Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 2
O primeiro sonho


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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A paisagem era mais agradável do que imaginou. Apesar de estar em cima de uma montanha, o frio não o incomodava, afinal, sua magia o aquecia sem maiores problemas.

Por que estava ali? Não fazia ideia. Sequer lembrava-se de ter saído de casa, ainda mais para ir em uma montanha aleatório que não conhecia.

A montanha era alta e ele não estava nem na metade do caminho. Ao lado, havia mais duas um pouco maiores. Todas, completamente cobertas de neve.

— Como eu vim parar aqui? — perguntou-se, levantando-se da neve e olhando melhor ao redor. — Será que sou sonâmbulo?

Sem muita alternativa, Natsu decidiu subir até o topo. Talvez encontra-se algo ou alguém que o dissesse onde estava. A caminhada foi calma e sem problema, pois tinha uma trilha até o topo.

No topo, Natsu encontrou vários nadas. Olhando lá embaixo, o mago conseguiu ver algumas casas e decidiu que seria para lá que iria.

— Deve ser alguma pegadinha... Happy? Luce? — chamou pelos amigos, acreditando que estavam escondidos em algum lugar.

O silêncio, foi isso o que o mago recebeu como resposta. Sua única alternativa foi descer até o final, e foi nessa hora que a situação ficou mais estranha do que já estava. Uma barreira invisível o impedia de sair do local, não importava o quando socava, era impossível de passar.

— Ei! Como faço para sair daqui? — perguntou para uma senhora que passava do outro lado. Ela o ignorou, pois não o escutava. — EI!

O rosado encarou a montanha como se ela fosse seu mais novo inimigo, não estava nem um pouco animado com a situação. Decidido, seguiu para a segunda montanha, andando lentamente, já prevendo o que provavelmente aconteceria quando chegasse no topo.

Conforme andava, flores puderam ser vistas pelo meio do caminho, aumentando sua esperança de encontrar alguém lá em cima. Pouco a pouco, o topo ficava mais perto, então ele parou quando viu uma planta diferente das demais.

Escondida atrás de uma pedra, uma planta parecida com um ovo rosa brilhava e mexia-se como se estivesse viva. Olhando ao redor rapidamente, o mago viu mais delas também escondidas.

— Flor de ovo — riu sem parar. — Será que dá para fazer um omelete?

— Eu não riria se fosse você — disse uma voz feminina.

— Quem está aí? — parou de rir, olhando ao redor a procura de alguém.

— Ninguém que você precise conhecer agora...

— Foi você quem me trouxe aqui, não é?

— Talvez sim. Talvez não. Sua pergunta deveria ser outra, não acha, Dragneel?

— Você me conhece...

— Claro que conheço. Agora, volte a olhar para essas plantas magníficas.

Ainda com duvidas, Natsu achou melhor obedecer, por isso, voltou a encarar as plantas que agora mudavam de cor.

— O que são esses... ovos?

— Ovos.

— E?

— Olhe com mais atenção.

Natsu abaixou-se, olhando atentamente para a planta a sua frente. Tinha algo escrito, um nome: Lucy. O susto fez o rosado cair sentado, cada uma tinha um nome de alguém conhecido. Happy, Erza, Gray e todos da guilda.

— O que isso significa?

— Cada flor representa uma vida. Quando o ovo é chocado, a pessoa morre.

— COMO ASSIM?

— Não grite, vai causar uma avalanche — disse a voz. — Quanto mais rachaduras, mais perto da morte a pessoa está.

— Por que ovos?

— Porque não ovos? — rebateu. — A vida é frágil como um ovo, não vejo melhor representante.

— Quem é você?

— Eu já disse, não é hora de você saber.

— Por que devo acreditar no que diz?

— Porque a vida de sua amada depende disso.

Um estalo pode de ouvido, rapidamente, Natsu olhou para o ovo com o nome de Lucy e viu uma pequena rachadura.

— Nos vemos depois, Dragneel.

— Espera! Como faço para sair daqui?

— Isso é simples, basta você acordar.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Natsu... Natsu... NATSU! — gritou alguém em seu ouvido.

— NÃO FUI EU! — gritou em resposta, caindo da cama em seguida.

— Você estava sonhando com o quê? — perguntou Happy. — Estou tentando te acordar já faz cinco minutos.

— Eu? Eu estava sonhando que a Erza estava correndo atrás de mim — mentiu, torcendo para o Exceed acreditar.

— Cruzes, esse sim é um sono terrível. Ainda bem que te acordei...

— Sim. Obrigado, amigão.

— Não precisa agradecer, amigo é para essas coisas.

— Como foi a missão?

— Tranquila, só precisávamos colher algumas frutas, mas foi muito divertido sair com a Wendy e a Charlie. Marcamos até outra missão para o mês que vem.

— Outra? Fui trocado — fingiu chorar.

— A culpa não é minha se você parece uma bola de demolição fazendo missão.

— Agora eu sou o culpado?

— Eu que não sou.

— Acho que deveríamos ir em uma missão.

— Eu acabei de chegar de uma.

— Então você fica.

— Hum! Está querendo ir em uma missão só com a Lucy estranha — sorriu sapeca.

— Claro que não! — virou o rosto.

— Vocês se “gooooooxtaaaaam”.

— Happy...

— É verdade — confirmou com a cabeça. 

— Happy...

— Você ouviu isso? Tem alguém me chamando. Voltou mais tarde — deu um passo para atrás.

— HAPPY! VOLTA AQUI!

— SOCORRO! — gritou rindo, enquanto abria suas asas e começava a voar.

A perseguição começou frenética. Happy não sabia se ria, gritava ou voava. Natsu por outro lado se atrapalhou com a bagunça ao ponto de mal conseguir sair do lugar. Cada passo era um novo tropeço que o levava para o chão.

O exceed vendo a dificuldade do amigo, resolveu sentar no chão para ficar esperando ele se aproximar o suficiente para que ele pudesse voltar a fugir.

Quando Natsu se aproximou, Happy voltou a voar, indo até o outro lado as casa, vendo o rosado cair em cima de uma pilha de roupas sujas.

— Acho que temos que arrumar essa bagunça — disse o rosado, levantando-se do chão, derrotado.

— Não posso sair por uma semana que essa casa vira um chiqueiro. — resmungou, sendo ignorado.

A arrumação começou lentamente, a preguiça não queria deixar que arrumassem o caos que eles mesmos criaram. Recolher roupas, procurar pratos escondidos, varrer, tirar pó. Quanto mais organizavam, mais bagunça parecia surgir diante de seus olhos.

Nessa hora, eles arrependiam-se amargamente de não terem evitado aquela situação antes.

Natsu aproveitou o momento para pensar. O sonho ainda o incomodava, já que não sabia se o que tinha acontecido era verdade ou só fruto de sua imaginação. Nada do que tinha acontecido fazia sentido em sua cabeça.

— A dúvida pode ser sua ruína — disse uma voz em sua cabeça, a mezma do sonho.

Nessa hora, Natsu arrepiou-se e teve a certeza de que algo de ruim aconteceria em breve.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, até o próximo :3



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