Lumos Solem escrita por Noderah


Capítulo 2
Capítulo II




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Pasca, sob o feitiço de desilusão, correu até a sala comunal da Lufa-Lufa. Ela sabia que o feitiço não tinha toda a eficácia quando o objeto enfeitiçado se mexia tão rápido, mas ela precisava logo trocar de roupa e se afundar nos livros, procurando algo sobre o presságio de morte que ela havia visto - "ou talvez um animagus?", pensou ela tentando relembrar os livros de Transfiguração.

Ela sentou-se na mesa da Lufa-Lufa e abriu dois livros em sua frente enquanto comia uma torrada.

— Ei, bom dia, Pasca. - Sua amiga sentou-se na sua frente, enquanto arrumava sua gravata listrada de verde e cinza para dentro do colete.

— ...Dia, Torry. - Pasca respondeu, seu rosto enfiado dentro de um livro de presságios.

— Já estudando tão cedo? - Torry perguntou enquanto lia o título do livro.

— Oi! Bom dia. - Disse Pyrites enquanto sentava-se ao lado de Torry, atraindo olhares de alguns lufanos mais novos.

Pasca possuía muitos amigos sonserinos devido à sua família, porém, esses poucos eram pessoas em quem ela confiava e que se mostravam justas como ela. Eles haviam provado isso, como a vez em que uma garota sonserina a acusou de ser bastarda por defender trouxas e Rachel lançou na garota um feitiço de pernas bambas.

Torry franziu o cenho, achando curioso Pasca estar tão concentrada em algo. Claro que Pasca era propensa a estudar durante as refeições, porém, antes mesmo das aulas começarem - já que aquele era o primeiro dia de aula - era novidade.

— O que você está procurando? - Torry perguntou tirando um dos livros da frente de Pasca.

— Eu estava no banheiro dos monitores - Pasca começou - e já estava saindo quando vi um cão enorme. Eu... acho que é um presságio de morte.

— Ou você estava meio alucinada com o perfume do banho! - Rebateu Pyrites.

— É uma opção. - Torry concordou com Pyrites.

— Eu sei o que vi, gente. - Pasca revirou os olhos.

— Oooooi. - Sentou-se Rachel ao lado de Pasca.

Ela logo percebeu que o clima não era dos melhores.

— Pasca acha que viu um presságio ruim quando estava alucinada de sal de banho. - Pyrites disse.

Rachel olhou surpresa para Pasca enquanto esta revirava os olhos novamente. Os salão começava a ficar vazio quando eles se levantavam e iam para a primeira aula do dia: poções.

Pasca e seus amigos caminharam em direção às masmorras, enquanto o grupo da Grifinória que restara no salão ia atrás deles.

— Eu tenho certeza do que vi! - Disse Pasca para os três. - Um cão grande, peludo e preto. A chance de ser um presságio é bem alta!

— E onde foi isso, Pasca? - Perguntou Rachel.

— No banheiro dos monitores. - Respondeu virando uma das esquinas do castelo.

O grupo atrás deles era ninguém menos que James Potter, Remus Lupin, Peter Petigrew e, é, Sirius Black que depois de escutarem "cão grande" ficaram atentos ao resto da conversa.

— O mundo não é o mais o mesmo! Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Mencionado está por aí e eu fico aqui, andando com essa gravata, com essas cores... Sei lá! E eu não me ajudo! Falo demais! - Disse Pasca, ansiosa.

— Pasca, não deve ser nada... - Disse Torry, mas ela mesma estava começando a se preocupar.

O ano era 1977, fazia 7 anos que Voldemort havia organizado os Comensais da Morte e autoproclamado-se Lorde das Trevas. Poucos em Hogwarts se sentiam seguros, e a maioria destes estava na casa Sonserina.

Pasca poderia considerar-se salva, por sua família estar mais para o lado de Voldemort do que do lado do Ministério, porém, ela considerava seu pescoço na reta, por não defender as mesmas ideologias que seus pais. Além de se sentir inútil por não fazer nada para ajudar os realmente indefesos. Porém, seus amigos sonserinos, apesar de bons e justos, não a conduziam para a melhor das reputações, e ainda havia seus pais! Claros defensores de Voldemort.

Sirius Black, ouvindo atrás do grupo, não entendeu pelo lado que vocês, que já estão a par da situação, entenderam.

— Isso para mim mais do que confirma que essa aí está do lado deles. - Sirius disse sussurrando para seus amigos enquanto eles se separavam do grupo de Pasca, em direção a sala de História da Magia.

— Sirius, não há nada que comprove isso. - Lupin disse suspirando. - E além do mais você foi visto como cão? Isso é bem mais real do que a garota ser ou não a favor de Você-Sabe-Quem.

— Ela é de uma das famílias mais tradicionais de puro sangue! - Retrucou Sirius.

— Ah, assim como você? - Devolveu Lupin.

Sirius torceu a boca ao ser contrariado.

— E que história é essa de banheiro dos monitores? - Perguntou Pettigrew.

— Ah, gosto de ir lá... - Sirius respondeu corando levemente.

— Era você de animago esta manhã? - Perguntou James.

— Bom, sim... - Ignorando esta parte da conversa.

— Sirius, isso é sério. O que fizemos foi completamente ilegal, se Dumbledore descobre... O que será da Ordem da Fênix para nós? - Ressaltou Lupin.

Havia, também, 7 anos que a Ordem havia sido criada por Alvo Dumbledore, o diretor de Hogwarts. Contando com a ajuda dos bruxos mais brilhantes da época, a Ordem era uma organização secreta que buscava combater os feitos malignos de Voldemort. É claro que como natos procuradores-de-problemas, Potter, Lupin, Sirius e Pettigrew queriam fazer parte da organização. Porém, Dumbledore já dissera que eles eram jovens demais e ainda na escola.

— Sirius, você não lembra de Dumbledore insinuando que esperássemos até ano que vem? - Potter disse, remexendo o cabelo. - Não é por muito tempo que temos que guardar esse segredo em particular.

 

 

Pasca juntou-se aos lufanos ao final do dia, após o jantar. Sua cabeça latejava com a imagem do cão. Mesmo após do jantar e da sopa de abóbora com gengibre ela não esquecera do que achara ser um presságio.

Ela foi quase que correndo para sua sala comunal. O teto rebaixado dava a impressão de que o salão era mais acolhedor, apesar de ser vasto e largo. Eles estavam embaixo da terra, mas mesmo assim havia janelas com a paisagem exterior, como se eles estivessem no nível da terra. Puffs, sofás, poltronas e cadeiras espalhados por toda a sala e todos eles eram extremamente confortáveis, alguns alunos não conseguiam nem estudar na sala comunal, pois caíam fácil nos braços de Morfeu.

Abriu o livro de Adivinhação em uma das mesas de carvalho e procurou pelo cão e o livro confirmou o que lembrava: o cão realmente era um presságio da morte. Pasca suspirou olhando para o lustre que na verdade era uma grande samambaia em um vaso vasto sustentado por correntes. Ela continuou a ler e encontrou a seguinte passagem: O Cão aparece como uma maldição. Ele olha fixamente os olhos daquele que morrerá e permanece imóvel. Na maior parte dos relatos a vítima se afasta do Cão.

Pasca estalou os dedos e gritou:

— AHÁ!

Os alunos da Lufa-Lufa olharam para ela e seus braços levantados em vitória.

Pasca sentou-se rapidamente. Dormiu melhor naquela noite, até perceber, às 4h da manhã, quando despertou de repente, que se aquilo que vira era um animago, então tinha que existir um registro.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês estejam gostando! Me digam, por favoooor! É muito importante para mim e para a história :)) Então, por favor, me digam o que estão achando, comentem, recomendem, mandem pro amiguinho etc.

Vou postar todas as semanas nas quintas-feiras! PORÉM, se tivermos uma ótima adesão, posso liberar capítulos mais cedo.



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