Pokémon: Alma de Vencedor

Capitulo 18: Entram os pesquisadores! Selina, Abril e Alkan!

14/03/71-Quinta-Feira              

Lucks e Login estão voltando do instituto após o termino de suas aulas. Ao chegar perto de sua casa, Login observa a silhueta de algumas pessoas que ele desconhece falando com sua mãe.

—Quem são aqueles? Parece uma mulher e três crianças. —Diz Login forçando a vista.

—Que?—Pergunta Lucks que estava distraído vendo uns Pidgeys voando sobre as arvores ali perto.

—Aquelas pessoas, Lucks. Estão falando com a minha mãe. —Fala Login apontando-as.

—Hum... São a Seli e os garotos!—Exclama Lucks animado.

—Sua esposa e mais filhos seus?—Indaga Login.

—Isso mesmo!—Exclama Lucks contente.

—Sério? Você tem mais dois filhos além da Liana? Eu achava que você tava brincando quando dizia que tinha mais filhos. —Diz Login.

—Segure minha maleta, sim? Vou dar um susto neles. —Fala Lucks dando a maleta que contem seus materiais escolares para Login.

—Lucks você é muito doido. —Fala Login enquanto Lucks vai correndo abaixado perto das cercas para que ninguém o veja chegando perto da casa de Bella.

—E ai!—Exclama Login se aproximando de seus parentes até então desconhecidos, Lucks se aproveita disso, pois todos olham para Login e então ele consegue entrar de fininho no arbusto onde seus filhos estão próximos.

—Você deve ser o Login. —Fala Selina, ela tem longos cabelos pretos, pele branca, usa óculos, tem a mesma idade de Lucks e quase o mesma altura que Login, está usando uma camisa longa preta e calças azuis com sapatilhas pretas. Ela tem um rosto bonito.

—Isso mesmo, e você é a minha Tia Selina. Me deve alguns presentes atrasados de quinze aniversários. —Diz Login enquanto cumprimenta ela com um aperto de mão.

—É claro que ele está brincando. —Diz Bella.

—Só que não. —Corrige Login falando sério.

—O Lucks não devia estar com você?—Pergunta Selina.

Lucks aparecendo no arbusto sendo visto apenas por Login, Lucks faz sinal de silencio.

—Hum, ele estava... Mas parou para... Observar uns pokémons. —

—Ah, isso é a cara dele. —Diz Selina.

—Papai capturou novos pokémons?—Questiona um dos filhos do Lucks, eles são gêmeos, eles se parecem com Lucks quando este era criança. Embora tenham o mesmo rosto, cada um tem um corte de cabelo diferente além de roupas.

—Não, ele disse que ele está observando e não capturando. —Diz um dos filhos que usa um boné preto com o símbolo de uma asa nele.

—Mas antes de capturar um pouco tem que observar ele ne? Dã!—Retruca o garoto de antes, ele tem cabelos espetados para cima e está com uma blusa de frio com as cores vermelhas e azuis com o símbolo dos elementos água e fogo na parte de trás.

—Esses são os seus primos Login. —Diz Selina empurrando os garotos para frente.

—E ai. —Diz Login.

—Os bobões voltaram. —Fala Liana rindo.

—Não enche. —Fala o garoto de blusa de frio.

—Buu!!—Grita Lucks saltando do arbusto e assim dando um susto em todos.

—Pai!—Exclama o garoto de cabelos espetados abraçando Lucks.

—E ai como vocês estão?—Pergunta Lucks.

—Assustados!—Responde o garoto de boné que caiu no chão com o susto.

—Léi continua medroso como sempre. —Fala Liana rindo.

—Não estou com medo, é que eu... Escorreguei!—Reclama o garoto de boné o ajeitando em sua cabeça.

—Ainda não disse o nome deles para o Login né?—Questiona Lucks enquanto dá um selinho em sua esposa.

—Não. Eu sei que você gosta dessa parte. —Fala Selina retribuindo o beijo.

—Então vamos lá. —Fala Lucks colocando as crianças enfileiradas. —Login, conheçam seus primos, o de cabelo espetado e bagunceiro é o Lair, o de boné aqui que gosta de pokémons voadores e de estudar é o Léi, e a Liana você já conhece, ela é a mais obediente, comportada e bonita dos três. —

—La, Le, Li, Lo, Lu, parece que a nossa família tem uma coisa com essas silabas. —Percebe Login.

—É mesmo, eu não tinha reparado, isso é legal!—Diz Lucks animado.

—Então, Lucks. —Fala Selina—Você já resolveu as coisas que tinha para resolver por aqui?—

—Não. —Responde Lucks—Prendi o Morte Elétrica, mas ainda tem o problema dos treinadores sumindo, já chamei o Kaine e o Abril para me ajudarem com isso. O Abril está vindo e o Kaine já chegou. Ele deve vir almoçar com a gente hoje. —

—Então nós vamos ficar na cidade por mais algum tempo. —Conclui Selina—Espero que isso não seja um problema, mas qualquer coisa nos podemos ir a um hotel, eu sei que as crianças podem acabar incomodando. —

—Não, não tem problema nenhum. É claro que vocês podem ficar aqui pelo tempo que quiserem. —Diz Bella.

—Mais gente na minha casa. Isso parece que vai ser irritante, mas se no final do ano eles me derem os quinze presentes que estão me devendo... —Pensa Login.

—Vejo que cheguei em um bom momento, um reencontro de amigos de longa data. —Fala um Alakazam chegando junto com Kaine.

—Ei Login, não esqueça do treino de hoje em. —Alerta Kaine com um olhar duro.

—Sim senhor. —Diz Login rapidamente.

—Que bom ver todos vocês aqui. Só faltou o Pedro e a Meilin para termos o grupo clássico. —Fala Selina.

—Sim. —Concorda Alakazam abraçando sua amiga.

—E os pirralhos como estão?—

—Bem, tio Kaine!—Respondem os dois contentes.

—Pera ai, um Alakazam falante! É aquele da televisão?!—Exclama Login surpreso.

—Passe anos desenvolvendo pesquisas e trabalhando duro e será reconhecido como “O Alakazam da televisão”. Incrível. —Diz o Pokémon com sua voz adulta.

—O Abril é um colega pesquisador, e sim, ele sabe falar, melhor que muita gente a proposito. —Brinca Selina.

—Será que a gente pode gravar um storie para eu postar no meu perfil?—Pergunta Login com o celular na mão.

—Não. —Diz o Alakazam, Login fica triste. —Estou brincando. Vamos gravar. —

Um tempo depois...

—Que pelo jeito de passar à tarde. —Fala Kaine na sala de interrogatório da prisão junto com Lucks e Abril o Alakazam, a frente deles está o individuo intitulado como Morte Elétrica.

—Fico contente em poder estragar seu dia. —Diz Morte Elétrica com seu sorriso cínico. Ele está com as mãos algemadas e sentado na cadeira de metal encostado na mesa.

—Quando sairmos daqui iremos comer alguma coisa gostosa, e você não, vai voltar para a sua sala, então não, você não estragou meu dia... Seu bosta. —Diz Kaine.

—Trouxemos o Abril, ele é um Alakazam.—

—Ah, sério, achei que era um deficiente. —Interrompe Morte Elétrica com uma piadinha.

—Ele é provavelmente o Pokémon psíquico mais poderoso do mundo. E vai ler a sua mente para confirmar se o depoimento que nós deu aquela vez é verdade. —Avisa Lucks.

—Isso não é invasão de privacidade, não é crime não? Eu tó preso, mas tenho meus direitos, cadê meu advogado?!—Reclama Morte Elétrica.

—Olha... —Fala Lucks tirando uns papeis de sua jaqueta vermelha com detalhes pretos, ele parou de usar o terno e calças brancas depois que Selina disse que ele não precisava ir tão formal para o instituto. —Você tem que assinar essas folhas primeiro, só depois o Abril vai estar autorizado a ler a sua mente. Em troca você vai ganhar uma redução de oito anos na sua pena, independente de estar dizendo a verdade ou não. —

—Porra, oito anos?!—Exclama Kaine—Ele sai ganhando demais com isso, Lucks!—

—Sim. Eu sei. —Fala Lucks—Mas nós também já que vamos saber se ele não está realmente envolvido com o desaparecimento dos jovens treinadores. E se ele sair da prisão e voltar ao mundo do crime... Bem, nós simplesmente o prenderemos de novo. —

—Falando assim você faz parecer que é fácil. —Comenta Kaine.

—Se quiser chamar seu advogado para ler os papeis e te aconselhar quanto a isso, você pode. —Fala Lucks—Mas eu tenho certeza que ele vai te aconselhar a assinar, é a melhor decisão. —

—Só que se eu chama-lo vai levar pelo menos uma hora até ele chegar e ler tudo não é?—Questiona Morte Elétrica dando uma olhada nos papeis.

—É sim. —Confirma Lucks.

—Então vou chama-lo. —Diz Morte Elétrica—Só para enrolar vocês. —

Uma hora e meia depois...

—Meu cliente decidiu aceitar o acordo. —Fala um advogado de óculos entregando os papeis com a assinatura para Lucks.

Kaine encara Morte Elétrica com raiva, Morte Elétrica sorri para Kaine.

—Então vá em frente, Abril. Cheque a mente dele. —Fala Lucks ao Pokémon psíquico que se aproxima do Morte Elétrica e coloca as mãos sobre a cabeça do individuo.

O Alakazam se concentra e após cinco segundos ele diz: —Ele disse a verdade. Ele não tem envolvimento com os treinadores sequestrados. —

—Eu disse. —Diz Morte Elétrica se sentindo o bonzão.

—Certo... Bom, terminamos por aqui. —Fala Lucks um tanto decepcionado coçando seu pescoço enquanto sai da sala.

Antes de sair Kaine olha para trás vendo Morte Elétrica mostrar a língua para ele.

—Sinto muito Lucks. Queria ficar e ajudar na investigação, mas preciso partir ainda hoje, meu trabalho lá em Siake sobre as ondas psíquicas latentes em pokémons aquáticos está em uma fase crucial. Meus colegas pesquisadores precisam de mim por lá o quanto antes. —Fala o Alakazam.

—Eu entendo Abril, pode ir. Eu ainda vou ficar aqui até resolver o caso, e sei que vou conseguir. —

—Bom... Eu também vou partir hoje. —Anuncia Kaine. —O torneio de lutadores mirins vai começar em um mês e eu já preciso ir aumentando os treinos do meu filho para ele vencer. —

—Entendo. —Diz Lucks.

—Mas se as coisas ficarem feias por aqui sabe que pode nós chamar. —Fala Kaine.

—Podem deixar, eu sei. Ainda vai treinar o Login hoje?—

—Sim. Eu já vou indo. Pedi para ele me encontrar na praça perto do instituto, vejo vocês mais tarde. —Fala Kaine começando a correr para longe deixando Lucks e o Alakazam para trás.

Nisso há algumas horas atrás em um ponto de ônibus perto do Instituo PEPTA.

—Ei, você!—Exclama Briuno chegando perto de Ben que está no ponto a espera do ônibus.

—E-eu?—Pergunta Ben um pouco amedrontado, ele conhece a fama de Briuno de ser um valentão e também o aluno mais forte fisicamente do instituto.

—Você é um dos alunos que ganhou um ticket hoje para visitar o laboratório do Doutor Alkan não é?—Fala Briuno já perto de Ben.

—Sim. —Responde Ben com rapidez.

—Não é o único... —Fala Briuno mostrando um ticket amarelo igual ao de Ben.

—Lucks me deu no final da aula, ele disse que seria dado aos alunos com melhores notas de cada sala, parabéns então. —

—Rum... Não sou nem de longe o melhor aluno da minha sala, o Lucks me deu isso para que eu faça um trabalho de não sei quantas paginas sobre isso. E você vai me ajudar. —

—O que? Mas... O Lucks vai perceber a minha letra, não dá pra... —

—Cara, eu não quero que você copie para mim. Puta merda, que preconceito esse seu! Só quero ir junto com você até o laboratório, não quero ficar lá sozinho com um pesquisador, eu acho esses caras escrotos e minha namorada a Jasmine me recomendou ir com você, então é isso. —

—Ah tá, me desculpe então. —Fala Ben envergonhado.

—Tem que parar de ser racista cara. —Diz Briuno.

—Eu só estou esperando o ônibus chegar para ir até o laboratório. —Fala Ben se ajeitando no banco.

—Beleza, já vamos e já resolvemos isso. —Fala Briuno se sentando e colocando as mãos dentro dos bolsos de seu moletom cor de vinho.

Um silencio desconcertante se forma pelos próximos dez segundos.

—Então... —Diz Briuno—Você não vai escrever pra mim, mas pode pelo menos me dar umas dicas do que escrever... Eu meio que preciso tirar dez nesse trabalho se não, não poderei lutar pela terceira insígnia na semana que vêm. —

—Mas você já vai ver as coisas lá no laboratório e já vai ter uma ideia do que escrever. —

Briuno dá um olhar zangado para Ben.

—Mas caso não tenha eu com certeza vou ajudar!—Exclama Ben rapidamente com preocupação.

—Bom. —Diz Briuno se levantando, já que o ônibus que eles esperavam acaba de chegar.

Após algum tempo eles chegam a uma parte da cidade conhecida como “Área das pesquisas”, devido ao grande número de laboratórios e fazendas Pokémon de pesquisadores instaladas no local.

 Ben e Briuno descem ficando de cara com um laboratório aparentemente pequeno, mas moderno, ele tem as cores azuis e grandes antenas instaladas no teto e dá pra ver que atrás dele tem uma área de criação Pokémon.

Eles se aproximam da porta, Briuno tenta abri-la, mas não consegue.

—Tem um visor ali do lado para nos comunicarmos. —Avisa Ben.

—Vai lá então. —Diz Briuno.

Ben se aproxima do visor e toca um botão abaixo dele.

—Quem são e o que querem?—Pergunta uma voz jovem falando através do comunicador.

—Somos estudantes do instituto PEPTA. Ben e Briuno, temos tickets para fazer uma visita aqui. —Responde Ben.

—Coloquem os tickets perto do visor. —Diz a voz jovem.

Ben e Briuno obedecem.

—A entrada está ativada, podem vir. —

Briuno tenta abrir a porta e dessa vez ele consegue.

—Bem vindos ao recém inaugurado laboratório Alkan. —Saúda um jovem de cabelos azuis espetados, ele tem pele branca, usa um jaleco branco por cima de uma camisa social azul e calças pretas com sapatos pretos. Na sua testa ele tem uma faixa também azul da cor dos seus cabelos, no meio da faixa está o desenho de uma pokébola. Seus olhos são verdes.

—Nossa, que lugar incrível!—Exclama Ben olhando para os lados e vendo o lugar por inteiro.

Tem uma mesa com alguns computadores no canto, o jovem de jaleco está sentado perto dela mexendo em um computador. No outro lado a mais uma mesa com vários aparelhos eletrônicos, incluindo pokébolas desmontadas, a armários do outro lado e nas paredes a vários papeis com formulas matemáticas complexas, além de uma estante transparente contendo vários elementos químicos e pedras de evolução desconhecidas para Ben.

 Também a uma porta que dá acesso a outros cômodos do laboratório.

—Cadê o doutor Alkan?—Questiona Briuno.

—Está diante dos seus olhos. —Fala o jovem de cabelos azuis se levantando e se aproximando dos visitantes. —Prazer. —Ele estende a mão para cumprimenta-los.

—Sério? Você é mais novo que eu cara!—Diz Briuno não apertando a mão de Alkan.

—Você não sabia sobre isso, Briuno?—Questiona Ben—O Alkan é a pessoa mais nova até agora a obter o titulo de doutor Pokémon. —

—Sim. Tornei-me doutor aos catorze anos e atualmente tenho quinze. Farei dezesseis daqui a quatro meses. —

—Impressionante, poderia nós contar como conseguiu esse titulo tão cedo?—Pergunta Ben.

—Claro, falarei enquanto mostro o resto do laboratório a vocês, essa é apenas a sala de pesquisa eletrônica, temos uma área aquática, uma área de fazenda para pesquisas de campo e uma área de teste, irei mostrar todas a vocês, eu me mudei recentemente, mas já decorei cada área. —Fala Alkan abrindo a porta que dá acesso ao próximo cômodo.

—Bem legal. —Diz Ben enquanto eles entram na área aquática—Ela é composta por vários aquários gigantes que simulam a vida no mar, a diversos pokémons de água dentro do lugar.

—Me responde uma coisa. —Fala Briuno—Qual é o trabalho de um pesquisador Pokémon?—

Alkan para de andar e fica encarando Briuno por alguns segundos.

—Realizar pesquisas sobre pokémons. —Responde Alkan. —Para isso costumamos ter acesso a vários pokémons, eles são provenientes de treinadores que os deixam sobre os nossos cuidados por já terem seis pokémons em seu time. Existem vários tipos de pesquisas a serem feitas. —

—Tá... Ainda não entendi. —Diz Briuno.

Alkan suspira. —Vamos continuar andando, talvez você entenda melhor após visitar todas as áreas. —

—Você disse que se mudou recentemente. Como já tem vários pokémons aqui? E quão recente foi a mudança. —Fala Ben enquanto acena para os slowpokes nadando nos aquários.

—Me mudei pra cá a três dias. Eu era um pesquisador sem base fixa, mas decidi me fixar aqui quando terminaram de construir este laboratório, a maioria dos pokémons aqui são selvagens que simplesmente gostam de viver aqui, pra falar a verdade ainda não tenho nenhum Pokémon de outro treinador vivendo aqui ainda. Mas até o final do ano sei que isso vai mudar, a partir do próximo mês eu já começarei a distribuir pokémons iniciais. —

—Que coincidência então. Temos dois novos pesquisadores chegando na cidade quase que ao mesmo tempo. —Fala Ben enquanto eles adentram a área livre que é como uma grande fazenda com um ambiente rural, á lagos e uma parte cheia de arvores criada para ser semelhante a uma floresta.

 —Outro pesquisador? Quem?—Questiona Alkan enquanto Briuno encosta-se a uma cerca vendo alguns Tauros correndo pelas paisagens abertas.

—Selina, com certeza você deve conhece-la. —Responde Ben.

—Sim, com certeza. —Diz Alkan com uma expressão de raiva.

—Algo errado?—Questiona Ben reparando que sua resposta parece não ter agrado a Alkan, Briuno não está prestando atenção, está entretido com os Tauros.

—Libere seus pokémons.— Ordena Alkan que agora já está com uma postura séria diferente da postura gentil e descompromissada que estava no inicio do tour.

—Por quê?—Pergunta Ben.

—Apenas os libere logo. —

—Tá. —Ben mesmo desconfiado resolve acatar a ordem e assim trás para fora os seus três pokémons.

Fennekin, Nidoran e Skitty.

—Já estão batalhando?—Questiona Briuno.

—Você é iniciante mesmo. Seus pokémons parecem extremamente fracos. —Observa Alkan deixando a Fennekin e a Nidoran zangadas, a Skitty fica triste e pula nos braços de Ben.

—Não precisava falar desse jeito. Nós estamos treinado duro todo dia, esse ano vamos competir na liga e vamos com força pra ganhar. —Fala Ben fazendo carinho na cabeça da sua Pokémon.

—Também, seus pokémons são todas femeas, por isso são fracas. —Diz Briuno, todos lançam um olhar de mau gosto para ele.

—Veja um Pokémon forte de verdade. —Fala Alkan liberando seu Beheeyem.

—Nossa, nunca vi um desse de perto, parece mesmo forte. —Ben consegue sentir uma aura poderosa ao redor daquele Pokémon.

—Você perguntou como eu consegui meu titulo de doutor e pesquisador. —Recordar Alkan olhando para Ben—Pois bem, pode-se dizer que eu consegui em parte graças ao Beheeyem.—

—Você realizou alguma pesquisa sobre a espécie dele?—Indaga Ben.

—Não, eu utilizei ele para aumentar o meu conhecimento, conseguindo dessa forma sobrepujar todos os indivíduos da minha idade. —

—Que? Como? Do que está falando?—Ben está confuso ao ouvir isso, e Briuno está mais do que confuso, ele simplesmente não está entendendo nada ali.

—Eu encontrei Beheeyem quando eu era muito novo, minha família permitiu que eu ficasse com ele quando o encontrei, ele estava ferido e eu cuidei dele, acho que foi ai que nasceu minha vontade de buscar o conhecimento, eu comecei a ler muito sobre fisiologia Pokémon com a intenção de entender como curar e prevenir ferimentos nos Pokémon. E ao longo dos anos o vinculo entre eu e Beheeyem foi se tornando maior, então quando eu estava com dez anos descobrir que havia se formado entre nós algo muito raro, raro até mesmo para treinador de alto nível, um vinculo psíquico. —

Ao ouvir isso Ben imediatamente lembrou de Login e seu Gallade, uma vez eles estavam conversando no intervalo das aulas e Login mencionou que as vezes ele e seu Pokémon parecem sentir com grande precisão o que o outro está sentindo, e na opinião de Login isso os ajuda quando estão batalhando.

—Vocês provavelmente não sabem o que é um vinculo psíquico, correto?—

—Não, explica ai. —Diz Briuno.

—É uma ligação mental que ocorre entre um Pokémon psíquico e um humano, a cada um milhão de treinadores, um deles possui um forte vinculo psíquico com seu Pokémon. Cada vinculo pode ser usado para desempenhar uma função diferente e especifica com base no que treinador e Pokémon querem ou sentem um sobre o outro. —

—Isso ai é só com Pokémon psíquico?—Pergunta Briuno, Ben acha a pergunta interessante, ele de fato nunca havia pensando sobre isso.

—Como o vinculo é mental, está restrito apenas a psíquicos. Mas não é impossível desenvolver um vinculo parecido com pokémons de outros tipos, mas é muito, mais muito mais raro mesmo. Nesse caso chamamos de vinculo espiritual, a cada dez milhões de treinadores, um possui um vinculo espiritual com um de seus pokémons. —

—Provavelmente o Lucks deve possuir este vinculo com algum dos pokémons dele. —Pensa Ben.

—Hum, acho que tó entendendo. —Diz Briuno contente—Então você tem um vinculo psíquico com seu Pokémon, beleza, e que função o vinculo de vocês faz?—

—Absorver e acelerar o processo de reter conhecimento. Simples e fácil, foi isso que me permitiu conseguir o titulo de doutor em pesquisas Pokémon num espaço tão curto de tempo.—

—Isso ai não é meio que trapaça não?—Questiona Briuno.

—Como isso funciona?—Pergunta Ben.

—Tudo que o Beheeyem vê eu também posso ver se eu quiser, ou seja, eu deixo ele assistindo algum documentário ou passando as paginas de um livro e quando eu quiser posso ter acesso as memorias dele sobre essas coisas. Ou seja, absorvo mais conhecimento em mais tempo do que uma pessoa normal levaria. Além da nossa maior técnica que ninguém além de nós sabe até hoje. —

—Que é?—Pergunta Briuno.

—Porque você contaria ela pra nós?—Pergunta Ben.

—Porque é uma técnica antiética, eu não gosto de usa-la, mas pretendo usar em vocês, então se eu contar vou me sentir melhor sobre isso. —

Ben e Briuno se entre olham confusos.

—Estou brincando. —Diz Alkan com uma risadinha, ele muda seu semblante para uma expressão um pouco maligna—Eu vou usa-la em vocês, e para isso eu precisava explicar que vou usar, assim suas defesas mentais já ficam abertas para mim, facilitando o acesso, essa é a razão, não tenho nenhum problema ético nem nada assim. —

—O que? Ele tá dizendo que vai entrar na nossa mente?!—Exclama Briuno preocupado se remexendo.

—Alkan, eu sinceramente não estou entendo o que você pretende fazer, mas seja o que for é melhor parar, nós tempos pokémons aqui e podemos nós defender de você. —Fala Ben sério enquanto seus pokémons rosnam para Alkan.

—Ben, eu falei agorinha que seus Pokémon eram fracos. Ou seja... —Alkan faz um gesto simulado uma arma com os dedos, vendo isso o Beheeyem entra em ação, seus olhos brilham emitindo uma luz psíquica e todos os pokémons de Ben são jogados contra o chão e não conseguem se levantar.

—Ele está usando o movimento psíquico para controlar eles!—Exclama Briuno.

—Pare com isso!—Grita Ben avançando contra Alkan.

O Beheeyem intervém fazendo Ben começar a flutuar, Briuno tenta liberar um de seus pokémons para ajudar, mas o psíquico está impedindo que as pokébolas sejam abertas.

—Não tem como vocês fazerem nada contra mim, e agora eu vou acessar a mente de vocês. —Diz Alkan com um sorriso.

Continua...