçada, como se ele e Happy nunca tivessem arrumado-a. Uma olhada rápida bastou para confirmar que estava mesmo sonhando, pois todas as janelas estavam pretas, apesar de ainda ser de tarde.

A porta estava trancada, as paredes eram inquebráveis e o som tão comum do vento batendo nas folhas não podia ser ouvido. Era impossível sair dali.

O tempo passou, o tédio chegou e algo bateu na porta. Pronto para o combate, o rosado se levantou e ficou em posição de guarda, apenas esperando a porta abrir, algo que não demorou mais do que alguns segundos.

Nada passou pela mesma. O lado externo não existia, Natsu até tentou sair, mas uma barreira o impediu. Isso explicava o preto: ele estava no nada.

As dúvidas tomavam seu pensamento, nada fazia sentido. Tudo o que ele queria era sair daquele lugar estranho e explorar os arredores.

— Tentar sair é inútil, você não vai conseguir — disse um voz feminina.

— Você de novo? Vai me dizer quem é agora?

— Ainda não é a hora de você saber, aliás, você nem era para estar aqui.

— Foi você quem me trouxe aqui?

— Não responderei suas perguntas, não agora. Apenas volte e siga a próxima instrução que eu lhe der — ordenou.

O Dragon Slayer não teve tempo de reagir, algo pulou em seu rosto, derrubando-o no chão. Ele tentou usar sua magia, mas foi completamente inútil, pois o ser que estava ali não era afetado e parecia determinado em ficar.

Segundos depois, o ser começou a desaparecer, junto com o cenário ao redor. A única coisa que Natsu viu antes de tudo ficar escuro, foi uma asa marrom.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Natsu — chamou uma voz doce.

— Hã? — virou-se, procurando alguém. — Quem está aí?

— Natsu, acorda.

— Estou tentando, mas está um pouco difícil...

— NATSU DRAGNEEL — gritou a pessoa, chacoalhando-o.

— Mas o quê? — olhou para cima, vendo sua amada loira. — Luce?

— O Happy foi até lá em casa me avisar que você estava se contorcendo... Estou tentando te acordar faz mais de dez minutos. Aconteceu alguma coisa? — perguntou, preocupada.

— Não que eu me lembre... — respondeu rapidamente.

— Tem certeza? Você estava se mexendo de um lado para o outro, parecia desesperado...

— Sério? Eu nem me lembro qual o sonho — mentiu.

— Hum! Ok... — deu de ombros. — Estou indo para a guilda buscar uma missão, quer ir comigo?

— Claro, vai na frente. Eu te encontro na estação — sorriu.

— Não demore! — saiu animada, deixando o que aconteceu de lado, por enquanto.

— Ela não acreditou, certeza...

— No que a Lucy não acreditou? — perguntou Happy, comendo um pedaço de peixe.

— A Luce tem razão quando fala que você brota do chão — desviou o assunto.

— Credo, não se pode nem ir na cozinha, fazer uma boquinha, e voltar que já falam que você é uma planta.

— O quê?

— Hã?

O silêncio reinou entre os dois por alguns minutos, nem eles tinham entendido a conversa.

— Natsu estranho.

— Agora eu sou o estranho?

— Vocês dois são estranhos — respondeu Lucy, voltando a entrar na casa. — Esqueci minha bolsa — explicou, antes que alguém perguntasss.

— LUXY! — Happy voou até a loira que o abraçou. — O Natsu pegou sua estranheza.

— O que você quer dizer com isso?

— Ele é estranho, muito estranho.

— Vocês não tem jeito viu. Vem, você vai me ajudar a escolher uma missão para irmos. 

— Aye!

Natsu observou com um sorriso os dois saindo, sentia-se em paz quando os três estavam reunidos. Porém, sua paz não durou muito.

Um vento forte começou a balançar as cortinas e um barulho de algo batendo na janela pôde ser ouvido.

Supondo que tinha algo a ver com seus sonhos, o mago aproximou-se da janela da sala e afastou a cortina. A janela nem sequer estava aberta, não tinha como o vento entrar em um lugar fechado.

Analisando as outras, descobriu que tudo estava muito bem fechado.

— Será que estou imaginando coisas? — perguntou para o nada, voltando a se deitar, quando sentiu algo duro em sua cabeça. — O que é isso? — olhou, vendo uma caixinha cinza com um cadeado. Em cima da mesma, tinha um bilhete.

“Esconda essa caixinha. Você saberá como e quando abri-la”.

Sem questionar, Natsu abaixou-se e retirou uma madeira solta do chão, escondendo o objeto em um buraco que havia ali. Lembrava-se do seu último sonho, onde a voz lhe disse para seguir sua instrução.

Por enquanto, faria o que ela queria e manteria aquele segredo estaria bem guardado.

 


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Notas finais do capítulo

Os sonhos são partes importantes e não podem falta, então vão aparecer com certa frequência, até certo ponto :3

Até o próximo!



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