Exame Ômega escrita por NMCMsama


Capítulo 2
Mikhail, o ômega




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— Eu não acredito que você está me pedindo isso! — Não queria ter gritado, não fazia do seu feitio falar alto enquanto estava caminho na calçada. Sempre reclamara daqueles caras que parecem alheios as pessoas a sua volta, com seus smartphones ou auriculares bluetooths, falando pelos cotovelos. Aliás, aqueles que usavam os bluetooths eram os piores, pois de início você pode até pensar que eles estão falando sozinhos, sinais de esquizofrenia ou mediunidade, o que causa uma grande confusão mental até descobrir que eles estavam sim se comunicando com pessoas vivas e encarnadas. Sim, se prometera a não fazer esse tipo de cena, mas ali estava ele fazendo justamente isso.

— Micha... — Agora seu pai utilizando o diminutivo de seu nome: Mikhail. Uma tática muito baixa por recorrer ao emocional.

— Você tem ideia do que está me pedindo?

— Só que volte para casa.

— Fala isso como tivesse abandonado vocês! Eu falo com vocês todos os dias! Fazemos até chamadas de vídeo. Esqueceram das visitas que vocês me fizeram?

— Micha, não estou te acusando de estar negligenciando seus pais nem nada. Só que desde que você começou a fazer faculdade aí na capital, sequer visitou sua cidade natal. Existe algum problema por não quere visitar a casa aonde nasceste?

Mikhail soltou um suspiro, massageou o espaço entre as sobrancelhas. Não era a primeira vez que seus pais insinuavam a sua clara aversão ao retorno as suas origens. Claro, que agora não se tratava de uma insinuação por meio de indiretas e mensagem subliminar.

— Pai, aqui na capital tudo é tão diferente...Digo, você mesmo viu. — Tentou contornar a situação. Obvio que Zvezda, a capital do seu país, apresentava muitas vantagens comparada a cidade interiorana da qual procedera. Principalmente em relação a uma coisa que sempre foi desejado por Mikhail: liberdade ômega. Na cidade grande, havia vários ômegas, betas e alfas vivendo juntos em certa harmonia. O mercado de trabalho que requisitava mão-de-obra não se importava muito com o seu perfil fisiológico-social de ser. Só queriam saber se você era um empregado eficiente e daria produção! Isso meio que diluía o preconceito e normas sociais atreladas ao sistema ABO (Alfa-Beta-Ômega) que seria a base da estrutura da sociedade em seu mundo.

Não era ingênuo o suficiente em pensar que não havia ainda diferenças de tratamento. Alfas ainda eram chefes, gerentes ou líderes. Betas os perfeitos funcionários medianos subalternos. E os ômegas? Normalmente era o cara responsável por comprar café para todos e distribuir donuts açucarados com um sorriso no rosto...Mas era diferente do destino de um ômega do interior que consistia de um único caminho: casamento.

— Filho, sabemos que você meio que está vislumbrado com os prazeres da capital...

— Pai...

— Deixa-me terminar, ok? Entendo que você deseje viver a sua vida. Na verdade, nos orgulhamos do que você foi capaz de alcançar!

— Er...Obrigado. — Não que Mikhail tenha alcançado grandes coisas, tinha o emprego de meio período como barista, enquanto se arrasta no curso preparatório para entrar na faculdade. Tinha passado em uma faculdade exclusiva para Ômegas, mas abandonara o curso logo no primeiro semestre por não concordar que aprender a costurar e cozinhar fossem realmente matérias obrigatórias para uma graduação! (não contara aos seus pais o abandono do curso ainda!). Tentava adentrar em uma faculdade aberta, destinada para todos os tipos, seja Alfa, Beta ou Ômega, contudo a concorrência era absurda! De fato, não havia muito o que comemorar...

— Então, por que não permitir uma regalia aos seus velhos pais? Hein? Uma forma de compensar pelos anos que passamos te criando e incentivando! Pense nisso como um presente de Natal antecipado.

— Participar de um Exame Ômega? Um presente? Sabe o quanto isso é arcaico?

— Você já está com 20 anos...

— Pai, eu não estou desesperado por conseguir um namorado, muito menos um Marido! Ainda mais, um Alfa! E ao contrário do que os outros pensam, 20 anos não significa que irei ficar para titio, entende?

— Nos estamos ficando velhos...Sua mãe está meio doente... Gostaríamos de ter netos, sabe?

— Você está abusando das cartas de jogo emocional. Já pensaram em adotar um cachorrinho? Ou melhor, eu posso adotar e aí ele se tornaria neto de vocês!

Mikhail ouviu um suspiro advindo do outro lado da linha. Seu pai parecia estar sem argumentos. Internamente Micha fazia uma dança alegre. Estava ganhando aquela tola discussão.

— Você é meio hipócrita, sabia?

— Hã? — Desta vez Micha chegou até parar de andar. Não esperava aquele tipo de ataque vindo do seu sempre compreensivo pai beta.

— Se diz tão moderno, lutador do Omeguimismo, mas como pode criticar algo sem nem experimentar.

— Hã? — Franziu o cenho, não gostando de onde aquela conversa estava se direcionando. Sim, era defensor dos direitos iguais para os ômegas (daí o nome Omeguimismo), mas como poderia o seu pai o chamar de hipócrita.

— Você já participou de um Exame Ômega?

— Claro que não!

— Então, como sabe que é ruim? Sua mãe participou de um...

— Sim, mas ela acabou casando contigo, um beta. Ou seja, significa que ela não deve ter passado no referido exame para ficar com alfa!

— Bem...A verdade é que ela desistiu do exame e eu era o melhor amigo deste dito alfa.

— Hã? — Era o terceiro que falava naquele diálogo o que poderia não ser um bom sinal. Não sabia desta história romântica sobre os seus pais. Agora se sentia meio culpado por desconhecer aquele fato. 

— O Exame pode significar muitas coisas, pense nisso como uma jornada para o autoconhecimento. Saber seus limites e delimitar anseios...Além disso, você poderia utilizar o Exame como inspiração para escrever algo.

Ataque Baixo!

Seu progenitor sabia da paixão de Mikhail pela a escrita. E o tradicional Exame Ômega seria algo interessante de escrever a respeito, ainda mais do ponto de vista de um ômega que é contra esse teste ridículo de se submeter a uma avaliação de caráter e habilidades para ser aceito por um Alfa. Seria...Revolucionário! Poderia publicar em alguma revista defensora do Omeguimismo! Quiçá conseguisse uma bolsa de estudos para uma das Universidades Abertas com aquela matéria? Poderia incrementar o seu currículo...

— Hum...Micha? Consigo ouvir as engrenagens de sua cabeça se movimentando. Devo avisar a sua mãe para arrumar o seu antigo quarto?

Mikhail queria ter hesitado mais. Deveria ter dito algo do tipo “Irei pensar a respeito” ou “Te ligo depois”, esse tipo de frase-feita que indica que você não está desesperado ou que não tinha caído na “armadilha” construída por seu amado pai de convence-lo em participar de tal evento, mas ao invés disso, disse:

— Lógico! Irei visitá-los nesse fim de semana!

~***~

Exame Ômega consistia em um evento que ocorre em cinco dias, mais ou menos, a qual durante esse período o ômega era submetido a testes que buscam avaliar sua aptidão ômega. Ou seja, sua competência de cuidar do lar, da família e do Alfa. As formas de teste poderiam variar conforme os requisitos imposto pelo próprio Alfa. Os ômegas praticamente lutam (com unhas e dentes, literalmente) para conseguir a sua posição como esposo(a) ideal. No passado havia até casos de assassinato entre os participantes deste Exame. Bem que hoje em dia isso já não acontece! Era o que Mikhail esperava...

Olhando para a sua reflexão no vidro da janela do trem, imaginava se era nervosismo que via em seus olhos cinerícios. Fazia dois anos que não voltava a sua cidade. Coisas poderiam não ter mudado muito. Afinal, se tratava de uma cidade antiga, com ruinas históricas e suas famílias igualmente antigas. Tradição era algo forte tanto é que ainda existia escolas separadas por tipo: uma para alfas, outra para betas e um instituto para ômegas. Mikhail recordava de como sofria no instituto por não conseguir se enturmar, além disso, havia o fato de ser um dos poucos ômegas a terminar o ensino médio estando solteiro, não estando grávido ou já tendo um filho. Fato é que muitos dos estudantes do instituto nem completavam os estudos, saindo assim que se casavam.

— Agora não dá tempo para voltar atrás... — O trem já seguia o seu trajeto, mas será que deveria se arrepender de sua decisão. O Exame não o forçaria a se casar com o Alfa! Além disso, levando-se em consideração as suas aptidões ômegas, sabia que seria desqualificado logo no primeiro dia! Então, por que o nervosismo?

E se o Exame mostrar justamente o que todos eles pensam de mim...Que sou uma falha uma decepção como ômega. Não queria ter pensado nisso, mas as palavras simplesmente emergiam de sua mente. O que seria ser um ômega? Ser submisso e dócil? Isso Mikhail não era...E nem gostaria de ser. Mas ainda tinha outros anseios, formar uma família e ter filhos? Não via nada errado nisso, desde que não tenha de ser forçado a isso, ademais de ser extirpado de seu livre-arbítrio. E formar uma família seria um desejo biológico só dos ômegas? Obvio que muitas dessa ideia que fazem sobre o ômega era algo mais próximo de romance idealizado e água-com-açúcar do que a realidade.

E talvez esse Exame seja bom para mim! Pensou, já estava mais do que na hora de enfrentar o preconceito e também se firmar no seu próprio modo de ser um ômega.

Logo, tirou seu caderno da mochila e começou a escrever algumas frases. Todo aquele nervosismo e ansiedade tinha o inspirado a escrever, até que...

— Que cheiro... — Fungou uma vez e mais uma vez e fez careta. Olhou para os lados. O trem estava meio que vazio. Fora ele, havia mais outras cinco pessoas no vagão. Havia dois alfas, sabia disso pelo cheiro característico do seu feromônio, substâncias químicas produzidas para fora do corpo que permitia reconhecê-los. Mikhail sabia que também emitia tal sinalização química invisível que o marcava como ômega, os betas emitiam um sinal mais fraco e praticamente impossível de ser detectado a longa distâncias. E quando se tinha alfas e ômegas por perto, o odor dos betas era praticamente suprimido. O problema não era o cheiro, afinal, era algo natural: todos eles tinham a sua marca química. O problema era que alguém estava exalando mais feromônio, além do limiar considerado normal. Isso normalmente acontecia por grandes variações de humor e... Excitação sexual.

— Ei... Me chama de pequena empresa que te mostro um Grande Negócio. — Sussurrou alguém próximo de Mikhail. Não, a cantada não foi lançada a ele e sim a um jovem ômega que estava sentando em uma poltrona logo a sua frente.

— P-por favor... Pare... — Choramingou o garoto que não devia ter mais de 15 anos.

— Sabe o que seria legal? Que tal visitarmos o banheiro do vagão? Aposto que você vai gostar do que tenho a mostrar.

O alfa pegou a mão do adolescente e estava guiando para a sua virilha. Mikhail já não aguentava só olhar.

— Opa! Dá licença. — Falou para o alfa que devia estar na casa dos quarenta anos e claramente não via problema em aliciar um ômega menor de idade.

— O que é? Não está vendo que estou ocupado? — Rosnou. Sim, alfas podiam rosnar, pareciam animais, Mikhail não entendia como indivíduos que são praticamente só músculos e instintos poderiam ser os topos na pirâmide social.

— Ora, desculpe, senhor. Mas eu vim te oferecer isso. — Nisso mostrou uma tesoura que tirara do bolso de sua mochila.

— E o que merda eu pretendo fazer com isso, ômega burro?

— Que bom que perguntou. — Sorriu Micha — Poderia usar essa tesoura sem ponta modelo infantil para cortar esse tal negócio que tanto desejas mostrar. Imagino que podemos doar depois para a fabricação de salsicha em conserva, sabe? Aquelas minis salsinhas usadas para aperitivos. Pelo menos estaríamos dando um fim útil ao seu “grande” negócio.

O alfa piscou. Uma vez e outra. Sua boca abriu, mas nenhum som foi emitido. Pelo visto, não estava acostumado a um ômega o humilhasse ainda mais em público. O adolescente por sua vez, soltou uma tímida risada, mas essa logo foi silenciada pelo rosnar do alfa, que por fim, tinha compreendido que sim o ômega tinha o ofendido.

— Já sei! Você só está com ciúmes por que escolhi esse novinho aqui ao invés de você, não é mesmo? Pois eu costumo escolher bem meus parceiros e um ômega velho e sem estar marcado só significa duas coisas: ou é um puto ou é um lixo. — Sorriu de modo bestial.

— Ciúmes? — Agora era a vez de Micha rir e ao contrário do jovem ômega, não se intimidou com o rosnar do alfa — Faça-me o favor e se olhe no espelho, sim? Para falar a verdade, nem percebi que você era mesmo um alfa, afinal o cheiro de álcool parece ser maior do que o seu próprio feromônio. Só deu para notar porque você começou a ficar excitado...A fato que você teve que recorrer a uma criança ao invés de um adulto ômega só me faz levar a uma conclusão possível: não é você que escolhe bem os seus parceiros, são os seus parceiros que devem lhe dar um tremendo pé na bunda por ver o que eu vejo.

O alfa se levantou de sua poltrona, ele era bem alto, 1, 90 no mínimo. Algo que não era surpresa, todos os alfas eram altos. Enquanto os ômegas? Se chegavam a 1 e 70 já era muito. Mikhail? Ele tinha 1,65.

— E o que você vê, ômega? — Ele se aproximou, seu corpo musculoso e intimidante fazia uma sombra sobre Micha.

Seu coração podia estar batendo que nem um louco em seu peito. Suas pernas tremiam como fossem feitos de gelatina. Medo mesclado com o feromônio de alfa irritado, forçando sinais fossem propagados por seu corpo, induzindo ao comportamento de submissão. Mesmo com todos os indicativos que o forçavam a submeter ou fugir, Micha não retrocedeu e tão pouco abaixou sua cabeça. Encarou o alfa diretamente em seus olhos.

— Eu vejo um bêbado pervertido. Somente isso.

Micha esperou o golpe. Um soco, talvez. Entretanto, nada veio. Nem tinha reparado que tinha fechado os olhos. Tão pouco reparou no cheiro de outro alfa, até que este estivesse ao seu lado...

~***~

Alfas deviam servir de exemplo a sociedade. Era isso que Andrey pensava enquanto observou os passos trôpegos do alfa rumo as poltronas mais a frente do vagão. Não precisou utilizar de seu faro avantajado para distinguir a essência do álcool. Muito é esperado dos Alfas, eles são o símbolo da estabilidade e força. Heróis de uma nação. Lógico que Andrey acreditava que tudo isso era pura idealização sem fundamentos reais.

Alfas era movidos a instintos. Quase como animais irracionais lutavam por sua posição de poder sobre os outros humanos. Rosnavam, forçavam a submissão. Força bruta. Essa era uma forma de interpretar os alfas.

Andrey era um destes alfas, apesar de, ao contrário de seus familiares, ver a sua classificação nesta categoria como um grande erro.

Ainda mais quando via outro alfa aliciando um ômega, ali mesmo, diante de todos.

Acha que por ser alfa vai sair impune? Pensou irritado, controlando a própria vontade de rosnar. Olhou para os lados. Os betas que ali estavam fingiam não ver o que estava acontecendo, ou talvez esperassem que outro Alfa intervisse. Isso só fez com que Andrey ficasse ainda mais irritado, contudo, antes que tomasse a iniciativa percebeu que foi um ômega que tomou as rédeas da situação.

Boquiaberto presenciou o ataque imprudente do pequeno ômega ao feroz alfa. Aquilo não iria acabar bem...

~***~

— Já chega. — Cada palavra foi proferida como um soco direto no alfa beberrão. O outro alfa era mais dominante, o seu feromônio era forte que Mikhail pensou que ele próprio tinha ficado um pouco embriagado.

— Você viu o que ele falou? Esse ômega tem que ser disciplinado. — Falava em um tom bem menos ameaçador, afinal, um alfa só abaixa a cabeça para outro alfa mais forte.

— O que vi foi um homem adulto aliciando um menor de idade. Se não desejas que eu chame as autoridades, recomendo que se afaste e mude de vagão.

— Mas...

— Afaste-se e mude de vagão. — Foi mais incisivo desta vez, um rosnar feroz foi emitido, fazendo o outro alfa tremer e não foi só ele...Mikhail teve que se segurar na poltrona ao seu lado para não cair. Seu corpo todo parecia gritar “Alfa dominante! Se submeta!” contudo, enquanto o outro alfa tremia de medo, Micha tremia de...Excitação?

Merda. Sua mente ômega regozijava de alegria por ter sido salvo por um outro alfa e isso desencadeou em consequências biológicas embaraçosas como...Uma ereção!

— Sim... Eu...Eu já vou! — Falou o outro alfa que praticamente correu dali, como se estivesse sendo percebido por um touro descontrolado.

— Vocês estão bem? — Inqueriu o salvador.

— Sim... Muito obrigado. — O adolescente tinha um ar sonhador. Olhava para o alto alfa de cabelos castanhos, olhos amendoados e sorriso encantador, como se ele fosse uma espécie de príncipe encantado.

Perfeito! Eu que me exponho ao perigo para salvá-lo e ele agradece ao Alfa que só apareceu no final!

— Não precisava de sua ajuda! — Interpôs Micha conseguindo pegar a sua mochila e posicioná-la de forma estratégica sobre a virilha. Esperava que o cheiro de excitação do antigo alfa mesclado com a excitação que o ômega adolescente agora emitia, meio que ocultassem o cheiro do próprio Mikhail — Tinha tudo perfeitamente sobre controle.

— Ele iria bater em você.

— E você acha que não sei me defender?

O alfa bonitão não precisava responder, dava para ver em sua expressão a descrença na possibilidade.

— Pois saiba que sei artes marciais, em outras palavras, sei muito bem como utilizar a força de um alfa ao meu favor. Devia ter esperado um pouco, pois iria ver uma cena digna de um filme de kung fu! Haveria ossos alfas quebrados, sangue alfa jorrando para todos os lados, eu pularia corda com os intestinos do alfa! Perdeu o melhor show!

Talvez estivesse exagerando um pouco...Bem, verdade era que nem sabia lutar nem nada. Mas, o blefe era uma habilidade que também deveria ser apreciada e Mikhail era expert em blefar.

— Sério? — Ele ergueu as sobrancelhas, ainda vestindo a mesma expressão de descrença — Então, eu devia ter mesmo me segurando... Adoro filmes de Kung fu ainda mais quando eles são ao estilo gore.

— Pois é, devia mesmo. Afinal, não havia nenhuma “donzela” em perigo para ser salva.

— Er...Eu sou a donzela em perigo e adoraria ser salvo! — Falou o adolescente, todo sorridente.

Micha levou a mão a testa, não acreditando o quão atirando o adolescente estava sendo. Era só encontrar um alfa dominante e pronto os ômegas ficavam todos assanhados e excitados.

Mas não eu! Pensou decidido, ignorando a ereção que parecia dizer ao contrário.

O trem começou a diminuir a velocidade, era o momento que Micha precisa para escapar.

— Ei! Espere...

Ignorou o alfa e correu para a outra extremidade do vagão rumo a saída. Mal tinha chegado em casa e já tinha feito um tremendo espetáculo. Que maravilha. Só imaginava como iria agir no Exame Ômega...Bem, a culpa era de seus pais por o envolverem nessa loucura!


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