Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 12
Poção


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novinho saindo do forno :3

Boa leitura!



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Os dois jovens não disfarçaram o medo quando chegaram na Rua Pedra. A sensação de que alguém os observava deixava tudo ainda pior. Se tinha um lugar para onde não queriam ter voltado, era aquele.

— Qual a casa? — perguntou Makarov, sério.

— Aquela — apontou Lucy, olhando para a direção onde deveria ter uma casa. — Ela estava ali... Você viu também, não é, Happy?

— A casa sumiu...

— Por essa eu não esperava — o Mestre se aproximou, olhando para o terreno.

Diferente do restante de Magnólia, a neve dominava o lugar como se tivesse nevado minutos atrás. Não havia indícios de nenhuma casa, apenas o terreno vazio.

— No mínimo, intrigante. Vocês tem certeza que era aqui?

— Sim, sem sombra de dúvidas. O endereço que o senhor nos passou é exatamente esse...

— Sinto um leve resquício de magia — disse Makarov, pegando um pouco de neve. — É neve mágica, não derrete... Alguém modificou o lugar para que ninguém voltasse aqui...

— A casa criou asas? — perguntou Happy.

— Tenho quase certeza de que a casa continua aqui, mas está oculta de alguma forma. Infelizmente, não tem nada que possamos fazer... Isso está ficando mais complicado do que eu esperava.

Perdidos, era assim que estavam. Não tinha como investigar um lugar que tinha sumido. A esperança logo se esvaziou, fazendo com que cogitassem voltar para o apartamento da loira, para escolher o próximo passo, mas algo chamou a atenção de Makarov.

Embaixo de uma grossa camada de neve, dois frascos de vidro brilhavam com força. Ambos era iguais, mas os líquidos de dentro tinha cores diferentes: um vermelho e um azul.

— Fogo e gelo... Lucy! Happy! Voltem para casa e avisem o Gray, ele pode ser o próximo que aquela mulher virá atrás!

— Por que acha isso, Mestre?

— Ainda não sei exatamente, mas essas poções são feitas com fogo e gelo, conheço bem elas... Algo me diz que isso é tem a ver com o Natsu e o Gray...

— Entendo... Voltaremos e o avisaremos!

— Obrigado. Tenha cuidado! Qualquer coisa, estarei na guilda investigando esses frascos...

Dando uma última olhada no lugar, Makarov decidiu que os dois frascos eram o suficiente como pista. Apesar de saber para que serviam as duas poções, ainda não fazia ideia de quem a usaria e o porquê. A única alternativa era voltar para a guilda.

— Velho idiota, descobriu minha magia para ocultar a casa... Ainda derrubei duas poções no processo... Mas isso não vai me impedir... Não vai mesmo! — Margareth sorriu macabra.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Interessante — murmurou Makarov.

O Mestre, assim que chegou na guilda, encontrou-a vazia e fechada, assim como tinha pedido, mesmo ainda sendo de manhã. Sem cerimônias, subiu para a sua sala e colocou as poções na mesa, analisando cada detalhe.

A poção de fogo soltava pequenas labaredas e estralava baixinho, como o som de uma fogueira. A de gelo congelava o frasco com facilidade, criando diversos cristais de neve.

A funcionalidade das duas era bem básica, pelo que ele já conhecia. A de fogo era muito usada por magos que faziam muitas missões longe de casa e montavam acampamento com frequência. Uma única gota bastava para fazer uma fogueira sem esforço.

Caso o objetivo fosse manter algo congelado por horas, para impedir que estragasse, a de gelo era a melhor opção. Misturadas na mesma dosagem, as duas se “cancelavam” no mesmo segundo. Apesar de simples, ambas podiam ser muito perigosas se não fossem manuseadas corretamente.

Qualquer pessoa que consumisse qualquer quantidade mínima de uma delas, queimaria ou congelaria sem escapatória. Felizmente, o efeito poderia ser revertido tomando a outra poção, mas quem pensaria nisso no momento do desespero?

Magos de diversas guildas já sofreram acidentes com essas poções, por isso não era qualquer loja mágica que podia comercializá-las. Para vendê-las, era preciso ter um registro específico e era assim que Makarov pensava que iria descobrir quem era o donos de tais poções.

Pena que estava enganado.

Ao vidros eram lisos e não tinham nenhuma etiqueta indicando a possível vendedora. O mais provável seria as duas serem vendidas em caixinhas.

Makarov não sabia o que fazer. Sem nenhuma identificação, sua única alternativa seria tentar procurar algum comprador assíduo do local.

— Amanhã vou ligar para a Polyusica, ela entende melhor dessas coisas.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Chegar em casa foi um alívio para Lucy. Odiava a sensação que tinha quando ia até à Rua Pedra, era como se estivesse sendo vigiada durante todo o percurso. Tinha medo de estar sendo perseguida.

Abrir a porta de seu apartamento foi algo libertador. Como previsto, seus amigos já estavam ali, bem a vontade e nem se importaram com sua chegada, apenas continuaram esparramados no sofá.

— Oi! Para vocês também — disse.

— Você parece estranha, Lucy — disse Erza, analisando a amiga.

— Ela é estranha — murmurou Happy.

— Um dia te ataco, gato...

— Você já não faz isso quase todo dia? — perguntou, logo se arrependendo.

— Repete!

— ...

— Enfim, nós voltamos ao endereço que passaram para o Natsu — explicou, embora ninguém tenha dito nada sobre. — O Mestre achou duas poções, uma de fogo e outra de gelo.

— Tem uma loja de poções? Mas ninguém vai lá! — Gray manifestou-se.

— Não faço ideia — disse, sentando-se no sofá. — Quando chegamos, a casa inteira tinha desaparecido, só sobrou o terreno cheio de neve.

— Neve nessa época do ano? Isso está ficando cada vez mais estranho.

— Gelo e fogo... Será que estão atrás da magia do Natsu? — perguntou Erza para si mesma.

— O Mestre desconfia do mesmo, é exatamente aí que temos um novo problema — olhou para Gray.

— O que tem eu? Por que está me olhando assim? Você não está querendo dizer que... ?

— Achamos que você é um dos alvos, Gray — revelou Lucy, sem rodeios.

— Droga, já não bastava aquele esquentado fazendo coisas estranhas. Não estão pretendendo me trancar em uma sala isolada... Estão?

— Claro que não, só precisamos deixá-lo ciente do que pretendem, para não acontecer o mesmo com você — disse cabisbaixa, deixando as lágrimas escaparem.

— Nós vamos encontrar aquele cabeçudo, tenho certeza disso — tentou animar a amiga.

— O Natsu é esperto quando quer, não vai deixar que alguém o engane tão facilmente — completou Erza.

— É, Luxy. Ele é o Natsu, né?

— Sim. Obrigada, pessoal — sorriu agradecida.

— Estamos aqui para ajudar, loirinha.

— Agora nós... — a ruiva foi interrompida por batidas na porta. — Chamou mais alguém?

— Não, será que é o Mestre? — levantou curiosa, seguindo até a porta e a abrindo. — Boa dia, em que posso ajudar?

— Bom dia. Senhorita Heartfilia, certo? — perguntou uma mulher, vestindo o uniforme do conselho.

— Sim, sou eu. Em que posso ajudar?

— Vim comunicá-la sobre o paradeiro de Natsu Dragneel, aqui diz que é seu companheiro de time — apontou para uma folha de papel.

— Aconteceu algo com o foguinho? — Gray levantou-se em alerta.

— Onde o Natsu está? — Erza também aproximou-se da porta.

— O corpo de Natsu Dragneel foi encontrado na entrada de Snowball, uma cidade ao sul de Crocus.

— Corpo? — Lucy quase caiu para trás. — Isso quer dizer que ele... ?

— Sim. Lamento informar, mas Natsu Dragneel está morto.


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Notas finais do capítulo

Quem se surpreendeu com esse final de capítulo, levanta a mão o/

Vejo vocês no próximo :3



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