Espectro Flamejante escrita por ShiroiChou


Capítulo 11
O Templo da Neve


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo chegando o/

Boa leitura!



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Makarov andava de um lado para o outro. Estava estranhando a demora de Natsu para voltar, fazia mais de uma hora que ele tinha saída atrás do cogumelo amarelo. A noite já tinha chegado e ele não deu nenhum sinal, nem sequer Erza e Gray tinham voltado para avisar algo.

Decidido, saiu de sua sala. A guilda estava cheia, mas a maioria estava dormindo nas mesas, como sempre.

— Mira, feche a guilda, por favor. Tenho algo para fazer.

— Pode deixar, Mestre — sorriu, sempre carinhosa.

Sabendo que podia contar com a albina, Makarov saiu e seguiu até a caverna. Poucas pessoas andavam por ali, apesar de não ficar muito longe da guilda.

Caminhou com pressa, pois tinha a certeza de que algo tinha acontecido e precisava correr. Por mais que confiasse nos dois magos, tinha a leve impressão de que mandá-los foi um ato arriscado. Ninguém sabia com quem estavam lidando.

Cinco minutos, esse foi o tempo necessário para que Makarov chegasse ao local onde os três magos deveriam estar.

— Natsu? — chamou pelo rosado, olhando ao redor com urgência.

— Mestre? — Erza abriu os olhos, sentindo-se tonta.

— Erza! Gray! O que aconteceu, meus filhos?

— Uma mulher maluca colocou a gente para dormir — respondeu o moreno, ajudando a ruiva a se levantar.

— Cadê o Natsu?

— Sumiu com essa mesma mulher.

— Como ela é?

— Morena, não deve ter mais do que trinta anos — respondeu a Erza, olhando ao redor. — O Natsu parecia conhecer ela.

— Então, deve ser ela quem está por trás das recentes ações dele... Desculpa por envolver vocês nisso...

— Não precisa se desculpar, Mestre. O que faremos agora?

— Por enquanto, nada. Amanhã continuamos.

— Mas...

— Não se preocupem, vamos encontrá-lo — sorriu, tentando tranquilizá-los. — Vamos todos para casa agora.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

— Então, os meus sonhos são previsões? — perguntou Natsu.

— Sim, meu trabalho é te guiar e impedir que eles se realizem — explicou Cassandra, servindo uma xícara de chá e biscoitos para o rosado.

— Por que eu? — remexeu-se no sofá.

— Um homem quer sua magia para descongelar um item mágico, infelizmente, eu nunca vi seu rosto e nem sei qual o item... — respondeu cabisbaixa.

— E como sabe que ele está atrás de mim?

— Você não sentiu nada esses dias? A sensação de estar sendo seguido?

— Sim.

— Ele está te seguindo! Confie em mim!

— Então, tenho que ficar escondido aqui?

— Jamais, ele observa seus passos, mas isso não quer dizer que ele é mais esperto que nós. Você precisa enganá-lo e derrotá-lo. Estou aqui para te ajudar — sorriu.

— Estou empolgado! Por onde começamos?

— Bem... Primeiro, precisamos ir ao Templo da Neve, é lá que fica o portal para o mundo onde ele mora.

— Vamos logo! — disse de boca cheia, já abrindo a porta da casa.

— Cadê a caixa cinza? — perguntou, lembrando-se da caixa.

— Esqueci...

— Pelo amor de Deus, Natsu!

— Afinal, o que tem naquela caixa para você insistir para eu trazê-la?

— A chave universal para abrir o portal...

— Universal?

— Sim. Não existe só um portal... Enfim, vamos ter que improvisar, não temos mais tempo. Creio que sua magia pode ativá-lo — levantou-se, saindo e trancando a porta. — O caminho é longo.

— Sem problemas.

— Ok. Depois não diga que não avisei.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Duas horas depois.

— Não chegamos ainda? — Natsu estranhou a demora.

— Eu disse, não disse? — riu. — Fica tranquilo, estamos quase chegando.

— Você a mesma coisa das outras vezes — retrucou emburrado.

— Dessa vez é verdade, eu prometo.

Durante todo o percurso, os dois caminharam o tempo todo em linha reta, mesmo assim, o rosado não viu nada além de neve. Nenhuma casa, nenhum comércio, nenhum ser vivo, apenas a branca neve.

Parecia que estavam sozinhos naquele lugar isolado.

A neve não era um problema, nem ele, nem Cassandra, incomodavam-se com o frio. O único obstáculo era que estava de noite e nenhum dos dois enxergava direito naquele escuro.

— Posso iluminar agora? — perguntou, já sabendo a resposta, pois ele fez essa mesma pergunta três vezes durante o caminho.

— Se você usar sua magia, a neve vai derreter e, caso alguém esteja nos seguindo, vai ficar mais fácil de nos encontrar — repetiu a resposta, com paciência.

— Mas eu não sinto o cheiro de ninguém... Isso já faz um bom tempo, para ser sincero.

— Cada vez que você entrava em um sonho, um certo “preço” era cobrado. Pelo visto, o pagamento foi seu olfato, você não sentirá cheiros por um tempo.

— QUÊ? Por que não me disse antes? — perguntou indignado.

— Eu avisei para você ter paciência, mas sua curiosidade foi tão grande que, indiretamente, fez com que você tivesse cada vez mais sonhos — sorriu com raiva.

— Desculpa...

— Enfim... Chegamos! — abriu os braços.

O Templo da Neve não tinha nada de especial. Parecia um cubo perfeito e branco, feito puramente de neve. Sua entrada era a única abertura do lugar e resumia-se em apenas um corte retangular no cubo.

Natsu não conteve a curiosidade e logo entrou, deparando-se com escadas também brancas, dos quatro lados. Todas uniam-se no centro, como uma pirâmide. No topo, um arco retangular, na mesma cor, brilhava fracamente.

— Aquele é o portal?

— Sim.

— Não vai derreter tudo?

— Não, essa neve do Templo é mágica. Você pode usar o quanto quiser de sua magia, nada vai derretê-la.

— É só eu jogar fogo?

— Na teoria, sim — respondeu, lendo um mini livro. — Eu só sei abrir com a chave, mas como ela não está aqui, o jeito é tentar do modo não convencional — deu de ombros.

— Ok...

Receoso, Natsu subiu a escada até o topo e encarou o arco. Seguindo o que sua cabeça achou ser o certo, segurou os dois lados do arco e deixou a sua magia fluir livremente. O fogo espalhou-se rapidamente, cobrindo toda a estrutura.

Antes que pudessem reagir, o fogo começou a descer ao degraus, forçando Cassandra a se afastar.

— Natsu, o que você está fazendo?

— Não sou eu, o fogo está se move do por conta própria — arregalou os olhos, tentando controlar o fluxo de magia, mesmo sendo inútil.

Na mesma velocidade em que o fogo desceu, subiu, entrando no recém aberto portal. O brilho roxo parecia um olho que olhava fixamente para o rosado.

Quando as coisas pareciam estar mais calmas, uma asa marrom saiu de dentro do portal, puxando Natsu sem que ele tivesse chance de escapar, deixando Cassandra para trás.

—— / / —— / / —— / / —— / / —— / / ——

Lucy acordou sentindo-se estranha, algo dentro de si lhe dizia que algo de ruim aconteceria naquele dia. Tentando ignorar isso, levantou-se e fez sua higiene matinal, sem pressa, evitando pensar nos acontecimentos recentes.

Saindo do banheiro, seguiu para a cozinha e preparou algumas torradas e suco de laranja, para si e para Happy. Estava tudo dando certo, até que alguém bateu na porta, fazendo com que se assustasse.

— Lucy? — ouviu a voz do Mestre e correu até a porta, abrindo-a.

— Mestre, bom dia! — disse, dando passagem.

— Bom dia! Prometo não demorar muito, vim apenas contar os últimos acontecimentos.

— Está tudo bem?

— Não... Vou ser direto... O Natsu sumiu.

— Como? — perguntou surpresa.

— Uma mulher foi ao encontro dele ontem, tenho quase certeza de que ela é a responsável pelo comportamento suspeito dele.

— Alguma conhecida?

— Infelizmente, não. Erza e Gray a viram e tentaram interferir, mas ela usou uma magia para fazer os dois dormirem.

— Deixaram pistas?

— Não, por isso estou aqui. Quero que você e Happy venham comigo até a casa na Rua Pedra, quero investigar o local.

— O senhor acha uma boa ideia? Recebi uma carta ontem — entregou o papel para ele. — Estou curiosa para voltar, mesmo com receio...

— Uma ameaça assim não pode ser ignorada, mas também não podemos ficar de braços cruzados. É perigoso, porém, acho que vale o risco.

— Eu também. Que horas o senhor que ir?

— Daqui à meia hora, esperarei vocês na guilda.

— Sim — abriu a porta para o Mestre. — Logo estaremos lá.

— Não precisam correr, tenho algumas papeladas para arrumar — suspirou. — Até daqui a pouco — despediu-se.

— Até.

Lucy suspirou assim que fechou a porta, as coisas estavam saindo do controle. Não sabia mais o que fazer ou o que pensar, parecia que quanto mais o tempo avançava, mais a situação se enrolava em sim mesma, criando nós difíceis de desatar.

— Lucy — chamou Happy, com os olhos cheios de lágrimas. — Nós vamos achar o Natsu, né?

— Claro que vamos. Por mais difícil que parece, resolveremos todos esses problemas, afinal, somos a Fairy Tail, né? — sorriu, abraçando o azulado.

— Aye!

— Agora vamos tomar café, precisamos estar prontos para o que pode acontecer.

Na cozinha, ambos comeram em silêncio. Não queriam falar as teorias que criavam, pois queriam ter certeza do que estava acontecendo primeiro, mesmo que demorasse.

Sentiam medo do que estava por vir, Natsu raramente saia sem dizer para onde estava indo, ainda maus com uma mulher desconhecida. Seria alguma maga de outra guilda? Uma fã enlouquecida? Talvez uma mulher com más intenções?

Perguntas e mais perguntas, é o que ocupava suas cabeças.

— Lucy — Happy balançou a patinha na frente do rosto da maga

— Desculpa, estava distraída. O que foi?

— Vamos nos atrasar — apontou para o relógio na parede.

— O QUÊ? — levantou-se com pressa. — Como o tempo passou tão rápido?

— Você ficou aí moscando, faz tempo que estou te chamando, sua estranha — retrucou.

— Vamos, temos que correr — agarrou o gatinho, ignorando o xingamento, e saiu do apartamento, correndo.

Lucy nem sequer prestou atenção ao caminho, estava apressada demais para se focar em algo que não fosse seu objetivo. Em menos de cinco minutos, chegou a guilda, ofegante.

— Não precisavam ter corrido tanto, eu não vou fugir — o Mestre os olhou surpreso.

— Maluca — sussurrou Happy.

— O que disse, gatinho?

— Nada, estou quietinho aqui — voou até o encontro do Mestre. — Já podemos ir na casa daquela velha assustadora?

— Espero que ela não esteja lá...

— Nós só descobriremos se formos. Prontos? — perguntou Makarov.

— Sim! — responderam em uníssono.

— Ótimo, vamos nessa!


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Notas finais do capítulo

Até o próximo :3



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