A Mais Nova Geração escrita por LilyLuna16


Capítulo 28
O melhor cara que eu já beijei




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         P.O.V. Roxanne

 

   Eu olhava para os lados e não reconhecia onde estava, era uma sala luxuosa, tinha luminárias verdes iguais as cortinas, tinha também poltronas de couro preto e no final da sala estreita tinha uma lareira, não reconhecia esse lugar, era completamente estranho pra mim, me senti uma perdida ali. Andei me aproximando da lareira, já que era o ponto que mais exalava luz daquela sala, não sei exatamente o que eu queria, mas eu só andei, como se fosse programada pra fazer isso, mas assim que eu cheguei perto do fogo, eu senti uma mão tocar meu ombro, me virei assustada e vi alguém que realmente não queria ver, eu vi o Goyle, ele e aquele sorriso diabólico dele, normalmente eu gritaria com ele e falaria pra ele nunca me tocar, mas as palavras não saíram da minha boca, eu fiquei muda, não conseguia dizer uma palavra ou mexer um músculo, ele começou a se aproximar do meu rosto, ainda com aquele sorriso no rosto, mas não era um sorriso bonito de se ver, era um sorriso que me assustava, e foi naquele momento que eu senti um medo me assolar, estávamos apenas nós dois naquela sala, que eu deduzi ser o salão comunal da Sonserina, não havia ninguém ali para me salvar e eu, aparentemente, não conseguiria fazer isso sozinha.

   Goyle e aproximava mais e mais, ele não parava de investir contra mim, até que finalmente seus lábios se encontraram com os meus, ele começou a me beijar com força, mas eu não retribuía, a sensação de sentir sua língua na minha boca não em causa nada mais que repulsa e nojo, minha vontade era de socar a sua cara e lhe xingar de todos os nomes possíveis, mas eu não conseguia, eu estava travada e não conseguia me mexer, fecho meus olhos, mas então de repente ele para o beijo, abro os olhos e ele simplesmente desapareceu, pouco me preocupo aonde ele foi parar e saio correndo, mal vejo para onde vou, só abro uma porta e entro sem demora, fecho a porta e me encosto nela ainda assustada, meu peito subia e descia eu uma velocidade surpreendente, eu estava assustada, ele havia feito tudo o que tinha feito e eu não consegui fazer nada para impedir, eu me sentia uma fraca, uma fraca por não conseguir me defender, sempre fiz isso, mas no memento em que mias precisava eu congelei.

   Me viro e apoio minha cabeça na porta ainda respirando fundo, tentava organizar meus pensamentos, mas eles pareciam uma maçaroca, não lembrava como havia chegado ali, não lembrava de nada. Sinto uma mão no meu ombro e me viro assustada, ele não poderia estar ali novamente poderia? Mas para a minha felicidade não era o Goyle que se encontrava ali, era o Luke, não era a pele clara e sem vida do Goyle, era a pele um tanto bronzeada do Luke, eram seus olhos castanhos que RAM um pouco esverdeados, quem olha rápido falaria que eles eram castanhos, mas que olha profundamente nos olhos dele percebe que na verdade, ele tem um pouco de verde nos olhos, assim como eu olhei. Ele tinha uma expresão calma, ela transmitia calma e por um momento senti minha respiração se acalmar um pouco, mas mesmo já estando um pouco mais calma, eu pulei em seus braços e afundei meu rosto no seu peito, ele me abraçou de volta puxando meu corpo pela cintura. Não ficamos nem 5 minutos assim até que ele se afasta um pouco passando a encarar os meus olhos, ele me fitava intensamente e por incrível que parece eu me senti bem, mesmo com o que tinha acabado de acontecer comigo, eu me sentia bem com o olhar dele, mas como se tudo isso fosse um sonho ele me beija, de forma clama, diferente do Goyle, ele me beijou com paixão e, dessa vez, eu retribui. Nossas línguas dançavam e eu conseguia sentir o gosto maravilhoso dele, sem duvidas, aquele foi o melhor beijo que eu já dei na minha vida, ou melhor, o melhor cara que eu já beijei.

   Meus olhos abrem e minha respiração está ofegante, olho para os lados tentando entender onde eu estava, aquele lugar era conhecido, as cores, o cheiro, a cama, tudo era conhecido, eu estava no meu dormitório. Mas não era possível! Aquilo tudo realmente não tinha passado de um sonho? Não que a parte do Goyle tenha sido boa, mas parecia tudo tão real, o toque dele, o cheiro dele, o gosto dele, mas na verdade tudo não passava de um sonho, posso dizer que aquele dia na enfermaria só me deixou com mais vontade ainda, aquele simples selar de lábios fez a minha mente desejar mais daquilo a cada dia, mas eu não podia, ou podia? Eu já havia me sentido assim, mas prometi a mim mesma que não me sentiria assim novamente, prometi a mim mesma que nunca me apaixonaria, mas pelo visto não mandamos nos sentimentos, sempre me falaram isso, mas eu nunca acreditei, eu me achava forte o suficiente para resistir aos encantos de qualquer um, mas pelo visto, não consegui fugir dos dele.

   Levantei da cama um pouco sem ar e também um pouco triste pela segunda parte do meu sonho não ter sido real, mas já que não era bem que aquele sonho poderia ter durado mais, aquele beijo maravilhoso poderia ter durado mais. Abro as cortinas da minha cama e percebe que não é nem de manhã ainda, decidi então fazer minhas higienes noturnas, mas antes de chegar na porta do banheiro vejo uma cena que faz meu cérebro entrar em pani, eu vejo a Molly e o Fred dormindo abraçadinhos na cama dela. Olho para os lados procurando saber se tinha alguém no quarto a não ser a gente e me acalmo quando vejo que não há ninguém, mas assim que boto meu olhos novamente na cena, que se não fosse meu irmão e minha prima eu acharia fofa, eu surto novamente, não é que eu não ache fofa a cena deles, mas é que eles simplesmente não me contaram nada, desde quando eles namoram?! Eu não fazia a mínima ideai! Mil sentimentos passaram por mim, raiva, felicidade, indignação, alegria, mas então eu escuto barulhos de alguém subindo a escada e entro em desespero, penso rápido no que fazer e faço a primeira coisa que vem a minha cabeça, eu fecho as cortinas e lanço um Abaffiato, porque se acaso o Fred fizesse algum barulho as outra meninas não saberiam, eu até poderia contar pra elas, mas não sou assim e também, a primeira que ia saber dessa história era eu!

                 P.O.V. Molly

Perfeito! Espetacular! Esplêndido! Maravilhoso! Essas são as palavras que definitivamente não descrevem o dia de ontem. Pra começar, hoje na aula de DCAT eu não consegui fazer um patrono, nem um incorpóreo, não que minha lembrança feliz não seja forte, mas a questão é que eu acho que para conseguir fazer um patrono direito eu tenho que lembrar quem me deu a Mel, a Mel é a minha gata pra quem não sabe, mas eu realmente não consigo lembrar quem me deu o meu amorzinho, na minha lembrança eu só vejo um borrão me entregando ela, eu sei que um dia vou conseguir conjurar um patrono, eu espero, mas eu tinha conseguido da ultima vez, foi um incorpóreo, mas foi Isso já serviu para estragar um pouco o meu dia, mas daí veio uma parte boa, ver o Goyle correndo o mais rápido possível para tentar achar um banheiro e vomitar as vomitilhas que ele comeu, só que ao invés do universo colaborar comigo ele vai lá e manda o Flich, que nos “pegou no flagra”, foi como ele me disse, agora o meu pai ia ficar sabendo que eu voltei para as pegadinhas e ia surtar, ele tinha ficado tão feliz quando eu decidi virar monitora e parar com as pegadinhas e agora, depois de tanto tempo, eu voltei a ser como eu era há muito tempo. Eu estava com medo, medo de decepcionar meu pai, medo que não ser o que ele esperava o que eu fosse, eu sei que eu devia fazer o que me faz feliz, mas eu também não quero decepcionar meu pai, ele sempre quis que eu trabalhasse no ministério com ele e isso foi o que eu quis por um tempo, mas então eu fiz uma pegadinha, fazia tanto tempo que eu não fazia isso e naquele momento em que eu vi o Flich parecendo uma galinha rosa eu percebi o quanto eu sentia falta disso, mas eu também sabia que teria um grande problema, contar pro meu pai. Eu não queria ver o olhar de decepção que ele ia me dar, eu não queria fazer ele ficar triste por eu não querer mais trabalhar no ministério, mas pra ser sincera eu nem sabia mais o que eu queria fazer! Eu estou surtando!!!

    Eu acordei já por falta de sono, mas não abri os olhos, não queria levantar, não queria acordar para a realidade, então eu fiquei deitada na cama ainda de olhos fechados, estranhamente não leguei se já estava atrasada, só queria ficar na cama. Mas então eu percebi que eu não estava deitada como sempre, eu sentia que estava envolvida por algo quente, mas eu não me lembrava de ter me coberto ontem, pra falar a verdade eu nem lembro de ter chego na minha cama, a última coisa que eu lembro é de desabar em choro assim que saímos da sala da McGonagall  e agora eu estou na minha cama, realmente não me lembro de como vim parar aqui, mas não era isso que mais importava nesse exato momento era o que estava me esquentando, não que eu estivesse incomodada, porque realmente aquele calor era maravilhoso, me lembrava uma tarde de verão, eu me sentia tão bem com aquele calor, ele era reconfortante, mas eu não podia ficar ali para sempre, eu tinha que mexer, infelizmente ainda não era férias, mas o lado bom é que amanhã nós íamos pela rede de pó de flu para casa, eu sei que depois voltaríamos, mas depois desse feriado não ia demorar muito mais para as férias chegarem e junto delas o natal!

   Me mexi um pouco para ver se conseguia coragem de abrir os olhos, mas então eu senti um peso na minha cintura, fiquei um pouco assustada então botei minha mão na minha cintura, só que eu não senti nenhuma coberta nem nada, era algo macio, quente e... Era um braço! Eu tinha certeza que não era o meu, porque se fosse eu sentiria, isso só me deixou mais assustada, eu realmente não lembrava nada. Eu subi o braço para tentar descobrir de quem era, tinha esperanças que fosse a Lucy que veio dormir comigo porque teve um pesadelo, mas essa hipótese sumiu da minha mente assim que eu senti os músculos que aquele braço tinha, nossa, bota músculos! Subi a minha mão pelo braço e senti um ombro largo, mas pude perceber que quem quer que esteja do meu lado, ele usava roupa, percebi que minha perna estava um pouco levantada, mexi um pouco ela e percebi que minha perna estava entrelaçada com outra. Me inclinei um pouco pra frente e senti meu nariz encostar em uma parte descoberta de pele, não sabia exatamente qual era, mas consegui sentir um cheiro de grama e mais uma vez isso me lembrava uma tarde de verão, percebi que a parte onde meu nariz estava encostado era o pescoço, porque depois percebi que meus braços estavam envolta do pescoço do mesmo, por mais estranho que possa parecer, eu não estava incomodada em estar abraçada com uma pessoa, que na hora, eu não sabia quem era. Com a coragem que veio não sei da onde, eu abri os meus olhos e assim que fiz isso minha respiração falhou por uns segundos, como eu não tinha percebido antes? Esse calor, essa lembrança de uma tarde de verão, esse cheiro, como eu não percebi que era ele?! Eu encarei o seu rosto, ele ainda dormia e eu pude observar cada detalhe, a pele dele era que nem todo o resto, lembrava o verão, era meio bronzeada, uma mistura perfeita da pele dos pais dele, o nariz perfeito que ele tinha, os lábios finos, mas mesmo assim chamavam bastante atenção, o lábio de baixo era um pouco maior que o de cima, eles eram rosados naturalmente, sempre invejei um pouco isso, pros meus ficarem daquela cor eu tinha que passar um batom, talvez seja estranho eu estar reparando tanto nos lábios dele, mas nesse momento eles parecem extremamente chamativos, até demais. Sentia a respiração dele bater no meu rosto, normalmente eu me incomodava muito quando as pessoas respiravam perto de mim, mas eu estava tão focada em observar ele dormindo que nem liguei para isso, dormindo ele parecia um anjo, mas vamos ser sinceros que de anjo ele não tinha nada, olhei para o lado e percebi que as cortinas da minha cama estavam fechadas, isso me aliviou muito, já que eu realmente não queria que nenhuma das meninas me visse assim, dormindo abraçada no Fred, mas não era nada demais era? Minhas lembranças da noite anterior começaram a voltar, lembrei que pedi pro Fred me trazer pra cá e que ele me pegou no colo, lembro também que ele ia embora, mas eu não deixei, eu pedi pra que ele ficasse e sabe o que é mais engraçado disso tudo? É que ele ficou! Nós sempre fomos meio próximos, não tanto quanto ele e o James eram, mas próximos, não contem isso pra nenhum dos meus outros primos, mas o Fred sempre foi meu favorito, um pouco contra o gosto do meu pai que não gostava quando nós dois decidíamos fazer pegadinhas, principalmente quando era com ele, pensando bem, em alguns dos momentos mais felizes da minha infância o Fred estava junto, até mesmo quando eu descobri que a minha mãe estava grávida da Lucy ele estava junto.

   Percebi que me perdi nos meus pensamentos assim que ouvi as meninas conversando do lado de fora, olhei mais uma vez pro rosto angelical que estava a minha frente, foi então que eu me toquei que a qualquer momento uma delas podia abrir aquela cortina que cercava a minha cama. Me mexi para me levantar rápido, só que acabei esquecendo que o braço do Fred estava na minha cintura, isso fez com que ele gemesse de descontentamento, tentei retirar o braço dele, mas assim que consegui eu senti um frio passar pelo meu corpo e tudo que eu queria era voltar pros braços quentes dele, mas infelizmente isso não seria possível, botei meus pés para fora da cama e senti o frio bater neles também, percorri meus olhos pela parte que ficava para dentro da cortina procurando a minha pantufa, achei ela perto do meu baú, podem até rir, mas a minha pantufa era um livro “de pelúcia” azul, eu ganhei do Fred, ele me disse que do jeito que eu estudava não havia pantufa melhor para mim, ri um pouco dessa lembrança e olhei para trás automaticamente, ele continuava dormindo, mas agora estava de barriga pra cima e com a mão na mesma, pode parecer estranho eu dizer isso, mas ele estava lindo, como eu nunca reparei que ele era tão lindo assim? Afastei esses pensamentos da minha cabeça, não podia ficar pensando isso, me estiquei um pouco e alcancei as minhas pantufas, coloquei elas no pé e senti o calor que elas proporcionavam. Certo, agora eu não sei mais o que fazer, eu acordo ele? Ou eu o deixo dormindo? Mas e se alguma delas entrar aqui? Merlin o que eu faço?! Certo. Primeiro passo, eu vou ma acalmar e respirar fundo. Segundo passo, eu vou... AHHH!

   - Vou acordar a Molly!- Eu escuto a Roxy dizer do lado de fora da cortina, legal! Maravilha! O QUE EU FAÇO?!

   Eu comecei a olhar para os lados assustada, não sabia o que fazer, a Roxy estava vindo me acordar, ela não podia ver o Fred na minha cama, o que ela ia pensar?! Mesmo ele estando vestido com o uniforme inteiro ela poderia pensar alguma coisa! SOCORRO! Infelizmente antes que eu pudesse fazer qualquer coisa a Roxy abriu as cortinas, só que ela abriu apenas uma frestinha e assim que entrou ela já fechou a cortina em uma velocidade surpreendente. Achei estranho, já que a ação dela foi tão conveniente para a minha situação, pra falar a verdade, eu nem sei exatamente a minha situação! Ela vira pra mim assim que fechou totalmente as cortinas, só que tinha um pequeno detalhe naquela cena, a Roxy estava com um sorrisinho malicioso no rosto, isso quer dizer que ela já sabia, porque ela nem olhou para o Fred que ainda dormia na minha cama, mas como é que ela sabia?!

   - Como foi a noite?- Ela me olha ainda com aquele sorrisinho malicioso no rosto.

   Sinceramente eu não consegui dizer nada, fiquei paralisada com uma cara de anta, e tenho certeza que eu estava corada também, QUEM NÃO FICARIA?! Ela apenas ri da minha cara, olha que reconfortante!

   - Ai, eu to zoando!- Ela diz e ri ainda mais se afastando da cortina, agora que eu percebi que ela está rindo alto pra caramba, a olha assustada e ela parece entender- Se acalma! Eu... Ah, vou explicar a história toda de uma vez! Eu tava dormindo, porque estava quebrada, mas daí eu acordei por conta de um sonho...- Posso estar imaginando coisas, mas eu juro que vi a Roxy corar um pouco- Mas ele não vem em questão agora! Voltando, eu acordei e vi vocês dois dormindo abraçadinhos na sua cama, claro que eu surtei um pouco no inicio, mas então eu ouvi alguém subindo as escadas do dormitório, eu, rápida do jeito que sou, fechei a cortina num flash, lancei um Abaffiato e fingi que nada aconteceu! Mas que ideia genial de vocês, dormir abraçadinhos e nem fechar a cortina!

   - E-eu...- Não sabia o que falar, ahhh, esse dia pode ficar pior?!

   - Roxy?- Uma voz sonolenta pergunta, eu olho pra cama e vejo o Fred sentado e bocejando- Onde é que eu to mesmo?

   - Você, meu caro irmão, estão deitado na cama da nossa querida prima, Molly!- Roxy fala com um pouco de deboche, o Fred apenas arregala os olhos e começa a olhar envolta, mas então sua expressão muda e ele parece que entendeu tudo- Lembrou? Ótimo! Agora me falem desde quando vocês namoram?

   Nossa, que direta! Assim que ela terminou a pergunta eu comecei a tossir feito uma louca, mas enquanto eu achava que ia morrer engasgada, o Fred só paralisou, ele pareceu ficar em choque e não conseguia dizer uma palavra. Que maravilha! Agora a Roxy acha que eu e o Fred estamos namorando!

   - Meu Merlin! O que foi? Eu só perguntei desde quando estão namorando! Acho bem injusto vocês não terem me contado! Eu sou sua irmã Fred! Eu...

   - Não estamos namorando!- Eu e Fred falamos ao mesmo tempo, há essa hora eu já tinha parado de tossir feito uma louca descontrolada.

   - Como não?- Ela pergunta e olha de um pro outro confusa- Vocês estavam dormindo juntos!

   - É que...

   - É uma longa história!- Fred fala me interrompendo, então a Roxy senta no chão e fica encarando ele, como se quisesse dizer que ela tinha tempo, ele só suspirou e deu uma risadinha fraca- Vou resumir, eu acabei de acordar! O Flich acabou pegando a gente e nos levou pra Diretoria, daí a McGonagall deu uma detenção pra gente, só que não foi só isso, ela...- Ele me olhou e seu olhar me pedia permissão, eu apenas ignorei e falei eu mesma.

   - Ela tinha que comunicar nossos pais...- Eu disse só isso e acho que a Roxy percebeu porque sua postura mudou completamente- Eu entrei em desespero, não queria que meu pai soubesse, então comecei a chorar e pedi pro Fred me trazer pra cá, só isso!

   - Então ele tava dormindo aqui por quê?- A Roxy parecia estar bem confusa.

   - Eu estava triste e pedi pra ele ficar, não foi nada de mais.- Falei um tanto baixo, eu realmente não sei porque tinha feito isso, não sei porque eu tinha pedido pra ele ficar, tipo, eu poderia até usar a desculpa que não estava em sã consciência naquele momento, mas seria uma mentira, eu estou sempre em sã consciência.

   A Roxy me olhou com um olhar avaliativo, depois olhou para o Fred do mesmo jeito, ela ficou nos encarando por um tempo e suspirou.

   - E como o Fredorento vai sair daqui?- Ela pergunta finalmente e então eu percebo que temos um baita problema.

   - Eu não tinha pensado nisso, meu Merlin! E agora?- Começo a ficar desesperada, isso realente não tinha passado pela minha cabeça!

   - Calma Molls!- Fred disse levantando da cama e parando na minha frente, eu estava prestes a perguntar pra ele como eu poderia ficar calma em um momento desses quando vejo um sorriso no seu rosto, aquele sorriso charmoso que mostra as covinhas maravilhosas que ele tem- O Jay me deu a capa! Pra caso a gente precisasse, é só eu usar ela!

   - Vou deixar vocês dois ai resolverem tudo e vou sair, as meninas vão começar a estranhar!- A Roxy diz e sai abrindo e fechando as cortinas rapidamente.

   Só sobrou eu e o Fred aqui de novo, mas diferente de antes, agora ele estava acordado e estava na minha frente, sorrindo daquele jeito, aquele jeito charmoso, eu não durei nem um minuto olhando para ele que já fiquei corada, mas não tinha sentido para ficar assim, estávamos somente nos olhando, nada de mais! Ele não fala nada, apenas mexe no seu bolso e tira a Capa da Invisibilidade de lá. Eu como uma anta, continuo parada apenas observando seus movimentos, ele pegou a capa e vestiu ela, deixando apenas a cabeça aparecendo, ele se aproxima mais de mim, mas aquele sorriso já não estava no seu rosto, o sorriso dele agora era um tanto tímido, ele se aproximou mais ainda só que agora do meu rosto, eu comecei a suar frio, eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo aqui! Meu estomago estava praticamente voando e minha respiração começou a ficar mais difícil, mas eu não me mexia e sabe o engraçado? Eu não estava com vontade de me mexer, minha mente não sabia o que ia acontecer, mas meu corpo queria que acontecesse e decidiu ficar paralisado. Meu coração começou a disparar quando o rosto dele estava bem próximo do meu, mas quando ele estava muito, mas muito, próximo, ele desviou e deu um beijo na minha bochecha, foi nesse momento que eu percebi que esse momento pareceu ser bem mais devagar na minha cabeça e que eu não queria só um beijo na bochecha, mas eu não posso querer mais que um beijo na bochecha! Eu não posso!!!

   - Espero que melhore...- Ele falou em uma voz calma, baixa e posso dizer um pouco sedutora.

   E ele saiu, saiu e me deixou ali, com pensamentos que eu não deveria ter com pessoas que eu não deveria pensar isso, ele saiu e me deixou flutuando de um jeito que eu nunca fiquei.


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