Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
A paisagem era mais agradável do que imaginou. Apesar de estar em cima de uma montanha, o frio não o incomodava, afinal, sua magia o aquecia sem maiores problemas.
Por que estava ali? Não fazia ideia. Sequer lembrava-se de ter saído de casa, ainda mais para ir em uma montanha aleatório que não conhecia.
A montanha era alta e ele não estava nem na metade do caminho. Ao lado, havia mais duas um pouco maiores. Todas, completamente cobertas de neve.
— Como eu vim parar aqui? — perguntou-se, levantando-se da neve e olhando melhor ao redor. — Será que sou sonâmbulo?
Sem muita alternativa, Natsu decidiu subir até o topo. Talvez encontra-se algo ou alguém que o dissesse onde estava. A caminhada foi calma e sem problema, pois tinha uma trilha até o topo.
No topo, Natsu encontrou vários nadas. Olhando lá embaixo, o mago conseguiu ver algumas casas e decidiu que seria para lá que iria.
— Deve ser alguma pegadinha... Happy? Luce? — chamou pelos amigos, acreditando que estavam escondidos em algum lugar.
O silêncio, foi isso o que o mago recebeu como resposta. Sua única alternativa foi descer até o final, e foi nessa hora que a situação ficou mais estranha do que já estava. Uma barreira invisível o impedia de sair do local, não importava o quando socava, era impossível de passar.
— Ei! Como faço para sair daqui? — perguntou para uma senhora que passava do outro lado. Ela o ignorou, pois não o escutava. — EI!
O rosado encarou a montanha como se ela fosse seu mais novo inimigo, não estava nem um pouco animado com a situação. Decidido, seguiu para a segunda montanha, andando lentamente, já prevendo o que provavelmente aconteceria quando chegasse no topo.
Conforme andava, flores puderam ser vistas pelo meio do caminho, aumentando sua esperança de encontrar alguém lá em cima. Pouco a pouco, o topo ficava mais perto, então ele parou quando viu uma planta diferente das demais.
Escondida atrás de uma pedra, uma planta parecida com um ovo rosa brilhava e mexia-se como se estivesse viva. Olhando ao redor rapidamente, o mago viu mais delas também escondidas.
— Flor de ovo — riu sem parar. — Será que dá para fazer um omelete?
— Eu não riria se fosse você — disse uma voz feminina.
— Quem está aí? — parou de rir, olhando ao redor a procura de alguém.
— Ninguém que você precise conhecer agora...
— Foi você quem me trouxe aqui, não é?
— Talvez sim. Talvez não. Sua pergunta deveria ser outra, não acha, Dragneel?
— Você me conhece...
— Claro que conheço. Agora, volte a olhar para essas plantas magníficas.
Ainda com duvidas, Natsu achou melhor obedecer, por isso, voltou a encarar as plantas que agora mudavam de cor.
— O que são esses... ovos?
— Ovos.
— E?
— Olhe com mais atenção.
Natsu abaixou-se, olhando atentamente para a planta a sua frente. Tinha algo escrito, um nome: Lucy. O susto fez o rosado cair sentado, cada uma tinha um nome de alguém conhecido. Happy, Erza, Gray e todos da guilda.
— O que isso significa?
— Cada flor representa uma vida. Quando o ovo é chocado, a pessoa morre.
— COMO ASSIM?
— Não grite, vai causar uma avalanche — disse a voz. — Quanto mais rachaduras, mais perto da morte a pessoa está.
— Por que ovos?
— Porque não ovos? — rebateu. — A vida é frágil como um ovo, não vejo melhor representante.
— Quem é você?
— Eu já disse, não é hora de você saber.
— Por que devo acreditar no que diz?
— Porque a vida de sua amada depende disso.
Um estalo pode de ouvido, rapidamente, Natsu olhou para o ovo com o nome de Lucy e viu uma pequena rachadura.
— Nos vemos depois, Dragneel.
— Espera! Como faço para sair daqui?
— Isso é simples, basta você acordar.
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— Natsu... Natsu... NATSU! — gritou alguém em seu ouvido.
— NÃO FUI EU! — gritou em resposta, caindo da cama em seguida.
— Você estava sonhando com o quê? — perguntou Happy. — Estou tentando te acordar já faz cinco minutos.
— Eu? Eu estava sonhando que a Erza estava correndo atrás de mim — mentiu, torcendo para o Exceed acreditar.
— Cruzes, esse sim é um sono terrível. Ainda bem que te acordei...
— Sim. Obrigado, amigão.
— Não precisa agradecer, amigo é para essas coisas.
— Como foi a missão?
— Tranquila, só precisávamos colher algumas frutas, mas foi muito divertido sair com a Wendy e a Charlie. Marcamos até outra missão para o mês que vem.
— Outra? Fui trocado — fingiu chorar.
— A culpa não é minha se você parece uma bola de demolição fazendo missão.
— Agora eu sou o culpado?
— Eu que não sou.
— Acho que deveríamos ir em uma missão.
— Eu acabei de chegar de uma.
— Então você fica.
— Hum! Está querendo ir em uma missão só com a Lucy estranha — sorriu sapeca.
— Claro que não! — virou o rosto.
— Vocês se “gooooooxtaaaaam”.
— Happy...
— É verdade — confirmou com a cabeça.
— Happy...
— Você ouviu isso? Tem alguém me chamando. Voltou mais tarde — deu um passo para atrás.
— HAPPY! VOLTA AQUI!
— SOCORRO! — gritou rindo, enquanto abria suas asas e começava a voar.
A perseguição começou frenética. Happy não sabia se ria, gritava ou voava. Natsu por outro lado se atrapalhou com a bagunça ao ponto de mal conseguir sair do lugar. Cada passo era um novo tropeço que o levava para o chão.
O exceed vendo a dificuldade do amigo, resolveu sentar no chão para ficar esperando ele se aproximar o suficiente para que ele pudesse voltar a fugir.
Quando Natsu se aproximou, Happy voltou a voar, indo até o outro lado as casa, vendo o rosado cair em cima de uma pilha de roupas sujas.
— Acho que temos que arrumar essa bagunça — disse o rosado, levantando-se do chão, derrotado.
— Não posso sair por uma semana que essa casa vira um chiqueiro. — resmungou, sendo ignorado.
A arrumação começou lentamente, a preguiça não queria deixar que arrumassem o caos que eles mesmos criaram. Recolher roupas, procurar pratos escondidos, varrer, tirar pó. Quanto mais organizavam, mais bagunça parecia surgir diante de seus olhos.
Nessa hora, eles arrependiam-se amargamente de não terem evitado aquela situação antes.
Natsu aproveitou o momento para pensar. O sonho ainda o incomodava, já que não sabia se o que tinha acontecido era verdade ou só fruto de sua imaginação. Nada do que tinha acontecido fazia sentido em sua cabeça.
— A dúvida pode ser sua ruína — disse uma voz em sua cabeça, a mezma do sonho.
Nessa hora, Natsu arrepiou-se e teve a certeza de que algo de ruim aconteceria em breve.
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Obrigada por ler, até o próximo :3