Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 16
Rosea


Notas iniciais do capítulo

Olá o/

Olha o capítulo novo chegando.

Boa leitura!



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— Qual o nome dessa cidade? — perguntou Lucy, saindo do trem junto de seus amigos.

— Rosea. As pessoas da cidade gostam muito da cor rosa, pois, dizem que ela traz boas sorte e espanta qualquer mal-intencionado. Um dos costumes mais comuns aqui é pintar a porta das casas e estabelecimentos de rosa — explicou Erza, lendo um panfleto.

— Com certeza, todos levam esse costume muito a sério — disse, olhando admirada para todas aquelas portas rosas. — Onde é a missão?

— Ali — apontou para uma lanchonete, do outro lado da rua, na frente da estação. — Eterno Lanche Rosa.

— Olha o nome, Luxy — Happy tampou a boca com as patinhas. — Imagina, um hambúrguer todo rosa.

— Parece que é isso mesmo, Happy. — a loira apontou para um cartaz, no vidro do lugar, onde mostrava um hambúrguer rosa.

— Eu deveria ter jogado na Loteria dos Peixes.

— Deixa eu adivinhar… Seremos garçonetes?

— Exatamente. Só precisamos falar com a dona do lugar — respondeu a ruiva, olhando o papel as missão.

— Com licença, vocês são os magos que vieram para a missão? — perguntou uma senhora, vestindo um vestido rosa e um avental da lanchonete.

— Sim, a senhora é… ?

— Meu nome é Camélia, sou a dona do local.

— Prazer, nós somos Erza, Lucy e Happy.

— O prazer é meu — sorriu. — Entrem, irei explicar como será o trabalho de vocês — chamou, dando passagem para entrarem.

Por dentro, a lanchonete era bem espaçosa. Na parte de trás ficavam os balcões, dando uma visão geral do lugar aos funcionários. Mesas de quatro lugares preenchiam o restante do espaço. Também tinham as portas dos banheiros, do lado direito do último balcão.

As paredes em rosa bem claro e o chão branco ajudavam na iluminação do lugar.

Camélia os guiou até atrás dos balcões, onde estavam duas portas: a primeira dava para a cozinha e a outra para o banheiro dos funcionários.

— Aqui é onde vocês devem trazer os papéis dos pedidos, pendurem por ordem de chegada — explicou, mostrando um pequeno cordão na parede da cozinha, ao lado da porta. — Os cozinheiros pegarão e, assim que tudo estiver pronto, deixarão o papel e o pedido nesse balcão — apontou com o dedo.

— Entendi… Dona Camélia, eu tenho uma dúvida… — disse Lucy com receio.

— Pode perguntar sem medo — incentivou.

— Por que a senhora escolheu magos?

— Boa pergunta! Essa é a resposta — mostrou um saquinho com bolinhas rosas. — Isso são balinhas de magia, usamos para colorir nossos lanches. Magos tem experiência com magia, por isso evita acidentes.

— Acidentes?

— Sim. Encostar nelas sem envolver as mãos com magia, pode deixar a pele rosa.

— Imagina uma Lucy rosa. — Happy começou a rir.

— Quando começamos? — perguntou, ignorando o comentário do gatinho.

— Amanhã de manhã, oito horas. Tudo bem para vocês?

— Sim, pode contar com a gente — disse Erza, aceitando o trabalho sem rodeios.

— Esperarei por vocês — sorriu novamente, guiando-o até a saída. — Agora, descansem. Nós nos vemos amanhã — despediu-se.

— Até! — disseram em uníssono.

— Agora vamos atrás de uma pousada — Erza tomou a frente, começando a andar.

Pousadas pareciam ser raras por ali, pois, quanto mais procuravam, mais longe passavam de uma. Somente depois de pedir várias informações, descobriram que a única pousada ficava do outro lado da cidade. Exatos trinta minutos de caminhada foi o tempo necessário para chegarem lá.

O prédio tinha sei andares e, por sorte, tinha poucos hóspedes naquele momento. Happy comemorou quando a ruiva pegou a chave do quarto, estava com sono, por conta do horário, queria apenas deitar e descansar.

Subindo até o quinto andar, Erza abriu a porta do quarto e sorriu. Duas camas de solteiro do lado direito e um guarda-roupa do esquerdo, nada além do necessário. O banheiro estava atrás de uma porta, logo ao lado da entrada.

Happy nem esperou, jogou-se na segunda cama e “capotou”.

— Ele parece cansado. O que vocês andam fazendo? — perguntou a ruiva, desconfiada.

— Simples pesquisas.

— Lucy…

— Pequenas investigações, Erza. Nada que vá interferir o Conselho, só queremos ajudar

— Eu sei, mas vocês também precisam viver

— Estamos vivendo, ué. Não estamos?

— Não como deveriam.

— Mas…

— Vamos focar na missão, por enquanto, certo?

— Sim, vou tomar banho — disse, pegando suas coisas na mala e entrando no banheiro.

— Acho que vai ser mais difícil do que eu achava…

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A notícia sobre a invasão, logo espalhou-se. Lucy ficou aflita quando ouviu um dos clientes comentando sobre o ocorrido, ela sabia que o moreno corria perigo, mas nunca passou por sua cabeça que pudessem ir além e invadir a casa dele.

— Ele está bem, Lucy. Acabei de ligar para o Mestre, ele me disse que foi um assalto, a pessoa pegou o que queria e foi embora sem lutar.

— Tenho certeza que tem algo a ver com aquelas mulheres.

— Pode até ser, mas ele está bem e é o que importa.

— Sim…

— Nós vamos voltar? — perguntou Happy, trazendo uma bandeja nas patas.

— Quando terminarmos a missão, sim. Gray saiu da casa dele para evitar novos problemas. Ele está com a Juvia agora — sorriu compreensiva. Sabia que homens eram proibidos no dormitório feminino, mas, naquele caso, abriria uma exceção.

— Eu não quero que a história se repita — Lucy deixou as lágrimas escorrerem pelo rosto.

— Lucy, nada vai acontecer com ele, certo? Sabemos o que pode acontecer, não vamos permitir.

— Sério?

— Claro. Agora, sem enrolação. Voltem para o trabalho! — disse animada, tentando melhorar a situação.

— Sim, senhora!

O movimento do lugar não estava tão forte, mesmo assim os três viviam ocupados, atendendo os clientes. Até mesmo Happy ajudava, sua magia de voar deu um gás a mais, acelerando grande parte do processo, principalmente na hora de recolher os pratos e talheres sujos.

Durante todo o tempo de serviço, nenhum dos três teve problema com as tais bolinhas rosas. Os cozinheiros manuseavam elas com maestria, sempre usando luvas e magia para evitar qualquer contato direto. O trio olhou admirado para todos os lanches que eram servidos, era interessante ver a cor rosa em cada ingrediente.

Passava das seis e meia da noite, quando o último cliente saiu e as portas foram fechadas. Finalmente podiam sair e voltar para o hotel.

— Foi um ótimo dia de trabalho, não acham? — perguntou Dona Camélia, limpando uma das mesas.

— Com certeza, muito produtivo — respondeu a loira, com um sorriso.

— Hoje foi um dia bem calmo, amanhã é que precisarei de vocês. Será o dia do Festival Rosa.

— Festival Rosa? — Erza largou o pano, interessada no assunto.

— Sim. Todos os anos fazemos o Festival Rosa. Todos da cidade vestem-se de rosa e usam as bolinhas em suas comidas. Na praça principal, são montadas barracas de todos os tipos.

— Tem bolo de morango?

— Claro, morango e muito mais.

— Eu já adorei esse festival.

— Qual festival você não gosta, Erza? — perguntou Lucy, com uma gota na cabeça.

— O Festival Contra Bolos de Morango.

— Isso existe?

— Não, mas se existir eu vou lá quebrar tudo — disse normalmente.

— Vocês são engraçados — Camélia riu. — Amanhã eu fecharei mais cedo para que todos possam aproveitar o festival. Aproveitem para descansar, por enquanto.

— Sim, senhora.

— Tomem cuidado, até amanhã — despediu-se.

As ruas ainda estavam bem movimentadas naquele horário. Pessoas saindo de seus trabalhos e voltando para casa, crianças aproveitando o escuro para brincarem de esconde-esconde. Um dia calmo e normal.

O dia tinha sido cansativo, nem sequer pensaram em puxar assunto, apenas caminharam em silêncio em direção do hotel. Chegando lá, revezaram-se para tomar banho.

— Podíamos pedir algo pra comer — sugeriu o exceed.

— Boa ideia, Happy — Lucy animou-se.

— Tem um restaurante aqui do lado, vou buscar algo para gente — Erza não deu tempo para discordarem e saiu do quarto.

— Happy, olha o que descobri — Lucy tirou um papel do bolso, mostrando para o gatinho.

— O que é isso? — leu as anotações.

— Pistas. Ouvi dizerem que o nome daquela mulher maluca é Margareth e ela é uma maga criadora.

— Maga criadora?

— Sim, ela cria objetos mágicos e poções, ele consegue até usar a magia de outra pessoa em seus trabalhos.

— Como descobriu isso?

— Digamos que deixei algumas dúvidas escaparem para alguns clientes…

— Erza não sabe, né? — sorriu sapeca.

— Ela nem deve imaginar sobre isso. Tenho certeza que ela está tentando nos impedir de continuar as pesquisas, por isso sugeriu essa missão.

— Somos espiões?

— Quase.

— Legal. O que faremos com essa informação?

— Procuraremos mais sobre a magia dessa Margareth, vai ser bom caso ela tente nos atacar.

— Cruzes, eu não quero ver aquela velha de novo.

— Nem eu…

— O que vocês tanto conversam? — perguntou Erza, retornando com algumas sacolas.

— Eu quero sair para pescar peixes rosa — disse Happy, mentindo sem pensar duas vezes.

— Peixes rosa?

— Sim, Dona Camélia me disse que os peixes dos lagos são alimentados com as bolinhas rosas, quero saber se isso muda o gosto deles.

— Podemos pescar alguns antes de voltarmos para casa — sugeriu Lucy, entrando no teatro.

— Parece divertido — a ruiva aceitou a ideia. — Depois pensamos nisso, eu trouxe comida — balançou as sacolas.

— PEIXE! — Happy atacou a primeira sacola que viu.

— Gato maluco — sussurrou a loira, sorrindo.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Agora um pouquinho disso e está pronto — Margareth sorriu com sua criação. — Quero ver aqueles magos me atrapalharem agora.

— O que a senhora está fazendo vó? — perguntou uma voz através de uma lácrima de comunicação.

— Minha neta, estou fazendo uma nova poção de memória — explicou orgulhosa. — Como andam os preparativos?

— Vai demorar para funcionar…

— Não se preocupe, você está indo bem. Continue, não desista.

— Sim, senhora. Agora vou desligar. Até depois, vó.

— Até depois — sorriu, desligando. — Só mais um pouco e, finalmente, poderei colocar as mãos no que tanto almejo.


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Notas finais do capítulo

A Margareth funciona assim: se não está aprontando, desconfie!

Até o próximo :3



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