Uma semana depois, Odile se encontrava em seu castelo com Julian, ela andava por um lado e pro outro nervosa.

—Já saberiamos que isso iria acontecer, mais cedo ou mais tarde Siegfried teria superado o efeito da poção e voltado pra Odette - falou Julian.

—Sim, Julian, eu sabia, mas o efeito da poção era pra ter transformado a Odette em cisne pra sempre e acabado com a minha maldição, a maldição se torna permanente caso a pessoa que o cisne ama o traia, então porque não funcionou?! Eu nunca mais confio naquela velha maldita! - gritou Odile furiosa.

—Acredito que é porque no fundo o amor de Siegfried por Odette não havia acabado, eles ainda se amavam apesar a poção - explicou Julian/Benno

Odile furiosa chutou om força um armário e jogou uma peça de vidro no chão.

—O que você vai fazer agora? - perguntou Julian.

—Vou atrás da terceira peça, não tenho mais tempo a perder - explicou a rainha.

—Mas como? Odile, você não tem ideia de que peça é e nem aonde está - falou Julian.

—Na verdade, Benno eu sei exatamente aonde está - ela falou sorrindo.

—Não me chame de Benno - falou ele.

—Tá bom, Benno - disse Odile sorrindo.

Julian fez uma cara de raiva.

—Mas como exatamente você soube? - Julian/Benno perguntou.

—Digamos que eu tenho meus meios - Odile falou.

—Não...tá de brincadeira comigo, você foi ver ela de novo não é? Eu já falei pra você parar, as pessoas que entram naquele lugar raramente conseguem sair! - Julian disse.

—Acha que eu tenho outra escolha? Aquele bicho feio é a única alternativa que eu tenho pra conseguir o que eu quero - falou ela.

—Ela vai acabar de matando Odile, quando mais dívidas você tem com ela pior fica sua situação, você vai acabar morrendo - Julian alertou.

—Eu não me importo - ela falou.

—Mas eu me importo! O que adianta você conseguir a tal peça se a coisa vai acabar em tragédia do mesmo jeito? - perguntou ele.

—A peça...o cristal do inferno, vai me trazer exatamente o a única coisa que eu ainda quero no mundo e eu vou consegui-lá por bem ou por mal - Odile explicou.

Julian fez uma cara de preocupação, enquanto Odile se transformava em cisne negro e saiu voando por aí, demorou meia hora até que ela chegasse no lugar aonde havia o possuidor da pedra, ela pousou em uma velha caverna de uma tribo e chegou até um homem que estava acompanhado de mais dois homens, o homem deu um sorriso amarelo pro cisne.

—Ora ora ora, não é todo dia que uma ave bela pousa em meus territórios - o homem falou

O cisne negro se transformou na sua fora humana novamente.

Todos ali ficaram chocado.

—Olá Volodar - falou ela sorrindo.

—Quem é você? - perguntou o homem que se chamava Volodar.

—Rainha Odile Rothbart de Tenebris, é um prazer conhece-ló - disse ela com um sorriso malicioso.

—O prazer é todo meu "majestade", diga-me...o que deseja? - perguntou Volodar sorrindo.

—Eu vim aqui em busca do cristal do inferno e você vai dar pra mim por bem ou por mal - falou Odile se aproximando.

—Senão? - ele perguntou.

Odile arrancou o coração de um dos homens de Volodar fazendo ele cair no chão em sua própria poça de sangue morto.

—HAHAHAHA...saquei o seu joguinho, infelizmente pra você gostosinha, eu lhe informo que você não vai poder possuir o cristal do inferno a força, para que o cristal tenha efeito é preciso que o possuidor lhe dê por pura boa vontade - Volodar disse.

—O que você quer? - perguntou Odile furiosa.

—Você gosta de sexo? Curte com homens ou com mulheres? - perguntou Volodar.

—Com pessoas - respondeu ela.

—Eu gosto de ser impressionado, eu só vou lhe dar o cristal pra você caso uma mulher dançe pra mim, a mulher tem que ser sedutora como você, tem que deixar não só a mim mas também as outras pessoas de boca aberta, a mulher tem que me impressionar de todas as maneiras possíveis, caso ela não me convencer, você jamais terá o cristal - explicou Volodar.

—Está bem então, vou conseguir essa mulher pra você, mas se depois disso você não me der o cristal, será o seu fim - ameaçou Odile.

—HAHAHAHA, vamos ver...espero que essa mulher me surpreenda, Odile, senão novamente eu digo: Nada de cristal pra você - falou Volodar.

Odile se transformou em cisne e foi voando até Tenebris, novamente, quando finalmente chegou, Julian esperava por ela.

—Então? Conseguiu possuir o cristal? - perguntou ele.

—Não...ainda não, aquele nojento do Volodar falou que pra ele me dar o cristal vai ser preciso que uma mulher dance pra ele, impressione ele e deixe ele de boca aberta - explicou Odile.

—Não seria um problema não é? Afinal quem é melhor nessa tarefa do que você? - perguntou Julian.

Odile deu um sorriso sarcástico.

—Não, de jeito nenhum - ela falou.

—Então quem vai ser? - perguntou Julian.

—Esse é o meu maior problema, Julian, eu preciso achar uma mulher com essas caracteristicas, ou pelo menos transforma-lá em uma mulher sedutora, a mulher tem que ser muito bonita e impressionante, e vou precisar de sua ajuda pra acha-lá - explicou ela.

—Ok então, vou procurar, mas eu só quero que saiba que ter essa pedra ou não vai acabar machucando-a, não quero que se machuque de novo - Julian disse.

—Eu já estou machucada, Julian, e isso jamais irá sarar - Odile disse.

Na vila, as coisas finalmente haviam voltado ao normal, Luna tinha conseguido recompor suas energias, as pessoas a amavam e se desculpavam o tempo inteiro, Sophia e Nathaniel se casaram e resolveram ir embora dali deixando Phillipe e Luna tristes de saudades porem felizes por eles e o relacionamento dos dois estava finalmente mais forte do que nunca.

Phillipe chegou nela e a beijou longamente ali.

—Nossa o que foi isso? Não que eu não esteja gostando mas qual a ocasião? - perguntou Luna sorrindo.

—A ocasião é você, a mulher mais linda e perfeita que existe na Terra, agora finalmente estamos sem problemas, nada vai ficar entre nós novamente e podemos nos casar - Phillipe disse.

—Sim, e nós vamos, eu prometo, eu te amo - Luna disse.

—Eu também te amo - Phillipe falou.

—Agora eu tenho que ir, tenho assuntos da vila pra cuidar - explicou a arqueira e deixou o local.

Três dias depois, um dos soldados de Tenebris, Vasseur entrou no quarto de Odile.

—O que faz aqui Vasseur? - perguntou a rainha.

—Tenho notícias boas, vossa majestade - falou ele.

—Quais são, exatamente? - perguntou ela.

—É sobre a mulher que a senhorita pediu pra que a gente encontrasse - falou o soldado.

—E então? - ela perguntou.

—Nós encontramos uma e fizemos um desenho dela pra senhorita analisar, majestade - disse Vasseur entregando o desenho pra Odile.

O desenho mostrava uma jovem mulher com o cabelo longo escuro, repicado e jogado pro lado, ela estava encapuzada com arco e flecha e parecia séria.

Odile riu

—Vocês querem que eu coloque uma justiçeira pra dançar pra Volodar? - perguntou ela entre risos.

—Essa mulher é muito admirada por todos, majestade, ela não só é muito bonita e tem o corpo completamente bem definido como também impressiona todos com sua coragem e sua bondade, ela é a melhor candidata que temos - explicou Vasseur.

Odile olhou de novo o desenho realmente a mulher era muito bonita pela que haviam desenhado dela.

—Qual o nome dela? - perguntou Odile.

—Luna Le Roux, Majestade, ela é líder de uma vila próxima ao reino, está noiva de um rapaz um pouco mais velho - explicou Vasseur.

—Le Roux...esse sobrenome não me é estranho - comentou Odile.

Ela se lembrava de Rothbart tocando no sobrenome quando ela era criança, mas não ousaria perguntar sobre porque sabia que o pai agiria de uma forma violenta caso ela se metesse eu seus assuntos.

—Tragam-a pra mim - mandou Odile.

—Claro sua majestade.

—Espere, pensando melhor...você disse que ela está noiva não é? Eu tenho um plano melhor - explicou Odile

...

Na vila, Luna estava distraida cuidando da plantação enquanto Phillipe limpava os estábulos, ela pensava sobre como estava tudo bem pela primeira vez, ou parecia estar tudo bem, também parecia bom de mais pra ser verdade.

Derrepente ela ouviu um grito vindo do estábulo e cavalheiros saíram de lá levando Phillipe a força.

—PHILLIPE! NÃO! - Luna gritou e disparou contra eles, esquecida de que havia deixado seu arco e flecha no chalé.

—SOLTEM-O! - ela gritou chegando perto.

Ela pode ver o simbolo no uniforme de cavalheiro deles, era o simbolo do reino de Tenebris.

Um dos cavalheiros jogou uma pedra em sua perna fazendo ela tropeçar a cair no chão, quando ela tentou se levantar percebeu que era tarde demais, os guardas já tinham ido pra longe com Phillipe.

—PHILLIPE!!!! - ela gritou

Aquilo não iria ficar assim, ela iria imediatamente buscar seu arco e flecha e seu cavalo, iria imediatamente para o reino de Tenebris