Legacies Season 2 escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 28
Lobisomens


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/k1DOF7eewkg-Hope se transforma.
https://youtu.be/jUXeBuFusDo-Hope salva o soldado.



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P.O.V. Doutora Carlton.

Quando eu cheguei, eu a encontrei nua no meio da floresta.

—Eu sabia que viria. Os humanos adoram fazer coisas que não devem. Agora, não atravesse a linha.

—Linha?

Ela apontou para o chão onde havia uma linha de sal, na verdade era uma parte de um círculo.

—Porque a linha?

—É um feitiço de barreira. 

—Porque um feitiço de barreira e porque você está nua á noite no meio da floresta?

—Você já vai descobrir. Oh, isso pode ser perturbador para um humano. Se tem estômago fraco, é melhor ralar daqui.

Não, eu vou ficar. Então... ouvi o barulho de ossos quebrando.

—Ai.

Eram os ossos dela.

—O que? O que está acontecendo?

—Transformação. Isso não vai ser bonito... ai.

Primeiro o osso do tornozelo, depois as costelas, a espinha, os ossos dos pés, das mãos. Quando ela olhou pra mim, seus olhos não eram mais azuis, não eram humanos. Eram...

—Olhos de lobo.

Ela estava se transformando em lobisomem bem na minha frente. Não era agradável de se ver, imagino que menos ainda de se realizar. Era algo grotesco.

Mas, quando acabou... ele era um lobo. Uma loba branca, linda.

E ela saiu correndo a uma velocidade alucinante.

P.O.V. Landon.

Ter que ser babá das minhas filhas meio bruxas, meio vampiras, meio fênix, meio lobisomens, enquanto a mãe delas está se transformando em loba na lua cheia. Só mais um fim de semana normal.

Agora estou com uma gêmea em cada braço, balançando e cantando brilha brilha estrelinha. Quando elas finalmente dormiram, deitei cada uma no seu bercinho.

—Boa noite vaga-lumes.

—Vaga-lumes?

—A Hope que inventou. Afinal, ás vezes os olhos delas brilham. Especificamente quando estão fazendo magia. Os da Hayley ficam azuis e os da Heaven ficam violeta.

P.O.V. Hope.

Depois de eu voltar a minha forma humana, lembrei de algo que ouvi em algum lugar. A ignorância trás o caos, não o conhecimento. Quanto mais ignorantes as pessoas são, mais violentas ficam as coisas.

Então, tomei uma decisão. Não sei se foi a melhor das decisões, mas vou fazer o que eu acho que é melhor para os meus povos, para minha família. Porque os ataques estão ficando mais violentos, mais frequentes a cada dia. Muitas mortes. E não quero isso. Quero que as minhas filhas cresçam a salvo e amadas. Não numa zona de guerra como minha mãe e eu.

Tive uma infância feliz, mas guerra é guerra.

—Tem certeza que quer fazer isso?

—Tenho. Preciso. Melhor um acordo do que estes ataques.

E lá vou eu. Quando eu cheguei ela estava lá, mas cercada de soldados.

—Olá para você também.

—É apenas uma precaução.

—Não se preocupe, eu já esperava isso. Mas, preciso perguntar... é o governo que está financiando esta pesquisa?

—Sim.

—Então não. A resposta é não.

—Porque?

—Porque eu já assisti muitos filmes de teoria da conspiração. E o governo americano é paranoico. Em tudo o que eles põe a mão, eles transformam em arma. Eles não querem saber de cura para doenças ou o câncer, eles querem o potencial armamentista. Fazer veneno ao invés de remédio. Não vou cooperar com algo que põe o mundo sobrenatural em risco. Incluindo as minhas filhas.

—E quanto ao patriotismo?

—O patriotismo já era. Não existem mais patriotas. Só rebeldes e tiranos. Opressores e oprimidos.

—E qual deles é você?

—Eu sou a Tribrida.

Me virei e eu ouvi o dardo vindo. Peguei ele na mão.

—Pelas costas? Sério? Tudo isso para o patriotismo.

Lancei o dardo de volta e acertou no pescoço do atirador. Ele caiu no chão imediatamente. O coração parou.

—O coração parou. Que tipo de veneno vocês colocaram naquele negócio?!

—Não era veneno era tranquilizante! Tragam a equipe de paramédicos!

—Não temos uma.

—Calem a boca. Sai.

P.O.V. Doutora Carlton.

Ela se ajoelhou no chão, colocou as duas mãos perto do peito do soldado morto. Fechou os olhos e começou a pronunciar palavras.

—Onducas tuas animos. Onducas tuas animos!

Houve vento, e isso não era vento natural. Uns rodamoinhos de vento que levantaram as folhas. Então, o soldado respirou.

—De nada.

Ela se levantou e saiu correndo. Eu preciso estudá-la. Eu preciso.

Então, decidi pedir demissão do emprego e ir trabalhar num laboratório privado. Só então ela concordou, mas precisamos de documentos para provar que nenhum mal seria causado ás suas filhas, ao namorado, aos vampiros, aos lobisomens, á comunidade sobrenatural. Que só teríamos participações voluntárias, que ela teria permissão para entrar e sair do laboratório quando quisesse, de visitar as filhas.

Infelizmente o governo não foi tão condescendente.

P.O.V. Hope.

Os soldados estão armados e me perseguindo pela floresta. Ou assim eles acham. Idiotas. Eu subi numa árvore e fiquei lá encima. Humanos nunca olham pra cima.

Estão caçando uma predadora alfa. Bando de idiotas descabeçados.

Esperei até ficar de noite. Eles tem equipamentos de visão noturna, mas ainda assim... eu me movo depressa demais para eles atirarem. E eles estão esperando um ser bípede.

Tirei minhas roupas e me transformei. Então, eu os estraçalhei. Deixei um vivo, ileso.

—Quer mais? Manda ver!

Corri e o prensei contra uma árvore.

—Eu não queria isso, mas se tentar me ferir ou a minha família... eu virei atrás de você...

Olhei na placa onde estava o nome dele.

—Denvers. E eu vou te estraçalhar.

Eu peguei minhas roupas e me mandei. Isso não é o fim. Temo que seja só o começo.


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