Lago dos cisnes escrita por laurenjaureguiiii


Capítulo 28
Ultimato




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Siegfried começou a arrumar as malas em seu quarto furioso com a mãe enquanto Odette olhava chorando.

—Siegfried, você não precisa fazer isso, você vai embora do seu castelo por mim? Não pode fazer isso - Odette disse.

—Posso e vou - o príncipe falou.

—Siegfried...

—Escuta, Odette, essa é a minha escolha, está bem? Minha mãe não tinha o direito de te tratar assim, nós vamos embora, iremos morar na cabana e vamos ser muito felizes - interrompeu o príncipe.

—Você não pode abandonar o seu reino por mim, Siegfried, não pode, essas pessoas precisam de você - Odette falou botando a mão no rosto dele.

—E eu preciso de você - Siegfried falou e encostou sua testa na de sua amada até a porta de abrir.

—Siegfried, precisamos conversar, o que está fazendo? - perguntou Adalaine.

—Não é óbvio? Estou indo embora daqui, nós dois estamos - respondeu ele furioso.

—Não faça isso meu filho, por favor - pediu a mãe dele.

—Deveria ter pensado duas vezes antes de humilhar a mulher que eu amo - falou o príncipe.

—Siegfried...- Odette tentou falar.

—Aquilo foi por impulso tá legal, eu não queria humilhar ela - Adalaine disse.

—Sim você queria e pare de falar comigo como se ela não estivesse aqui! - Siegfried disse irritado.

—O que você quer que eu faça então?! FALE MEU FILHO! EU FAÇO QUALQUER COISA MAS VOCÊ NÃO PODE IR, NÃO PODE DAR AS COSTAS PRO POVO QUE PRECISA DE VOCÊ, VOCÊ É A ÚNICA ESPERANÇA DELES, É MINHA ÚNICA ESPERANÇA, POR FAVOR MEU FILHO, VOCÊ NÃO É EGOÍSTA, VOCÊ NÃO É DESSE JEITO! - gritou a rainha Adalaine IV.

—Então peça desculpas pra Odette! Agora, e prometa que nunca mais irá tratar ela desse jeito! Se você tratar ela assim de novo eu não piso aqui nunca mais, nunca mais! - falou Siegfried.

Lágrimas escorreram pelos olhos da rainha de Label e ela foi até Odette porém ainda com desprezo no olhar como se Odette fosse um monstro.

—Me desculpe, Odette - ela disse.

—Está bem - Odette falou.

Em seguida a rainha saiu chorando.

Siegfried foi imediatamente abraçar a amada.

—Tá tudo bem, tá tudo bem - ele disse e beijou ela.

Amanheceu, estava exatamente na época do Outono, Luna se encontrava no castelo de Tenebris conversando com o soldado Gabriel, ele estava explicando coisas sobre a história do castelo e sobre o falecido rei Léon.

—Eu tenho muitas lembranças do castelo, mas a melhor de todas é de um dia onde eu passei horas no quarto da rainha, comendo ela - explicou Gabriel.

Luna se chocou e olhou pra ele imediatamente.

—Como é que é? - perguntou Luna.

—Eu fui um dos únicos soldados que conseguiu isso, sabe, eu mostrei ser leal a ela e ela resolveu me recompensar um dia, se os outros soldados soubessem disso ficariam morrendo de inveja - comentou ele orgulhoso.

—E como foi exatamente? - perguntou a arqueira mesmo incomodada com a informação.

—Minha nossa...Odile na cama...só de me lembrar, aí meu Deus que delícia, foi o melhor dia da minha vida, eu não conseguia parar, de jeito nenhum - comentou Gabriel.

Luna se enfureceu.

—E o que ela é exatamente pra você? - ela perguntou.

—Ora...só uma puta rainha gostosa do caralho que eu mataria pra comer todos os dias como eu fiz um dia - Gabriel contou.

Luna o empurrou mais irritada do que nunca.

—O que é isso, Luna? Ficou maluca?! - Gabriel perguntou.

—Você tá assediando ela - Luna disse.

—Como se ninguém fizesse isso todo dia e toda hora, a culpa não é minha se ela me provoca, ela sempre faz isso com as pessoas, ou será que você ainda não percebeu?! Ela ama deixar os outros aos pés dela implorando por ela - explicou Gabriel.

Luna suspirou.

—Acho que isso tudo é ciúme - comentou ele.

—O que?! Não! - disse ela.

—Você mal consegue disfarçar, vamos lá! Mas só um aviso, eu fui sortudo de conseguir transar com ela e sair vivo, às vezes ela não consegue se controlar durante o sexo, é o que falam por aí, mas é só um boato - explicou ele.

—Eu não... - Luna ia dizer mas não conseguiu terminar.

Ela achou melhor sair dali imediatamente.

Mais tarde, ela abriu a porta do quarto de Odile e encontrou a rainha lá de costas e com um vestido curto, ela estremeceu de novo.

—Precisamos conversar - Luna disse.

—Boa noite pra você também - Odile falou irônica.

—Escuta, eu não acho que você deveria continuar com esse comportamento, de querer provocar pessoas, você tá sendo assediada e sexualizada por aí o tempo todo, especialmente pelos seus soldados, e aquele nojento...

—HAHAHA, Luna, é assim que eu sou, não é culpa minha se tem consequências por causa disso, mas pra ser sincera eu gosto delas, gosto de ver olhares de desejo, e assim que eu consigo ver se a pessoa me quer ou não e é difícil ver alguém que não - explicou a rainha sorrindo.

—E você adora isso não é? - perguntou a arqueira tremendo e se aproximando.

—Sim, eu amo, especialmente quando vem de você - a rainha disse maliciosamente.

—O que? - Luna perguntou.

—Eu sei o que você quer, Luna, ou melhor, quem você quer, mas não, isso nunca poder acontecer - Odile explicou.

—Porque não? - perguntou Luna.

—Sabe essa cama do meu quarto? É aqui onde meu querido cunhado, Siegfried e eu nos divertíamos por horas e horas, mas às vezes eu meio que me empolgava um pouco com a diversão, ele teve muita sorte de não ter morrido, só não morreu porque a maldição da minha irmã tola estava forte enquanto a minha estava fraca, portanto eu podia controlar mais a minha transformação, mas mesmo se não pudesse, não faria muita diferença pra mim se ele estava morto ou vivo... - Odile explicava.

—Então ele era um brinquedo pra você? Um brinquedo que você podia manipular e seduzir o quanto quisesse? - perguntou Luna irritada.

—Exatamente - explicou Odile.

—E eu? Você não sente absolutamente nenhuma atração? - perguntou a arqueira.

—Sinto, talvez mais do que já senti em toda minha vida, é muito difícil pra mim conseguir "esconder" isso, garotinha, mas é exatamente por isso que não pode acontecer, você jamais sobreviveria - explicou a rainha.

—E porque isso faz diferença pra você? - perguntou Luna.

—Porque eu me importo com você...acredite  ou não, eu me importo - Odile falou séria.

Luna ficou sem palavras, até que uma porta bateu.

—Majestade, me pediram pra te entregar essa mensagem - falou o guarda estendendo um papel.

Odile pegou o papel e leu.

—Bom, parece que eu terei que ir, boa noite, Luna, espero que durma bem - a rainha falou.

Mas Luna sabia que jamais dormiria bem essa noite.


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