Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Olicity




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P.O.V. Felicity.

Parece loucura, mas eu fico pensando imaginando se era mesmo verdade o que o vampiro disse. Que Oliver e eu vamos ter bebês.

—O que foi?

—Eu. Sendo boba.

—Porque seria boba?

—Fico pensando se o que o vampiro M.G. disse é mesmo verdade. Como vamos trazer uma criança para nossas vidas? Como vamos criá-la? Protegê-la?

—Bem, se um vampiro e uma lobisomem conseguiram... espera, está grávida?

—Não. Não! Mas, não consigo parar de imaginar como ele seria. Ou ela. Talvez seja uma menina. Eu sempre quis ter uma menina. Pode ensiná-la a atirar com arco e flecha. E a fazer suflê.

—E a fazer suflê.

—Não acredito que conhecemos uma lobisomem!

—Tribrida.

—Tribrida. Eu procurei e a cidade existe. Existe aqui.

—Que cidade?

—Mystic Falls. Fica na Virgínea.

—Mystic Falls?

—Enquanto estava falando com a tia... Hope falou que sua mãe havia pulado de um lar adotivo para o outro para acabar em Mystic Falls. Fiquei curiosa. E ela me deu isso.

Disse mostrando a Vela.

—Uma vela?

—Ela chamou de Vela da Babilônia. A vela é um meio místico de transporte. Disse para eu guardar para uma emergência.

—Um meio místico de transporte?

—A maneira mais rápida de se viajar é pela luz da vela. Se acendermos e pensarmos num lugar em específico ou em alguém, a vela nos trasporta até o local ou a pessoa.

—Interessante.

—Mas, a vela tem um limite. Ela só transporta no máximo duas pessoas. E essas pessoas tem que estar fisicamente ligadas.

—Fisicamente ligadas?

—Mãos dadas. Abraçadas.

Disse puxando-o para mais perto. 

—Estou feliz que o Damien está morto. Credo, que coisa terrível de se dizer.

—Eu também. E você tem um coração de ouro.

—Own, essa é coisa mais fofa que já me disse.

Então, abre-se um buraco no meio do ar e do buraco sai uma Hope quase morta. Ferida, ensanguentada.

—Meu Deus! Hope! Hope!

—Da... Damien. 

Foi só o que ela disse antes de desmaiar.

—Como ajudamos ela?

—Eu não sei.

—Os Laboratórios S.T.A.R.

P.O.V. Oliver.

Nós a enfiamos no carro e dirigi em alta velocidade até Star City.

—Barry! Caitelin! Socorro!

Ele apareceu num borrão.

—O que... Meu Deus!

—Ajuda.

Levamos ela pra dentro do laboratório.

—Como a salvamos?

—Ela é vampira certo? Vamos dar sangue pra ela.

O Doutor Stein ministrou o sangue intravenoso e ela se recuperou rápido. Mas, não recobrou a consciência.

—Vamos esperar. Ela é uma imortal, vai ficar bem.

—Nunca vi alguém se regenerar nesta velocidade. O nível de regeneração celular dela é um milagre.

—Não. É magia. Bruxaria.

Então, enquanto esperávamos, começaram a cair corvos mortos do céu. Centenas deles e ela começou a falar.

—Cray na han. Cray na han.

—O que é isso?

—Eu não sei, mas não parece bom. 

Então, ela acordou num súbito. E olhou em volta.

—Não. Não. De novo não. Não! Não! 

—O que foi isso? e o que diabos é Cray na Han?!

—É um dialeto quase esquecido. É crioulo. Cray na Han significa... The Hollow. The Hollow está vindo. De novo.

—Então, enfrentamos. Seja o que for.

—Não. Não podem. Mas, eu não entendo. Os ancestrais precisavam de um sacrifício poderoso para acabar com ela duma vez por todas e o meu pai e o meu tio... se sacrificaram. Eles morreram, a destruíram. Eu sei, eu estava lá.

—Então como?

—Damien. Ele é a prole do diabo. Deve ter... trazido ela de volta. Desgraçado! Preciso ir pra Nova Orleans.

—Porque Nova Orleans?

—Talvez as bruxas existam lá também. As garotas da colheita, tudo isso.

—Essa coisa tem ligação com você?

—Tem. Como já disse uma vez, venho de uma longa linhagem de vilões das suas histórias. Inclusive a própria Hollow.

—Espera ai, é parente dessa coisa?

—Sou. Descendente, por parte de mãe. Acho que é hora da história. Sugiro que se sentem.

Ela respirou fundo e começou a contar.

—A história começa mil anos antes da cidade de Nova Orleans ser fundada, duas tribos rivais decidiram combinar o seu Poder. Dois bruxos poderosos se unindo para criar um Coven unificado. Literalmente unificado. Um casamento foi arranjado, um casamento cerimonial. 

—E o que é um casamento cerimonial?

—Um feitiço de ligação de proporções inimagináveis. Um ritual. Um xamã casava os alfas de cada linhagem assim os filhos deles herdariam suas habilidades únicas e especiais. Misticamente. Mas, o primeiro casamento cerimonial veio antes dos lobisomens. Esses bruxos pensaram que se unindo em paz entrariam numa nova era de harmonia.

—Deixa eu adivinhar? Algo deu errado.

—Muito Barry. Aquele casamento gerou uma criança. E por nove meses os anciões da tribo visitaram a mãe. Usando magia para conceder á criança grande poder.

—Eles criaram um bebê de Rosemary?

Perguntou Cisco animado.

—Algo do tipo.

—Espera, criaram mesmo um bebê de Rosemary?!

—Sim. Só que pior. Eles esperavam que o recém nascido se tornasse um símbolo de sua união, de prosperidade. Mas, eles não faziam a menor ideia do que estavam trazendo para o mundo. Ela foi nomeada Inadu. E logo ficou mais que claro que ela era mais poderosa do que qualquer um poderia ter se quer imaginado. E ela tinha uma fome terrível por mais poder ainda assim. E foi assim que a Hollow nasceu.

—Hollow ein? Nome adorável.

—Vou explicar como ela ganhou esse apelido. Tudo se resume á linhagem sanguínea. Com tempo ela cresceu e ansiava por mais poder, Inadu costumava canalizar a vida em todas as suas formas, era uma ávida praticante de expressão. Ela amava o medo que inspirava nos outros. Seu povo a conhecia como implacável, impiedosa, sem sentimentos, vazia. Até que esta tornou-se a qualidade que a definia e começaram a referir-se a ela por este único traço. The Hollow. O Oco.

—E quanto á linhagem?

—Sim. É a única coisa que funcionou contra ela. Quando sua maldade tornou-se muito além do suportável... as tribos se uniram para derrotá-la. Os anciões das tribos conseguiram capturá-la usando ligações místicas. Vinculações. Mas, mesmo com todo aquele poder, Inadu era muito forte. A morte parecia ser a única solução. Então, quatro dos anciões mais fortes, cada um embuí parte de sua magia num machado poderoso.

—Machado? Um machado serviu para acabar com a coisa?

—Vai me deixar terminar, senhor Ramon? 

Cisco ficou quieto.

—Quando a arma ficou pronta, eles confiram-na a sua mãe. Aquela que lhe deu a vida para ser aquela que lhe tiraria a vida. Mas, antes que ela pudesse matar a filha... Inadu lançou um feitiço final. Um empoderado pela energia de sua própria morte.  Uma maldição que recaiu sob todos os que estavam presentes naquela noite.

—Que maldição?

—Ela limitou-a a lua cheia. Assim uma vez a cada mês, eles seriam forçados a transformar-se na mesma besta que usaram para caçá-la.

P.O.V. Felicity.

Caramba! Cisco e eu falamos juntos:

—The Hollow criou a maldição do lobisomem.

—Sim.

—Então, sua ancestral criou os lobisomens.

—Sim. Mas, há mais nisso. Inadu amaldiçoou a própria mãe. Os outros fugiram tornando-se os seis outros lobos que ainda existem hoje, mas foi a minha linhagem que começou tudo.

—Mas, se a bruxa amaldiçoou a própria mãe, porque os outros foram afetados?

—Acho que muita cera no ouvido senhor Allen. Casamento Cerimonial, feitiço de ligação. Talvez eu deva ser mais objetiva.

Ela fez algum tipo de encantamento e puxou uma faca da bota. Cortou a mão e um corte exatamente igual, no mesmo lugar, abriu na mão do Barry.

—Ai!

—Ligação. O que acontece comigo, acontece com você e visse versa. Por isso os outros foram afetados.

Ela desfez a ligação eu acho e furou o dedo com a ponta do brinco, mas nada aconteceu com o Barry.

—Habilidade sobrenatural de cura. Estou impressionada. Enfim,

Hope virou de costas e baixou a manga da blusa mostrando o ombro. Havia uma tatuagem.

—Eu carrego a marca dos crescentes. Inadu também e sua mãe cuja maldição tornou-a a primeira lobisomem. E somente a minha linhagem ainda tem Poder sob ela. É por isso que a Hollow está caçando Laboneire's e minha mãe morreu, ela morreu quando eu nasci, mas virou uma híbrida e então... Greta a matou. Então, sou a única, a última Laboneire que sobrou. Sou a única chance que vocês tem.

—E como vamos fazer isso?

—Os acólitos dela vão fazê-la renascer em carne e osso. Trazê-la de volta da morte. É fácil rastreá-la. É literalmente rastreá-la. Seguir o rastro de sangue, cadáveres e flores mortas. A magia de Inadu é mais que ruim. É venenosa, tóxica. Antes de renascer, ela vai se enfiar no corpo de alguém e depois de outro alguém, já que o hospedeiro nunca dura muito. Como eu disse, ela é tóxica. A magia dela é uma infecção que destrói o hospedeiro. Tome de alguém que já teve aquela coisa dentro do corpo.

—E como você sobreviveu?

—Meu pai. Josie e Lizzie Saltzman.

—Como o tal Doutor Saltzman?

—Sim. Ele é pai delas. Josie e Lizzie são bruxas do Coven Gemini. Elas são bruxas de sifão.

—Bruxas de sifão?

—Elas não tem magia própria. Precisam tirar de alguma coisa. Sua função principal é tirar magia de um lugar e colocar em outro.

—Tem razão. E devia ter convidado a gente.

—Quem são elas?

—Eu sou a Josie.

—Eu sou a Lizzie.

—Irmãs.

—Gêmeas. 

—Fraternas.

—Obviamente.

—Então, são as bruxas gêmeas?

—É. Precisamos fazer uma arma.

—Vou precisar de um médico. Você vai ter que tirar o meu sangue.

—Pirou?! Vai dar o seu sangue pro Doutor Frankenstein?!

—Lizzie!

Repreendeu a outra. E Hope retrucou:

—E que escolha nós temos? Precisamos do meu sangue para fazer uma arma que funcione contra ela. Podemos fazer umas flecha. Umas flecha para o arqueiro acertar na fuça dela.

—E acha mesmo que esse arqueiro azul vai ter alguma chance contra a Hollow?

—É arqueiro verde.

—Verde, azul dá no mesmo. É um humano contra uma super bruxa impiedosa. O humano vai morrer!

—E se usarmos... uns meta humanos também? É como chamam né? Temos o Flash... é vamos precisar de mais.

—Tem a mim.

—Tu? 

—Ronald e eu somos o Nuclear.

—Espera, o que?

—Quando o acelerador de partículas explodiu, o Doutor e eu nos fundimos, com a ajuda de um equipamento podemos fundir e separar.

—Não podemos deixar esses meta-humanos na mira da Hollow. Eles vão servir de combustível pra ela e ai estamos fritas!

—Lizzie e que escolha a gente tem?! Precisamos acabar com ela. Precisamo  dum sacrifício poderoso. Precisamos de alguém para morrer.

—O que?!

—Eu não faço as regras Caitlin. Precisamos de um sacrifício e isso é um fato incontestável. E eu já tenho o candidato perfeito. Trouxeram o que eu pedi?

Elas vieram carregando o globo.

—Ah, é. Como sabemos que ele está aqui?

—Damien tem um ego muito grande. Ele está confiante na vitória, é claro que está aqui. E ele será o meu sacrifício. Tá afim de um alvo, arqueiro?

—Manda bala.

 


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