No dia seguinte,após Odette virar humana de novo,ela contou pra Siegfried sobre o ocorrido com Odile e tudo que ela havia falado.

—Ela está tramando algo, eu sei que está - Odette contou pra seu amado.

—ela jamais irá conseguir nos separar,  meu amor, eu prometo - Siegfried disse.

—Siegfried, ela é esperta, muito esperta e muito perigosa, nós precisamos dete-lá, algo me diz que ela já deve colocar seu plano em prática logo logo e temos que estar prontos - Odette falou.

—Escute-me, não importa o que aconteça, meus sentimentos por você jamais irão embora, você é o amor da minha vida e eu não pretendo passa-lá com mais ninguém, o destino nos uniu e não vai nos separar mesmo se tentasse, não há nada nesse mundo que eu não enfrentaria pra ficar com você, como eu disse, aconteça o que acontecer esses sentimentos jamais irão embora, você sempre estará em todos os meus pensamentos e em cada parte do meu coração, coração que bate por você todos os duas e que nunca vai parar de bater, eu te amo, Odette, eu te amo com todas as minhas forças e sempre irei te amar, te conhecer foi a melhor coisa que já me aconteceu, eu considero isso um presente de Deus, o melhor presente que eu poderia receber - falou o príncipe com as mãos no rosto dela.

Odette o beijou lentamente e profundamente enquanto lágrimas escorriam de seus olhos.

—Eu te amo também, mais do que qualquer coisa...é por isso que eu tenho tanto medo de te perder pra ela - disse ela.

—Não irá, eu prometo - Siegfried falou segurando as mãos dela.

—Mais e se ela resolver atacar? - perguntou Odette.

—Iremos planejar algo, eu vou falar com Mihkail, vai dar tudo certo - falou o príncipe beijando ela mais uma vez.

Bem longe dali, em uma velha casa abandonada, um homem entrou em um velho quarto onde outro homem estava de costas e com as mãos agarradas atrás.

—Mandou me chamar? - perguntou Julian.

—Ora... mais que modos são esses de tratar seu senhor, Julian? - perguntou Rothbart com um sorriso maldoso.

—Desculpe-me senhor - Julian disse.

—Fez o que eu pedi? - Rothbart perguntou.

—Não senhor, não consegui encontrar a pedra - Julian respondeu.

—Você sempre foi um incompetente e fracassado, não sei porque te salvei,não sei porque você ainda está aqui, seu covarde - falou Rothbart.

—A sua filha precisa de mim senhor - Julian disse.

—Ela precisa acabar com essa porra dessa maldição, desde que as maldições foram lançadas eu fui ficando cada vez mais fraco e preciso daquela pedra para me fortalecer - disse Rothbart furioso.

—Não ha nada que eu possa fazer senhor - Julian contou.

—Pois faça, trate de fazer agora, lembre-se que eu te fiz o que é hoje, Julian, poucas pessoas sabem do que você fez no passado, poucas pessoas sabem que Julian não é seu verdadeiro nome, poucas pessoas sabem quem você realmente é! - falou Rothbart.

Julian ficou calado olhando pra o feiticeiro.

—É melhor você consertar isso, eu vai se ver comigo e você sabe muito bem do que eu sou capaz de fazer com quem me desobedece e se mete no meu caminho - ameaçou o feiticeiro.

Nas tavernas da vila, Luna e Phillipe resolveram beber lá até avistar um homem que olhava pra Luna com um olhar de desgosto e de sarcasmo.

—Algum problema? - Luna perguntou se aproximando.

—Mas é claro que há problema - ele falou.

O homem parecia velho, era bem bigodudo e com uma barba enorme, derrepente Fleury chegou a Luna entendeu tudo.

—O que está fazendo aqui, Fleury? - perguntou Luna furiosa.

—Amor, deixa - pediu Phillipe.

Luna ignorou.

—A taverna é sua agora? Acha que só porque é a lider da vila tem direito de decidir quem entra e quem saí daqui? - Fleury perguntou.

—Pessoas como você não deveriam estar em lugar algum, muito menos aqui, é um perigo pra essa vila e sabe disso - Luna disse.

—Um perigo, um perigo por achar que você é uma fraca e uma tola por poupar a vida das pessoas que são realmente um perigo pra vila? - Fleury perguntou.

—Cale sua boca! - Luna falou furiosa.

Phillipe olhou pra Fleury cheio de raiva.

—Vejamos...você deixa as crianças se divertirem quando deveriam estar trabalhando, autoriza o trabalho feminino quando as mulheres deveriam estar em casa com a vida doméstica que deveriam fazer servindo o seu marido, poupa a vida de quem nos machucou, lê histórias ridículas pra crianças pra tentar faze-lás acreditar que há um final feliz na vida quando deveriam aprender coisas úteis e aceitar que na vida não há essa história de final feliz e sou eu quem devo calar a boca? - perguntou Fleury.

—Já chega! - Luna disse e Phillipe teve que segurar ela.

—OLHEM SÓ PRA ISSO, É ESSA A LÍDER QUE VOCÊS TEM TANTO ORGULHO? ESSA PIRRALHA QUE ILUDE AS CRIANÇAS DE VOCÊS? O INVERNO ESTÁ CHEGANDO E NÃO ESTAMOS COLHENDO QUASE NADA! A AMEAÇA DOS LOBOS E FEITICEIROS NUNCA ESTEVE TÃO ALTA E TUDO O QUE ELA PENSA É EM POUPAR VIDAS E AGIR PENSANDO NOS OUTROS QUANDO DEVERIAMOS ESTAR  PENSANDO NO NOSSO POVO! DEVO LEMBRAR QUE NO REINADO DESSES DOIS TIVEMOS PRAGA? MUITOS PERÍODOS DE CRISE E DE PERIGO, ELA NÃO VAI PROTEGER VOCÊS E TAM POUCO ESSE MERDINHA, JUNTEM-SE A MIM E NÓS IREMOS TOMAR NOSSAS PRÓPRIAS ESCOLHAS! NÃO PRECISAMOS DELA! - Fleury gritou.

Algumas pessoas incluindo o cara que tinha olhado com um olhar feio pra Luna gritaram junto com ele.

—Vamos sair daqui -  disse Phillipe.

Luna saiu furiosa de lá.

—Ele é um monstro! Um covarde, você sabe que o que eu temo mais na minha vida e que ele tome o poder e ele está ganhando cada vez mais apoio com as mentiras e manipulações dele! Nós não podemos deixar que um monstro como ele tome conta do nosso povo, jamais! - disse Luna.

—E não vamos, Fleury nunca vai conseguir o que quer, ele já está aqui há um bom tempo e até agora nunca conseguiu nada porque ele nunca será mais forte que você, Fleury pode ter músculos e ter um fisíco enorme mas você tem seu coração e sua coragem e eu sei que não vai deixar nada que nada de ruim aconteça com a gente, eu te admiro tanto por isso, Luna - Phillipe falou.

—Não, eu não vou deixar, não se preocupe, aquele covarde jamais irá assumir a liderança do nosso povo, enquanto eu estiver viva vou lutar até meu último suspiro pra defender essa vila, mesmo que esteja no chão, eu levantarei - Luna contou.

—Eu sei que você não é de desistir fácil - Phillipe falou.

—Eu não desisto fácil, eu não desisto nunca - Luna explicou.

Horas depois, Siegfried voltou com Mihkail pra floresta, foi difícil achar Mihkail pois ultimamente ele parecia estar ocupado fora do castelo mas ele achou, eles foram até o lago dos cisnes ao encontro de Odette que estava quase virando um cisne novamente.

—Siegfried graças a deus - Odette disse o abraçando.

—Escuta, eu e Mihkail planejamos algo, não vai ser fácil mas iremos conseguir - disse o príncipe.

—O que? - perguntou Odette.

—Nós iremos invadir o castelo, iremos arrancar o segredo da rainha - explicou Mihkail